quinta-feira, 20 de maio de 2021

 A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DAS INOVAÇÕES DISRUPTIVAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS UNIVERSIDADES DE PESQUISA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“A genialidade dos inovadores disruptivos

        Você sabia que grandes empresas de tecnologia surgiram da simplicidade de seus criadores, em lugares relativamente descontraídos e longe dos salões luxuosos ou dos fabulosos laboratórios de pesquisa? Isso mesmo: a HP e a Apple foram fundadas em uma garagem; a Microsoft foi pensada por dois amigos de infância ainda nos bancos da faculdade; o primeiro computador da Compaq foi rascunhado numa toalha em um restaurante; e o Facebook foi idealizado por estudantes universitários em um dormitório de Harvard!

         As surpreendentes startups e as geniais inovações disruptivas fixaram raízes nos múltiplos solos mundiais e chegaram para ficar, definitivamente, sujeitas apenas à estratégia da disrupção natural, que é uma ruptura que pode mudar a forma como as pessoas pensam, se comportam e fazem negócios. Aliás, os gênios disruptivos podem sobrelevar e vencer mercados e tecnologias até então imbatíveis, bastando-se pela produção e lançamento de algo novo, útil, valioso, eficiente, com custo menor e acessível a todos.

         Nesse sentido, cumpre observar que o termo “disrupção” foi lançado por Clayton Christensen, guru de Harvard, em 1995, e ganhou força em 1997, a partir da publicação de seu livro “O Dilema da Inovação”. O termo tornou-se recorrente em encontros sobre inovação ou empreendedorismo. E o resultado é um ambiente competitivo, com possibilidade de mudanças drásticas e constatação de que os concorrentes são forçados a diversificar ou falir.

         Segundo alguns especialistas hiperconectados com organizações de forte status tecnológico, “disrupção” tornou-se um termo cada vez mais utilizado no contexto empresarial frente à série de disrupções que ocorrem no mundo por meio das startups, como Netflix x blockbuster; Airbnb x redes de hotéis; Uber x táxis; WhatsApp x serviços de SMS; Nubank x bancos; Wikipédia x enciclopédias; smartphones x Kodak; entre outros casos conhecidos.

         A rigor, das várias inovações disruptivas, o celular é o dispositivo mais popular do mundo, com as diversas funcionalidades que os aplicativos proporcionam. E diante do fato de que o mundo tem 4,66 bilhões de pessoas conectadas à internet, sobram cerca de 3,34 bilhões ainda desconectadas ou com conexões de baixo alcance. Ou seja, quem conseguir conectar esse potencial mercado, com certeza, vai alcançar feitos astronômicos.

         No entanto, os tempos de pandemia da Covid-19 trouxeram novidades, inversamente, exigindo repensar as estruturas do trabalho, as responsabilidades do poder público e privado perante as vulnerabilidades, o acesso à saúde coletiva, além de mudanças práticas e imediatas para pelo menos uma parcela da população. Mas nada será como antes, porquanto a vida tenha se apegado a outras possibilidades de um tempo excelentemente digital.

         Tão logo passada a fase dramática da calamidade do coronavírus, as organizações imprimirão assertividade em gestão ágil, meritocrática e voltada à diversidade e ao comportamento empreendedor. A motivação será trazida de volta, e os projetos e ações serão retomados. E, por certo, as inovações disruptivas voltarão a facilitar os processos, reduzirão preços dos produtos e os tornarão acessíveis a mais pessoas, e oferecerão poder de escolha ao consumidor.”.

