“Criatividade
e proatividade
Os conceitos de
criatividade e proatividade estão cada vez mais em um uso no mundo dos
negócios. A pessoa proativa é aquela que parte para a ação, sem ficar esperando
uma ordem ou orientação. Quem tem essa característica tende a procurar
informações e oportunidades para estar sempre atualizado.
Já a
criatividade, muitas vezes relacionada a grandes artistas e profissionais, diz
respeito a idealizadores que resolvem problemas. Ser criativo significa pensar
fora da caixa, ressignificar algo existente para se tornar mais produtivo com
menos recursos.
Mas,
afinal, essas capacidades podem ser desenvolvidas? A resposta é sim. Cada
pessoa tem facilidade com determinadas competências. Entretanto, nada impede
que elas sejam aprimoradas. Inclusive, o segredo é estar sempre trabalhando
para desenvolver o potencial ao máximo.
O
primeiro passo já está dado, romper com o estigma de que apenas algumas pessoas
nascem criativas ou proativas. Depois disso, é trabalho. Seja aberto a
mudanças. Busque se autoconhecer, aperfeiçoar seus pontos fortes e reduzir os pontos
negativos.
A
mudança de atitude proporcionará a relevância tanto na vida profissional,
quanto no lado pessoal. Em meio a tanta competitividade no mercado, ser o
destaque é obrigatório.
Essa
responsabilidade é ainda maior para empreendedores, que além da preocupação com
outros funcionários, enfrentam a competitividade no mercado e a necessidade de
inovação. Tornado a criatividade e a proatividade ponto de parte para qualquer
iniciativa.
Além de
um mecanismo inicial, empreendedores consolidados também precisam estar atentos
às demandas. A Kodak Company, empresa multinacional dedicada à produção e ao
comércio de produtos fotográficos, por exemplo, viveu momentos importantes e
distintos no mundo dos negócios.
Em 1888,
George Eastman, inventor do filme fotográfico, fundou a empresa. A partir daí,
a marca foi pioneira no segmento. Responsável por popularizar a fotografia para
amadores, as câmeras foram ficando menores, a visualização prévia maior e as
imagens com qualidades melhores. Com isso, a Kodak construiu seu império e
colecionou patentes.
Um dos
registros que trouxe lucro para a empresa foi o ramo digital. Ao contrário do
que muitos pensam, a Kodak foi responsável pela primeira câmera digital, em
1975. A evolução continuou e os engenheiros da empresa, 13 anos depois, criaram
o primeiro equipamento digital DSLR (digital singe-lens reflex), modelo que
conhecemos agora, que salvava as imagens em cartões de memória. Entretanto,
preso ao modelo de venda de filmes e a revelação destes, a empresa vetou o
projeto.
Essa
recusa custou caro à empresa. Com o passar dos anos, a fotografia analógica
cedeu espaço para a digital. Nesse momento, outras empresas já haviam investido
bastante no ramo, deixando o mercado de filmes obsoleto.
Isso
reforça a importância da proatividade e da criatividade no universo do
empreendedorismo. Em um mundo no qual as inovações ditam ritmos, cada vez mais
acelerados, a criatividade é imprescindível para não ficar estagnado. E para
colocar as ideias e produtos em prática, é preciso proatividade, ousadia e
coragem para estar sempre à frente.”.
(FLÁVIO VINTE.
Empreendedor, mentor e consultor de liderança, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de junho
de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21
de junho de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Quem
mudará o Brasil?
Muitas são as respostas
possíveis diante desta questão: quem há de mudar o Brasil? Mas é preciso
encontrar a indicação capaz de efetivamente levar à superação dos descompassos
que conduzem todos ao caos. Buscar a solução assertiva é desafio exigente.
Tarefa a ser assumida por todos. Se houver resposta adequada a essa
interrogação-chave, a solução pode desencadear transformações profundas, vencer
cenários que ameaçam a vida. O primeiro passo é superar o entendimento de que
apenas uma pessoa tem o poder de transformar o Brasil. O contexto
contemporâneo, tão complexo, necessita muito mais que a ação de um indivíduo
para promover a virada civilizatória almejada por todos.
Transformar
o Brasil exige agregação, integração. Dos líderes, espera-se competência para
gerar harmonia, qualidade humana e espiritual que é vetor de mudanças. Não
existe lugar para pessoas com perfis que investem nas submissões ditatoriais,
lideranças fanáticas que fazem promessas impossíveis de cumprir. A realidade é
complexa e as propostas são simplórias, revelando as limitações de seus
autores, que agem como “marinheiros de primeira viagem”. Os “barcos” são as
muitas instituições nas quais exercem a liderança.
Escolhas
ultrapassadas, ancoradas em um tempo que já passou, podem ser sinal de
covardia, ou falta de competência humana e espiritual. Em vez de se optar pelos
caminhos ditatoriais e absolutistas, é imprescindível investir no entendimento
e na agregação, a partir de parâmetros humanísticos límpidos. Essa é a via que
leva a transformações necessárias e a respostas novas, impossíveis de serem
encontradas por quem simplesmente ocupa uma cadeira, possui título ou é
considerado “a bola da vez”. É preciso investir em processos educativos, para
além dos parâmetros formais de ensino. Processos relacionados a uma profunda
transformação cultural, com impactos nos modos de ver e de agir de cada
cidadão.
Sem esse
investimento, as instituições permanecem enjauladas na mediocridade de
indivíduos. Lamentavelmente, prevalece o personalismo que sacrifica diferentes
organizações, submetendo-as à irracionalidade, desfigurando-as, tornando-as cenários
de vaidades. Um risco que ameaça também os poderes da República e as
instituições religiosas. É preciso superar esse quadro com inovações capazes de
libertar a sociedade das amarras ideológicas que prometem soluções fáceis para
problemas complexos. No mundo do empreendedorismo, por exemplo, prevalece a
submissão à idolatria do dinheiro, que se desdobra em uma economia de exclusão.
A todo custo, busca-se a riqueza, mesmo que isso signifique mais desigualdade
social, sacrifícios à casa comum e aos mais pobres. O dinheiro passa a ser o
deus que tudo conduz.
E assim
se perpetua a injustiça social, que gera violência, impedindo avanços
civilizatórios. No campo político, os ideais republicanos deixam de ser
parâmetros para projetos e ações. E a autoridade política ignora a sua real
missão: servir a comunidade, o povo a quem deveria representar. Configura-se,
assim, a necessidade inadiável de uma ampla qualificação, em diversos
segmentos, para reformular os funcionamentos institucionais e fortalecer a
esperança em um tempo melhor. A qualificação que requer investimentos urgentes
deve contemplar o desenvolvimento da capacidade de conviver civilizadamente,
cultivando-se a fraternidade nas relações.
Essa
mudança que todos esperam é um processo que não se efetiva da “noite para o
dia”. Assim, para responder à questão “quem pode mudar o Brasil?”, é
fundamental ter a clareza de que as transformações almejadas pedem o
compromisso de todos para encontrar e trilhar novos caminhos. Não se chega a
lugares diferentes pelas mesmas estradas. Por isso, cada pessoa deve assumir
novas posturas a serem vividas e testemunhadas, na construção de transformações
sociais profundas. Definitivamente, não está, pois nas mãos de um indivíduo,
mas nas atitudes de todos os brasileiros, a força para mudar o Brasil.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de
298,57% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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