segunda-feira, 2 de agosto de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO JORNAL NO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO EFETIVA E EFICAZ NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E REDES DIGITAIS NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE (57/113)

(Agosto = mês 57; faltam 113 meses para a Primavera Brasileira)

“Educomunicação: O cotidiano impresso em fatos

        Mesmo com o avanço das vacinas, ainda estamos em tempos de desafios. Um dos desafios apontados pela pandemia foi a necessidade de termos fontes seguras de informação. As divulgações de notícias falsas, sem fundamento científico, empurram muita gente ainda para a morte. Meios de comunicação sérios e espaços de reflexão independentes são caminhos para se fortalecer um ambiente de comunicação e clareza.

         Se você está lendo este texto em suas mãos ou na tela do computador, é porque lê jornal. A leitura destes periódicos cumpre um papel de informação sobre os caminhos do mundo, sobre negócios e serviços, sobre o trabalho e oportunidades, sobre a cultura e, sobretudo, de saúde! Um jornal cumpre uma missão na formação do conhecimento humano-profissional e no fomento aos negócios e oportunidades. Mais que um aglomerado de propagandas, é uma vitrine impressa que diz da força empreendedora do nosso povo e da sua responsabilidade social. Ler e apoiar um jornal é um hábito bom que deve ser incentivado.

         Conforme dados da associação mineira de imprensa, esse legado dos jornais, no Brasil, começa em Minas Gerais, como expressão de liberdade, no ano de 1807, em Vila Rica. A história se fortalece com a criação da Imprensa Régia, em 13 de maio de 1808, e com o lançamento do primeiro jornal do Brasil, a “Gazeta do Rio de Janeiro”, no dia 10 de setembro de 1808, e o “Correio Braziliense”, em 1º de junho também de 1808.

         A importância dessas datas não é segredo para ninguém: o jornal é um veículo democrático de informação e espaço de fortalecimento da liberdade e das tendências. Conecta o leitor aos múltiplos ambientes para que se questione. Um jornal sério fortalece um ambiente para que o indivíduo escolha e torne-se cidadão crítico. O contato com diferentes posicionamentos e conhecimentos agrega muito ao desenvolvimento social de um povo.

         Em entrevista à TV Brasil, o jornalista Alexandre Garcia é taxativo ao afirmar que “o jornalismo tem que ser escravo dos fatos”. Na hora em que decidirmos “ajudar os fatos”, estaremos deturpando-os sob o nosso ponto de vista”, É necessário registrar os esforços deste jornal em garantir espaços democráticos e inovadores de “educomunicação”.

         Sim, permitam-me o neologismo, mas tenho acompanhado os movimentos deste grupo no rádio e no impresso e a sua busca inovadora em criar novas versões e formatos que combinem, de forma inteligente, educação e comunicação. Ações efetivas para reunir, em espaços digitais, milhões de seguidores e se conectar a eles pelo fato.

         Que possamos ler nossa história nas linhas deste jornal. As minhas estão registradas aqui! Aliás, como disse Mário Quintana, os piores analfabetos são os que aprenderam a ler, mas não o fazem. Leia! Faça boas escolhas.”

(Otávio Grossi. otaviogrossi@saudeintegral.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de julho de 2021, caderno INTERESSA, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 30 de julho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Ciclos e comunicação

        A celebração do 12º Mutirão de Comunicação (12º Muticom), em Belo Horizonte, organizado pela Comissão Episcopal para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, inaugura um novo ciclo para a ação missionária da Igreja Católica neste país-continente. O poder da tecnologia impulsiona um grande momento de mudança, ampliando a capacidade que temos para constituir presença – graças às inovações nos ambientes digitais que têm alcançado proporções antes inimagináveis. Uma realidade que permite criar eventos da magnitude e singularidade do 12º Muticom. O poder de reunir uma grande comunidade, para além do que fisicamente seria possível, remete a novas configurações para se estabelecer o diálogo e criar oportunidades de partilhas com força de transformação. Mudanças que anunciam: a sociedade deve se preparar para um mundo novo.

         A Igreja Católica no Brasil, em sintonia com o rico e bem articulado horizonte da comunicação da Igreja no mundo, está desafiada a se deixar interpelar pelas reflexões promovidas pelo 12º Muticom. É característica do cristianismo dialogar com os processos de transformação cultural de cada tempo, se se deixar contaminar por modismos. Por isso, ao longo da história, o cristianismo tem oferecido seus valores inegociáveis e princípios insubstituíveis. Aos que professam a fé cristã, não é suficiente defender o seu patrimônio doutrinal intocável. É preciso avançar, oferecendo respostas existenciais e culturais significativas aos problemas que surgem a cada tempo. Inscreve-se, assim, na identidade cristã a abertura intercultural. Na contemporaneidade, as transformações promovidas com as novas tecnologias geram novos ecossistemas. O ser humano e, consequentemente, a Igreja, precisam estar preparados para viverem e atuarem nesses ambientes que estão se constituindo.

         As mudanças, para serem compreendidas, pedem análise interdisciplinar. Nessa perspectiva, o 12º Muticom detalha a necessidade de se buscar uma comunicação integral que, inclusive, deve considerar o protagonismo de agentes não-humanos. A evolução da conectividade faz cair a ideia ocidental de sociedade. A concepção que prevaleceu por diferentes eras, vinda da antiga Grécia, é confrontada pela realidade. A conferência de abertura do 12º Muticom enfatiza: não há espaço para a concepção de mundo que separa a humanidade da natureza e da técnica. Essa concepção que perdurou até a era moderna constituiu a linguagem predominante na contemporaneidade. Para que os problemas atuais sejam superados, essa linguagem precisa se atualizar.

         Sem avanços sobre a compreensão do mundo, as mudanças em curso vão gerar ainda mais estranhamento, prevalecendo seus aspectos enigmáticos. Assombram e preocupam as reviravoltas contínuas da economia e dos mercados financeiros, além das consequências de impactantes inovações tecnológicas. Essas e outras aceleradas transformações provocam um sentimento de insegurança e de impotência, sensações que levam ao ocaso de uma vigente ideia de mundo. Sublinhe-se: não é, afirmam os cientistas, o fim do planeta, mas o fim de uma determinada concepção de mundo. Na pauta da humanidade está o desafio da recriação – um novo mundo possível. E o cristianismo não pode ficar de fora desse processo de reconstrução, pela solidez de tudo que sempre ofereceu na trajetória da humanidade.

         A pandemia, as mudanças climáticas e as redes digitais, juntas, apontam para o protagonismo dos não-humanos na configuração da realidade. Mostram o advento de um tempo singular de conectividade, não somente entre pessoas. Não há manuais para lidar com essa nova realidade, reconhecida ao observar as consequências da pandemia – um vírus invisível revelou ser ator poderoso na definição dos rumos da civilização contemporânea. Colocou abaixo as economias do planeta, transformou hábitos, impôs limitações nas liberdades, promoveu mudanças ecológicas e transferiu instâncias de decisão – de autoridades políticas para cientistas que, cada vez mais, formulam seus pareceres a partir de dados obtidos por processos de automatização. O 12º Muticom da Igreja no Brasil, a partir da interpelação de conferencistas e pesquisadores, alerta: a linguagem, forma de compreensão da realidade, merece redobrado cuidado. O caminho é investir em contínuo aprendizado para vencer obsoletos de interpretação e, assim, conseguir lidar com as grandes mudanças deste tempo. Por isso, todos acolham a convocação: é hora de ser aberto um novo ciclo na comunicação da Igreja, construído em diálogo com as transformações da civilização contemporânea.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 327,48% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 125,57%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.