segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO AMOR-SABEDORIA E A INTELIGÊNCIA SUPERIOR NA SUSTENTABILIDADE

“Amor-sabedoria, a energia que 
permeia nosso sistema solar
        Amor-sabedoria é a qualidade básica de um dos raios cósmicos mais essenciais para a vida nessa galáxia e neste sistema solar, o Segundo Raio. Essa energia sábia e amorosa – cuja expressão mais profunda é tão desconhecida e misteriosa – conduz a vida e os seres ao encontro dos mundos internos. A denominação amor-sabedoria explica-se pelo fato de existir ainda na mente humana diferença entre essas facetas da mesma energia, e o amor sem a sabedoria e a sabedoria sem o amor não serem completos.
         Expressa-se nos seres como uma tendência profunda de união e de complementação. Porém, devido ao homem estar até hoje polarizado no nível sentimental e no instintivo, essa necessidade de integração não pôde ser por ele corretamente compreendida, resultando em sua canalização inadequada para fora de si, para outro ser, para uma situação, um objeto ou uma ideia.
         Portanto, esse caminho do amor pode-se ficar apegado a alguma etapa, exatamente por não se compreender o que subjaz ao impulso de união. Mas a sabedoria possibilita a serenidade e o desapego, bem como a certeza de que a verdadeira união virá sem que o indivíduo se preocupe com ela. A sabedoria traz essa compreensão e dissolve os ofuscamentos mentais que pode ocorrer durante o processo; traz ainda a sensibilidade superior, o conhecimento intuitivo da real necessidade dos semelhantes. O amor atrai e unifica; a sabedoria indica a direção a ser seguida. A sabedoria pertence ao coração e não à cabeça ou mente analítica; por meio da sabedoria “se compreende sem pensar”. No corpo físico, vincula-se à região cardíaca, que deveria estar desobstruída de ressentimentos e de mágoas para perceber com precisão o que o amor quer.
         É fácil notar a presença do amor quando ele está vibrando sem sabedoria; nessas condições, ele se apresenta tingido por apegos humanos e possessivos. No entanto, quando os dois aspectos estão juntos, sua ação é tão desinteressada que o fato pode até passar despercebido para pessoas sem a devida percepção intuitiva. Com a presença da sabedoria, o amor se torna interno; e o amor com sabedoria geralmente não se impõe, sua atuação se dá num nível mais profundo, desaparecendo da vista superficial.
         Aquele que ama com sabedoria não está interessado em demonstrá-lo, nem sente necessidade de ser compreendido. Isso decorre do próprio fato de ele estar vivendo a vida interior, estar sintonizado com a energia do coração.
         A sabedoria, expressão pura do conhecimento direto da realidade, emerge do interior do ser, à medida que a consciência se expande. Decorre do contato com a fonte da sua existência e com a do universo. Está além da erudição, que em geral se constitui de informações adquiridas, mas não vivenciadas. Revela-se na vida. É harmonia; transcende opostos. É síntese. Fala tanta pelo silêncio quanto pela palavra. Tende a ser repudiada pelos que não a podem compreender, porém cura e transforma os que dela se acercam com humildade. A consciência humana penetra na luz da sabedoria, mas não toca a sua chama. Quanto mais avança, mais a sabedoria se aprofunda. A sabedoria é fruto da união do eu consciente com a essência do ser; nasce do amor à Verdade inexprimível e inconcebível.
         A expressão pura do amor-sabedoria está sendo desenvolvida no sistema solar e, à medida que evoluímos, vamos inteirando-nos dela, sentindo-nos, com isso, cada vez mais realizados.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de agosto de 2017, caderno O.PINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de julho de 2017, caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Deus em questões
        Dia 8 de julho de 1935: um rapaz de 20 anos que estava à procura de um amigo, com quem tinha combinado um jantar, entrava, por engano, numa capela de Paris. Chamava-se André Frossard. Era filho do líder sindical L.O. Frossard, jornalista e primeiro-secretário do Partido Comunista Francês. Dizia-se “cético e ateu de extrema, a esquerda. Ainda mais do que cético, ainda mais do ateu, indiferente e ocupado em coisa bem diversa do que um Deus que nem pensava mais negar”. Cinco minutos depois, saía de lá “católico, apostólico, romano”, “transportado, levantado, retomado e envolvido pela onda de uma alegria inexaurível”.
