“A
atividade inteligente impulsiona
o ser a discernir com lucidez
O terceiro raio, o da
Atividade Inteligente, é a energia que adapta a forma, os corpos, à alma que a
habita. Está presente, pois, no momento de nossa encarnação e promove uma série
de atividades que, com o decorrer da evolução, vão-se tornando inteligentes. No
princípio, essas atividades são mera ânsia de agir, de fazer coisas,
necessidades herdadas do Reino Animal. O que no Reino Humano aparece como ânsia
de atividade, no animal manifesta-se como vontade de comer e de beber, até hoje
presente em muitos homens em forma de gula. Esta gula teria de ser transformada
em interesse pelas atividades úteis, que, por sua vez, vão-se tornando sempre
mais ordenadas e inteligentes, deixando de consistir em meros movimentos
vitais.
O
terceiro raio tem uma nítida função, mesmo quando ainda não desenvolvido na
pessoa. Ao suscitar no homem não evoluído essa ânsia de fazer as coisas, de
trabalhar, de criar e de movimentar-se no plano físico, está servindo de
instrumento à alma que, encarnada no indivíduo ativo, faz assim uma série de
experiências.
No
decorrer da evolução, a ânsia pela atividade física transforma-se lentamente em
interesse pela atividade de trabalhar a mente. O interesse pela cultura, pela
vida subjetiva, é instigação da Inteligência Ativa, ou Espírito Santo, como
misticamente esse raio é também chamado no Ocidente.
Como
vimos, o homem passa, pois, de um estágio de ânsia pela comida e pela bebida
para o da necessidade de agir, de se exteriorizar e de criar coisas, evoluindo
mais tarde para o interesse de ordem intelectual. Tudo isso é provocado pelo
terceiro raio, que vai criando a atividade seletiva e colocando-se em posição
de discernir e de equilibrar os impulsos do desejo.
É
também o terceiro raio que nos leva a selecionar os impulsos de amor. Em estado
ainda não desenvolvido, ele surge de desejo ou preferência por coisas ou
pessoas. Decorre daí, então, uma atividade discriminativa, um estímulo para se
discernir com lucidez entre todos esses impulsos. É desse processo de escolha
que o amor evolui sem levar à dispersão.
Esse
raio leva a uma atividade extremamente ponderada e tem, dessa maneira, a função
de ligar a Vontade Superior, ou primeiro raio, com o segundo, a Sabedoria.
Conclui-se daí que esses três raios, trabalhando juntos, formam uma esplêndida
trindade de energias no homem: o raio da Vontade – Poder, que, sem a Sabedoria
do segundo raio e sem o controle do terceiro, pode ser destrutivo; o raio do
Amor-Sabedoria, que, sem a Vontade como impulso primordial e sem a Inteligência
discriminadora, torna-se dispersivo escoando sem controle inteligente; e o raio
da Inteligência Ativa, que, sem a Sabedoria e o Amor do segundo raio e sem o
Poder do primeiro, também não se realiza completamente, uma vez que permanece
como simples força de movimento.
É
importante que o terceiro raio atue em conjunto com os outros dois: na medida
em que o primeiro, conforme a vontade superior que ele conhece, envia o
impulso, o segundo o confirma e o equilibra com sabedoria; o terceiro, quanto
evoluído, executa o trabalho. É nesse sentido que dizemos que o primeiro raio
seria símbolo da mente nesse processo construtivo, o segundo do coração e o
terceiro das mãos que realizam.
Seja
qual for o raio do indivíduo, sob todos eles jaz uma lei imutável: a do
esquecimento do pequeno ego por meio do serviço exercido com amor
incondicional.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de junho de 2018, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de maio
de 2018, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE
CARBALHO, engenheiro agrônomo, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Insegurança,
não. Queremos paz
A ciência moderna
atingiu picos de excelência tecnológica que eram inimagináveis tempos atrás. No
entanto, a presença do ser humano na tomada de decisão ainda não foi
descartada. Pelo contrário. Ela ainda é insubstituível. E isso é evidente,
pois, se algum analista faz o diagnóstico errado de algum problema,
infelizmente, a solução recomendada para a questão se revelará equivocada.
