“Urgência da transição da matriz energética global
As
principais nações do mundo terão uma nova oportunidade para referendar
políticas e ações urgentes visando ao combate à crise climática global, durante
a COP28 – a Conferência das Nações Unidas para o Clima –, em Dubai. A meta da
cúpula é que as iniciativas com vistas à transição da matriz energética mundial
e ao mercado de crédito de carbono ganhem relevância e sejam executadas antes
de 2030.
Nesse
sentido, o Brasil – que mais uma vez marca presença com sua comitiva no evento
anual da Organização das Nações Unidas (ONU) – pode se orgulhar de ter em curso
um movimento crescente de fontes renováveis na geração de energia, o que é um
grande diferencial do país, diante dos demais.
No que
diz respeito à utilização de fontes limpas, quando comparada à matriz
energética mundial, a disparidade da base brasileira é gritante. De acordo com
dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a matriz nacional é composta
por 78% de renováveis, enquanto, na global, este montante não chega a 30%.
Se
avaliarmos a matriz elétrica, o Brasil tem na fonte solar e na eólica grandes
destaques de geração, com 15,6% e 12,3% de participação, respectivamente,
estando essas fontes atrás apenas da energia hídrica, que lidera com 50% de
presença.
A
geração sustentável de energia a partir de fontes limpas é uma realidade
brasileira. Somos uma imensa usina geradora de energia renovável, com sol e
vento em abundância. Como exemplo desse protagonismo, pode-se citar o fato de
que, em meados de novembro, o Brasil ultrapassou a marca de 35 gigawatts (GW)
de capacidade instalada de fonte solar fotovoltaica.
O volume
envolve a geração centralizada (usinas de grande porte) e os sistemas de
geração própria de energia (rooftops e a modalidade de energia solar por
assinatura), inseridos no segmento de Mini e Microgeração Distribuída (MMGD).
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país conta hoje com
mais de 3,1 milhões de unidades consumidoras de energia solar, tendo cerca de
2,1 milhões de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede de
distribuição.
O
cenário é promissor e revela o potencial brasileiro para descarbonizar a matriz
energética mundial. Que os entendimentos e declarações a serem assinados
durante a COP28 avancem do cunho intencional para o desenvolvimento prático de
iniciativas que possam, efetivamente, corroborar com a mitigação das emissões
dos gases poluentes, provenientes de fontes fósseis. É preciso agir!
Neste
longo caminho rumo à transição energética global, o panorama comprova que o
Brasil tem como trunfo nesta Conferência da ONU sua própria matriz: limpa,
renovável e com imenso potencial de crescimento, incluindo, nesse escopo, a
produção de biocombustíveis. A agenda ESG deve estar no discurso das grandes
potências mundiais, mas, principalmente e sobretudo, nos planejamentos a curto
e longo prazo, a fim de propagar essa mudança de modo horizontal.
Os
líderes presentes na cúpula devem ter em mente o objetivo claro de incentivar e
cobrar do setor produtivo iniciativas sustentáveis permanentes, como já ocorre
com os players que atuam no mercado MMGD, que contribuem de forma intensa para
o crescimento da energia renovável no país. Disso depende o presente e o futuro
do planeta, e Dubai pode representar um novo recomeço para as atuais e futuras
gerações.”.
(Iuri Mendonça. CEO da Cemig SIM, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de
dezembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de novembro de 2023, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“A regra
Não
precisa ser mago, vidente ou iluminado para reconhecer as regras cósmicas. Elas
estão aí, silenciosas, mas implacáveis. Entende quem tem juízo.
A
natureza não tolera por muito tempo a persistente autopreferência, o egoísmo,
em detrimento dos outros, do interesse do conjunto, do bem comum: porque o
genuíno coração da natureza é harmonia, é a fórmula que impera no universo, é
coordenação e cooperação, é união de esforços para tudo funcionar.
Por
isso, nasceram as concepções de “ética”, das religiões, da filosofia, da
moralidade e até da sabedoria. O ser humano que busca incessantemente, sem
tréguas, a autopreferência perde sua razão de ser dentro de um organismo
universal, com o qual deixa de colaborar. Torna-se hostil, pois para si faz
qualquer coisa; para os outros pouco ou nada. Pior, desagrega e atrapalha para
tirar vantagem.
Os
místicos dizem que o egoísta acaba sendo isolado até cair no “país das
esperanças perdidas”. Perde as oportunidades de ser útil para o conjunto, perde
a razão de ser em relação aos demais. Pode ser um agente cármico de
penitências, um instrumento descartável do destino. Assim como a peça falida de
um motor, será substituído por outra para manter a utilidade do conjunto. O
parasitário é um traidor. Momentâneo, transitório, passageiro.
Estamos
de frente e dentro de um contínuo e incessante trabalho que procura
desenvolver-se, melhorar-se, aperfeiçoar-se. Quem não ajuda a grande obra cairá
em decadência porque a natureza não tolera o egoísmo persistente e inveterado,
que não tem consciência do conjunto que o abriga e dele espera e aguarda o
cumprimento de um dever.
Basta
olhar uma árvore ou olhar o corpo humano. Cada um é formado por uma multidão
infindável de coisas, de organismos menores, todos trabalhando em conjunto e
constituindo um único sistema, que dá vida a um só corpo. O que não presta nele
ou deixa de ter utilidade é deixado para trás. A inteligência divina que
sustenta o organismo se livra de milhões de partículas que esgotaram a sua
função. Morrem e são expelidas, separadas, abandonadas, como suor, lágrimas e
secreções.
Quando o
homem age harmoniosamente, age de acordo com o esquema universal, pode sofrer
cansaço, mas pode aguardar, pois o prêmio será a evolução pessoal. O
engrandecimento daquele patrimônio interno que almeja a evolução. Pode ser
descrito como a personalidade, o espírito, o conjunto incrível que representa o
ser humano – algo que ninguém pode subtrair. Os orientais juntam as mãos no
gesto “namastê”, ou na saudação “reverencio o Deus que está em você”. Eles
lembram a origem e a participação superior que cada indivíduo, “filho de Deus”,
possui em si.
A
harmonia de consciência e de pensamento, portanto de uma ação correta,
representa aquilo que chamamos de “ética”. Algo que silenciosamente agrada à
nossa alma e a todos os justos.
Ética em
si é uma convenção de regras determinadas pelos homens, assim como a moral não
é uma convenção, trata-se do julgamento de uma ação que despreza o egoísmo e
atinge o bem comum.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- "... A paz esteja convosco". (Jo 20,19) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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