“Tua
atividade deve exprimir
as mais elevadas aspirações
Cada ser possui uma
dinâmica própria, diferente dos demais. Indivíduos e grupos respondem às
energias de modo peculiar e agrupam-se de acordo com similaridades vibratórias.
O trabalho grupal evolutivo não sectário e livre de fanatismos é a base para a
materialização de uma rede de serviço planetária.
Contudo,
a humanidade ainda não decidiu ir além de si mesma. É preciso que a parte
divina do ser o atraia com poder suficiente para ele encontrar forças e seguir
ao encontro do desconhecido, o que, na verdade, é o início de sua libertação. O
ser humano só ousa lançar-se à vida real quando tocado pela energia
sobre-humana da alma, fonte da fé.
A alma
revela ao homem a vontade espiritual, o amor-sabedoria e a inteligência ativa;
incumbe-se da integração dos corpos materiais à corrente evolutiva superior e
conecta energias espirituais com as energia humanas. Há indivíduos em serviço
que já têm sua consciência polarizada na alma.
A
energia anímica, esse impulso ao novo estado do ser, age em momentos
inesperados e de forma inusitada. Um pequeno intervalo entre atividades
práticas, por exemplo, pode tornar-se oportunidade rica para os integrantes de
um grupo estarem reunidos em silêncio, abertos ao toque da energia interior
que, mesmo em poucos segundos, pode deixar um sinal indelével. Por ser mais
amplo e profundo que as vibrações comuns da vida externa, não raro, esse sinal
é percebido como um vazio, porém, todo-preenchedor. No momento em que ele se
revela, a mente parece deixar de existir, diluem-se limites, fronteiras e
padrões estabelecidos por conceitos mentais.
No
processo de elevação e serviço é necessário ter em conta que as dádivas
recebidas também são provas: é preciso usar corretamente os dons e bens
entregues a cada um. Quando um ser desperdiça os recursos de que dispõe, gera
carma restritivo, o que redunda em prejuízo. Não há detalhe que não deva ser
considerado. Portanto, a água, a eletricidade, os alimentos, os transportes, o
labor, o sono, a palavra, o sentimento, o pensamento, tudo deixa de pertencer
ao indivíduo ou a um grupo e passa a ser visto como expressão da essência que alenta
os universos, a Consciência Única.
Há os
que temem o trabalho e o cansaço. Buscam preservar-se. Esses não compreenderam
que, apenas quando polimos o diamante, sua beleza é revelada: é pelo labor que
o signo de Deus se imprime nesta Terra.
Há
também os que refutam o rigor, confundindo-se com a rigidez. De fato, a rigidez
é fria e cega, cristaliza a consciência em etapas ultrapassadas, é apenas
repetição de padrões artificiais. Ao contrário, o rigor, necessário quando o
que rege são as leis superiores, é fundamental para se contar com maior
potencial energético, pois a energia é sábia e não se deixa desperdiçar.
É
preciso imbuir-se da certeza de que há uma Energia Maior continuamente presente
em cada ser e deixar de valorizar o que não é essa energia. Ela se revela como
a Luz mantenedora da vida.
É
assim que vida externa e vida interna vão se fundindo espontaneamente. A
harmonia surge sem esforço, como fruto da entrega e do esquecimento de si. As
tarefas passam a ser cumpridas não por obrigação externa, mas por percepção
interna de que devem ser realizadas. A vida se descomplica e, na singeleza, a
voz interior fala com liberdade.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de julho de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de julho
de 2017, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA
DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:
“Escravos
do atraso
A atual instabilidade
global é o reflexo de uma profunda transformação da macroestrutura do poder
geopolítico, caracterizada pelo surgir de novos players, métodos e práticas de participação pública. Sim, em pouco
tempo, grande parte da elite dirigente mundial estará condenada ao ostracismo;
a velocidade da transformação será impressionante e sepultará as cabeças que
ficarem na inércia do comodismo. Aqueles que se adequarem ao agudo impacto das
radicais inovações político-comportamentais seguirão participando do jogo, mas
sem a influência de outrora. Isso porque as pautas estáticas de dominação e
massificação cultural estão rompidas pelo incontrolável fluxo de informações
entre os cambiantes pontos de conexão da atual sociedade em rede.
Mobilidade,
inteligência, versatilidade e conectividade, eis as palavras-chaves do modelo
econômico que está surgindo. A ideia de aprendermos uma habilidade específica e
desempenharmos um ofício até a aposentadoria está definitivamente superada.
Aliás, antes de querer parar, o profissional do século 21 quer uma atividade
que lhe dê prazer de trabalhar até os seus últimos dias da existência. Chega
daquela visão atrasada de ver o trabalho como um martírio diário; o futuro será
daqueles que progredirem na vida com responsabilidade, divertimento e
consciência cívica.
Como
os ciclos negociais serão cada vez mais rápidos e dinâmicos, teremos que
desenvolver aptidões humanas abertas, inclusivas e maleáveis. Aquele velho
modelo de nossos pais de ter um emprego para a vida inteira está sendo
geneticamente substituído pela pulsante possibilidade de êxito em vários campos
de negócios, concorrentes ou subsequentes. Ou seja, a realização profissional
deixa de estar enclausurada a padrões fixos, libertando a inteligência humana
para relações colaborativas sem fronteiras geográficas.
Em
países atrasados como o Brasil, precisamos mudar – urgentemente – a mentalidade
que governa nossas vidas. Em vez de querermos ser empregados ou depender do
Estado, temos que querer ser empreendedores e donos do nosso próprio nariz. Em
outras palavras, o patrimonialismo estatal brasileiro, que também beneficia
muitos empresários amigos do rei, além de implodir as contas públicas, impede a
criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento nacional.
Por
exemplo, nosso arcabouço sindical-trabalhista é um fator de inibição do
crescimento econômico, impedindo a plena integração de nossa cadeia produtiva.
Tal fato, além de prejudicar nossa competitividade global, bloqueia a entrada
de uma infinita gama de novos negócios, privando o trabalhador brasileiro de
participar ativamente do mundo laboral-tecnológico. Portanto, os sindicatos e
algumas estruturas estatais – que, no passado, tiveram um importante papel na
implementação de direitos sociais – devem readequar verticalmente suas
premissas, discursos e posturas.
Os
novos modelos de sucesso no mundo afora são essencialmente colaborativos,
fazendo da soma interligada de inteligências o maior fator de geração de valor
agregado, com consequente inclusão social. Nesse contexto em pulsante
transformação, os governos e os agentes diplomáticos são elementos estratégicos
de inserção do Brasil nas cadeias produtivas globais, devendo abrir
consistentes canais de intercâmbio humano, econômico e cultural.
Por
assim ser, com a inata criatividade e solidariedade de nosso povo, estamos
habilitados a sonhar grande neste futuro desafiador que está para chegar. Para
tanto, precisamos de novas lideranças agregadoras e o fim da classe política
extrativista que pensa o mundo com diâmetro do próprio umbigo. Não podemos mais
ser escravos de incompetentes, desonestos e oportunistas.
No
final, a pergunta é uma só: até quando seremos reféns das forças do atraso que
insistem em governar o Brasil?”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em junho/2017 a ainda estratosférica
marca de 378,30% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 322,60%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...