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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA SOLIDARIEDADE E ECOLOGIA INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE (45/125)



 (Agosto = mês 45; faltam 125 meses para a Primavera Brasileira)

“Inteligência emocional como ferramenta de liderança
        Imagine ter todo o conhecimento técnico necessário para realizar determinada tarefa, mas não conseguir alcançar o resultado esperado simplesmente por estar em um dia ruim. A influência das emoções pode parecer trivial em um primeiro momento, mas a realidade é que elas podem ser um obstáculo significativo no caminho para o sucesso. Por isso, as habilidades emocionais têm sido tão valorizadas quanto as racionais no mundo corporativo.
         Estamos falando do conceito de inteligência emocional, que se refere à capacidade de conhecer e administrar as próprias emoções, utilizando-as como aliadas. Esse tipo de inteligência é válido para todos os aspectos da vida do ser humano, mas adquire uma importância especial no âmbito profissional, em que lidar com cobranças, pressões e frustrações faz parte da rotina laboral.
         É uma oposição à ideia de que ser um bom profissional é reprimir os sentimentos e agir integralmente pautado pela razão. Não é sobre controlar, mas sim sobre reconhecer e canalizar as próprias emoções. O que diferencia o gestor que desconta sua raiva nos colaboradores daquele que ensina lições a partir dos erros é justamente o nível de inteligência emocional.
         A falta de traquejo com o lado emocional por parte de um líder pode gerar uma série de conflitos no ambiente de trabalho que resultam em queda de rendimento e enfraquecimento da equipe. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria e recrutamento Michael  Page, oito em cada dez profissionais largam seus empregos por causa do chefe.
         Essa habilidade tem tido sua importância cada vez mais reconhecida devido às inúmeras transformações no mercado. Afinal, a necessidade de se reinventarem constantemente exerce um impacto emocional sobre os líderes, principalmente em momento de crise, nos quais a cobrança por resultados tende a ser maximizada.
         O autoconhecimento é um dos pilares da inteligência emocional, mas a relação com o outro também exerce um papel importante. Como as interações são a base para o funcionamento de qualquer organização, o ideal é que a administração das emoções seja uma habilidade compartilhada por toda a equipe. Segundo pesquisa da Career Builder, empresa focada no capital humano, 71% dos empregadores nos EUA já consideram a inteligência emocional mais importante que o Quociente de Inteligência (QI) como critério de seleção para o preenchimento de vagas.
         Mais do que um atalho para o desenvolvimento pessoal, a inteligência emocional é uma forma de melhorar os resultados dos negócios. Uma pesquisa da consultoria empresarial Talent Smart apontou que 58% do bom desempenho profissional pode ser atribuído a esse equilíbrio entre razão e emoção. Trata-se de uma transformação significativa que pode começar a ser posta em prática com uma atitude simples: observar a si mesmo.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 31 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Desconexões e lutos
        As sinapses cerebrais são calculadas a partir de números semelhantes ao de conexões em galáxias. É, certamente, uma quantidade difícil de ser mensurada. Mas é preciso considerar a importância das conexões cerebrais e de tantas outras relacionadas ao contexto social. Elas são indispensáveis para se alcançar metas que garantam uma vida saudável. A falta de conexão, ou a desconexão, gera prejuízos, que podem ser irreversíveis. No horizonte desafiador das conexões é que se compreende, também, o alcance da afirmação fundamental e determinante advinda do âmbito da ecologia integral: tudo está interligado, isto é, em sistema de conexões. Compreende-se, assim, que desconexões promovem disfunções, conforme revelam diferentes descalabros ambientais, provocados, por exemplo, pela mineração extrativista, com indiscriminada exploração dos recursos naturais. A Covid-19 e tantas outras pandemias resultam de desconexões.