(Wilson Campos. Advogado e presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade da OAB-MG, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de abril de 2021, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 11 de maio de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de José Eduardo Krieger, professor da Faculdade de Medicina da USP e do InCor-Hospital das Clínicas da FMUSP, é membro da Academia Brasileira de Ciências e ex-pró-reitor de Pesquisa da USP (2014-2018), e que merece igualmente integral transcrição:

“Universidades de pesquisa

exigem cuidado permanente

        Universidades de pesquisa são essenciais porque empurram as fronteiras que delimitam o conhecido do desconhecido para tornar o homem mais informado e gerar riquezas. Elas não são medidas pelo número de seus egressos e dependem de um sistema que identifique alunos vocacionados que serão admitidos independentemente de cor, sexo, orientação política ou, mais importante, nível socioeconômico.

         Anualmente, algumas centenas de milhares de alunos completam o nível médio, e a Universidade de São Paulo oferece cerca de 11 mil vagas de acesso. A ideia de que parte das 11 mil vagas resolveria o problema das distorções de acesso é questionável e contribui para perpetuar um problema em busca de solução.

         Não se faz justiça social para alguns no último andar da escada. Governantes e legisladores aplaudem os movimentos da USP em direção às ações afirmativas e se desobrigam da responsabilidade de prover acesso à educação básica e fundamental de qualidade. O sistema de educação superior e profissional do estado de São Paulo conta com diferenciais como a USP e a Unicamp, com perfil de universidade de pesquisa, a Unesp, uma universidade de excelência no ensino e presente em 24 cidades de quase todas as regiões do estado, e o Centro Paula Souza, modelar para o ensino profissionalizante.

         Estes três pilares, junto com as demais instituições públicas e privadas, sob o estímulo e a articulação do governo do estado, podem atender à sociedade e sustentar o desenvolvimento de São Paulo. Pode-se, então, focar no maior desafio, que é matricular toda criança no ensino básico e assegurar que a maior parte dos jovens termine o ensino médio/profissional em tempo.

         A administração da universidade de pesquisa precisa ser ágil e profissionalizada para subsidiar as atividades dos docentes que deverão ser continuamente estimulados a indagações relevantes, de alto risco, e com certa tolerância a insucessos. A ascensão na carreira deve levar em conta esforços de longo prazo, se basear na excelência, e não servir de passaporte à participação na burocracia das universidades.

         A atividade de ensino deve refletir a missão da universidade de pesquisa e priorizar o treinamento de pós-doutorados, doutores, mestres, alunos de iniciação científica e, finalmente, alunos de graduação – estes fundamentais, mas foco de instituições com outro perfil.

         O reitor e os diretores das unidades que compõem a universidade são lideranças que definem e coordenam o plano estratégico da instituição de acordo com a missão e devem ser escolhidos por comitês com participação de membros externos, eliminando de imediato a política pequena e os ciclos eleitoreiros ininterruptos. As atividades de inovação e desenvolvimento econômico, embora não sejam atribuições das universidades de pesquisa, dependem delas, pois preparam os profissionais e têm os estoques de conhecimentos.

         Um ecossistema centrado nas universidades de pesquisa requer indução para que todas as interações tenham sucesso, o que incluem institutos de pesquisa, onde são dados os primeiros passos pra transformar conhecimento em riqueza – as incubadoras e os parques tecnológicos onde empresas nascentes e maduras interagem, e os agentes de financiamento de risco, que alavancam o progresso.

         Os estoques de conhecimento das universidades de pesquisa preparam a sociedade para o futuro, dando celeridade ao desenvolvimento de soluções para necessidades inesperadas, que aparecerão durante uma crise sanitária ou quando uma empresa nacional precisa de solução para competir no mercado global.

         Desde a Renascença a aposta na curiosidade humana se mostra útil, e ao longo dos tempos as nações mais desenvolvidas são as que melhor dominam o método científico.

         O sistema de educação e desenvolvimento de um Estado é uma construção coletiva sob a liderança responsável de visionários, e o seu sucesso está atrelado ao desenvolvimento de sociedades mais prósperas e justas. Neste contexto, as universidades de pesquisa são as galinhas dos ovos de ouro caras à sociedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a estratosférica marca de 334,91% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 121,04%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,76%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!       

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

 

        

 

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