“Autêntico
A
raça humana possui incontáveis expressões únicas, resultantes de encontros
genéticos igualmente incontáveis. Os seres, mesmo nascendo da mesma mãe e por
intervenção de um só e único pai, não podem ser iguais, se diferenciam entre
si. Podem ser muito parecidos, mas não idênticos.
À luz da
crença na reencarnação, defendida pelas religiões orientais, na composição do
indivíduo se encontram bilhões de ocorrências que deixaram consequências únicas
e pessoais em bilhões de anos.
Cada
qual dos eventos tem o poder de gerar marcas e consequências indeléveis na
formação do caráter. Não existe o acaso, tudo é decorrente de causas, qualquer
pinta na pele, qualquer pelo no corpo tem sua razão de ser, seu sentido único.
O escudo da íris do olho, como o das digitais, comprova a unicidade
irreproduzível de cada ser humano.
No
decorrer da existência se encontram dezenas de milhares de seres existentes no
planeta, que podemos agrupar em três categorias. Os numerosos são de índole
animalesca, incultos, movidos por tendências de sobrevivência e conduzidos por
instintos mais do que pela razão.
Em ponta
oposta encontramos os raros santos, seres que transcenderam os instintos, não
por repudiá-los, mas por terem encontrado algo mais poderoso e muito melhor,
além dos próprios limites comuns: o amor para tudo e todos. É a culminância,
como um Buda, um Cristo, um Krishna são expressão de amor incondicional.
Entre
essas duas categorias se concentra o resto, a maioria dos humanos, definidos
como homens e mulheres comuns.
Os
extremos têm características parecidas de autenticidade. O animal é autêntico
não por escolha, apenas porque não possui alternativa; não sabe nem pode
compreender o que é “mentir”. Um animal, um cão nunca poderá mentir, pois em
sua esfera de expressões e falsidade é desconhecida e impraticável. Ele não tem
consciência que o habilite à escolha, ele será sempre a expressão da realidade
em que vive. Já o homem comum será autêntico se se decidir pela escolha da
verdade.
Podemos
classificar os indivíduos como agradáveis ou desagradáveis. Por variadas
razões, os autênticos são os mais atraentes, seja lá o que for. Conseguem
transmitir confiança, segurança, atração, são especialmente previsíveis, têm
aspecto exterior mais atraente e, ainda, permitem uma reciprocidade consciente
na relação.
Tem
alguém que goste de um dissimulado e mentiroso?
A
autenticidade é sinônimo de verdade. O caminho mais breve para se relacionar
com proveito. O compromisso com a verdade é o pano de fundo das boas
realizações. Esta é a condição básica de qualquer construção, da união de
propósitos e ações.
Repare-se
que um cão não pode ser falso, tem que ser verdadeiro – não porque tenha
escolhido ser verdadeiro, e sim porque ele não conhece outra opção. Assim como
uma criança em seus primeiros anos de vida.
O homem
pode escolher. Se for verdadeiro, é excelente, pois sua origem animal e sua
última aspiração de santidade se expressam com a verdade irrestrita. O grande
Mestre disse: “A não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças,
jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta
criança, este é o maior no Reino dos céus”.
O homem
comum está constantemente em dificuldade, vive com ansiedade. Escolher sempre é
difícil, e a mente quer escolher algo que seja fácil de fazer, que oponha menos
resistência. Mentir é fácil, criar uma fachada é fácil, criar uma realidade é
difícil. De modo que muitos homens escolhem o fácil, o que se pode fazer sem
nenhum esforço e sacrifício. Entretanto, o engano é uma ilusão, cobrará a
conta.
A
decisão pela autenticidade faz de um homem um ser especialmente abençoado e dá
uma liberdade a ele que nenhum animal pode alcançar e nenhum homem falso pode
obter.”.
(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de fevereiro de 2025,
caderno A.PARTE, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 14 de fevereiro de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“CUIDA DELE!
‘Cuida
dele’ é a palavra amorosa e solidária nascida do coração de um samaritano,
tratado de forma preconceituosa. A narrativa está no Evangelho segundo Lucas:
diferentemente do sacerdote e do levita que passaram ao largo e não dedicaram
amparo a uma pessoa ferida, caída à beira do caminho, o samaritano se detém e
cuida dele. Depois, leva o enfermo a uma hospedaria, recomenda que se cuide
dele, comprometendo-se a pagar por todos os gastos investidos na sua
recuperação. Esta narrativa, que traz a interpelante e convocatória
recomendação ‘cuida dele’, ilumina o horizonte da contemporaneidade para
inspirar um modo novo de tratar os pobres, enfermos e vulneráveis. A pressa
habitual, considerados os muitos afazeres e as urgências, pode comprometer o
coração humano, o exercício da cidadania e a vivência da fé, levando à desumana
perda do sentido que há em cuidar do semelhante, da comunidade, do bem comum,
do patrimônio público e do meio ambiente.
