“Quatro gerações no mercado de trabalho
Nos
últimos anos, o debate sobre a coexistência de gerações no mercado de trabalho
pautou muitas pesquisas e debates, seja no setor privado ou público. Um dos
motivos é que, pela primeira vez na história, quatro gerações compartilham o
ambiente laboral, conjugando diferentes formas de pensar, interagir e
trabalhar. De forma prática, esses grupos são classificados da seguinte forma:
baby boomers (nascidos entre 1945 e
1964), geração X (nascidos entre 1965 e 1980), geração Y ou millenials (nascidos
entre 1981 e 1995) e geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).
O
primeiro é o grupo de pessoas mais velhas, e muitos já estão até aposentados. O
mercado de trabalho para eles era completamente diferente, com pouca tecnologia
e menos recursos para facilitar a rotina. Levando em consideração que a
empregabilidade era uma questão mais séria, o trabalho ocupava um lugar
prioritário na vida, com planos de carreira numa mesma empresa. A geração X é a
sucessora. Ela floresceu num período de desenvolvimento, revolução cultural,
liberdades individuais e emergência do empreendedorismo. Como herança, essas
pessoas também priorizam o trabalho, a jornada profissional linear e a
estabilidade na rotina.
Já
aqueles nascidos da década de 1980 em diante fazem parte da geração Y ou
millenials. Um dos destaques desse período foi vivenciar a transição de um
mundo analógico para o digital e, com isso, maior globalização. Por isso, esses
profissionais costumam ser mais acelerados e imediatistas, exigindo o mesmo
ritmo, ambiente dinâmico e recompensador. Por fim, chega a mais nova e mais
pesquisada, a geração Z. são profissionais de uma era conectada, digitalizada,
intuitiva e com muita informação, o que os torna mais independentes no
aprendizado, porém com baixa tolerância à frustração. Já não almejam um emprego
“para a vida toda”, desejam liberdade geográfica, boa remuneração, confiança na
capacidade criativa e preferência pelo modelo home office.
Diante
disso, fica a pergunta: quais os principais desafios para as empresas que
empregam essas quatro gerações? Cada uma traz urgências, necessidades e
recursos muito particulares. Primeiro, é construir uma cultura de acolhimento à
diversidade, inclusive de idade. Os times precisam trabalhar a capacidade de
conectar ideias, entender os diferentes níveis de letramento digital, valorizar
o tempo de experiência dos mais velhos e a energia para inovação dos mais jovens.
Para que
isso ocorra, é preciso personalizar as entregas para cada membro da equipe,
oferecendo treinamentos e reciclagem, momentos de sociabilidade para troca de
experiências e habilidades, planos de carreiras e um RH bem alinhado à cultura
de diversidade etária. A promoção da inclusão e do respeito no ambiente
corporativo deve fazer parte do cotidiano das empresas.
Para
finalizar, nenhuma dessas ações e trocas será possível sem que a alta gestão
estude e acompanhe as mudanças geracionais. A transformação sempre será
contínua, e o sucesso empresarial dependerá da postura de atenção das
lideranças executivas para este momento único na nossa história.”.
(Douglas Arantes. Gerente Regional da Amcham
Minas Gerais, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 13 de julho de 2024, caderno OPINIÃO, página 13).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 12 de julho de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Superar a indiferença
Este
é um convite em tom de convocação e advertência, do Papa Francisco, em mensagem
por ocasião do Dia Mundial da Paz de 2016. Sabe-se que o berço da indiferença é
o coração humano, onde também pode residir sentimentos que afrontam os mais
necessitados de solidariedade. É preciso, pois, redobrar atenção ao que ocorre
no mundo contemporâneo, para que este convite – supere a indiferença – seja
acolhido e novo rumo possa ser dado à sociedade, a partir do dia a dia de cada
cidadão, nos seus compromissos sociais, políticos, culturais e religiosos.
Importante lembrar que o convite do Papa Francisco para superar a indiferença,
se acolhido, pode levar à conquista da paz e da solidariedade – que é a cura
para o veneno da indiferença.