          O impacto existencial dessa conversão ficou registrado num livro que ocupou por muito tempo as listas dos best-sellers: Deus existe, eu o encontrei. André Frossard, jornalista de prestígio, cronista do Fígaro, redator-chefe da revista Temps Présent e, de 1988 até sua morte, em 1997, membro da Academia Francesa de Letras, faz parte daquela estirpe de intelectuais que cinzelam a cultura dos povos. Por isso, Deus em questões (Editora Quadrante, São Paulo), livro que acabo de reler com muito prazer, merece ser compartilhado com você, caro leitor.
         Trata-se de um livro estimulante, quase interativo. O autor, armado de uma coragem afiada e de um bom humor cativante, assume um desafio inusitado. Frossard condensa, em 47 “questões”, cerca de 2 mil perguntas que lhe foram feitas por estudantes franceses. Em cada questão, expõe primeiro as objeções, assumindo lealmente o ponto de vista crítico, e depois formula respostas que extrai da sua “experiência da fé”. Por que viver? Ciência e fé são compatíveis? Deus é da esquerda ou da direita? A fé e o big-bang. A bioética. A Aids. O sofrimento humano. A liberdade. Eis, respigados ao acaso, alguns dos temas que compõem um mosaico de grande atualidade jornalística.
         A liberdade, adverte Frossard, “não consiste em fazer o que se tem vontade, mas também o que não se quereria, por bom senso, por respeito aos outros, e muitas vezes por amor, primeiro princípio de tudo aquilo que é, foi ou será”.
         “Essa liberdade ultrapassa todas as tendências, os gostos, o interesse pessoal, o egoísmo, vence tudo aquilo que efetivamente poderia ‘condicionar’ o ser humano e refulge com um brilho magnífico na renúncia de si próprio em favor do outro ou dos outros. Tem por divisa o dom de si e, por insígnia, a cruz de Cristo. Nesse sentido, a liberdade é um combate. É o ‘nome de guerra’ da caridade.
         Num mundo tantas vezes dominado por uma visão utilitária e hedonista, Frossard rasga o generoso horizonte da autêntica liberdade. De fato, poucas ideias gozam, por parte dos homens em geral, de um apreço tão imediato e universal quanto a liberdade, mas nem todos aprofundam igualmente na sua essência. Muitos se conformam com uma concepção superficial desse conceito: a liberdade lhes sugere simples espontaneidade, ausência de compromissos, e isso já é o suficiente. Na sua defesa da liberdade, contudo, Frossard não fica num conceito descomprometido, mas mergulham na raiz existencial da liberdade: o amor a Deus e o amor aos outros.
         A liberdade, para ele, tem uma vertente transcendental, uma orientação para Deus. Não é que a liberdade deixa de ser uma realidade humana para se tornar só ou principalmente um conceito de tipo religioso. Bem ao contrário. Precisamente por dizer respeito a Deus e ao fim último da vida, essa concepção da liberdade é radicalmente humana.
         O livro de Frossard é de grande atualidade. O pêndulo da história da história aponta o reencontro do homem com suas raízes genuínas, sua inquieta peregrinação rumo ao Criador. Na verdade, a busca por Deus é um fato sociológico. A religião, sintoma de alienação na geração passada, ganha espaço nos dias que correm, sobretudo no mundo dos jovens. Deus, os pais, anjos e milagres são campeões da credibilidade no mundo dos adolescentes. Toda uma geração assiste, perplexa, a uma contrarrevolução comportamental protagonizada por seus filhos e netos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho/2017 a ainda estratosférica marca de 378,30% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 322,60%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...