“O executivo e seus desafios na execução
Vivemos
num mundo corporativo repleto de desafios. O apetite e a exigência de sólidos
números nos levam a um cenário de urgência pela ação. Acredito que a maior
dificuldade de qualquer líder é transpor o planejamento e entregar o resultado
propriamente dito. Esta ‘ponte’, do planejar ao entregar, chama-se ‘execução’ e
inspirou o título de uma obra de Larry Bossidy e Ram Charam – “Execução: A
disciplina para Atingir Resultados”. Nessa obra, os autores dissertam sobre as
barreiras existentes entre as boas ideias e a concretização real delas. De
acordo com o livro, a execução precisa ser vista como um hábito, um ato de
disciplina, o que demanda uma mudança de atitude, comportamento e resiliência.
O papel principal na implementação desse hábito é do líder. Estar somente nos
bastidores não vai levar ao caminho do sucesso. Um método de trabalho
bem-sucedido quando falamos de execução empresarial raramente é uma torre
unidirecional e inflexível de decisões. Portanto, executar a estratégia não é
apenas uma estratégia que vem cima para baixo, mas também uma habilidade que
envolve criatividade e disciplina de toda a estrutura.
Jim
Collins – renomado escritor e professor americano – iniciou um estudo bem
detalhado e amplo sobre a lacuna de ação e método de trabalho intrínseco nas
melhores companhias do mundo: por qual motivo algumas prosperam e outras não?
Do livro “Empresas Feitas para Vencer”, de sua autoria, podemos ter de forma
clara que a execução é um dos elementos de sucesso. Jim cita: “Não são as
circunstâncias que causam resultados – são as pessoas”. O maior entrave da
execução da estratégia empresarial é a relação estabelecida entre o time de
planejamento e o time tático. Os executivos precisam entender que esses dois
times são igualmente essenciais, mas costumam ter pontos de vistas bastante
divergentes. Gerar responsabilidade e comprometimento de toda a equipe é parte
preponderante do sucesso. O contexto circunstancial é apenas uma fotografia do
momento da empresa. É a forma como suas equipes encaram essas circunstâncias
que é determinante – o cooperativismo, os valores individuais, as atitudes e a
habilidade de não perder o foco dos objetivos anteriormente traçados. Isso
define a qualidade da execução e, consequentemente, o resultado pretendido. Por
isso, desde o marco zero, trabalhar de forma integrada é fundamental.
Por fim,
altos e baixos são inevitáveis. Adversidades vão ocorrer, e é importante
manter-se atento, exercitando a resiliência mesmo quando o panorama não for
favorável. Adaptar-se às mudanças é crucial nos negócios. Isso significa estar
aberto às inovações tecnológicas, compreender as preferências do cliente-alvo e
manter-se atualizado sobre as tendências do setor. Assim, quando uma crise
surgir, o processo decisório será consciente e sem efeito surpresa.”.
(José Carlos Rocha Júnior. COO da Vero Internet
e membro da Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 17 de julho de 2024, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 19 de julho de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Gramática do coração
No
coração humano hospedam-se indiferenças que precisam ser adequadamente tratadas
sob o risco de inesperada e elevada cobrança a se pagar pela displicência. A
atenção focada apenas em estratégias políticas, econômicas e outras questões da
vida humana contemporânea, não pode transcurar o que o coração de cada pessoa
inscreve na sua gramática. São perigosas as reações que podem nascer das
indiferenças, surpreendendo esquemas rígidos de segurança e comprometendo
vidas, projetos e processos importantes. O dito sapiencial, de relevância
espiritual de Jesus, na sua maestria, no Sermão da Montanha, conta muito e
guarda preciosa advertência e indicação de zelo: ‘Onde estiver o teu tesouro,
aí estará também o teu coração’.
O
tesouro de cada um é o forro do seu coração, funcionando como luz do corpo.
Jesus sublinha: ‘A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for bom, ficarás todo
cheio de luz; mas se teu olho for mau, ficarás todo em trevas. Ora, se a luz em
ti é trevas, quão densas serão essas trevas’. A força deste ensinamento e
advertência ilumina a preocupação que se deve ter de qualificar o tecido do
próprio coração para o exercício da solidariedade e incondicional respeito à
dignidade de cada pessoa. E, assim, também priorizar e efetivar um novo estilo
de vida na casa comum, por meio de mudanças e procedimentos que consigam tratar
de modo diferente o meio ambiente. Por isso, é um perigo se descuidar do
fenômeno das indiferenças que tomam conta dos corações enjaulados na mesquinhez
e no desgosto, impedindo gestos e atitudes pela paz e nobreza no relacionamento
humano.
