segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E EXIGÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ECONOMIA DE BAIXO CARBONO PARA O DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL E A TRANSCENDÊNCIA DO EXTREMO ZELO PELA CONVIVÊNCIA HUMANA E CIDADÃ, VERDADE, ALTRUÍSMO E ESPIRITUALIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (71/99)

(Outubro = mês 71; faltam 99 meses para a Primavera Brasileira)

“Última grande chance de limitar o aquecimento global

       Na corrida contra o aquecimento global, remover carbono da atmosfera não é mais uma opção. Os esforços para redução das emissões de gases de efeito estufa não se mostraram suficientes para limitar o aumento das temperaturas do planeta em 1,5ºC ou até 2ºC até o fim do século, compre previu o Acordo de Paris.

         De acordo com as conclusões do último Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, seria necessário reduzir, a cada ano, em média, cerca de 31 bilhões de toneladas de emissões globais de gases de efeito estufa até 2030. Ou seja, reduzir quase pela metade as emissões atuais em oito anos.

         Atingir essa meta exigiria, de um lado, mudanças sem precedentes no comportamento humano. Por outro, tecnologias disruptivas em larga escala e redução drástica na demanda de energia. Para especialistas, algo pouco provável de ser alcançado em tão pouco tempo.

         Atualmente, o mundo está produzindo cerca de 6 bilhões de toneladas a mais de emissões anuais do que há oito anos, segundo o IPCC.

         Essa situação dramática impulsiona uma corrida tecnológica e de mercado em busca de novas soluções que possam remover carbono da atmosfera, e, ao mesmo tempo, serem implantadas em larga escala. Isso permitiria aos países ganharem mais tempo para avançar na transição comportamental e energética.

         E as soluções que vêm da própria natureza estão liderando esse rali: plantar árvores e restaurar florestas. A cada cem hectares de floresta plantada, 60 hectares de mata nativa são conservados pela indústria florestal e pelos produtores independentes, sejam em Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais (RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e programas de restauração de áreas degradadas.

         Essa conservação ocorre por meio de uma técnica de manejo sustentável que intercala florestas plantadas e nativas.

         As florestas plantadas se tornaram o grande ativo do clima hoje, por seus milhares de subprodutos com potencial de conduzir a transição para uma economia de baixo carbono – são mais de 5.000, segundo o IBGE –, além das próprias árvores que transformam CO2 em oxigênio. Os mais conhecidos, madeira renovável para a indústria, carvão vegetal para substituir o combustível fóssil e celulose.

         Outros são pouco difundidos, como o Biochar, resíduo das áreas de madeiras reflorestadas carbonizado e estocado no solo. O Biochar ajuda a reter água e a condicionar a terra, auxiliando na disponibilização de nutrientes, garantindo também a retenção do carbono, evitando sua liberação para a atmosfera.

         Na Aperam BioEnergia, conseguimos comprovar, por meio de uma plataforma de certificação, a remoção de mais de mil toneladas de CO2 aplicando Biochar ao solo das nossas florestas plantadas de eucalipto, no Vale do Jequitinhonha.

         Com os certificados emitidos nesse projeto-piloto, fizemos a primeira venda de uma empresa brasileira no novo mercado de remoção de carbono, que está sendo gerenciado pela Nasdaq e já conta com três índices de preços específicos.

         Esse é só um exemplo de como essa é uma corrida sem volta, e o próprio mercado financeiro está se encarregando de impulsionar seus resultados, em uma parceria com empresas que estão assumindo o protagonismo da agenda climática.”.

(Frederico Ayres Lima. Presidente da Aperam South America, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 30 de setembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Para onde se caminha?

       Perguntas contam decisivamente na definição de rumos e nos discernimentos para escolhas que incidem sobre a vida. Perguntar é tão essencial quanto responder bem. Por vezes, conta mais a clarividência da pergunta – capaz de contribuir para a lucidez decisiva da resposta. Para onde se caminha? Uma interrogação que precisa incidir nas dimensões pessoal, familiar e social. A resposta revela valores escolhidos, princípios respeitados e práticas comportamentais inspiradoras. Não se pode caminhar por qualquer via ou direção. A irresponsabilidade na definição do percurso a ser seguido pode levar a prejuízos pesados que demandam, além de longo tempo, muitos esforços e investimentos para superar fracassos. Para onde se caminha? Questão que incide diretamente na existência humana, configurando rumos e consequências. Essa pergunta remete à responsabilidade de cada pessoa na configuração de uma adequada resposta.

