(Novembro
= mês 13; faltam 157 meses para a Primavera Brasileira)
“Tecnologia
nas cidades
Em tempos de
humanização de processos, o conceito de economia colaborativa ganha mais uma
força, diariamente. De acordo com estudo elaborado pela IE Business School, em
parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da
Economia e Competitividade espanhol, o Brasil é líder na América Latina em
iniciativas colaborativas. Entre as companhias analisadas, 32% foram fundadas
em território nacional, número superior aos 13% da Argentina e do México e do
Peru, ambos com 11%.
As
ações têm o intuito de aproximar a sociedade, colocando-a como parte da solução
de problemas políticos e sociais. Com a evolução da tecnologia e o crescente
número de aparelhos conectados à internet, os empreendedores passaram a
perceber que é preciso contribuir com o entorno da sociedade e que a inovação
pode ser a maior aliada.
O uso
constante de big data, inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT)
aproxima as empresas das pessoas, desde a possibilidade de locação de um imóvel
até a solicitação de um veículo particular, com motorista. Dessa maneira, a
sociedade passa a atuar cada vez mais em conjunto, valorizando o acesso, em vez
da posse.
Uma
das maiores preocupações da população, governo e empresas é o elevado índice de
criminalidade do país. Segundo a pesquisa Better Life Initiative, divulgada
pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), 8% da população brasileira já foi
vítima de assalto nos últimos 12 meses. O número é o dobro da média mundial.
Acompanhando
o ritmo ditado pelas inovações trazidas pela tecnologia, empresas buscam e
desenvolvem cada vez mais ações em prol de um bem comum. É dessa forma que a
economia colaborativa abriu caminho para soluções de segurança colaborativa.
Nelas, a população pode contribuir ativamente para a redução dos índices de
criminalidade por meio do uso de dispositivos conectados, que permitem não só o
monitoramento, mas a rápida execução de medidas. O uso da tecnologia em larga
escala, visando colaborar com os cidadãos, compõe o conceito de smart city (cidade inteligente).
Cingapura
(Ásia), Masdar (Abu Dhabi) e Songdo (Coreia do Sul) foram as três primeiras smart cities do mundo. Por definição,
são cidades evoluídas e tecnológicas, que aplicam o uso dessa inovação a favor
da população, atuando com fontes renováveis de energia, água reutilizável,
transporte sustentável e, claro, segurança colaborativa, proporcionada por meio
de câmeras inteligentes que são conectadas com plataformas na nuvem,
possibilitando maior armazenamento e disponibilidade dos arquivos. No Brasil, o
projeto Smart City Laguna pretende criar, no Ceará, a primeira cidade
inteligente do país.
Cada
vez mais empresas e governos se unem em benefício da sociedade se unem em
benefício da sociedade. Projetos que visam à segurança colaborativa já são
realidade e dependem do cidadão para seu pleno funcionamento. Para garantir um
modelo sustentável, é preciso que o tripé da segurança seja definido e
suportado em todos os lados. Dessa maneira, é possível transformar índices de
violência em dados do passado, e não mais numa descrição de um presente
alarmante.”.
(RICARDO LUIZ. Gerente de Negócios da Tecvoz, empresa de tecnologia referência no mercado de circuito fechado de TV (CFTV), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de outubro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Na
família e na escola
As dinâmicas que
configuram a interioridade de cada pessoa, fundamentais para a vivência
transformadora da fé, dependem de dois âmbitos muito especiais: a família e a
escola, determinantes para a formação humana. Por isso mesmo, uma sociedade que
busca novas configurações e funcionamentos institucionais deve investir
fortemente na família e na escola.
Esse
investimento deve considerar uma definição de escola que não se restrinja ao
ensino formal, o que significa contemplar as escolas formais e as muitas outras
“escolas da vida”, lugares onde as pessoas também desenvolvem modos de ser e de
agir. É preciso, ainda, conceituar família de um modo mais amplo. Obviamente,
preservar a família dentro do sentido incontestável do matrimonio, mas também
considerar grupos sociais que se formam a partir de propósitos comuns – desde
os torcem apaixonadamente por um time de futebol aos que se reúnem em torno de
projetos sociais e culturais, por exemplo.
A
família e a escola, pensadas no seu sentido genuíno e essencial, mas também de
forma mais abrangente, merecem atenção especial. Somente assim podem ser
alicerçadas as urgentes mudanças na sociedade brasileira, fazendo surgir uma
nova cultura, de vida e da paz. Essa cultura pressupõe o irrestrito respeito ao
bem comum e à justiça. Por isso mesmo, depende de transformações no interior de
cada pessoa que refletirão em suas escolhas. E, nessas mudanças, é preciso que
o amor seja vetor de desenvolvimento. Cultivam-se, assim, sentimentos
humanitários e espirituais que comprometem consciências e corações com o
respeito ao outro, que é irmão.
Por
tudo isso, reconhecendo a importância de transformações nos funcionamentos
governamentais e de diferentes segmentos da sociedade, é fundamental reconhecer
esta urgência: dedicar atenção especial à família e à escola. Vale, então,
considerar analiticamente o que está acontecendo no contexto atual da sociedade
contemporânea – atos de violência como o de um jovem que atirou contra colegas
em uma escola, ou o desatino de atear fogo em si e nos outros, suicidamente. E
ainda o domínio ilegal de territórios e seus habitantes motivado por propósitos
que dizimam vidas. Tão destrutivamente forte quanto esses males todos são as
práticas de corrupção, em pequena e larga escala.
A
vitória sobre o que ameaça a vida só será possível se as famílias e as escolas
forem cuidadas, urgentemente, de um modo melhor. Pois nas famílias e nas
escolas é que podem ser barras as delinquências que geram graves danos à
cultura e a diferentes áreas, prejudicando a humanidade, inclusive no
desenvolvimento econômico. O caminho, assim, é investir para que se aprenda, na
família e na escola, o exercício da solidariedade e da bondade.
A
família e a escola despertam sentimentos que permitem a compreensão humanística
sobre o que é viver. Edificam, com envergadura, o caráter de cada pessoa, que
fica livre, inclusive, de graves quadros patológicos, a exemplo da perda do
apreço pela própria vida, do hábito de se guardar e alimentar rancores,
ressentimentos, ciúmes e disputas. Sem o adequado investimento na família e na
escola, a sociedade permanecerá a conviver com o medo e a desconfiança, e ainda
com o egoísmo que se manifesta na defesa mesquinha dos próprios interesses,
sempre com prejuízo do bem comum.
Há
muito que modificar quando se consideram os hábitos e práticas aprendidos e
cultivados na família e na escola. É preciso coragem, humildade,
disponibilidade para ouvir, seriedade e dedicação na tarefa de compreender
melhor e reconfigurar as práticas cotidianas. Diferentes complexidades surgem
como desafios para o mundo atual, a exemplo do uso das novas tecnologias, que
em algumas situações compromete laços familiares, a harmonia entre as pessoas.
Não menos desafiador é contexto urbano, tão ferido com a falta de civilidade e
respeito. Essas realidades e tantas outras que precisam ser mudadas requerem
dinâmicas com força para conduzir a sociedade no caminho do bem e da verdade, e
os passos para trilhar esse trajeto são aprendidos na família e na escola.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica
marca de 397,44% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II –
a corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem
o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida,
que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas,
oportunidades e potencialidades com todas
as brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...