quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DO COOPERATIVISMO, LOGÍSTICA E COMPETITIVIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA DIGNIDADE HUMANA, CLARIVIDÊNCIA DO AMOR, LIBERDADE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, ÉTICA, JUSTIÇA E PAZ NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (85/85)

(Janeiro = mês 85; faltam 85 meses para a Primavera Brasileira)

 “O cooperativismo e os desafios logísticos do país

       O Brasil é um dos maiores países do mundo, com uma extensão de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e uma população que já supera os 203 milhões de habitantes. Essa vastidão territorial, somada ao expressivo número de consumidores de bens e serviços que seu contingente populacional representa, revela aos brasileiros um rol de desafios logísticos que são complexos na solução e, ao mesmo tempo, determinantes para o desenvolvimento econômico do país.

         Problemas de infraestrutura, transporte, tecnologia e comunicação, para citar alguns, afetam empresas e cidadãos, tornando-se gargalos a serem superados sem dúvida, mas também oportunidades de crescimento e ganhos de eficiência para diversos setores econômicos e cadeias produtivas.

         Nesse cenário, é fundamental destacar o papel do cooperativismo na resposta a parte importante de nossas demandas logísticas atuais. Comecemos pela atuação das cooperativas de reciclagem em iniciativas de logística reversa, realizando a coleta e o reaproveitamento de resíduos sólidos que retornam para os sistemas de produção.

         Trata-se de uma iniciativa central para construirmos um mundo mais sustentável. Além de reduzir a produção de lixo, o consumo e, consequentemente, a extração de insumos naturais, a logística reversa protege o meio ambiente e ainda gera renda e prosperidade aos cooperados e às comunidades onde as cooperativas estão inseridas.

         A contribuição do cooperativismo também tem sido essencial no campo da logística de transportes. Atuando em diversas frentes, as cooperativas apresentam soluções em ecossistemas que melhoram as condições de trabalho para os motoristas, especialmente no transporte de cargas e no coletivo de passageiros.

         Em Minas Gerais, o ramo de transporte conta com mais de 30 mil cooperados, 170 cooperativas, 2.000 empregos diretos e uma movimentação econômica de R$ 3 bilhões.

         Valorizando seus associados e tornando o mercado de trabalho mais competitivo para eles por meio da cooperação, o cooperativismo de transporte busca caminhos para os problemas de mobilidade urbana, escoamento de produção e sustentabilidade. Dessa forma, o setor já vem investindo em fontes limpas de energia e em plataformas digitais de transporte, por exemplo.

         Despontando com ações inovadoras, as cooperativas estão na dianteira com soluções de tecnologia da informação, inclusão digital, infraestrutura e comércio digital. Combinando os princípios do cooperativismo, todas essas organizações têm contribuído, em diferentes escalas, para a construção de estratégias que garantam as operações de transporte com qualidade e segurança. Isso tem ampliado a mobilidade e melhorado a competitividade com sustentabilidade em nosso país, mesmo porque não há estratégia sem pessoas e, fundamentalmente, o ser humano é que está no foco do cooperativismo.”.

 

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 29 de dezembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Interpelação pela paz

       O Papa Francisco brinda a humanidade com uma bonita mensagem sobre a relação entre a inteligência artificial e a paz. O texto, pelo 57º Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2024, é dirigido a todas as pessoas, com augúrios de paz. A interpelação do Papa é para que o progresso da ciência e da tecnologia contribua para edificar o caminho que leva à paz, especialmente neste tempo de tantas conturbações. A mensagem sublinha que a paz não é conquista somente nas mesas de negociações, ou a partir de indispensáveis entendimentos humanísticos. A conquista da paz depende também dos âmbitos complexos e esperançosos relacionados ao desenvolvimento científico e tecnológico. O texto destaca um aspecto essencial ao lembrar o que diz a Sagrada Escritura: Deus deu aos homens e mulheres o seu Espírito a fim de terem “sabedoria, inteligência e capacidade para toda espécie de trabalho” (Ex 35,31). Há de se compreender que a inteligência, diz o Papa Francisco, é a expressão da dignidade humana dada pelo Criador – Deus fez o ser humano à sua imagem e semelhança, com a capacidade de tudo responder, pela liberdade e pelo conhecimento, a partir da força e da clarividência do amor.

