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segunda-feira, 27 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO DOS VÍRUS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE E SOLIDARIEDADE NO NOVO PERFIL DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Os vírus
        A recente pandemia da Covid-19, que subverteu todos os nossos hábitos e rotinas, seja no lazer ou no trabalho, tem como causador um vírus, batizado como Sars-Cov-2, mas o que são realmente os vírus?
         Os vírus são um instrumento que permite a veiculação de informação genética. É muito provável que as formas de vida não fossem as mesmas, inclusive a nossa própria poderia não ter surgido, sem a sua existência. Famosos são os vírus que causam doenças: eles veiculam informações que na célula de determinado organismo causam dano irreversível e a morte, entretanto não é sempre assim.
         Conhecemos inúmeros tipos de vírus, e é provável que existam muitos outros mais. Apesar do desenvolvimento atual e de todo o conhecimento acumulado, pouco sabemos como eles surgiram e como realmente funcionam os mecanismos de troca de material genético que permitiram a evolução das formas de vida na terra. A evolução das espécies, como descrita até hoje nos livros, me lembra os contos da carochinha: é algo absolutamente fantasioso e absurdo e só fazia sentido quando não tínhamos a menor noçãode que atrás de qualquer estrutura viva existe um projeto extremamente complexo, codificado em principalmente dois tipos de estruturas: o DNA e o RNA.
         Quando analisamos os diferentes tipos de vírus, verificamos que suas estruturas são altamente complexas e especializadas. Habitualmente os vírus circulam entre determinadas espécies e são quase exclusivos para elas, e dentro de tais espécies focam o seu alvo em determinados tipos de células. Suas paredes têm receptores que permitem que se liguem a elas e ali conseguem introduzir seu material genético, assim como induzir a célula a multiplicá-lo, permitindo que o vírus siga adiante e leve sua mensagem a outros organismos.
         O vírus não é uma forma de vida autônoma, é apenas uma mensagem, com a capacidade de introduzir informações dentro de células, fazendo com que elas passem a considerar metabolicamente aquelas instruções como quaisquer outras contidas no seu próprio DNA ou RNA.
         Quando hoje assistimos maravilhados aos avanços proporcionados pela engenharia genética, tanto na modificação de alimentos quanto na produção de compostos biológicos, como anticorpos monoclonais e proteínas complexas, como a insulina, que são produzidos pela introdução de sequências de DNA dentro de bactérias, estamos apenas começando a experimentar uma fórmula que a natureza criou há milhões de anos, aproveitando-se também de vírus e cujos segredos nós estamos só começando a desvendar.
         Como podem ver, existem aspectos fascinantes em todas as formas de vida, e muitas vezes o que nos causa temor e pânico é apenas o resultado de uma experiência da natureza, uma confusão produzida por engano; seja por algum cientista distraído que modificou um vírus, seja lá com qual intenção, ou pela circulação equivocada de um vírus na espécie errada, causando tanto dano como um elefante na nossa sala.”.

(Luiz Antonio F. Paulino. Médico, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 24 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Delírios e lições
        A pandemia da Covid-19 expõe, ao mesmo tempo, delírios e lições. Os delírios tornam-se evidentes nos descompassos sociais, a exemplo do descaso com os pobres, ou a partir das inabilidades dos representantes do povo. Situações que pedem mudanças, a partir do aprendizado de muitas lições. Esse aprendizado requer renovação de mentalidades, de práticas e de estilos de vida. Um reconhecimento dos equívocos em determinadas escolhas que incidem não apenas no mundo da política, mas também no campo da cultura e, lamentavelmente, até mesmo na esfera religiosa. Diante da necessidade de se aprender muitas lições, oportuno é lembrar-se de que a eficácia na aprendizagem depende de um importante aspecto: as pessoas, indistintamente, assumirem a condições de discípulos, uma nuance compartilhada por Jesus, em sua maestria.
