(Agosto = mês 57; faltam 113 meses para a Primavera Brasileira)
“Educomunicação: O cotidiano impresso em
fatos
Mesmo
com o avanço das vacinas, ainda estamos em tempos de desafios. Um dos desafios
apontados pela pandemia foi a necessidade de termos fontes seguras de
informação. As divulgações de notícias falsas, sem fundamento científico,
empurram muita gente ainda para a morte. Meios de comunicação sérios e espaços
de reflexão independentes são caminhos para se fortalecer um ambiente de
comunicação e clareza.
Se você
está lendo este texto em suas mãos ou na tela do computador, é porque lê
jornal. A leitura destes periódicos cumpre um papel de informação sobre os
caminhos do mundo, sobre negócios e serviços, sobre o trabalho e oportunidades,
sobre a cultura e, sobretudo, de saúde! Um jornal cumpre uma missão na formação
do conhecimento humano-profissional e no fomento aos negócios e oportunidades.
Mais que um aglomerado de propagandas, é uma vitrine impressa que diz da força
empreendedora do nosso povo e da sua responsabilidade social. Ler e apoiar um
jornal é um hábito bom que deve ser incentivado.
Conforme
dados da associação mineira de imprensa, esse legado dos jornais, no Brasil,
começa em Minas Gerais, como expressão de liberdade, no ano de 1807, em Vila
Rica. A história se fortalece com a criação da Imprensa Régia, em 13 de maio de
1808, e com o lançamento do primeiro jornal do Brasil, a “Gazeta do Rio de
Janeiro”, no dia 10 de setembro de 1808, e o “Correio Braziliense”, em 1º de
junho também de 1808.
A
importância dessas datas não é segredo para ninguém: o jornal é um veículo
democrático de informação e espaço de fortalecimento da liberdade e das
tendências. Conecta o leitor aos múltiplos ambientes para que se questione. Um
jornal sério fortalece um ambiente para que o indivíduo escolha e torne-se
cidadão crítico. O contato com diferentes posicionamentos e conhecimentos
agrega muito ao desenvolvimento social de um povo.
Em
entrevista à TV Brasil, o jornalista Alexandre Garcia é taxativo ao afirmar que
“o jornalismo tem que ser escravo dos fatos”. Na hora em que decidirmos “ajudar
os fatos”, estaremos deturpando-os sob o nosso ponto de vista”, É necessário
registrar os esforços deste jornal em garantir espaços democráticos e inovadores
de “educomunicação”.
Sim,
permitam-me o neologismo, mas tenho acompanhado os movimentos deste grupo no
rádio e no impresso e a sua busca inovadora em criar novas versões e formatos
que combinem, de forma inteligente, educação e comunicação. Ações efetivas para
reunir, em espaços digitais, milhões de seguidores e se conectar a eles pelo
fato.
Que
possamos ler nossa história nas linhas deste jornal. As minhas estão
registradas aqui! Aliás, como disse Mário Quintana, os piores analfabetos são
os que aprenderam a ler, mas não o fazem. Leia! Faça boas escolhas.”
(Otávio Grossi. otaviogrossi@saudeintegral.com.br,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de
julho de 2021, caderno INTERESSA, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 30 de julho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Ciclos e comunicação
A
celebração do 12º Mutirão de Comunicação (12º Muticom), em Belo Horizonte,
organizado pela Comissão Episcopal para a Comunicação da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, inaugura um novo ciclo para a ação missionária da Igreja
Católica neste país-continente. O poder da tecnologia impulsiona um grande
momento de mudança, ampliando a capacidade que temos para constituir presença –
graças às inovações nos ambientes digitais que têm alcançado proporções antes
inimagináveis. Uma realidade que permite criar eventos da magnitude e
singularidade do 12º Muticom. O poder de reunir uma grande comunidade, para
além do que fisicamente seria possível, remete a novas configurações para se
estabelecer o diálogo e criar oportunidades de partilhas com força de
transformação. Mudanças que anunciam: a sociedade deve se preparar para um
mundo novo.