E essa
particularidade se aplica, inclusive, nas áreas sociais. Sendo precisamente
isso o que tem ocorrido no Brasil, cujas inquietações internas atuais,
semelhantes a uma estado permanente de guerra, tem trazido enorme insegurança a
toda população. E o diagnóstico equivocado, visando solucionar esse começo de
desagregação social no país, não tem permitido o correto tratamento que o
problema exige.
Realmente,
parte do problema da insegurança se deve à falta de maior eficácia nas
estratégias de repressão policial ao crime organizado. E de melhor eficiência
no emprego repressivo da tropa. Além de haver uma deficiência severa na confiabilidade
de parte do comando de segurança, devido as infiltrações do inimigo dentro das
corporações. Tudo isso somado tem ajudado a colocar em cheque a viabilidade de
todo o sistema. Visível no legado de insegurança geral.
Por
isso, grande parte do Brasil aparenta ter-se tornado uma sucursal do inferno.
Visível na notória ausência de paz que a população desfruta para cumprir os
compromissos mais corriqueiros. Pois imensa é a importância da paz na vida do
povo de uma nação. Importância antiga. Afinal, a paz sempre foi o bem maior
buscado por todos os povos antigos. E isso, quando o materialismo ainda não
tinha deturpado as prioridades na vida do homem. Naquela época, a paz era tão
importante, que todos se cumprimentavam desejando, uns aos outros, paz. Desde
então, a paz tornou-se o maior desejo de consumo de todos. Daí, pergunta-se:
como pode viver, hoje em dia, uma nação em paz?
Segundo
consta na sabedoria milenar, a paz é subproduto da justiça. E, de posse dessa
verdade, a lógica agrícola é contrariada. Pois, dela se deduz que não será
semeando paz que se produzirá paz. Ao contrário. Para obter paz, segundo essa
saber, se faz necessário semear justiça. Ou seja, somente quando em uma nação
prevalece a justiça, a paz se faz presente entre seus cidadãos. Sendo a justiça
que permite a paz nascer, florescer e dar frutos.
No
entanto, é precisamente aí que reside o calcanhar de Aquiles do estado de
insegurança presente no território brasileiro. Onde a falta de justiça, em
todos os níveis da vida nacional, faz com que esse quesito seja o responsável
pela maior parte da insegurança prevalecente no país. Em vez de só as mazelas
do aparato policial.
A
questão, então, é como sanar essa deficiência atacando o maior responsável? E
qual profilaxia deve ser aplicada diante deste diagnóstico?
A
simples lógica racional diz que deve ser estabelecida a justiça. Então, em
todos os setores nacionais, onde houver sua ausência, que ela seja restaurada.
Não importando as consequências necessárias ao seu reestabelecimento, pois a
falta dela continuará a inviabilizar a vida normal do seu povo.
No
entanto, a questão é: como restaurar a justiça, quando os sistemas
normatizador, condutor e fiscalizador do Estado brasileiro se encontram
próximos do limite da completa putrefação? Sendo visível no comportamento dos
três poderes da República um cristalizado corporativismo corrompido. E
totalmente indiferente a prestar contas dos seus atos espúrios. Antes,
negando-se descaradamente. Além de tudo, procedendo indiferentes a exposição
pública dos seus vícios. E avessos a completa condenação dos seus atos. E,
desse modo, obstruindo o sentimento de justiça e a paz da nação.
Contudo,
seria de bom alvitre para o Brasil, se, além da reforma de todo o governo
nacional, pudesse ser, também, reformada a forma de se viver em sociedade.
Transformando-a em uma na qual os dignos valores humanos sejam incentivados. E
onde o mérito seja reconhecido e recompensado. Caso contrário, o desânimo toma
conta de todos, pois a injustiça se instala. Voltando, então, a reinar a
incompetência e corrupção. Zona lúgubre onde a esperteza maléfica se
estabelece. Caso explícito de nações sem futuro, cujos valores se tornaram
inversos do que deveriam ser. E onde a paz na vida do seu povo é uma espécie em
extinção.
Por
tudo isso, o povo está cansado de tanta insegurança. Sendo o grito de todos por
paz. Então, torna-se necessário que no país se estabeleça urgente o reino da
justiça. Para que o Brasil volte a renascer como fonte de vida para todo o seu
povo. Assim como renasceu o verdadeiro Príncipe da Paz.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de
331,57% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial em históricos 320,96%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos
e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.