         Ensina muito e bem quem se coloca na condição de aprendiz. Essa condição permite o compartilhamento de convicções e experiências. E a atitude de compartilhar é vetor de mudanças, caminho para alcançar metas capazes de responder ao clamor do povo sofrido. Por isso, precisam estar matriculados na condição de aprendizes, prioritariamente, os que sufragam seus nomes em eleições, pois é lastimável constatar o despreparo de representantes do povo no exercício de suas funções. Falta substrato humanístico e há indiferença em relação à meta de se edificar uma sociedade solidária. Quando se analisa o conjunto de situações da atualidade, avaliando o desempenho de líderes de diferentes lugares do mundo, chega-se facilmente a uma conclusão: mudanças são necessárias. Percebe-se que a humanidade está aprisionada em entendimentos equivocados. E a qualidade de entendimentos é importante para avaliar a condição de uma civilização.
         Essa qualidade depende dos processos educativos responsáveis pela formação do ser humano. Por isso mesmo, é preocupante quando um país convive com o sucateamento do campo educacional, confiando-o a mãos inábeis, a agentes pouco lúcidos. A consequência desse mal é a desconsideração e o desperdício da capacidade humana para promover o desenvolvimento integral da sociedade. Urgente é, pois, investir educativamente no desenvolvimento de entendimentos adequados, de pessoas capazes de conduzir a sociedade a partir de valores que sustentam a vida, promovendo relações sociais, políticas e culturais justas. Esses processos educativos qualificados exigem uma condição fundamental: cada pessoa se coloque na condição de aprendiz.
         Ninguém pode acreditar que tudo sabe, particularmente no mundo contemporâneo, caracterizado também pela velocidade das mudanças e por suas muitas complexidades. Perceber-se, permanentemente, como aprendiz é também caminho para vencer delírios, que se propagam especialmente neste tempo de pandemia, afetando mentes, vidas e corações. Há os que se acham onipotentes. Outros de tornam vítimas do medo. E muitos se apegam a convicções equivocadas, que podem levar a graves enfraquecimentos institucionais, a partir de extremismos, por exemplo.
         Achar-se a única referência ou a exclusiva fonte para se alcançar soluções é não se perceber como aprendiz. Isso leva a equívocos nos diferentes campos da vida, inclusive em contextos institucionais. Trata-se de uma postura que deve, urgentemente, ser substituída pela humildade. Somente assim é possível seguir um percurso que vai possibilitar diálogos e, consequentemente, permitir encontrar a solução mais eficaz para diferentes desafios. Reconhecer-se aprendiz, sempre e de modo humilde, é uma atitude indispensável para ajudar a recompor os tecidos socioculturais, político e religioso da civilização contemporânea, sanando delírios, enquanto são aprendidas novas lições.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quinta-feira, 16 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA DA INOVAÇÃO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA INTEGRIDADE E BOA GOVERNANÇA NA SUSTENTABILIDADE


“Protagonismo da crise no impulsionamento da inovação
        Desde que a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, temos enfrentado uma série de desafios, tanto no âmbito social quanto no econômico. No entanto, isso não é motivo para deixar que o pessimismo prevaleça. Os problemas existem, mas até eles têm seu lado positivo. E um deles é motivar as pessoas a buscarem soluções e alternativas. O resultado disso são novos modelos de negócios, inovadores e criativos, que comprovam, cada vez mais, o potencial e a expertise do ser humano.
         Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita com mais de 400 empresários de todo o país, concluiu que 83% deles consideram as soluções inovadoras decisivas para a sobrevivência no chamado “novo normal”. Por isso, dar visibilidade a essas novidades é essencial para fomentar a inovação.
         Uma das maiores necessidades atualmente diz respeito à infraestrutura de saúde, que está na linha de frente no combate à pandemia. Nesse sentido, destacam-se os esforços para o desenvolvimento de equipamentos como respiradores, que precisam ser seguros e de baixo custo para atender à demanda crescente. Pensando nisso, a Life Tech Engenharia criou a chamada Bolha de Respiração Individual Controlada (Bric). Trata-se de um tipo de capacete que funciona como respirador mecânico e, ao mesmo tempo, protege o profissional da saúde em atendimento.