         Reagir à interpelação – Para onde se caminha? – é tarefa cada vez mais difícil, considerando, dentre outros, os riscos que surgem com a cultura tecnológica. Há, por exemplo, uma expressiva disseminação de notícias falsas – a mentira passando-se por verdade. Sabe-se ainda que o ambiente digital é também lugar onde muitos espalham o ódio, ou buscam construir a própria imagem, alcançar reconhecimento, pela destruição perversa da inteireza moral de seu semelhante. Deixa-se de lado o compromisso com a verdade para se esconder em um covarde anonimato, buscando propagar juízos destrutivos. Perde-se o compromisso com o bem do outro, o bem de todos. No lugar desse compromisso, torna-se cada vez mais habitual a perversidade de quem vê no semelhante um concorrente. Uma visão equivocada, pois todos são operários na mesma vinha, cujos frutos e abundância dependem da cooperação mútua e da participação criativa de cada um.

         Nessa crescente tendência de se buscar destruir o outro, com quem se diverge, cai em desuso a pergunta feita por Jesus Mestre aos acusadores da mulher adúltera. Jesus, com a sua pergunta, indicou que jogasse a primeira pedra quem não tivesse pecado. O questionamento do Mestre alcançou efeito estupendo pois fez com que todos saíssem, um a um, certamente, convictos de seus próprios limites. Uma lição que precisa ser aprendida na contemporaneidade, pois rumos sombrios são tomados quando não se pensa na edificação do semelhante: é preciso zelar pela convivência humana e cidadã. O compromisso com esse zelo inclui muitos exercícios, inclusive uma reflexão cotidiana a partir dessa pergunta: para onde se caminha? Pode-se caminhar na direção das “sombras de um mundo fechado”, ou buscar gerar um “mundo aberto”, como nos diz o Papa Francisco, nos capítulos primeiro e terceiro de sua Carta Encíclica, Fratelli Tutti, sobre a amizade social. Somente se pode caminhar adequadamente, em direção a metas frutuosas quando o ser humano compreende que só pode alcançar a sua plenitude na sincera oferta de si mesmo.

         A alegria de viver apenas se efetiva quando são encontrados rostos para amar. Esse encontro é remédio que cura preconceitos e discriminações, ódio e indiferenças. Caminhar-se-á na direção de um “mundo aberto” na medida em que vínculos são criados em comunhão e fraternidade, realidades mais fortes que a morte. Por isso, as relações interpessoais precisam ganhar amplitude para além dos territórios da própria família ou de pequenos grupos. O Papa Francisco fala de uma espécie de lei de êxtase – “sair de si mesmo para encontrar nos outros um acrescentamento de ser”. E lembra: “A partir da intimidade de cada coração, o amor cria vínculos e amplia a existência, quando arranca a pessoa de si mesma para o outro”.

         Reconhecer, a partir da racionalidade e da espiritualidade, o valor único do amor é essencial para bem responder a esta pergunta: para onde se caminha? Há de se investir na constituição de uma estatura espiritual e humana que seja medida pelo amor. Assim, podem ser corrigidos descompassos, reorganizados raciocínios e redefinidas posturas, superando o que descompassa a vida e as limitações do viver humano. Consequentemente, encontra-se a cura para a enganosa perspectiva que leva tantas pessoas a pautarem a própria conduta considerando que a vida se resume à disputa por interesses. Uma visão distorcida que faz prevalecer o confronto – uns contra os outros, o tempo todo. A solidão, os medos e inseguranças, que são também consequências dessa perspectiva equivocada, levam a um caos insuportável. Para onde se caminha? Uma interrogação que não pode ser tratada de qualquer maneira, pois remete a responsabilidades cidadãs importantes, ao compromisso de cada um para que a humanidade tome novo rumo, a partir do encontro de qualificadas respostas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.