segunda-feira, 24 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA CRIATIVIDADE E PROATITIVADE E A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DAS LIDERANÇAS TRANSFORMADORAS NA SUSTENTABILIDADE


“Criatividade e proatividade
        Os conceitos de criatividade e proatividade estão cada vez mais em um uso no mundo dos negócios. A pessoa proativa é aquela que parte para a ação, sem ficar esperando uma ordem ou orientação. Quem tem essa característica tende a procurar informações e oportunidades para estar sempre atualizado.
         Já a criatividade, muitas vezes relacionada a grandes artistas e profissionais, diz respeito a idealizadores que resolvem problemas. Ser criativo significa pensar fora da caixa, ressignificar algo existente para se tornar mais produtivo com menos recursos.
         Mas, afinal, essas capacidades podem ser desenvolvidas? A resposta é sim. Cada pessoa tem facilidade com determinadas competências. Entretanto, nada impede que elas sejam aprimoradas. Inclusive, o segredo é estar sempre trabalhando para desenvolver o potencial ao máximo.
         O primeiro passo já está dado, romper com o estigma de que apenas algumas pessoas nascem criativas ou proativas. Depois disso, é trabalho. Seja aberto a mudanças. Busque se autoconhecer, aperfeiçoar seus pontos fortes e reduzir os pontos negativos.
         A mudança de atitude proporcionará a relevância tanto na vida profissional, quanto no lado pessoal. Em meio a tanta competitividade no mercado, ser o destaque é obrigatório.
         Essa responsabilidade é ainda maior para empreendedores, que além da preocupação com outros funcionários, enfrentam a competitividade no mercado e a necessidade de inovação. Tornado a criatividade e a proatividade ponto de parte para qualquer iniciativa.
         Além de um mecanismo inicial, empreendedores consolidados também precisam estar atentos às demandas. A Kodak Company, empresa multinacional dedicada à produção e ao comércio de produtos fotográficos, por exemplo, viveu momentos importantes e distintos no mundo dos negócios.
         Em 1888, George Eastman, inventor do filme fotográfico, fundou a empresa. A partir daí, a marca foi pioneira no segmento. Responsável por popularizar a fotografia para amadores, as câmeras foram ficando menores, a visualização prévia maior e as imagens com qualidades melhores. Com isso, a Kodak construiu seu império e colecionou patentes.
         Um dos registros que trouxe lucro para a empresa foi o ramo digital. Ao contrário do que muitos pensam, a Kodak foi responsável pela primeira câmera digital, em 1975. A evolução continuou e os engenheiros da empresa, 13 anos depois, criaram o primeiro equipamento digital DSLR (digital singe-lens reflex), modelo que conhecemos agora, que salvava as imagens em cartões de memória. Entretanto, preso ao modelo de venda de filmes e a revelação destes, a empresa vetou o projeto.
         Essa recusa custou caro à empresa. Com o passar dos anos, a fotografia analógica cedeu espaço para a digital. Nesse momento, outras empresas já haviam investido bastante no ramo, deixando o mercado de filmes obsoleto.
         Isso reforça a importância da proatividade e da criatividade no universo do empreendedorismo. Em um mundo no qual as inovações ditam ritmos, cada vez mais acelerados, a criatividade é imprescindível para não ficar estagnado. E para colocar as ideias e produtos em prática, é preciso proatividade, ousadia e coragem para estar sempre à frente.”.

(FLÁVIO VINTE. Empreendedor, mentor e consultor de liderança, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de junho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de junho de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Quem mudará o Brasil?
        Muitas são as respostas possíveis diante desta questão: quem há de mudar o Brasil? Mas é preciso encontrar a indicação capaz de efetivamente levar à superação dos descompassos que conduzem todos ao caos. Buscar a solução assertiva é desafio exigente. Tarefa a ser assumida por todos. Se houver resposta adequada a essa interrogação-chave, a solução pode desencadear transformações profundas, vencer cenários que ameaçam a vida. O primeiro passo é superar o entendimento de que apenas uma pessoa tem o poder de transformar o Brasil. O contexto contemporâneo, tão complexo, necessita muito mais que a ação de um indivíduo para promover a virada civilizatória almejada por todos.
         Transformar o Brasil exige agregação, integração. Dos líderes, espera-se competência para gerar harmonia, qualidade humana e espiritual que é vetor de mudanças. Não existe lugar para pessoas com perfis que investem nas submissões ditatoriais, lideranças fanáticas que fazem promessas impossíveis de cumprir. A realidade é complexa e as propostas são simplórias, revelando as limitações de seus autores, que agem como “marinheiros de primeira viagem”. Os “barcos” são as muitas instituições nas quais exercem a liderança.
         Escolhas ultrapassadas, ancoradas em um tempo que já passou, podem ser sinal de covardia, ou falta de competência humana e espiritual. Em vez de se optar pelos caminhos ditatoriais e absolutistas, é imprescindível investir no entendimento e na agregação, a partir de parâmetros humanísticos límpidos. Essa é a via que leva a transformações necessárias e a respostas novas, impossíveis de serem encontradas por quem simplesmente ocupa uma cadeira, possui título ou é considerado “a bola da vez”. É preciso investir em processos educativos, para além dos parâmetros formais de ensino. Processos relacionados a uma profunda transformação cultural, com impactos nos modos de ver e de agir de cada cidadão.
         Sem esse investimento, as instituições permanecem enjauladas na mediocridade de indivíduos. Lamentavelmente, prevalece o personalismo que sacrifica diferentes organizações, submetendo-as à irracionalidade, desfigurando-as, tornando-as cenários de vaidades. Um risco que ameaça também os poderes da República e as instituições religiosas. É preciso superar esse quadro com inovações capazes de libertar a sociedade das amarras ideológicas que prometem soluções fáceis para problemas complexos. No mundo do empreendedorismo, por exemplo, prevalece a submissão à idolatria do dinheiro, que se desdobra em uma economia de exclusão. A todo custo, busca-se a riqueza, mesmo que isso signifique mais desigualdade social, sacrifícios à casa comum e aos mais pobres. O dinheiro passa a ser o deus que tudo conduz.
         E assim se perpetua a injustiça social, que gera violência, impedindo avanços civilizatórios. No campo político, os ideais republicanos deixam de ser parâmetros para projetos e ações. E a autoridade política ignora a sua real missão: servir a comunidade, o povo a quem deveria representar. Configura-se, assim, a necessidade inadiável de uma ampla qualificação, em diversos segmentos, para reformular os funcionamentos institucionais e fortalecer a esperança em um tempo melhor. A qualificação que requer investimentos urgentes deve contemplar o desenvolvimento da capacidade de conviver civilizadamente, cultivando-se a fraternidade nas relações.
         Essa mudança que todos esperam é um processo que não se efetiva da “noite para o dia”. Assim, para responder à questão “quem pode mudar o Brasil?”, é fundamental ter a clareza de que as transformações almejadas pedem o compromisso de todos para encontrar e trilhar novos caminhos. Não se chega a lugares diferentes pelas mesmas estradas. Por isso, cada pessoa deve assumir novas posturas a serem vividas e testemunhadas, na construção de transformações sociais profundas. Definitivamente, não está, pois nas mãos de um indivíduo, mas nas atitudes de todos os brasileiros, a força para mudar o Brasil.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  


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