         O papa Francisco lembra, na carta encíclica Laudato si’ – sobre o cuidado com a casa comum: há um clamor da Terra, nossa irmã, na afirmação de São Francisco de Assis, contra o mal que lhe é provocado, de maneira irresponsável, com a abusiva apropriação de seus bens, dons de Deus. As desconexões ambientais têm provocado agressões ao meio ambiente, uma questão ainda tratada inadequadamente pela legislação brasileira. A humanidade cresceu pensando ser a “dona do mundo”, com autoridade e direito para saquear a Criação. Trata-se de uma série desconexão humanitária que precisa ser, pedagógica e disciplinarmente, corrigida por legislações mais rigorosas. Mas há falta de coragem e de lucidez para promover avanços legislativos. Prevalecem a conivência, o “levar vantagens” pecuniárias ou eleitorais, a partir do sacrifício vergonhoso do meio ambiente. Manifestação lamentável da violência qe toma conta do coração humano, ferido pelo pecado.
         Ao se calcular, amargamente, as desastrosas consequências da Covid-19, há de se remontar ao nascedouro de desconexões muito graves, comprovando o nível de loucura de uma sociedade, refletido em seus dirigentes e cidadãos. Colapsos nas sinapses cerebrais talvez expliquem tantos desvarios que precisam ser contidos com a lei, com procedimentos educativos e terapêuticos para evitar que a sociedade se precipite no caos. Oportuna é a referência, entre outras existentes, ao projeto “Amazoniza-te”, uma escola que oferece a possibilidade para aprendizagens. E entre as lições a serem aprendidas estão o exercício da solidariedade, reconhecer a importância do próximo, que é irmão, cultivar a sensibilidade ambiental, com incidências na ação social e política, a partir de qualificado humanismo e do diálogo com diferentes culturas.
         É preciso afrontar síndromes de desconexões, fazer crescer o “coro dos lúcidos”, nas instituições e segmentos da sociedade. Isto significa investir em quem está com seus sistemas de sinapse cerebral funcionando adequadamente. É preocupante constatar o crescimento de fundamentalismos e polarizações que alimentam descasos em campos imprescindíveis para todas as sociedades: saúde, educação, democracia e dignidade humana. O dom da lucidez inclui equilíbrio emocional, a competência para a gestão de processos, sendo condição fundamental para bem conduzir o destino de uma nação e preservar valores que devem ser intocáveis. Constata-se, pois, que instituições governamentais e segmentos da sociedade não podem permanecer inertes diante da necessidade de se mudar rumos. É preocupante e doloroso perceber, por exemplo, a velocidade com que se aproxima a marca dos cem mil mortos pela Covid-19 no Brasil – cada vez mais uma nação enlutada.
         Esse luto crescente atesta as incompetências em âmbitos decisivos da gestão governamental, nos diferentes níveis. Nesses cenários de desconexões e lutos, o “o coro dos lúcidos” precisa ser encorpado e qualificado pela profecia cristã, com força de produzir conexões, sem medo, sem delongas e sem parcialidades. Assim é possível ajudar a eliminar as causas estruturais das disfunções políticas e econômicas, superar modelos de desenvolvimento incapazes de respeitar o meio ambiente, a dignidade da pessoa humana, especialmente dos mais pobres e vulneráveis. O luto que cobre a sociedade brasileira convoca os cristãos: ao invés de perder tempo com discussões inócuas, devem, cada vez mais, trabalhar na promoção da justiça, abrindo novos caminhos para a sociedade brasileiras.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 300,31% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 110,24%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





segunda-feira, 27 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO DOS VÍRUS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE E SOLIDARIEDADE NO NOVO PERFIL DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Os vírus
        A recente pandemia da Covid-19, que subverteu todos os nossos hábitos e rotinas, seja no lazer ou no trabalho, tem como causador um vírus, batizado como Sars-Cov-2, mas o que são realmente os vírus?
         Os vírus são um instrumento que permite a veiculação de informação genética. É muito provável que as formas de vida não fossem as mesmas, inclusive a nossa própria poderia não ter surgido, sem a sua existência. Famosos são os vírus que causam doenças: eles veiculam informações que na célula de determinado organismo causam dano irreversível e a morte, entretanto não é sempre assim.
         Conhecemos inúmeros tipos de vírus, e é provável que existam muitos outros mais. Apesar do desenvolvimento atual e de todo o conhecimento acumulado, pouco sabemos como eles surgiram e como realmente funcionam os mecanismos de troca de material genético que permitiram a evolução das formas de vida na terra. A evolução das espécies, como descrita até hoje nos livros, me lembra os contos da carochinha: é algo absolutamente fantasioso e absurdo e só fazia sentido quando não tínhamos a menor noçãode que atrás de qualquer estrutura viva existe um projeto extremamente complexo, codificado em principalmente dois tipos de estruturas: o DNA e o RNA.
         Quando analisamos os diferentes tipos de vírus, verificamos que suas estruturas são altamente complexas e especializadas. Habitualmente os vírus circulam entre determinadas espécies e são quase exclusivos para elas, e dentro de tais espécies focam o seu alvo em determinados tipos de células. Suas paredes têm receptores que permitem que se liguem a elas e ali conseguem introduzir seu material genético, assim como induzir a célula a multiplicá-lo, permitindo que o vírus siga adiante e leve sua mensagem a outros organismos.
         O vírus não é uma forma de vida autônoma, é apenas uma mensagem, com a capacidade de introduzir informações dentro de células, fazendo com que elas passem a considerar metabolicamente aquelas instruções como quaisquer outras contidas no seu próprio DNA ou RNA.
         Quando hoje assistimos maravilhados aos avanços proporcionados pela engenharia genética, tanto na modificação de alimentos quanto na produção de compostos biológicos, como anticorpos monoclonais e proteínas complexas, como a insulina, que são produzidos pela introdução de sequências de DNA dentro de bactérias, estamos apenas começando a experimentar uma fórmula que a natureza criou há milhões de anos, aproveitando-se também de vírus e cujos segredos nós estamos só começando a desvendar.
         Como podem ver, existem aspectos fascinantes em todas as formas de vida, e muitas vezes o que nos causa temor e pânico é apenas o resultado de uma experiência da natureza, uma confusão produzida por engano; seja por algum cientista distraído que modificou um vírus, seja lá com qual intenção, ou pela circulação equivocada de um vírus na espécie errada, causando tanto dano como um elefante na nossa sala.”.

(Luiz Antonio F. Paulino. Médico, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 24 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Delírios e lições
        A pandemia da Covid-19 expõe, ao mesmo tempo, delírios e lições. Os delírios tornam-se evidentes nos descompassos sociais, a exemplo do descaso com os pobres, ou a partir das inabilidades dos representantes do povo. Situações que pedem mudanças, a partir do aprendizado de muitas lições. Esse aprendizado requer renovação de mentalidades, de práticas e de estilos de vida. Um reconhecimento dos equívocos em determinadas escolhas que incidem não apenas no mundo da política, mas também no campo da cultura e, lamentavelmente, até mesmo na esfera religiosa. Diante da necessidade de se aprender muitas lições, oportuno é lembrar-se de que a eficácia na aprendizagem depende de um importante aspecto: as pessoas, indistintamente, assumirem a condições de discípulos, uma nuance compartilhada por Jesus, em sua maestria.
         Ensina muito e bem quem se coloca na condição de aprendiz. Essa condição permite o compartilhamento de convicções e experiências. E a atitude de compartilhar é vetor de mudanças, caminho para alcançar metas capazes de responder ao clamor do povo sofrido. Por isso, precisam estar matriculados na condição de aprendizes, prioritariamente, os que sufragam seus nomes em eleições, pois é lastimável constatar o despreparo de representantes do povo no exercício de suas funções. Falta substrato humanístico e há indiferença em relação à meta de se edificar uma sociedade solidária. Quando se analisa o conjunto de situações da atualidade, avaliando o desempenho de líderes de diferentes lugares do mundo, chega-se facilmente a uma conclusão: mudanças são necessárias. Percebe-se que a humanidade está aprisionada em entendimentos equivocados. E a qualidade de entendimentos é importante para avaliar a condição de uma civilização.
         Essa qualidade depende dos processos educativos responsáveis pela formação do ser humano. Por isso mesmo, é preocupante quando um país convive com o sucateamento do campo educacional, confiando-o a mãos inábeis, a agentes pouco lúcidos. A consequência desse mal é a desconsideração e o desperdício da capacidade humana para promover o desenvolvimento integral da sociedade. Urgente é, pois, investir educativamente no desenvolvimento de entendimentos adequados, de pessoas capazes de conduzir a sociedade a partir de valores que sustentam a vida, promovendo relações sociais, políticas e culturais justas. Esses processos educativos qualificados exigem uma condição fundamental: cada pessoa se coloque na condição de aprendiz.
