(Outubro = mês 71; faltam 99 meses para a Primavera Brasileira)
“Última grande chance de limitar o
aquecimento global
Na
corrida contra o aquecimento global, remover carbono da atmosfera não é mais
uma opção. Os esforços para redução das emissões de gases de efeito estufa não
se mostraram suficientes para limitar o aumento das temperaturas do planeta em
1,5ºC ou até 2ºC até o fim do século, compre previu o Acordo de Paris.
De
acordo com as conclusões do último Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC), da ONU, seria necessário reduzir, a cada ano, em média,
cerca de 31 bilhões de toneladas de emissões globais de gases de efeito estufa
até 2030. Ou seja, reduzir quase pela metade as emissões atuais em oito anos.
Atingir
essa meta exigiria, de um lado, mudanças sem precedentes no comportamento
humano. Por outro, tecnologias disruptivas em larga escala e redução drástica
na demanda de energia. Para especialistas, algo pouco provável de ser alcançado
em tão pouco tempo.
Atualmente,
o mundo está produzindo cerca de 6 bilhões de toneladas a mais de emissões
anuais do que há oito anos, segundo o IPCC.
Essa
situação dramática impulsiona uma corrida tecnológica e de mercado em busca de
novas soluções que possam remover carbono da atmosfera, e, ao mesmo tempo,
serem implantadas em larga escala. Isso permitiria aos países ganharem mais
tempo para avançar na transição comportamental e energética.
E as
soluções que vêm da própria natureza estão liderando esse rali: plantar árvores
e restaurar florestas. A cada cem hectares de floresta plantada, 60 hectares de
mata nativa são conservados pela indústria florestal e pelos produtores
independentes, sejam em Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais
(RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e programas de
restauração de áreas degradadas.
Essa
conservação ocorre por meio de uma técnica de manejo sustentável que intercala
florestas plantadas e nativas.
As
florestas plantadas se tornaram o grande ativo do clima hoje, por seus milhares
de subprodutos com potencial de conduzir a transição para uma economia de baixo
carbono – são mais de 5.000, segundo o IBGE –, além das próprias árvores que
transformam CO2 em oxigênio. Os mais conhecidos, madeira renovável
para a indústria, carvão vegetal para substituir o combustível fóssil e
celulose.
Outros
são pouco difundidos, como o Biochar, resíduo das áreas de madeiras
reflorestadas carbonizado e estocado no solo. O Biochar ajuda a reter água e a
condicionar a terra, auxiliando na disponibilização de nutrientes, garantindo
também a retenção do carbono, evitando sua liberação para a atmosfera.
Na
Aperam BioEnergia, conseguimos comprovar, por meio de uma plataforma de
certificação, a remoção de mais de mil toneladas de CO2 aplicando
Biochar ao solo das nossas florestas plantadas de eucalipto, no Vale do
Jequitinhonha.
Com os
certificados emitidos nesse projeto-piloto, fizemos a primeira venda de uma
empresa brasileira no novo mercado de remoção de carbono, que está sendo
gerenciado pela Nasdaq e já conta com três índices de preços específicos.
Esse é
só um exemplo de como essa é uma corrida sem volta, e o próprio mercado
financeiro está se encarregando de impulsionar seus resultados, em uma parceria
com empresas que estão assumindo o protagonismo da agenda climática.”.
(Frederico Ayres Lima. Presidente da Aperam
South America, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 26 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 30 de setembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Para onde se caminha?
Perguntas
contam decisivamente na definição de rumos e nos discernimentos para escolhas
que incidem sobre a vida. Perguntar é tão essencial quanto responder bem. Por
vezes, conta mais a clarividência da pergunta – capaz de contribuir para a
lucidez decisiva da resposta. Para onde se caminha? Uma interrogação que
precisa incidir nas dimensões pessoal, familiar e social. A resposta revela
valores escolhidos, princípios respeitados e práticas comportamentais
inspiradoras. Não se pode caminhar por qualquer via ou direção. A
irresponsabilidade na definição do percurso a ser seguido pode levar a
prejuízos pesados que demandam, além de longo tempo, muitos esforços e
investimentos para superar fracassos. Para onde se caminha? Questão que incide
diretamente na existência humana, configurando rumos e consequências. Essa
pergunta remete à responsabilidade de cada pessoa na configuração de uma
adequada resposta.
