(Janeiro = mês 85; faltam 85 meses para a Primavera Brasileira)
O Brasil é um dos maiores países do mundo, com uma
extensão de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados e uma população que já
supera os 203 milhões de habitantes. Essa vastidão territorial, somada ao
expressivo número de consumidores de bens e serviços que seu contingente
populacional representa, revela aos brasileiros um rol de desafios logísticos
que são complexos na solução e, ao mesmo tempo, determinantes para o
desenvolvimento econômico do país.
Problemas de
infraestrutura, transporte, tecnologia e comunicação, para citar alguns, afetam
empresas e cidadãos, tornando-se gargalos a serem superados sem dúvida, mas
também oportunidades de crescimento e ganhos de eficiência para diversos
setores econômicos e cadeias produtivas.
Nesse cenário, é
fundamental destacar o papel do cooperativismo na resposta a parte importante
de nossas demandas logísticas atuais. Comecemos pela atuação das cooperativas
de reciclagem em iniciativas de logística reversa, realizando a coleta e o
reaproveitamento de resíduos sólidos que retornam para os sistemas de produção.
Trata-se de uma iniciativa
central para construirmos um mundo mais sustentável. Além de reduzir a produção
de lixo, o consumo e, consequentemente, a extração de insumos naturais, a
logística reversa protege o meio ambiente e ainda gera renda e prosperidade aos
cooperados e às comunidades onde as cooperativas estão inseridas.
A contribuição do
cooperativismo também tem sido essencial no campo da logística de transportes.
Atuando em diversas frentes, as cooperativas apresentam soluções em
ecossistemas que melhoram as condições de trabalho para os motoristas,
especialmente no transporte de cargas e no coletivo de passageiros.
Em Minas Gerais, o ramo de
transporte conta com mais de 30 mil cooperados, 170 cooperativas, 2.000
empregos diretos e uma movimentação econômica de R$ 3 bilhões.
Valorizando seus
associados e tornando o mercado de trabalho mais competitivo para eles por meio
da cooperação, o cooperativismo de transporte busca caminhos para os problemas
de mobilidade urbana, escoamento de produção e sustentabilidade. Dessa forma, o
setor já vem investindo em fontes limpas de energia e em plataformas digitais
de transporte, por exemplo.
Despontando com ações
inovadoras, as cooperativas estão na dianteira com soluções de tecnologia da
informação, inclusão digital, infraestrutura e comércio digital. Combinando os
princípios do cooperativismo, todas essas organizações têm contribuído, em
diferentes escalas, para a construção de estratégias que garantam as operações
de transporte com qualidade e segurança. Isso tem ampliado a mobilidade e
melhorado a competitividade com sustentabilidade em nosso país, mesmo porque
não há estratégia sem pessoas e, fundamentalmente, o ser humano é que está no
foco do cooperativismo.”.
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização
para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 29 de dezembro de 2023, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Interpelação pela paz
O
Papa Francisco brinda a humanidade com uma bonita mensagem sobre a relação
entre a inteligência artificial e a paz. O texto, pelo 57º
Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2024, é dirigido a todas as pessoas, com
augúrios de paz. A interpelação do Papa é para que o progresso da ciência e da
tecnologia contribua para edificar o caminho que leva à paz, especialmente
neste tempo de tantas conturbações. A mensagem sublinha que a paz não é
conquista somente nas mesas de negociações, ou a partir de indispensáveis
entendimentos humanísticos. A conquista da paz depende também dos âmbitos
complexos e esperançosos relacionados ao desenvolvimento científico e
tecnológico. O texto destaca um aspecto essencial ao lembrar o que diz a
Sagrada Escritura: Deus deu aos homens e mulheres o seu Espírito a fim de terem
“sabedoria, inteligência e capacidade para toda espécie de trabalho” (Ex
35,31). Há de se compreender que a inteligência, diz o Papa Francisco, é a
expressão da dignidade humana dada pelo Criador – Deus fez o ser humano à sua
imagem e semelhança, com a capacidade de tudo responder, pela liberdade e pelo
conhecimento, a partir da força e da clarividência do amor.
O amor
há de ser componente determinante da produção científica e tecnológica.
