sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E POTENCIALIDADES DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, ALTRUÍSMO, HARMONIA CÓSMICA E ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Urgência da transição da matriz energética global

       As principais nações do mundo terão uma nova oportunidade para referendar políticas e ações urgentes visando ao combate à crise climática global, durante a COP28 – a Conferência das Nações Unidas para o Clima –, em Dubai. A meta da cúpula é que as iniciativas com vistas à transição da matriz energética mundial e ao mercado de crédito de carbono ganhem relevância e sejam executadas antes de 2030.

         Nesse sentido, o Brasil – que mais uma vez marca presença com sua comitiva no evento anual da Organização das Nações Unidas (ONU) – pode se orgulhar de ter em curso um movimento crescente de fontes renováveis na geração de energia, o que é um grande diferencial do país, diante dos demais.

         No que diz respeito à utilização de fontes limpas, quando comparada à matriz energética mundial, a disparidade da base brasileira é gritante. De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a matriz nacional é composta por 78% de renováveis, enquanto, na global, este montante não chega a 30%.

         Se avaliarmos a matriz elétrica, o Brasil tem na fonte solar e na eólica grandes destaques de geração, com 15,6% e 12,3% de participação, respectivamente, estando essas fontes atrás apenas da energia hídrica, que lidera com 50% de presença.

         A geração sustentável de energia a partir de fontes limpas é uma realidade brasileira. Somos uma imensa usina geradora de energia renovável, com sol e vento em abundância. Como exemplo desse protagonismo, pode-se citar o fato de que, em meados de novembro, o Brasil ultrapassou a marca de 35 gigawatts (GW) de capacidade instalada de fonte solar fotovoltaica.

         O volume envolve a geração centralizada (usinas de grande porte) e os sistemas de geração própria de energia (rooftops e a modalidade de energia solar por assinatura), inseridos no segmento de Mini e Microgeração Distribuída (MMGD). Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país conta hoje com mais de 3,1 milhões de unidades consumidoras de energia solar, tendo cerca de 2,1 milhões de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede de distribuição.

         O cenário é promissor e revela o potencial brasileiro para descarbonizar a matriz energética mundial. Que os entendimentos e declarações a serem assinados durante a COP28 avancem do cunho intencional para o desenvolvimento prático de iniciativas que possam, efetivamente, corroborar com a mitigação das emissões dos gases poluentes, provenientes de fontes fósseis. É preciso agir!

         Neste longo caminho rumo à transição energética global, o panorama comprova que o Brasil tem como trunfo nesta Conferência da ONU sua própria matriz: limpa, renovável e com imenso potencial de crescimento, incluindo, nesse escopo, a produção de biocombustíveis. A agenda ESG deve estar no discurso das grandes potências mundiais, mas, principalmente e sobretudo, nos planejamentos a curto e longo prazo, a fim de propagar essa mudança de modo horizontal.

         Os líderes presentes na cúpula devem ter em mente o objetivo claro de incentivar e cobrar do setor produtivo iniciativas sustentáveis permanentes, como já ocorre com os players que atuam no mercado MMGD, que contribuem de forma intensa para o crescimento da energia renovável no país. Disso depende o presente e o futuro do planeta, e Dubai pode representar um novo recomeço para as atuais e futuras gerações.”.

(Iuri Mendonça. CEO da Cemig SIM, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de dezembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de novembro de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A regra

       Não precisa ser mago, vidente ou iluminado para reconhecer as regras cósmicas. Elas estão aí, silenciosas, mas implacáveis. Entende quem tem juízo.

         A natureza não tolera por muito tempo a persistente autopreferência, o egoísmo, em detrimento dos outros, do interesse do conjunto, do bem comum: porque o genuíno coração da natureza é harmonia, é a fórmula que impera no universo, é coordenação e cooperação, é união de esforços para tudo funcionar.

         Por isso, nasceram as concepções de “ética”, das religiões, da filosofia, da moralidade e até da sabedoria. O ser humano que busca incessantemente, sem tréguas, a autopreferência perde sua razão de ser dentro de um organismo universal, com o qual deixa de colaborar. Torna-se hostil, pois para si faz qualquer coisa; para os outros pouco ou nada. Pior, desagrega e atrapalha para tirar vantagem.

         Os místicos dizem que o egoísta acaba sendo isolado até cair no “país das esperanças perdidas”. Perde as oportunidades de ser útil para o conjunto, perde a razão de ser em relação aos demais. Pode ser um agente cármico de penitências, um instrumento descartável do destino. Assim como a peça falida de um motor, será substituído por outra para manter a utilidade do conjunto. O parasitário é um traidor. Momentâneo, transitório, passageiro.

         Estamos de frente e dentro de um contínuo e incessante trabalho que procura desenvolver-se, melhorar-se, aperfeiçoar-se. Quem não ajuda a grande obra cairá em decadência porque a natureza não tolera o egoísmo persistente e inveterado, que não tem consciência do conjunto que o abriga e dele espera e aguarda o cumprimento de um dever.

         Basta olhar uma árvore ou olhar o corpo humano. Cada um é formado por uma multidão infindável de coisas, de organismos menores, todos trabalhando em conjunto e constituindo um único sistema, que dá vida a um só corpo. O que não presta nele ou deixa de ter utilidade é deixado para trás. A inteligência divina que sustenta o organismo se livra de milhões de partículas que esgotaram a sua função. Morrem e são expelidas, separadas, abandonadas, como suor, lágrimas e secreções.

         Quando o homem age harmoniosamente, age de acordo com o esquema universal, pode sofrer cansaço, mas pode aguardar, pois o prêmio será a evolução pessoal. O engrandecimento daquele patrimônio interno que almeja a evolução. Pode ser descrito como a personalidade, o espírito, o conjunto incrível que representa o ser humano – algo que ninguém pode subtrair. Os orientais juntam as mãos no gesto “namastê”, ou na saudação “reverencio o Deus que está em você”. Eles lembram a origem e a participação superior que cada indivíduo, “filho de Deus”, possui em si.

         A harmonia de consciência e de pensamento, portanto de uma ação correta, representa aquilo que chamamos de “ética”. Algo que silenciosamente agrada à nossa alma e a todos os justos.

         Ética em si é uma convenção de regras determinadas pelos homens, assim como a moral não é uma convenção, trata-se do julgamento de uma ação que despreza o egoísmo e atinge o bem comum.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 12,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em novembro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,68%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social, com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.

- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! (1830) ...

- "... A paz esteja convosco". (Jo 20,19) ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!