(Novembro = mês 83; faltam 87 meses para a Primavera Brasileira)
“Como atrair e reter talentos nas empresas
em 2024
O Brasil
é o país com o maior índice de rotatividade no mercado de trabalho, segundo
levantamento realizado pela empresa Robert Half, com dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) em 2023. O aumento de 56% no turnover e o
crescimento no número de desligamentos voluntários (33% para 48% chamam atenção
para a necessidade de medidas que fomentem a retenção de talentos.
Nessa
perspectiva, é importante destacar o resultado de recentes pesquisas
internacionais realizadas entre os meses janeiro e junho de 2023 pela Randstad,
consultoria global de soluções de recursos humanos. O trabalho resultou em um
guia de tendências para 2024, que traz cinco pontos de melhoria para as
empresas que desejam atrair e reter talentos.
A
primeira tendência diz respeito ao crescimento profissional. O estudo revelou
que 30% dos trabalhadores brasileiros buscam outros empregos diante da falta de
oportunidade para o crescimento. Portanto, é muito importante que as empresas
construam planos de carreira, já que isso oferece uma visão de futuro dentro da
organização. Mas a corresponsabilidade do funcionário é essencial no movimento
de progressão.
Outro
dado relevante é que 72% dos participantes da pesquisa veem o trabalho como uma
parte importante da vida, mesmo que não encontrem prazer imediato nele. Porém,
38% da geração Z já saíram de um emprego que não dialogava com seus objetivos
pessoais. Dessa forma, garantir uma experiência de trabalho mais humana é outra
tendência. As empresas precisam estabelecer o diálogo cotidiano e a
transparência entre os times e a diretoria, de maneira que o ambiente laboral
seja seguro e equilibrado emocionalmente.
Remuneração
e benefícios compõem um dos principais critérios de escolha por parte do
empregado. Sobre essa terceira tendência, vale ressaltar que as organizações
devem oferecer salários atrativos, mas precisam garantir também a sustentabilidade
e a perenidade do negócio. Apesar de a remuneração não ser um fator de
engajamento, é importante para a retenção de talentos e deve vir acompanhada de
uma avaliação das concorrentes de mesmo segmento no mercado, bem como de
ajustes de possíveis desigualdades.
Por fim,
as duas outras tendências destacam a importância de práticas ESG e a construção
de propósito e pertencimento nas organizações. Uma das pesquisas revelou que
77% dos entrevistados acham importante que o empregador tenha valores bem
definidos sobre sustentabilidade, diversidade e transparência. Outro estudo
apontou que 54% dos participantes não ficariam em um trabalho em que não
tivessem a sensação de pertencimento.
Não há
como negar as mudanças geracionais e culturais no mercado. O que influencia
nesse cenário é a disposição das empresas de adotar práticas cotidianas mais
sustentáveis, de incentivar a formação contínua de lideranças e de promover uma
participação coletiva no processo de crescimento de cada organização.”.
(Rafael Dantas. Diretor da Câmara Americana de
Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 4 de novembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 03 de novembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Morte e esperança
O
mistério da morte é o maior desafio existencial da vida humana. Um desafio tão
humanamente exigente que corre o risco de ser tratado a partir de perigosa
relativização, ou mesmo levar a atitudes cotidianas que negam a realidade da
própria morte: alguns conduzem a própria vida como se a morte jamais viesse
bater à própria porta. Mas o tempo é voraz e, indistintamente, se esgotará para
todos. O início de novembro, com a celebração do Dia de Finados, qualifica o
ser humano, com a oportunidade de cultivar o sentido de finitude, no exercício
do silêncio e da oração, emoldurado pela saudosa e reverente lembrança dos que
já morreram – familiares, amigos, pessoas próximas, ou mesmo aquelas que estão
inscritas na história, por suas relevantes contribuições para a sociedade.
Silêncio profundo e reverência, emoldurados pela saudade, para atualizar
estampas que reúnem acontecimentos e histórias de vida, ajudando cada um a
lidar com a finitude. Assim, compreender, com mais lucidez e humildade, que a
vida é dom, devendo ser uma oferta de si em benefício do próximo.