         É importante chamar atenção ainda para as inovações no âmbito da prevenção, que podem se manter em alta até após a pandemia. Um exemplo de solução que apresenta esse potencial é o Baumer Purifica. Trata-se de um equipamento voltado para a captura e tratamento do ar, reduzindo a carga viral no ambiente em que está instalado. Nessa mesma linha há um projeto da Universidade de Guarulhos (UNG), uma “cortina especial” que permite desinfetar entradas e saídas utilizando a clorexidina, substância voltada para antissepsia de superfícies.
         Além disso, há soluções de tecnologia da informação que também exercem um papel importante no combate à pandemia. A startup brasileira Ilhasoft desenvolveu um chatbot de combate às fake News chamado Health Buddy, que compila e disponibiliza informações sobre o avanço do contágio por meio de uma integração com o sistema da Universidade John Hopkins.
         Esses exemplos ilustram a possibilidade de se aproveitar de problemas e imprevistos para criar novas soluções. Há números, inclusive, que comprovam que a sobrevivência na crise depende da habilidade do empreendedor de observar o contexto e manter o foco no cliente. Como é o caso de uma pesquisa da aceleradora ACE, que mostrou que aproximadamente 15% das startups brasileiras conseguiram crescer durante a pandemia. Não é uma tarefa fácil. Mas, com atenção especial ao mercado, aos processos internos e às demandas da sociedade, está longe de ser impossível.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 13 de julho de 2020, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os óbitos por corrupção
        ‘O tonel vazio é o aquele que faz barulho’, diz o ditado popular italiano. Quanto mais oco, sem nada por dentro, mais entediante ele fica.
         O candidato a um cargo eleitoral, no período que antecede a eleição, aquele que, sem honestidade, conteúdo, proposta, experiência, propósito decente, visão e consciência do que o aguarda, não raramente adota meios abjetos para alcançar seu propósito. Mente, frauda, difama os adversários, escondendo-se atrás de atitudes mesquinhas.
         Com propósitos eleitorais, procura enganar os ingênuos, aqueles que não se apercebem do interesse sórdido, da finalidade egoísta de prestígio e riqueza imerecidos, que de outra forma, com suor e trabalho, nunca conseguiria.
         São esses tonéis vazios os futuros protagonistas dos mensalões, dos petrolões, do desmonte da máquina pública, dos esquemas que dilapidam as finanças do país. São exatamente eles que já deixaram ou ainda deixarão os mais necessitados morrerem nas filas da saúde, os hospitais em estado vergonhoso, roubando o que é imprescindível para salvar uma vida, enquanto gastam o que desviaram em luxos descabidos.
         Costuma-se encontrar “eleitos” que transpiram a inutilidade cívica e humana de suas ações, que confirmam o uso malandro de suas largas prerrogativas. Estes chegam ao fim de um mandato sem poder dizer “contribuí para o bem dos meus eleitores, da sociedade, da nação”. Assim, são enterrados na vala dos esquecidos, dos sem méritos.
         Os antissociais que almejam um cargo eletivo passarão pelo mandato imerecidamente conquistado, labutando incessantemente para manter o poder pessoal, e para isso fazem qualquer coisa, “até o diabo”, como confessou uma ex-presidente da República.
         Deu um susto ao planeta, no fim de semana, o presidente estadual de um partido, no Estado do Rio de Janeiro, incitando com ênfase os candidatos de sua sigla a propor na campanha “fazer muito e roubar pouco”. Pediu desculpas, mas a quem assiste ao vídeo as desculpas provavelmente não interessam.
         O povo brasileiro já foi enganado inúmeras vezes, entre alguns raros intervalos felizes. Amargou o sofrimento, a falta de assistência, de resposta às necessidades básicas, de apoio ao desenvolvimento, à criação de oportunidades inclusão. A nação brasileira contabiliza, desde 2015, 12 milhões de desempregados, consequência dos bilhões de reais desviados das contas públicas por quadrilhas que ganharam notoriedade nas fases da Lava Jato.
         A triste realidade nacional, a dívida pública, o desacerto das finanças, que penalizam a nação inteira, são decorrentes de uma agressão persistente a favor de bandos e partidos organizados. Neste momento pré-eleitoral, já se nota nas atitudes sórdidas que pretendem promover candidatos o potencial deletério que carregam.
