segunda-feira, 6 de novembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS PARA A GESTÃO EFICIENTE E EFICAZ E A TRANSCENDÊNCIA DA PREVISIBILIDADE E IMPREVISIBILIDADE DA VIDA, AMOR, COMPAIXÃO, SABEDORIA E HUMANIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (83/87)

(Novembro = mês 83; faltam 87 meses para a Primavera Brasileira)

“Como atrair e reter talentos nas empresas em 2024

         O Brasil é o país com o maior índice de rotatividade no mercado de trabalho, segundo levantamento realizado pela empresa Robert Half, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2023. O aumento de 56% no turnover e o crescimento no número de desligamentos voluntários (33% para 48% chamam atenção para a necessidade de medidas que fomentem a retenção de talentos.

         Nessa perspectiva, é importante destacar o resultado de recentes pesquisas internacionais realizadas entre os meses janeiro e junho de 2023 pela Randstad, consultoria global de soluções de recursos humanos. O trabalho resultou em um guia de tendências para 2024, que traz cinco pontos de melhoria para as empresas que desejam atrair e reter talentos.

         A primeira tendência diz respeito ao crescimento profissional. O estudo revelou que 30% dos trabalhadores brasileiros buscam outros empregos diante da falta de oportunidade para o crescimento. Portanto, é muito importante que as empresas construam planos de carreira, já que isso oferece uma visão de futuro dentro da organização. Mas a corresponsabilidade do funcionário é essencial no movimento de progressão.

         Outro dado relevante é que 72% dos participantes da pesquisa veem o trabalho como uma parte importante da vida, mesmo que não encontrem prazer imediato nele. Porém, 38% da geração Z já saíram de um emprego que não dialogava com seus objetivos pessoais. Dessa forma, garantir uma experiência de trabalho mais humana é outra tendência. As empresas precisam estabelecer o diálogo cotidiano e a transparência entre os times e a diretoria, de maneira que o ambiente laboral seja seguro e equilibrado emocionalmente.

         Remuneração e benefícios compõem um dos principais critérios de escolha por parte do empregado. Sobre essa terceira tendência, vale ressaltar que as organizações devem oferecer salários atrativos, mas precisam garantir também a sustentabilidade e a perenidade do negócio. Apesar de a remuneração não ser um fator de engajamento, é importante para a retenção de talentos e deve vir acompanhada de uma avaliação das concorrentes de mesmo segmento no mercado, bem como de ajustes de possíveis desigualdades.

         Por fim, as duas outras tendências destacam a importância de práticas ESG e a construção de propósito e pertencimento nas organizações. Uma das pesquisas revelou que 77% dos entrevistados acham importante que o empregador tenha valores bem definidos sobre sustentabilidade, diversidade e transparência. Outro estudo apontou que 54% dos participantes não ficariam em um trabalho em que não tivessem a sensação de pertencimento.

         Não há como negar as mudanças geracionais e culturais no mercado. O que influencia nesse cenário é a disposição das empresas de adotar práticas cotidianas mais sustentáveis, de incentivar a formação contínua de lideranças e de promover uma participação coletiva no processo de crescimento de cada organização.”.

(Rafael Dantas. Diretor da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de novembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 03 de novembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Morte e esperança

       O mistério da morte é o maior desafio existencial da vida humana. Um desafio tão humanamente exigente que corre o risco de ser tratado a partir de perigosa relativização, ou mesmo levar a atitudes cotidianas que negam a realidade da própria morte: alguns conduzem a própria vida como se a morte jamais viesse bater à própria porta. Mas o tempo é voraz e, indistintamente, se esgotará para todos. O início de novembro, com a celebração do Dia de Finados, qualifica o ser humano, com a oportunidade de cultivar o sentido de finitude, no exercício do silêncio e da oração, emoldurado pela saudosa e reverente lembrança dos que já morreram – familiares, amigos, pessoas próximas, ou mesmo aquelas que estão inscritas na história, por suas relevantes contribuições para a sociedade. Silêncio profundo e reverência, emoldurados pela saudade, para atualizar estampas que reúnem acontecimentos e histórias de vida, ajudando cada um a lidar com a finitude. Assim, compreender, com mais lucidez e humildade, que a vida é dom, devendo ser uma oferta de si em benefício do próximo.

