“Ensinamento
das startups brasileiras
Em meio a especulações
de unicórnios e histórias de sucesso se multiplicando, as startups atingem
níveis inéditos de maturidade no Brasil. Com o otimismo desse crescimento, o
desafio ultrapassa o produto em si e se torna interno: como manter a essência
do que se é ao passo em que se cresce exponencialmente? Como lidar com a gestão
organizacional em uma marca que dobra de tamanho ano a ano? Ou que recebe
dezenas de novos funcionários todos os meses?
Por
sua natureza disruptiva, essas jovens empresas balançam os mercados por onde
passam e transformam as estruturas de negócios tradicionais, como modelos
baseados em tecnologia e inovação com soluções para facilitar a vida de todos.
Com a gestão de pessoas interna, isso não é diferente.
A
integração de tantos novos funcionários – não é incomum ver mais de 100 vagas
abertas por ano – não seria fácil nem em uma grande empresa de grande porte,
mas as startups surpreendem também nas maneiras de gerenciar novos talentos. Em
vez de apostar em fórmulas engessadas e hierarquias pouco produtivas, elas
conduzem seus negócios apostando na responsabilidade e autonomia de seus
colaboradores. Nesse caminho, a cultura da empresa é reforçada e a empresa
investe na preparação desse profissional enquanto, em paralelo, ele desenvolve
seus talentos e agrega ao modelo de negócios como um todo.
O
resultado é um sentimento de orgulho e pertencimento, que é a ambição de
qualquer empresa, seja de pequeno, médio ou grande porte. É claro que, na
prática, o modelo não é facilmente replicado e os desafios são constantes. A
vantagem de estar em uma startup é a velocidade de resposta às urgências:
ajustes de rota são feitos em instantes, não existem diretrizes que obriguem a
seguir propostas predeterminadas. Na cultura da startup, o aprendizado vem
acompanhado de solução e essa, sim, é uma fórmula que poderia ser adotada no
universo corporativo afora.
Com o
mercado de olho nos próximos passos dessas empresas e os investidores dispostos
a encontrar sua nova estrela, o crescimento é uma realidade bem próxima para
muitos. Para garantir o sucesso a longo prazo, porém, manter a essência de sua
cultura e origens é tão importante quanto definir a próxima aquisição
estratégica. Afinal, é o que vai garantir que os seus diferenciais não se
percam no mar de opções infinitas do mercado.”.
(KARINA
VASQUEZ. Diretora de pessoas da Loggi, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de
novembro de 2018, caderno OPINIÃO,
página 11).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
24 de setembro de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Jornalismo
sem adjetivos
Jornalismo é a busca do
essencial, sem adereços, adjetivos ou adornos. O jornalismo transformador é
substantivo. Sua força não está na militância ideológica ou partidária, mas no
vigor persuasivo da sua opinião. A credibilidade não é fruto de um momento. É o
somatório de uma longa e transparente coerência.
A
ferramenta de trabalho dos jornalistas é a curiosidade. A dúvida. A
interrogação. Há um ceticismo ético, base da boa reportagem investigativa. É a
saudável desconfiança que se alimenta de uma paixão: o desejo dominante de
descobrir e contar a verdade.
Outra
coisa, bem diferente, é o jornalismo de suspeita. O profissional suspicaz não
tem “olhos de ver”. Não admite que possam existir decência, retidão, bondade.
Tudo passa por um crivo negativo que se traduz numa incapacidade crescente de
elogiar o que deu certo. O jornalista não deve ser ingênuo. Mas não precisa ser
cínico. Basta ser honrado, trabalhador, independente.
A
fórmula de um bom jornal reclama uma balanceada combinação de convicção e
dúvida. A candura, num país marcado pela tradição da impunidade, acaba sendo um
desserviço à sociedade. É indispensável o exercício da denúncia fundamentada.
Precisamos, independentemente do escárnio e do fôlego das máfias corruptas e
corruptoras, perseverar num verdadeiro jornalismo de buldogues. Um dia a coisa
vai mudar. E vai mudar graças, também, ao esforço investigativo dos bons
jornalistas. Essa atitude, contudo, não se confunde com o cinismo de quem sabe
“o preço de cada coisa e o valor de coisa alguma.” O repórter, observador
diário da corrupção e da miséria moral, não pode deixar que a alma envelheça.
Convém renovar a rebeldia sonhadora do começo da carreira. Todos os dias. O
coração do repórter deve pulsar em cada matéria.
Alguns
desvios, no entanto, não podem comprometer o resultado final do trabalho. A
precipitação é um vírus que ameaça a qualidade investigativa. Repórteres
carentes de informação especializada e de documentação apropriada ficam reféns
da fonte. Sobra declaração, mas falta apuração rigorosa. O poder público tem
notável capacidade de pautar jornais. Fonte de governo é importante, mas não é
a única. O jornalismo de registro, pobre e simplificador, repercute o Brasil
oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do país real. Muitas pautas estão
quicando na nossa frente. Muitas histórias interessantes estão para ser
contadas. Precisamos fugir do show político e fazer a opção pela informação que
realmente conta. Só assim, com didatismo e equilíbrio, conseguiremos separar a
notícia do lixo declaratório.
O
culto à frivolidade e a submissão à ditadura dos modismos na outra ponta do
problema. Vivemos sob o domínio do politicamente correto. E o dogma do
politicamente correto não deixa saída: de um lado, só há vilões; de outro, só
se captam perfis de mocinhos. E sabemos que não é assim. A vida tem matizes. O
verdadeiro jornalismo não busca apenas argumentos que reforcem a bola da vez,
mas também, com a mesma vontade, os argumentos opostos. Estamos carentes de
informação e faltos da boa dialética. Sente-se o leitor conduzido pela força de
nossas idiossincrasias.
Registremos,
ademais, os perigos do jornalismo de dossiê. Os riscos de instrumentalização da
imprensa são evidentes. Por isso, é preciso revalorizar, e muito, as clássicas
perguntas que devem ser feitas a qualquer repórter que cumpre pauta
investigativa: Checou? Tem provas? A quem interessa essa informação? Trata-se
de eficiente terapia no combate ao vírus da leviandade.
O
esforço de isenção, no entanto, não se confunde com a omissão. O leitor espera
uma imprensa combativa, disposta a exercer o seu intransferível dever de
denúncia. Menos registro e mais apuração. Menos fofoca e mais seriedade. Menos
espetáculo de marketing político e mais consistência.
A
força de uma publicação não é fruto do acaso. É uma conquista diária. A
credibilidade não combina com a leviandade. Só há uma receita duradoura: ética,
profissionalismo e talento. O leitor, cada vez mais crítico e exigente quer
notícia. Quer informação substantiva.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 279,83% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 305,71%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,05%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.