Importa,
pois, operar verificações sobre as diferentes fisiionamias da indiferença em
relação ao próximo. São muitos os dramas que afligem a humanidade, sendo
urgente tocar os corações, não permitindo que o risco real de se ter muitas
informações, trazidas pelas facilidades fascinantes dos meios e tecnologias
atuais, impeça que sejam cultivadas a sensibilidade e a espiritualidade para
mudar, urgentemente, circunstâncias ameaçadoras na vida comum. O combate à
indiferença precisa ser alavancado pelo indispensável sentimento de compaixão,
sem o olhar que permite alcançar o outro, particularmente o pobre e vulnerável,
mantendo-se na estreiteza de lógicas que não adotam o perdão e a reconciliação.
Tem-se muitas e variadas informações sem que, no entanto, seja produzida uma
luminosa consciência solidária. Pode-se constatar uma certa anestesia da
sensibilidade, convencendo corações a escolhas e a posturas que levam a
consequências prejudiciais, inclusive para a própria pessoa, afetando o
conjunto e a interioridade da precisada sociedade solidária. Justifica-se,
facilmente, tudo, distribuindo, rancorosamente, o rol de culpas, apontando,
falaciosamente, os pobres como responsáveis primeiros, justificando
encastelamentos que perpetuam ódios e fechamentos às partilhas e urgente
reconciliação.
Essa
realidade é como mortal câncer social que justifica e permite a corrupção, a
formação hermética de oligarquias, alimentando ideologias políticas perversas e
destrutivas. Aí estão raízes evidentes do comprometimento da paz mundial, nas
instituições e nas famílias. Tudo nasce no risco de não sentir compaixão pela
humanidade sofredora. Na contramão, urge-se exercitar-se na escuta do grito
surdo vindo das angústias que afligem a humanidade, pedindo e indicando a
importância terapêutica de interessar-se e ocupar-se com o que pesa sobre os
ombros dos outros, co-responsabilizando-se
por soluções e contribuindo por atitudes solidárias e compassivas, não
se pautando em mágoas, ressentimentos e na mesquinhez do próprio conforto. É
evidente o risco do conforto amordaçar o coração, impedindo-o de gestos de
altruísmo e o privando de sabedorias que impulsionem comprometimentos e
intuições na tarefa cidadã de edificar uma sociedade mais justa e solidária.
Compreende-se, neste mesmo horizonte, a incompetência social e política de
tratar a casa comum a partir de um outro estilo de vida, matando-a, assim, e
pagando preços altos por reações da natureza, que levam a penúrias e à
escassez, a exemplo da água e dos alimentos.
Um
coração indiferente é naturalmente fechado e desinteressado. É urgente o
investimento para sair de um sentimento de indiferença para um coração
misericordioso. Coração misericordioso por considerar o outro sempre como
irmão, sem trair a fraternidade, de nenhum modo e em nenhuma circunstância. Não
se pode deixar valer a síndrome de Caim para com Abel, iluminados sempre pela
verdade de igual dignidade, todos à imagem e semelhança de Deus. Quando a
fraternidade é quebrada, em qualquer nível ou intensidade, paga-se de muitos
modos, hoje ou amanhã um alto preço. Há um chamamento à responsabilidade para
com o outro, sem preconceitos e discriminações. ‘Onde está o teu irmão?’,
interrogação central no episódio Caim e Abel, deve ecoar fortemente no coração
de cada pessoa como dispositivo gerador de indispensável sensibilidade
solidária e fraterna. É indispensável, pois, como Deus se interessa,
interessar-se pelo destino do outro, não como ingerência, mas como
solidariedade que qualifica relacionamentos, muda rumos e reorganiza a
sociedade em outros possíveis parâmetros de convivência.
Há de se
aprender, como remédio, a ser misericordioso como forro de qualidade do próprio
coração, para não se tornar o indivíduo grande por feitos e projetos, mas
apequenado por omitir-se na solidariedade e no empenho político de edificação
da sociedade nos trilhos da justiça solidária. É preciso adotar a solidariedade
com o firme e perseverante empenho pelo bem comum, aprendizagem prioritária e
exercício diário, em ensinamentos formais e em práticas cotidianas, fazendo
valer o princípio cristão que considera o outro sempre o mais importante,
derrubando os muros do orgulho, a mesquinhez do ressentimento, seduzidos todos
pela galhardia da nobreza de cada gesto, por ela alargando horizontes,
apontando novos rumos e encontrando soluções.
Inscrever
a solidariedade na gramática do coração é adotar um programa de vida que faz do
amor e da compaixão os trilhos do próprio caminhar. Valha, e seja acolhido, o
precioso convite de se ser fomentador da cultura da solidariedade e da
misericórdia como combate efetivo da perniciosa e daninha indiferença. A
gramática do coração é a solidariedade adotada como virtude moral e
comportamento social, um caminho que pode, passo a passo, reacender luzes de esperança
no horizonte nebuloso da sociedade contemporânea.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador
e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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