         A celebração de Finados, com homenagens nos cemitérios ou no altar do próprio coração, proporciona ecos que precisam reverberar em cada dia, pois é remédio para extirpar orgulhos e soberbas, ódios e rancores. Esses sentimentos ruins são dissipados quando cresce a compreensão sobre a transitoriedade da existência, a espantosa fugacidade da vida. Uma fugacidade tão espantosa que pode levar muitas pessoas a alimentarem ilusões. Acreditarem que viver é simplesmente saber desfrutar de tudo, permitindo-se agir perversamente, de modo indiferente em relação ao próximo, na contramão da solidariedade fraterna, desrespeitando também os bens da natureza. Aprender a lidar com o mistério da morte é inigualável caminho para qualificar o viver humano, fundamentando-o na nobreza de atitudes solidárias e na conquista de uma essencial sabedoria que permite reconhecer: a morte é terrificante, mas não é para sempre.

         Existencialmente um desafio, a morte é simplesmente a porta tenebrosa de passagem para a luminosidade da vida que não passa – a vida no amor maior, na presença de Deus. Essa compreensão alimenta um qualificado modo de viver, de tratar o semelhante e de bem exercer a própria missão. Vale escutar o apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, na primeira carta, quando testemunha que Cristo morreu pelos nossos pecados. Segundo as Escrituras, capítulo sete do Livro do Apocalipse, ao descrever uma multidão imensa que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Todos estavam de pé, diante do trono e do cordeiro; vestiam túnicas brancas e traziam palmas na mão. Proclamavam com voz forte: a salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro. Os que estão vestidos com túnicas brancas são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro.

         Mais adiante no Livro do Apocalipse, capítulo 21, a referência à morada de Deus com os homens. “Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, não haverá luto, nem grito, nem dor, porque as coisas de antes passaram”. A fé cristã professa uma compreensão rica e fecunda, de muitos capítulos, fonte de uma esperança fidedigna – graça para enfrentar o tempo presente. A esperança que vem da fé cristã contribui para que o ser humano assuma o compromisso de viver para fazer o bem, na singularidade de cada carisma, vocação e missão, no exercício de suas responsabilidades na construção da história. A realidade do cotidiano é muito exigente, leva a cansaços, mas a esperança cristã fortalece o coração de cada um, a partir da certeza da redenção e da vida eterna.

         Em contraponto à morte está a esperança que é luz luzente, alimento da luta pelo bem, da compaixão pelo semelhante e do compromisso de buscar, com destemor, uma vida mais sustentável, na contramão de todo tipo de consumismo que gera ganâncias e mesquinhez, levando a guerras, indiferenças e a uma organização social, política e cultural excludente, alimentadora de desigualdades vergonhosas. Seja sempre buscada a esperança que confere à vida um sentido autêntico, tornando-a instrumento do amor de Deus. O apóstolo Paulo alerta na Carta aos Efésios que viver sem encontrar Cristo é viver sem esperança, porque é viver sem Deus no mundo.

         A esperança fidedigna nasce da experiência de encontrar-se com Deus, aproximando-se da fonte que qualifica o viver, a cada dia. Essencial se torna, a partir do confronto existencial com a morte, cuidar da esperança que pavimenta a estrada de cada dia. O segredo é buscar Deus, o Deus Pai de Jesus Cristo – Salvador e Redentor, fonte amorosa inesgotável para fortalecer o ser humano. Quem alimenta-se da esperança fidedigna não teme a morte, mesmo que sofra com sobressaltos existenciais inevitáveis. Enfrenta a dor alicerçando-se em Deus. Assim, ganha uma sabedoria que habita somente o coração daqueles que reconhecem: Deus é o Senhor da vida que não passa, vencedor da morte. A esperança que vem de Deus é fonte autêntica do amor que sustenta o coração humano e o mantém firme, em meio a contradições e fragilidades. Aproximar-se de Deus, alimentar-se da sua esperança, constitui o aguilhão que permite enfrentar a morte pela certeza da vida eterna.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 12,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em setembro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,19%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!