A
celebração de Finados, com homenagens nos cemitérios ou no altar do próprio
coração, proporciona ecos que precisam reverberar em cada dia, pois é remédio
para extirpar orgulhos e soberbas, ódios e rancores. Esses sentimentos ruins
são dissipados quando cresce a compreensão sobre a transitoriedade da
existência, a espantosa fugacidade da vida. Uma fugacidade tão espantosa que
pode levar muitas pessoas a alimentarem ilusões. Acreditarem que viver é
simplesmente saber desfrutar de tudo, permitindo-se agir perversamente, de modo
indiferente em relação ao próximo, na contramão da solidariedade fraterna,
desrespeitando também os bens da natureza. Aprender a lidar com o mistério da
morte é inigualável caminho para qualificar o viver humano, fundamentando-o na
nobreza de atitudes solidárias e na conquista de uma essencial sabedoria que
permite reconhecer: a morte é terrificante, mas não é para sempre.
Existencialmente
um desafio, a morte é simplesmente a porta tenebrosa de passagem para a
luminosidade da vida que não passa – a vida no amor maior, na presença de Deus.
Essa compreensão alimenta um qualificado modo de viver, de tratar o semelhante
e de bem exercer a própria missão. Vale escutar o apóstolo Paulo, escrevendo
aos Coríntios, na primeira carta, quando testemunha que Cristo morreu pelos
nossos pecados. Segundo as Escrituras, capítulo sete do Livro do Apocalipse, ao
descrever uma multidão imensa que ninguém podia contar, gente de todas as
nações, tribos, povos e línguas. Todos estavam de pé, diante do trono e do
cordeiro; vestiam túnicas brancas e traziam palmas na mão. Proclamavam com voz
forte: a salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao
Cordeiro. Os que estão vestidos com túnicas brancas são os que vieram da grande
tribulação. Lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro.
Mais
adiante no Livro do Apocalipse, capítulo 21, a referência à morada de Deus com
os homens. “Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá
mais, não haverá luto, nem grito, nem dor, porque as coisas de antes passaram”.
A fé cristã professa uma compreensão rica e fecunda, de muitos capítulos, fonte
de uma esperança fidedigna – graça para enfrentar o tempo presente. A esperança
que vem da fé cristã contribui para que o ser humano assuma o compromisso de
viver para fazer o bem, na singularidade de cada carisma, vocação e missão, no
exercício de suas responsabilidades na construção da história. A realidade do
cotidiano é muito exigente, leva a cansaços, mas a esperança cristã fortalece o
coração de cada um, a partir da certeza da redenção e da vida eterna.
Em
contraponto à morte está a esperança que é luz luzente, alimento da luta pelo
bem, da compaixão pelo semelhante e do compromisso de buscar, com destemor, uma
vida mais sustentável, na contramão de todo tipo de consumismo que gera
ganâncias e mesquinhez, levando a guerras, indiferenças e a uma organização
social, política e cultural excludente, alimentadora de desigualdades
vergonhosas. Seja sempre buscada a esperança que confere à vida um sentido
autêntico, tornando-a instrumento do amor de Deus. O apóstolo Paulo alerta na
Carta aos Efésios que viver sem encontrar Cristo é viver sem esperança, porque
é viver sem Deus no mundo.
A
esperança fidedigna nasce da experiência de encontrar-se com Deus,
aproximando-se da fonte que qualifica o viver, a cada dia. Essencial se torna,
a partir do confronto existencial com a morte, cuidar da esperança que
pavimenta a estrada de cada dia. O segredo é buscar Deus, o Deus Pai de Jesus
Cristo – Salvador e Redentor, fonte amorosa inesgotável para fortalecer o ser
humano. Quem alimenta-se da esperança fidedigna não teme a morte, mesmo que
sofra com sobressaltos existenciais inevitáveis. Enfrenta a dor alicerçando-se
em Deus. Assim, ganha uma sabedoria que habita somente o coração daqueles que
reconhecem: Deus é o Senhor da vida que não passa, vencedor da morte. A
esperança que vem de Deus é fonte autêntica do amor que sustenta o coração
humano e o mantém firme, em meio a contradições e fragilidades. Aproximar-se de
Deus, alimentar-se da sua esperança, constitui o aguilhão que permite enfrentar
a morte pela certeza da vida eterna.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário