(Agosto
= mês 45; faltam 125 meses para a Primavera Brasileira)
“Inteligência
emocional como ferramenta de liderança
Imagine ter todo o
conhecimento técnico necessário para realizar determinada tarefa, mas não
conseguir alcançar o resultado esperado simplesmente por estar em um dia ruim.
A influência das emoções pode parecer trivial em um primeiro momento, mas a
realidade é que elas podem ser um obstáculo significativo no caminho para o
sucesso. Por isso, as habilidades emocionais têm sido tão valorizadas quanto as
racionais no mundo corporativo.
Estamos
falando do conceito de inteligência emocional, que se refere à capacidade de
conhecer e administrar as próprias emoções, utilizando-as como aliadas. Esse
tipo de inteligência é válido para todos os aspectos da vida do ser humano, mas
adquire uma importância especial no âmbito profissional, em que lidar com
cobranças, pressões e frustrações faz parte da rotina laboral.
É uma
oposição à ideia de que ser um bom profissional é reprimir os sentimentos e
agir integralmente pautado pela razão. Não é sobre controlar, mas sim sobre
reconhecer e canalizar as próprias emoções. O que diferencia o gestor que
desconta sua raiva nos colaboradores daquele que ensina lições a partir dos
erros é justamente o nível de inteligência emocional.
A falta
de traquejo com o lado emocional por parte de um líder pode gerar uma série de
conflitos no ambiente de trabalho que resultam em queda de rendimento e
enfraquecimento da equipe. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de
consultoria e recrutamento Michael Page,
oito em cada dez profissionais largam seus empregos por causa do chefe.
Essa
habilidade tem tido sua importância cada vez mais reconhecida devido às
inúmeras transformações no mercado. Afinal, a necessidade de se reinventarem
constantemente exerce um impacto emocional sobre os líderes, principalmente em
momento de crise, nos quais a cobrança por resultados tende a ser maximizada.
O
autoconhecimento é um dos pilares da inteligência emocional, mas a relação com
o outro também exerce um papel importante. Como as interações são a base para o
funcionamento de qualquer organização, o ideal é que a administração das
emoções seja uma habilidade compartilhada por toda a equipe. Segundo pesquisa
da Career Builder, empresa focada no capital humano, 71% dos empregadores nos
EUA já consideram a inteligência emocional mais importante que o Quociente de
Inteligência (QI) como critério de seleção para o preenchimento de vagas.
Mais do
que um atalho para o desenvolvimento pessoal, a inteligência emocional é uma
forma de melhorar os resultados dos negócios. Uma pesquisa da consultoria
empresarial Talent Smart apontou que 58% do bom desempenho profissional pode
ser atribuído a esse equilíbrio entre razão e emoção. Trata-se de uma
transformação significativa que pode começar a ser posta em prática com uma atitude
simples: observar a si mesmo.”.
(Matheus Vieira
Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo
Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 13).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 31 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Desconexões
e lutos
As sinapses cerebrais são
calculadas a partir de números semelhantes ao de conexões em galáxias. É,
certamente, uma quantidade difícil de ser mensurada. Mas é preciso considerar a
importância das conexões cerebrais e de tantas outras relacionadas ao contexto
social. Elas são indispensáveis para se alcançar metas que garantam uma vida
saudável. A falta de conexão, ou a desconexão, gera prejuízos, que podem ser
irreversíveis. No horizonte desafiador das conexões é que se compreende,
também, o alcance da afirmação fundamental e determinante advinda do âmbito da
ecologia integral: tudo está interligado, isto é, em sistema de conexões.
Compreende-se, assim, que desconexões promovem disfunções, conforme revelam
diferentes descalabros ambientais, provocados, por exemplo, pela mineração
extrativista, com indiscriminada exploração dos recursos naturais. A Covid-19 e
tantas outras pandemias resultam de desconexões.
O papa
Francisco lembra, na carta encíclica Laudato
si’ – sobre o cuidado com a casa comum: há um clamor da Terra, nossa irmã,
na afirmação de São Francisco de Assis, contra o mal que lhe é provocado, de
maneira irresponsável, com a abusiva apropriação de seus bens, dons de Deus. As
desconexões ambientais têm provocado agressões ao meio ambiente, uma questão
ainda tratada inadequadamente pela legislação brasileira. A humanidade cresceu
pensando ser a “dona do mundo”, com autoridade e direito para saquear a
Criação. Trata-se de uma série desconexão humanitária que precisa ser,
pedagógica e disciplinarmente, corrigida por legislações mais rigorosas. Mas há
falta de coragem e de lucidez para promover avanços legislativos. Prevalecem a
conivência, o “levar vantagens” pecuniárias ou eleitorais, a partir do
sacrifício vergonhoso do meio ambiente. Manifestação lamentável da violência qe
toma conta do coração humano, ferido pelo pecado.
Ao se
calcular, amargamente, as desastrosas consequências da Covid-19, há de se
remontar ao nascedouro de desconexões muito graves, comprovando o nível de
loucura de uma sociedade, refletido em seus dirigentes e cidadãos. Colapsos nas
sinapses cerebrais talvez expliquem tantos desvarios que precisam ser contidos
com a lei, com procedimentos educativos e terapêuticos para evitar que a
sociedade se precipite no caos. Oportuna é a referência, entre outras
existentes, ao projeto “Amazoniza-te”, uma escola que oferece a possibilidade
para aprendizagens. E entre as lições a serem aprendidas estão o exercício da
solidariedade, reconhecer a importância do próximo, que é irmão, cultivar a
sensibilidade ambiental, com incidências na ação social e política, a partir de
qualificado humanismo e do diálogo com diferentes culturas.
É
preciso afrontar síndromes de desconexões, fazer crescer o “coro dos lúcidos”,
nas instituições e segmentos da sociedade. Isto significa investir em quem está
com seus sistemas de sinapse cerebral funcionando adequadamente. É preocupante
constatar o crescimento de fundamentalismos e polarizações que alimentam
descasos em campos imprescindíveis para todas as sociedades: saúde, educação,
democracia e dignidade humana. O dom da lucidez inclui equilíbrio emocional, a
competência para a gestão de processos, sendo condição fundamental para bem
conduzir o destino de uma nação e preservar valores que devem ser intocáveis.
Constata-se, pois, que instituições governamentais e segmentos da sociedade não
podem permanecer inertes diante da necessidade de se mudar rumos. É preocupante
e doloroso perceber, por exemplo, a velocidade com que se aproxima a marca dos
cem mil mortos pela Covid-19 no Brasil – cada vez mais uma nação enlutada.
Esse
luto crescente atesta as incompetências em âmbitos decisivos da gestão
governamental, nos diferentes níveis. Nesses cenários de desconexões e lutos, o
“o coro dos lúcidos” precisa ser encorpado e qualificado pela profecia cristã,
com força de produzir conexões, sem medo, sem delongas e sem parcialidades.
Assim é possível ajudar a eliminar as causas estruturais das disfunções
políticas e econômicas, superar modelos de desenvolvimento incapazes de
respeitar o meio ambiente, a dignidade da pessoa humana, especialmente dos mais
pobres e vulneráveis. O luto que cobre a sociedade brasileira convoca os
cristãos: ao invés de perder tempo com discussões inócuas, devem, cada vez
mais, trabalhar na promoção da justiça, abrindo novos caminhos para a sociedade
brasileiras.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 300,31%
nos últimos doze meses, e a taxa de
juros do cheque especial chegou ainda em históricos 110,24%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência,
eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com
menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.