“Equipe
motivada em tempos de incertezas
Acredito que estamos
vivendo uma nova Revolução Industrial, com mudanças para todos os lados,
gerando medo e incertezas. Além disso, ver empresas gigantes e
supertradicionais quebrando, perdendo espaço para o on-line, traz dúvidas sobre
a direção em que estamos caminhando. Devemos tirar um momento para entender o
que está acontecendo e como podemos nos adequar ao novo mundo em que vivemos.
Mais do que isso, ao mundo em que vamos viver daqui a cinco ou 10 anos, já que
80% das profissões do futuro ainda não existem. Estamos passando por um momento
de transformação e aprendizado.
Se
tivessem me dito, anos atrás, que existiria um profissional especializado em
operar voos de drone, eu não teria ideia do que isso significaria. Não
precisamos ir muito longe: a posição de um gerente de social media não existe
há 10 anos, pois não tínhamos demanda. Podemos falar ainda de muitas outras
profissões como – por exemplo – analista de big data, criador de conteúdo para
Youtube e Instagram, desenvolvedor de aplicativos. Se todas essas profissões
estão surgindo, quais serão extintas? É importante dizer que as pessoas vão
precisar de habilidades como criatividade, comunicação, empatia e persuasão.
Isso porque o mercado de trabalho que em por aí tende a ser cada vez mais
automatizado, logo, relações humanas serão priorizadas.
Além
disso, as novas gerações buscam trabalhos com propósito, e nada melhor do que
estar em um lugar em que a cultura pessoal e a profissional se encontram. Isso
faz com que as pessoas trabalhem melhor, rendam mais e tenham mais motivação
para se desenvolver, o que impacta toda a empresa. Assim, é possível construir
algo em que realmente acreditamos e conseguimos elevar nossa carreira
profissional. Missão, visão e valores são legais, mas nem sempre têm impacto
real. Já visitei empresas e me deparei com esses fundamentos logo na entrada e
nem sempre eles condiziam com o DNA e o propósito da organização.
Para que
as pessoas se sintam parte viva da empresa, é papel do líder olhar para a
equipe, entender as dificuldades, indicar caminhos para a resolução dos
problemas, dar feedbacks e estar aberto a recebê-los também, em diversos
momento ao longo dos anos, tive a oportunidade de conversar com colaboradores
que expressaram suas opiniões e fizeram críticas extremamente construtivas para
a empresa. Tudo isso visando melhorar o ambiente de trabalho de diversas formas
e entendendo o que funciona para o perfil de cada pessoa do time. Isso não
significa que todos os dias você precisa estar trabalhando para elas.
Uma
equipe motivada tem direcionamento, engajamento e feedback. Afinal, as pessoas
têm sede de aprendizado e quanto mais você puder ensinar, melhor. Mas para isso
precisamos entender quem terá futuro na organização e quem busca outras
realizações. É necessário entender se o propósito do colaborador está alinhado
com o da empresa. O que a empresa quer entregar? O que ela tem como proposta? A
partir disso, é possível ver quem se identifica ou não.
O
fundamental é entender que – em cada cargo – existe uma pessoa com vida,
problemas, altos e baixos. Tendo consciência disso, fica tudo mais flexível e o
ambiente se torna mais agradável. Talvez esse seja um dos diferenciais e uma
grande força de algumas das maiores empresas em todo o mundo que tratam as
pessoas como pessoas.”.
(ALLAN
ABRANCHES. Head da 3HREE Comunicação
e M2B Agência PME, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de junho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de ESTEVÃO
LAZANHA, diretor do Itaú Unibanco sobre nova economia, e que merece
igualmente integral transcrição:
“Flexibilização
na nova economia
É fato que vivemos uma
cultura ligada a convenções – foi preciso desenvolver esses mecanismos para
definir regras e estimular o aprendizado. Do contrário, haveria um cenário de
caos no qual cada um faria o que bem entendesse. Mas flexibilizar é, mais do
que nunca, a palavra da vez, principalmente no mercado de trabalho. As startups
são um claro exemplo disso, pois chegaram para nos ensinar, desde a redefinição
de como podemos responder às nossas necessidades básicas, como comunicação ou
locomoção, até outras mais complexas, como relacionar-se com o outro.
Cada um
tem um estilo de vida, horários biológicos diferentes, gostos e hábitos
distintos. Nós, profissionais, queremos que essas individualidades sejam
respeitadas no ambiente de trabalho. Ainda não é comum que essas
características sejam atendidas de forma tão personalizada, mas a verdade é
que, com as novas tecnologias, essa já é justamente a tendência. É exatamente
aí que mora a complexidade: nós queremos mudanças, mas quando elas chegam,
muitas vezes, não estamos preparados. Já parou para pensar nisso!
O
processo é assim: o comportamento social se transforma, o mercado identifica a
necessidade de adaptação, a mentalidade das empresas muda e a cultura
corporativa acompanha toda essa evolução. No último ano, segundo o Ministério
do Trabalho, o mercado mostrou sinais de recuperação, com mais de 500 mil vagas
criadas. A maior parte delas ainda nos moldes mais tradicionais, é verdade. Mas
uma parcela já representa oportunidades geradas de novos modelos de negócios.
Já em
2019, ao menos nas startups, a geração de trabalho segue o mesmo ritmo. Em
janeiro, a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) anunciou que o
ecossistema abriu mais de três mil postos de trabalho no país. Só na plataforma
de vagas do Cubo Itaú existem, atualmente, mais de 50 startups com mais de 260
oportunidades disponíveis para diversas atividades. A questão é que elas não
são preenchidas com tanta facilidade.
Para
muitos leigos, startups virou sinônimo de robotização, ou algo que “substitui”
a sua função, quase como se essas empresas andassem sozinhas ou não fossem
geridas por seres humanos. É exatamente o contrário. As startups trouxeram uma
nova forma de solucionar demandas mercadológicas que agrega, e muito – quem
diria – ao desenvolvimento profissional.
Estamos
falando de empresas que dependem de mão de obra extremamente qualificada;
afinal, lidam com problemas muito específicos. Mas, ao mesmo tempo, não se
prendem a convenções como horário fixo, dress code, estilo de vida, local de
trabalho ou formação acadêmica. Desde que o profissional esteja apto a realizar
determinada tarefa e a faça bem feita, que significado tem sua origem
estudantil, o horário que prefere trabalhar ou a roupa e o corte de cabelo que
o fazem se sentir mais à vontade?
Tampouco
podemos ignorar a relevância dessa nova ordem econômica. Aquela que valoriza a
experiência das pessoas acima de 50 anos, o que pode ser uma solução para
aqueles que não se sentem encaixados nas funções disponíveis no atual mercado
de trabalho, mas que demonstram habilidades para exercer diversas outras
atividades com excelência. Isso é fazer a diferença para a sociedade como um
todo, além de promover uma recuperação qualitativa do emprego no país inteiro.
Ainda
não sabemos como o mercado vai se comportar neste ano ou no próximo, quantas
vagas serão criadas ou até mesmo quais serão as exigências. Mas vale se
desprender do tradicional e ficar atento às novas demandas que precisamos
atender. E essas necessidades são as nossas necessidades – lembre-se que você,
seu filho, sua amiga também são os clientes que as empresas procuram
conquistar. Cada player tem sua função nessa trajetória. Seja grande empresa,
startup ou profissional autônomo, uma coisa todos têm em comum: é
imprescindível ter a mente aberta para a adaptação. Em cada um desses pilares,
a solução pode estar em simplesmente olhar para dentro.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional
todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da
educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da
participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de
299,78% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou em históricos 320,87%; e já o IPCA, também
no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.