Ter
coragem e disposição para amparar que precisa de ajuda é um propósito de ouro
para este ano jubilar 2025, quando a Igreja Católica, em celebrações e
peregrinações, fecunda a sensibilidade humana com um jeito nove de caminhar
solidariamente – todos irmãos e irmãs uns dos outros. Uma luz especial
motivadora para os propósitos novos de solidariedade é a celebração do último
dia 11 de fevereiro, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, 33º Dia Mundial do
Doente. A saúde é um dom precioso e requer cuidados especiais. No seu reverso
está a experiência do limite humano da enfermidade. “Cuida dele” ressoa, então,
como convite à atitude solidária e à consciência do desafio humano de tratar a
enfermidade. Neste horizonte, lembra o Papa Francisco, em mensagem para o Dia
Mundial do Doente, a fundamental importância de se caminhar como peregrino de
esperança na saúde e na enfermidade. A esperança é força indispensável para o
enfrentamento das tribulações – não somente as próprias, também as do próximo,
a quem se deve solidariamente ajudar, a exemplo do bom samaritano.
A
fragilidade humana, sobretudo na enfermidade, estabelece um dilema existencial:
a necessidade de manter-se forte mesmo quando chega, inesperadamente, uma
doença que, por vezes, é grave. São necessários muitos cuidados, não raramente
com alto custo, incompatível com a realidade socioeconômica do enfermo e de
seus familiares. Muita gente padece sem a terapêutica necessária, desertificada
pela falta de solidariedades e de devido respeito. Com isto, pode nascer o
sentimento de impotência – diante da própria enfermidade, ou de uma doença
enfrentada por um familiar, amigo, colega de trabalho, um olhar que deve
alcançar ainda os mais pobres e vulneráveis, particularmente crianças e idosos.
Nestas circunstâncias, gestos de solidariedade e de partilhas são essenciais, a
presença de Deus é indispensável. Colocar-se na presença divina, na fonte
inesgotável de seu amor que sustenta e cura, alimenta a esperança. O Papa
Francisco, em sua mensagem, apresenta um itinerário rico e consolador para se
aproximar de Deus: o encontro, o dom e a partilha.
O
encontro com Deus, na pessoa de Jesus Cristo, é indispensável consolação, ainda
quando a doença é difícil de se compreender. Importa experimentar a compaixão
de Deus para alcançar fortalecimento espiritual inigualável, caminho de cura e
de compreensão do desafio imposto pela enfermidade. Deus não abandona ninguém.
Ao invés disso, proporciona surpresas ricas e inesperadas. A doença se torna,
então, oportunidade para um encontro transformador, possibilitando uma força
espiritual que garante a conquista de impressionante qualificação humanística.
A compreensão de que toda esperança há de ser depositada em Deus e, pois, um
dom. compreende-se que a vida está no seu sentido pleno para além da própria
força física, dos sucessos pessoais ou da efetivação de exitosos projetos. Tudo
isso pode, inclusive, adoecer o coração, contaminando-o com terrível orgulho e
soberba, alimentadores da indiferença ante a dor e o sofrimento do semelhante.
O dom da
esperança nasce e se alimenta no cultivo da intimidade com Deus, fonte de cura
e de sustento. Mais do que tocar a fímbria da roupa de Cristo, como aqueles da
multidão que sempre O cercava, a intimidade com Ele se opera pela comunhão ao
se comer do seu corpo e ao se beber do seu sangue. A força que saía de Cristo
agora é acolhida na interioridade de quem o recebe. Brota assim o sentido da
partilha, neste mundo em que todos são vulneráveis. A força física de hoje pode
já não existir amanhã, os recursos à disposição podem não ser suficientes no
dia seguinte. Todos são necessitados de solidariedade. Solidariedade em todos
os lugares, na família, nos hospitais, nas clínicas, no ambiente de trabalho,
na convivência gratuita – como presença amorosa e consoladora na vida do
semelhante.
Recomenda
o Papa Francisco: considerada a fragilidade humana torne-se o cuidado com
enfermos e vulneráveis um hino à dignidade partilhada por todos, um canto de
esperança. Cuidar de quem sofre é missão especial. A atitude samaritana pode
fecundar a sociedade com indispensável sentido de respeito, vencendo as
intolerâncias e os autoritarismos que nascem da falsa convicção de se ser
onipotente, dono da fama e das atenções. O cuidado abnegado e adequado dedicado
aos enfermos, em qualquer circunstância e medida, devolva a cada um o sentido
de sua condição humana frágil. O compromisso de cuidar opere no mundo uma
semeadura de solidariedades. Ao olhar o mundo, contemplando cada um,
especialmente os pobres e enfermos, o coração pulse, com batimentos modulados
pela convocação “cuida dele”. Todos, na posição de cuidar, inaugurarão um tempo
novo querido por Deus, no mundo, na sociedade, na família, no trabalho, na
comunidade de fé, em todo lugar. Cuida dele!”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado e o
aleitamento materno (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade,
em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance, através da filosofia, psicologia e teologia!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
- Deus acima de tudo e o Brasil no coração de
todos!
- A criação, o conhecimento e o bem comum!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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