         O amor há de ser componente determinante da produção científica e tecnológica. Trata-se da força que permite à produção científica e tecnológica desenvolver todo o seu extraordinário potencial criativo. Assim, o ser humano é desafiado a emoldurar suas atividades e ações inventivas com o amor. Isto significa assumir que o primeiro propósito é a construção de uma civilização digna para toda a humanidade. O progresso científico e tecnológico deve ser sempre norteado pelo compromisso de contribuir, efetivamente, para uma melhor organização da sociedade, fundamentada nos parâmetros da justiça e da solidariedade. Os avanços técnico-científicos precisam levar ao aperfeiçoamento humano que é essencial à conquista da paz. Deve-se considerar também a necessidade de melhor compartilhar os benefícios alcançados com o desenvolvimento da técnica e da ciência, gerando equilíbrio social, muito necessário a uma sociedade pacífica.

         O Papa Francisco aponta para os notáveis avanços das tecnologias da informação, especialmente na esfera digital. Esses avanços surgem como entusiasmantes oportunidades, mas também representam graves riscos, capazes de levar a sérias implicações no inegociável compromisso com a justiça e a harmonia entre os povos. O Pontífice apresenta algumas perguntas para inspirar reflexões: quais serão as consequências, a médio e longo prazo, das novas tecnologias digitais? E que impactos terão sobre a vida dos indivíduos e da sociedade, sobre a estabilidade e a paz? Neste horizonte, aparece forte a consideração criteriosa a respeito do futuro da inteligência artificial, suas possibilidades e riscos. A informática e os processo de digitalização estabelecem profundas transformações na vida social, com impactos em toda a humanidade. Em tom de advertência educativa, o Papa Francisco convida as pessoas a tomarem consciência sobre as transformações desencadeadas pela tecnologia digital, configurando novas feições nas comunicações, administração pública, processos educativos, relações de consumo, intercâmbios sociais e culturais.

         De modo especial, o Papa Francisco sublinha um importante fenômeno na atual realidade fortemente marcada pela presença algoritmos: os vestígios digitais deixados na internet, que permitem a apropriação indevida de muitas informações a respeito das pessoas, tornam real a possibilidade de se controlar hábitos, modos de pensar e atitudes, simplesmente para o atendimento de interesses comerciais ou políticos. Essa apropriação indevida, conforme alerta o Papa, é ameaça à liberdade humana para se fazer escolhas. Há, pois, o risco de que as pessoas sejam manipuladas por quem se apropria de vestígios digitais presentes na internet. Por isso, deve-se sempre considerar que as conquistas científicas e tecnológicas não estão inscritas em uma área de neutralidade. Ao invés disso, estão sujeitas a muitas influências – podem estar em colisão com valores socioculturais de diferentes lugares. O avanço técnico e científico, assim, demanda uma necessária consideração ética de suas consequências.

         Nesse horizonte, as diferentes formas de inteligência artificial, ainda sem definição do próprio campo técnico-científico, pedem uma imprescindível abordagem ética. A mensagem do Papa lembra que a expressão “inteligência artificial”, comum às muitas ciências, remete às máquinas que imitam a inteligência humana, ou seja, são formas de inteligência que escancaram o abismo existente entre sistemas poderosos e a própria existência humana. Deve-se, pois, considerar como são utilizados esses sistemas sociotécnicos, compreendendo, conforme orienta o Papa, que a “inteligência artificial” constitui uma galáxia de realidades diversas. O desenvolvimento dessas realidades não significa garantia de benefícios para o futuro da humanidade. Diz o Papa Francisco, em tom de convocação: as conquistas para a civilização somente serão possíveis se o desenvolvimento técnico-científico for acompanhado de respeito aos valores humanos fundamentais, a exemplo da inclusão, da transparência, da segurança, da equidade, da privacidade e da fiabilidade. O respeito aos valores humanos no desenvolvimento da ciência e da técnica é lúcida interpretação, um compromisso essencial para a promoção da paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 11,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em novembro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,68%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo; pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social, com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.

- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! (1830) ...

- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!