Trata-se da força que permite à produção científica e tecnológica desenvolver
todo o seu extraordinário potencial criativo. Assim, o ser humano é desafiado a
emoldurar suas atividades e ações inventivas com o amor. Isto significa assumir
que o primeiro propósito é a construção de uma civilização digna para toda a
humanidade. O progresso científico e tecnológico deve ser sempre norteado pelo
compromisso de contribuir, efetivamente, para uma melhor organização da
sociedade, fundamentada nos parâmetros da justiça e da solidariedade. Os
avanços técnico-científicos precisam levar ao aperfeiçoamento humano que é
essencial à conquista da paz. Deve-se considerar também a necessidade de melhor
compartilhar os benefícios alcançados com o desenvolvimento da técnica e da
ciência, gerando equilíbrio social, muito necessário a uma sociedade pacífica.
O Papa
Francisco aponta para os notáveis avanços das tecnologias da informação,
especialmente na esfera digital. Esses avanços surgem como entusiasmantes
oportunidades, mas também representam graves riscos, capazes de levar a sérias
implicações no inegociável compromisso com a justiça e a harmonia entre os
povos. O Pontífice apresenta algumas perguntas para inspirar reflexões: quais
serão as consequências, a médio e longo prazo, das novas tecnologias digitais?
E que impactos terão sobre a vida dos indivíduos e da sociedade, sobre a
estabilidade e a paz? Neste horizonte, aparece forte a consideração criteriosa
a respeito do futuro da inteligência artificial, suas possibilidades e riscos.
A informática e os processo de digitalização estabelecem profundas transformações
na vida social, com impactos em toda a humanidade. Em tom de advertência
educativa, o Papa Francisco convida as pessoas a tomarem consciência sobre as
transformações desencadeadas pela tecnologia digital, configurando novas
feições nas comunicações, administração pública, processos educativos, relações
de consumo, intercâmbios sociais e culturais.
De modo
especial, o Papa Francisco sublinha um importante fenômeno na atual realidade
fortemente marcada pela presença algoritmos: os vestígios digitais deixados na
internet, que permitem a apropriação indevida de muitas informações a respeito
das pessoas, tornam real a possibilidade de se controlar hábitos, modos de
pensar e atitudes, simplesmente para o atendimento de interesses comerciais ou
políticos. Essa apropriação indevida, conforme alerta o Papa, é ameaça à
liberdade humana para se fazer escolhas. Há, pois, o risco de que as pessoas
sejam manipuladas por quem se apropria de vestígios digitais presentes na
internet. Por isso, deve-se sempre considerar que as conquistas científicas e
tecnológicas não estão inscritas em uma área de neutralidade. Ao invés disso,
estão sujeitas a muitas influências – podem estar em colisão com valores
socioculturais de diferentes lugares. O avanço técnico e científico, assim,
demanda uma necessária consideração ética de suas consequências.
Nesse
horizonte, as diferentes formas de inteligência artificial, ainda sem definição
do próprio campo técnico-científico, pedem uma imprescindível abordagem ética.
A mensagem do Papa lembra que a expressão “inteligência artificial”, comum às
muitas ciências, remete às máquinas que imitam a inteligência humana, ou seja,
são formas de inteligência que escancaram o abismo existente entre sistemas
poderosos e a própria existência humana. Deve-se, pois, considerar como são
utilizados esses sistemas sociotécnicos, compreendendo, conforme orienta o
Papa, que a “inteligência artificial” constitui uma galáxia de realidades
diversas. O desenvolvimento dessas realidades não significa garantia de
benefícios para o futuro da humanidade. Diz o Papa Francisco, em tom de
convocação: as conquistas para a civilização somente serão possíveis se o
desenvolvimento técnico-científico for acompanhado de respeito aos valores
humanos fundamentais, a exemplo da inclusão, da transparência, da segurança, da
equidade, da privacidade e da fiabilidade. O respeito aos valores humanos no
desenvolvimento da ciência e da técnica é lúcida interpretação, um compromisso
essencial para a promoção da paz.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São,
e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o
nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência
artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do
desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social,
com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação
dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão
olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal!
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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