         O cidadão que descobre ter sido enganado, espoliado, desempregado por aqueles que escolheu para os altos cargos públicos sofre, quando é tarde demais, de decepção e, ainda, de indignação, ao se deparar com o acúmulo de fortunas de corruptos, que não se importam com o sofrimento e a mortes que provocam.
         Quando se pensa nos milhares de óbitos da pandemia, pode-se chegar à conclusão de que são irrisórios comparados aos óbitos que a corrupção gera, aos analfabetos que produz, aos sofrimentos que dissemina.
         Um recurso público surrupiado faltará no que é mais essencial.
         Na atual pré-campanha eleitoral, as fake News já se erguem como protagonistas – adotadas por candidatos sem conteúdo decente, sem boas intenções, sem propostas, e apenas voltados a estontear o eleitor para enganá-lo.
         Atrás dos falsos se escondem exatamente os futuros ladrões da coisa pública, protagonistas dos próximos mensalões e dos esquemas que têm empobrecido a nação brasileira.
         Se a pandemia leva a óbito milhares de pessoas, a corrupção leva a milhões.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




    
        

segunda-feira, 13 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIDADE DE VIDA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E OS FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS E MORAIS DA DEMOCRACIA NA SUSTENTABILIDADE



“As duas pandemias
        Em 2020, a pandemia de Covid-19 colocou o mundo em alerta máximo. A comunidade científica global corre contra o tempo para identificar vacina e tratamento eficaz.
         Já o tabagismo é considerado pandemia desde 1986 e atualmente mata mais 7 milhões de pessoas, o que pode piorar ante a Covid-19. Os fumantes apresentam risco duas vezes maior de internações em UTIs, de necessitar de ventilação mecânica e de evoluir para óbito, se comparados a não fumantes infectados.
         Doenças associadas ao tabagismo como câncer, doenças cardiovasculares, enfisema e diabetes também oferecem maior risco para as complicações da Covid-19. Substâncias tóxicas do cigarro enfraquecem o sistema imunológico tornando os fumantes mais vulneráveis às infecções.
         A Covid-19 pode evoluir com quadro intenso de hipóxia (má oxigenação do sangue), lesões nas paredes internas dos vasos sanguíneos, inflamação e formação generalizada de trombos. O fumante apresenta essas alterações de forma crônica, o que também o coloca em desvantagem.
         Os fumantes são mais vulneráveis à invasão do vírus nas células. A toxidade do cigarro aumenta a expressão da enzima de conversão da angiotensina 2 (ACE-2) na membrana celular, especialmente dos pulmões. É exatamente na ACE2 onde o vírus se encaixa para invadir as células e se multiplicar. Ao deixar de fumar, a expressão da ACE2 tende a normalizar. Após oito horas desaparece a hipóxia, em cerca de 24 horas ocorre a recuperação das lesões dos vasos sanguíneos, e, após duas semanas, a coagulação sanguínea retorna ao normal.
         Atualmente o Brasil enfrenta 157 mil mortes precoces e um custo de R$ 57 bilhões com doenças tabaco relacionadas. Ao aumentar a pressão por leitos de UTI e ampliar gastos com equipamentos e insumos necessários para o enfrentamento da Covid-19, o tabagismo ampliará mais ainda essa grave crise sanitária e econômica.
         Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Lei 3.199/2019, que majora a contribuição para PIS/Pasep e Cofins sobre cigarros, que se aprovado, poderá destinar parte da arrecadação para prevenção e mitigação dos danos do tabagismo inclusive na Covid-19.
         Oxalá nossos parlamentares se conscientizem da importância dessa estratégia que muito contribuirá para a qualidade de vida da população brasileira.”.