         Ninguém pode acreditar que tudo sabe, particularmente no mundo contemporâneo, caracterizado também pela velocidade das mudanças e por suas muitas complexidades. Perceber-se, permanentemente, como aprendiz é também caminho para vencer delírios, que se propagam especialmente neste tempo de pandemia, afetando mentes, vidas e corações. Há os que se acham onipotentes. Outros de tornam vítimas do medo. E muitos se apegam a convicções equivocadas, que podem levar a graves enfraquecimentos institucionais, a partir de extremismos, por exemplo.
         Achar-se a única referência ou a exclusiva fonte para se alcançar soluções é não se perceber como aprendiz. Isso leva a equívocos nos diferentes campos da vida, inclusive em contextos institucionais. Trata-se de uma postura que deve, urgentemente, ser substituída pela humildade. Somente assim é possível seguir um percurso que vai possibilitar diálogos e, consequentemente, permitir encontrar a solução mais eficaz para diferentes desafios. Reconhecer-se aprendiz, sempre e de modo humilde, é uma atitude indispensável para ajudar a recompor os tecidos socioculturais, político e religioso da civilização contemporânea, sanando delírios, enquanto são aprendidas novas lições.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







segunda-feira, 20 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS HABILIDADES GERENCIAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A URGÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Habilidade de negociação como vantagem competitiva
        Criar o próprio negócio e conduzi-lo ao sucesso não é nada fácil. Além de criatividade, expertise na área e habilidades gerenciais, o empreendedor precisa conhecer técnicas de comunicação e relacionamento com terceiros. Afinal, sozinho não se chega a lugar nenhum. E, quando se trata de interações interpessoais, é muito comum nos depararmos com interesses divergentes. E a forma como lidamos com eles é decisiva tanto para o futuro do negócio quanto para nosso próprio desenvolvimento pessoal.
         A necessidade de negociar se faz presente em diversas esferas da vida. Tanto em simples barganhas no supermercado quanto em transações comerciais complexas temos que nos preocupar em nos conciliar nossos objetivos com os dos interlocutores. Buscando equilibrar os momentos de concessão com aqueles de prevalência dos nossos próprios interesses.
         As grandes fusões empresariais, por exemplo, são frutos de longos processos de negociação. Um exercício interessante para refletir sobre o processo de busca por um consenso que atenda aos interesses de duas partes distintas é pensar sobre momento como, por exemplo, o da primeira reunião entre representantes de Fiat Chrysler e Peugeot para discutir seus respectivos termos para a realização da fusão que movimentou cerca de US$ 50 bilhões em 2019.
         A importância da negociação no mundo corporativo é ainda mais evidente em transações complexas, mas vai muito além dos empreendedores. Todos os líderes, gestores e profissionais eventualmente se deparam com situações de conflitos de interesse em que suas habilidades são postas à prova. Por isso, é fundamental que, além de serem constantemente aprimoradas, as habilidades de negociação sejam levadas em consideração na hora de construir as equipes de trabalho.
         Mas como se tornar um bom negociador de fato? A verdade é que se trata de um fenômeno complexo, sendo inclusive objeto de estudo em instituições acadêmicas. Atualmente existem diversos cursos de capacitação para quem deseja se aprofundar e se especializar na área. Trata-se de uma habilidade que pode ser aprimorada por meio de práticas simples, aplicáveis no dia a dia.
         Saber ouvir o interlocutor, entender seu contexto e suas necessidades para avaliar como sua proposta se encaixa é a regra número 1. Também é preciso ser transparente e objetivo, para conquistar a confiança e garantir a realização de novas negociações no futuro. Além disso, estar disposto a fazer concessões é essencial. Afinal, o ideal é que o acordo traga benefícios a ambas as partes.