Reagir à
interpelação – Para onde se caminha? – é tarefa cada vez mais difícil, considerando,
dentre outros, os riscos que surgem com a cultura tecnológica. Há, por exemplo,
uma expressiva disseminação de notícias falsas – a mentira passando-se por
verdade. Sabe-se ainda que o ambiente digital é também lugar onde muitos
espalham o ódio, ou buscam construir a própria imagem, alcançar reconhecimento,
pela destruição perversa da inteireza moral de seu semelhante. Deixa-se de lado
o compromisso com a verdade para se esconder em um covarde anonimato, buscando
propagar juízos destrutivos. Perde-se o compromisso com o bem do outro, o bem
de todos. No lugar desse compromisso, torna-se cada vez mais habitual a
perversidade de quem vê no semelhante um concorrente. Uma visão equivocada,
pois todos são operários na mesma vinha, cujos frutos e abundância dependem da
cooperação mútua e da participação criativa de cada um.
Nessa
crescente tendência de se buscar destruir o outro, com quem se diverge, cai em
desuso a pergunta feita por Jesus Mestre aos acusadores da mulher adúltera.
Jesus, com a sua pergunta, indicou que jogasse a primeira pedra quem não
tivesse pecado. O questionamento do Mestre alcançou efeito estupendo pois fez
com que todos saíssem, um a um, certamente, convictos de seus próprios limites.
Uma lição que precisa ser aprendida na contemporaneidade, pois rumos sombrios
são tomados quando não se pensa na edificação do semelhante: é preciso zelar
pela convivência humana e cidadã. O compromisso com esse zelo inclui muitos
exercícios, inclusive uma reflexão cotidiana a partir dessa pergunta: para onde
se caminha? Pode-se caminhar na direção das “sombras de um mundo fechado”, ou
buscar gerar um “mundo aberto”, como nos diz o Papa Francisco, nos capítulos
primeiro e terceiro de sua Carta Encíclica, Fratelli Tutti, sobre a amizade
social. Somente se pode caminhar adequadamente, em direção a metas frutuosas
quando o ser humano compreende que só pode alcançar a sua plenitude na sincera
oferta de si mesmo.
A
alegria de viver apenas se efetiva quando são encontrados rostos para amar.
Esse encontro é remédio que cura preconceitos e discriminações, ódio e
indiferenças. Caminhar-se-á na direção de um “mundo aberto” na medida em que
vínculos são criados em comunhão e fraternidade, realidades mais fortes que a
morte. Por isso, as relações interpessoais precisam ganhar amplitude para além
dos territórios da própria família ou de pequenos grupos. O Papa Francisco fala
de uma espécie de lei de êxtase – “sair de si mesmo para encontrar nos outros
um acrescentamento de ser”. E lembra: “A partir da intimidade de cada coração,
o amor cria vínculos e amplia a existência, quando arranca a pessoa de si mesma
para o outro”.
Reconhecer,
a partir da racionalidade e da espiritualidade, o valor único do amor é
essencial para bem responder a esta pergunta: para onde se caminha? Há de se
investir na constituição de uma estatura espiritual e humana que seja medida
pelo amor. Assim, podem ser corrigidos descompassos, reorganizados raciocínios
e redefinidas posturas, superando o que descompassa a vida e as limitações do
viver humano. Consequentemente, encontra-se a cura para a enganosa perspectiva
que leva tantas pessoas a pautarem a própria conduta considerando que a vida se
resume à disputa por interesses. Uma visão distorcida que faz prevalecer o
confronto – uns contra os outros, o tempo todo. A solidão, os medos e
inseguranças, que são também consequências dessa perspectiva equivocada, levam
a um caos insuportável. Para onde se caminha? Uma interrogação que não pode ser
tratada de qualquer maneira, pois remete a responsabilidades cidadãs
importantes, ao compromisso de cada um para que a humanidade tome novo rumo, a
partir do encontro de qualificadas respostas.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos
tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação
dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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