(Tânia Cavalcante* e Ana Cristina Pinho**. Médicas e ** diretora geral do Inca, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 10 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alinhar-se à democracia
        Os estudos analíticos indicam: todo método é indispensável, pois nenhum é completo. Isso porque a verdade não tem dono. Todo indivíduo há de fazer-se “caçador” da verdade, crescendo sempre na consciência de que cada pessoa é um peregrino aprendiz: isso exige permanente abertura para o diálogo. Assim, evita-se o risco de perder o rumo da verdade e tomar caminhos que levem a escravizações. A convicção de que a verdade não tem dono precisa orientar a organização de um povo, em sua complexidade. Essa organização requer um sistema capaz de cultivar, permanentemente, o diálogo construtivo, respeitando princípios e valores que não podem ser relativizados. Um sistema que garanta o respeito à dignidade de cada pessoa, fortalecendo e ampliando o exercício da cidadania. Eis, pois, algo que define o sistema democrático: permanentemente promover a participação cidadã, possibilitando aos governados a capacidade de escolher e controlar os próprios governantes.
         É um atentado à democracia restringir a participação cidadã, com a consequente usurpação do Estado na defesa de interesses particulares ou ideológicos. A Doutrina Social da Igreja Católica, por isso, defende que uma democracia só é autêntica quando edificada em um Estado de direito, alicerçada sobre as bases de uma adequada concepção sobre a pessoa humana. Há de se considerar e respeitar as subjetividades que integram a sociedade. Isto significa investir em estruturas de participação social e corresponsabilidade. Nenhuma pessoa, em nome de uma convicção, pode se achar no direito de afrontar a democracia, agredi-la com a promoção de autoritarismos. Também não é aceitável combater o sistema democrático para definir, por imposição, quem irá exercer o poder, rifando a participação cidadã que demanda uma construção educativa permanente.
         A participação cidadã requere que sejam aceitos, com convicção, os valores e princípios que sustentam a própria democracia. Nesse horizonte, não se pode apagar a referência fundamental ao bem comum, que deve orientar as ações na vida política. Nos parâmetros da democracia é, pois, inadmissível desconsiderar a sacralidade e a dignidade das pessoas – os direitos de cada ser humano precisam ser respeitados. Não são aceitáveis, consequentemente, obscurantismos nascidos de fixações que venham a relativizar valores e princípios indispensáveis na proteção e promoção da vida. A Doutrina Social da Igreja Católica adverte que o relativismo ético é grande risco para as democracias. Esse relativismo cria a ilusão de que inexiste um critério objetivo e universal para se estabelecer uma correta hierarquia dos valores.
         Há, pois, dois extremos que igualmente ameaçam a democracia: por um lado, existe a ilusão de que podem ser alcançadas conquistas sociais de modo mais acelerado abrindo mão das etapas inerentes ao sistema democrático. Isso leva a autoritarismos e a escolhas cegas, equivocadas. Por outro lado, é tremendamente arriscado pensar que o agnosticismo e o relativismo ético possam alicerçar comportamentos idôneos, que garantam políticas mais democráticas. Ambas as tendências podem levar a instrumentalizações para se conquistar o poder e contemplar interesses particulares, desrespeitando o bem comum e a dignidade de cada pessoa. A qualidade do sistema democrático depende, assim, de sua conformidade com a lei moral, que deve reger o comportamento humano. E o indispensável equilíbrio que a moral confere à democracia incide também no equilíbrio entre os poderes no Estado. Dessa forma, a vontade arbitrária dos homens perde espaço – prevalece a soberania da lei.
         A democracia necessita de uma representação política assentada sobre componentes morais inegociáveis. Entre esses componentes, governantes dispostos a compartilhar dos mesmos problemas enfrentados pelo povo para, juntos, buscarem a solução dos desafios sociais. Para equilíbrio e qualidade do sistema democrático é imprescindível à autoridade política cultivar ainda uma adequada compreensão sobre poder: forma de servir o povo, o que exige as virtudes da paciência, caridade, modéstia, moderação, esforço de partilha, a serviço do bem comum, acima da busca por prestígio ou pelas vantagens pessoais. A democracia também pede que a população não se deixe manipular – busque, cotidianamente, qualificar-se para o exercício da cidadania. Nesse processo de qualificação, importante não permitir desmandos e nem eleger quem afronta o próprio sistema democrático. Os horizontes da democracia são largos, trabalhosos, incluindo processos educativos permanentes, correções oportunas. Esses horizontes desafiam a sociedade, os representantes do povo. Todos, no caminho de um desenvolvimento integral e da promoção da dignidade humana, busquem alinhar-se à democracia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.