         Trata-se de uma habilidade que merece ser valorizada. Ter capacidade de negociar com interlocutores diversos pode abrir inúmeras portas, desde que seja sempre aplicado o princípio de manter a cortesia e o respeito entre as partes envolvidas.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 17 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Lei, hábitos, inovação
        Há consenso que a pandemia da Covid-19 aponta para a necessidade de mudanças. Os esgotamentos de modelos econômicos, político-culturais e até religiosos ameaçam a Casa Comum, sacrificam, de modo criminoso, o meio ambiente. Com a pandemia, percebe-se, com mais clareza, a velocidade impressionante com que esses sacrifícios impactam, frontalmente, todas as pessoas, em cada lugar do planeta. Novas respostas aos muitos desafios contemporâneos são urgentes e, hoje, o que se tem, é a expectativa definida por uma expressão recentemente formulada: a chegada de um “novo normal”. E a recorrência dessa expressão, em muitos discursos, consolida, cada vez mais, um importante entendimento: não haverá retorno ao que se chamava de “normalidade”.
         Para se viver o “novo normal”, muitas lições devem ser aprendidas – não apenas cultivar convicções morais em uma perspectiva conceitual, mas traduzi-la com a adoção de um novo estilo de vida. Sem essa mudança, o mundo continuará a pagar alto preço, agravadas pela fragilidade que toma conta das instâncias governamentais. Nessas instâncias, faltam gestores comprometidos com um sólido humanismo e capazes de aproveitar, mesmo que minimamente, os avanços científicos e tecnológicos da contemporaneidade para promover novos passos civilizatórios. Diversos setores – a exemplo dos contextos acadêmicos, científicos e religiosos – estão desafiados a alcançar nova epistemologia capaz de qualificar a cidadania, possibilitando adequado discernimento ético-moral sobre práticas e sistemas políticos.
         Na ausência de adequadas mudanças, permanecem os colapsos agravados nos últimos meses com a pandemia, não somente nos sistemas de saúde, por falta de solidez, mas também na dimensão normativa que rege a sociedade. Há orientações conflituosas, pouco eficazes, vindas de diferentes esferas do poder público. Uma situação que constitui verdadeiro “bate cabeça” entre autoridades: falta diálogo entre instâncias de decisão, o que, consequentemente, inviabiliza a abertura de novos ciclos capazes de superar a atual situação de caos. O momento torna-se ainda mais grave porque valores inegociáveis da democracia, indispensáveis para promover o bem comum, sofrem atentados. Uma realidade triste, que pede o fortalecimento do coro dos lúcidos, capaz de impedir escolhas obscurantistas, antes que seja tarde. O sistema legal precisa avançar neste momento para socorrer a democracia e todos os valores e princípios que não podem desaparecer. Imprescindível também é configurar o tecido cultural e os hábitos, de modo a superar cenários de exclusão social e desigualdades.
         Infelizmente, há uma lentidão nos necessários processos de mudanças civilizatórias especialmente urgentes no atual momento. Contribui para essa inércia a insistência perversa que vem de segmentos sociais que não enxergam nada para além da lógica do dinheiro. Esses grupos estão na contramão de um novo humanismo, esperança para superar os desafios estabelecidos pela pandemia e por outros males. A desafiadora tarefa educativa para se cultivar novos hábitos precisa, pois, contar com o serviço e a participação de instituições sérias e credíveis, a serem sempre fortalecidas.
         Mudar mentalidades e promover a adoção de hábitos a partir de uma grande mudança cultural não é tarefa fácil. Exige cultivar convicções renovadas que levem à lucidez. A força educativa precisa gerar inspiração para transformar desde situações simples a realidades mais complexas, com incidência na infraestrutura da sociedade. É preciso conquistar o que é essencial para se viver adequadamente e descartar aquilo que ameaça a vida.
         As inovações em campos tecnológicos de alta complexidade precisam inspirar um fenômeno similar em situações cotidianas até aqui tratadas com displicência, sem clareza sobre seus impactos no dia a dia. Trata-se de um desafio para a civilização contemporânea, exigindo adequada resposta de cada contexto social. Todos unidos em um mutirão para alcançar, ao mesmo tempo, urgentes correções políticas e uma Lei pedagógica, capaz de promover novos hábitos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.