A Igreja
Católica no Brasil, em sintonia com o rico e bem articulado horizonte da
comunicação da Igreja no mundo, está desafiada a se deixar interpelar pelas
reflexões promovidas pelo 12º Muticom. É característica do cristianismo
dialogar com os processos de transformação cultural de cada tempo, se se deixar
contaminar por modismos. Por isso, ao longo da história, o cristianismo tem
oferecido seus valores inegociáveis e princípios insubstituíveis. Aos que
professam a fé cristã, não é suficiente defender o seu patrimônio doutrinal
intocável. É preciso avançar, oferecendo respostas existenciais e culturais
significativas aos problemas que surgem a cada tempo. Inscreve-se, assim, na
identidade cristã a abertura intercultural. Na contemporaneidade, as
transformações promovidas com as novas tecnologias geram novos ecossistemas. O
ser humano e, consequentemente, a Igreja, precisam estar preparados para
viverem e atuarem nesses ambientes que estão se constituindo.
As
mudanças, para serem compreendidas, pedem análise interdisciplinar. Nessa
perspectiva, o 12º Muticom detalha a necessidade de se buscar uma comunicação
integral que, inclusive, deve considerar o protagonismo de agentes não-humanos.
A evolução da conectividade faz cair a ideia ocidental de sociedade. A
concepção que prevaleceu por diferentes eras, vinda da antiga Grécia, é
confrontada pela realidade. A conferência de abertura do 12º Muticom enfatiza:
não há espaço para a concepção de mundo que separa a humanidade da natureza e
da técnica. Essa concepção que perdurou até a era moderna constituiu a
linguagem predominante na contemporaneidade. Para que os problemas atuais sejam
superados, essa linguagem precisa se atualizar.
Sem
avanços sobre a compreensão do mundo, as mudanças em curso vão gerar ainda mais
estranhamento, prevalecendo seus aspectos enigmáticos. Assombram e preocupam as
reviravoltas contínuas da economia e dos mercados financeiros, além das
consequências de impactantes inovações tecnológicas. Essas e outras aceleradas
transformações provocam um sentimento de insegurança e de impotência, sensações
que levam ao ocaso de uma vigente ideia de mundo. Sublinhe-se: não é, afirmam
os cientistas, o fim do planeta, mas o fim de uma determinada concepção de
mundo. Na pauta da humanidade está o desafio da recriação – um novo mundo
possível. E o cristianismo não pode ficar de fora desse processo de
reconstrução, pela solidez de tudo que sempre ofereceu na trajetória da
humanidade.
A
pandemia, as mudanças climáticas e as redes digitais, juntas, apontam para o
protagonismo dos não-humanos na configuração da realidade. Mostram o advento de
um tempo singular de conectividade, não somente entre pessoas. Não há manuais
para lidar com essa nova realidade, reconhecida ao observar as consequências da
pandemia – um vírus invisível revelou ser ator poderoso na definição dos rumos
da civilização contemporânea. Colocou abaixo as economias do planeta,
transformou hábitos, impôs limitações nas liberdades, promoveu mudanças
ecológicas e transferiu instâncias de decisão – de autoridades políticas para
cientistas que, cada vez mais, formulam seus pareceres a partir de dados
obtidos por processos de automatização. O 12º Muticom da Igreja no Brasil, a
partir da interpelação de conferencistas e pesquisadores, alerta: a linguagem,
forma de compreensão da realidade, merece redobrado cuidado. O caminho é
investir em contínuo aprendizado para vencer obsoletos de interpretação e,
assim, conseguir lidar com as grandes mudanças deste tempo. Por isso, todos
acolham a convocação: é hora de ser aberto um novo ciclo na comunicação da
Igreja, construído em diálogo com as transformações da civilização
contemporânea.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a
proposta do Orçamento
Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca
de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a
título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta
última rubrica, previsão de R$ 1,603
trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da
justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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