A
ausência de paz leva a prejuízos amargos e de todo tipo – inviabiliza o
desenvolvimento integral, promove o adoecimento das pessoas e da sociedade. E a
paz não convive com a indiferença. O ponto de partida para se alcançar uma
sociedade mais pacífica é lembrar: “Deus não é indiferente; importa-lhe a
humanidade”. Essa afirmação do Papa Francisco precisa emoldurar o sentido da
vida humana, que não pode ser substituído por outros sentidos. Reconhecer e
priorizar o sentido da vida humana leva ao fortalecimento da fraternidade
universal – esperança que precisa ser vetor diferentes atitudes, para superar
lacunas humanitárias muito graves. Há de se despertar e cultivar a consciência
cidadã que leva a reconhecer: a paz é dom de Deus que precisa ser cultivado,
permanentemente, em grandes projetos, mas também nos gestos simples, nas ações
cordiais do cotidiano – cumprimentos, a oferta de uma ajuda, a partilha de uma
palavra, a gentileza de se ceder um lugar.
A fé
cristã ajuda a compreender sobre a importância do semelhante. Deve, pois,
auxiliar o ser humano a enfrentar diferentes tipos de indiferença – que
alimentam guerras, terrorismos, pobreza, abandono e a morte do espírito de
solidariedade, causando desastres humanos e naturais, pesando especialmente
sobre os ombros dos pobres e vulneráveis da terra. O mal da indiferença cria
raízes de muitas formas, podendo ser cultivado por certa comodidade e até por
interesses que afrontam o bem comum, na contramão da postura altruísta de se
dedicar a projetos humanitários e culturais que garantam o bem coletivo. A
indiferença enjaula o ser humano na mesquinhez, condenando-o a ficar preso
apenas aos cálculos que almejam somente o acúmulo de seu próprio patrimônio.
Uma ambição desmedida, que o faz buscar riquezas para além de suas necessidades,
desconsiderando até mesmo que a própria trajetória encontrará o seu fim no
desafiador fenômeno da morte.
Urgente
é cultivar um coração humilde e compassivo, para se interessar e considerar
como próprias as alegrias e esperanças, tristezas e angústias dos semelhantes.
Assim são encontradas as razões para o exercício da solidariedade. Cada pessoa
é desafiada a se sensibilizar com o que ocorre nas periferias existenciais –
dedicando atenção aos que convivem na sua própria casa, contexto religioso, no
ambiente de trabalho e em outros campos de relacionamento social. Um caminho
para potencializar, conforme lembra o Papa Francisco, a capacidade da
civilização contemporânea de se dedicar aos mais fragilizados do planeta e de
defender o bem comum. O Papa lembra que, na raiz da vocação humana fundamental
à fraternidade e à vida comum, está a solidária corresponsabilidade.
Importa,
pois, levar mais dignidade às relações interpessoais, buscando assumir
compromissos que sejam contraponto à indiferença. É preciso curar os corações
que não se interessam pelo que ocorre ao seu redor, que se esquivam com medo de
deixar a própria zona de conforto, que se deixam presidir pela soberba ou pela
perversidade. Especialmente grave é a indiferença em relação a Deus, raiz para
o descaso dedicado ao semelhante e à casa comum. A indiferença em relação a
Deus ocorre quando o ser humano se julga autor de sua própria vida, tentando
prescindir do Pai Criador. Ao desconsiderar Deus, o ser humano torna-se
soberbo, acreditando que não precisa respeitar ninguém. Incapacita-se para
enxergar os direitos de seus semelhantes. E a indiferença em relação ao
semelhante promove todo tipo de injustiça, cria cegueiras para a importância do
sentido da gratuidade e da solidariedade.
No mundo
contemporâneo, todos recebem uma avalanche de informações, mas há grave
carência de sentimentos humanitários. As consciências parecem anestesiadas pelo
intenso fluxo informacional, incapazes de alcançar respostas para misérias e
exclusões. Existem também aqueles que optam por manter-se distantes das
informações que poderiam gerar incômodo, encastelando-se em uma mesquinha zona
de conforto. É preciso reagir, pois a indiferença ameaça a paz. E não basta
buscar aliviar a própria consciência com a participação em ações emergenciais.
A interpelação é combater a indiferença, reconhecendo-a e debelando-a com
adequada sensibilidade social. Assim é possível ir além de ações
assistencialistas, para alcançar atitudes efetivas capazes de levar a sociedade
aos trilhos da justiça e do amor. O primeiro e decisivo passo é investir,
seriamente, na conversão do próprio coração. Cada ser humano aceite ser
protagonista desse importante processo de conversão, derrubando os muros da
soberba, assumindo com coragem o compromisso de superar as mais variadas formas
de indiferença.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto
das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas,
soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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