“Educação inclusiva é direito
Comemorado
em 14 de abril, o Dia Nacional da Luta pela Educação Inclusiva é uma data para
reforçar e reafirmar a defesa por uma educação que seja realmente para todas as
pessoas. Embora a educação seja um poderoso instrumento de transformação e seja
considerada uma das formas mais efetivas de ascensão social, nem todas as
pessoas têm acesso igualitário a essa oportunidade.
É por
esse motivo que precisamos refletir e nos conscientizar sobre a importância da
educação na perspectiva inclusiva. A inclusão educacional é um direito e, nesse
sentido, garantir que não haja barreiras que limitem o acesso e o progresso das
pessoas, permitindo que cada uma delas, independentemente das suas
particularidades, alcance seu pleno potencial, se faz necessário. Somente assim
construiremos uma sociedade mais justa, plural e realmente inclusiva.
O Senac,
por sua vez, assume esse compromisso com a sociedade e tem um dos seus valores
pautados na diversidade e inclusão. Atualmente, todos os cursos são pensados
para atender a diversidade de pessoas. Com o apoio da Coordenação de
Diversidade, Equidade e Inclusão, o público inclusivo é acompanhado e acolhido
desde o ato da matrícula até o término do curso. A partir do momento que
reconhecemos as diferentes necessidades específicas de cada estudante e, de
algum modo, criamos ou fornecemos ferramentas e recursos que o auxiliem a
desenvolver o seu potencial, contribuímos para o seu processo de aprendizagem e
para a sua formação. Assim, estereótipos
são quebrados e subjetividades são entendidas e potencializadas.
Pensando
no público de pessoas com deficiência, por exemplo, o Senac disponibiliza uma
série de tecnologias assistivas que promovem autonomia e independência e
minimizam os impactos da deficiência no processo de aprendizado, além de
suporte nos recursos humanos, como auxiliar educacional e intérprete de libras.
Infelizmente
ainda falamos de uma sociedade preconceituosa, injusta e excludente, cercada de
limitações. A cor da pele, o gênero com o qual nos identificamos, a nossa
idade, , quem amamos, entre outras características que nos tornam pessoas
únicas, são usados como justificativas para uma inferiorização social que acaba
levando à falta de oportunidades, impondo barreiras que, muitas vezes, obstruem
a chegada desse público a instituições de ensino e, consequentemente, ao
mercado de trabalho.
É por
isso que se faz necessário que a conscientização sobre a educação inclusiva
seja um direito e essa informação alcance o máximo de pessoas, para que mais
instituições também possam se comprometer com essa causa e perpetuá-la.”.
(Marcos Venancio Mendes. Analista de
diversidade, equidade e inclusão educacional do Senac, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de abril de 2024, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 21 de junho de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente transcrição:
“Uma preocupação coletiva
O
Papa Francisco, no horizonte sempre interpelante de sua Carta Encíclica Laudato
Si’, ilumina a Campanha Junho Verde com um urgente pedido: todos unidos
partilhando uma preocupação. Essa preocupação diz respeito ao meio ambiente,
demandando a atenção dos mais variados segmentos da sociedade. O mundo precisa
acolher advertências pertinentes, vindas de papas, confissões religiosas
diversas, cientistas, filósofos, teólogos, também de organizações sociais: é
preciso dedicar mais atenção ao que o ser humano vem fazendo com o planeta – a
casa comum – e promover mudanças essenciais para interromper a exploração
predatória dos recursos naturais. Ainda há um longo caminho de conscientização
a ser trilhado, o que pode ser constatado pelas poucas repercussões e atitudes
inspiradas nos nobres propósitos da Campanha Junho Verde. Muitos obstáculos impedem
a adequada vivência da Campanha, a exemplo da equivocada compreensão de que a
temática ambiental é simplesmente pauta político-partidária ou impostação
ideológica. Um grave engano. O cuidado com a Criação de Deus é um urgente
compromisso cidadão. As aceleradas mudanças vividas no planeta, que adoecem a
humanidade, mostram que todos precisam se unir para preservar a casa comum.
É
preciso se sensibilizar pelas raízes éticas e espirituais dos desafios
ambientais, convencendo-se de que as soluções não estão simplesmente nos
avanços técnicos. A superação desses desafios exige mudanças muito profundas no
comportamento humano, que precisa alinhar-se a um estilo de vida orientado por
parâmetros mais saudáveis e sustentáveis. Os prejuízos ecológicos são
consequência da ação humana. Apontam para a necessidade de serem adotadas novas
lógicas na regência de hábitos e atitudes. Nessa perspectiva, deve-se superar o
consumo exagerado para se adotar uma vida mais austera, caminho para que o
desperdício seja substituído por gestos de partilha. Nesse horizonte, os
cristãos são desafiados a oferecer a sua contribuição, exercendo o que se
aprende na fé: o mundo deve ser considerado expressão divina da comunhão,
devendo ser regido pela dinâmica da partilha.
O mundo não
é propriedade de alguns, mas ambiente onde deve prevalecer a convivência
harmônica entre todos os seres vivos, pela lógica de uma ecologia integral.
Essa lógica é mais importante que os princípios de um modelo equivocado de
desenvolvimento que fundamenta práticas irracionais – voltadas somente para o
lucro, de modo inconsequente, desconsiderando que a vida de cada ser humano
deve ser priorizada. Desconsiderar a primazia da vida compromete, tragicamente,
a fraternidade universal, consolidando vergonhosos cenários de exclusão social,
com a perversa insensibilidade diante do sofrimento dos pobres. Para haver
harmonia entre todos os seres vivos, é oportuno inspirar-se na inteligência de
São Francisco de Assis. A natureza, conforme entendia São Francisco, é um livro
esplêndido a ser lido com ternura e vigor. Essa lucidez franciscana deve
inspirar, especialmente, o tratamento dedicado às mudanças climáticas, com suas
constantes catástrofes, contemplando também medidas urgentes para diminuir
diferentes formas de poluição que ameaçam a vida.
O clima,
assevera o Papa Francisco, é um bem comum, de todos e para todos, guardando um
sistema complexo que diz respeito a muitas e determinantes condições para a
vida humana. É preciso considerar e compreender, cientificamente e pelas
experiências cotidianas, que se vive um preocupante aquecimento do planeta. Não
se pode ser indiferente a essa realidade, ou ingenuamente pensar que esse
fenômeno impacta somente outras partes do mundo, sem incidências na própria
vida. Todos podem amargar prejuízos terríveis e irreversíveis. Por isso, há um
chamamento urgente para a adoção de novos estilos de vida, produção e consumo,
para reagir ao aquecimento global. Mas, mesmo diante de um cenário tão
ameaçador, constata-se que persiste um apego ao atual modelo de relação com o
planeta. Aposta-se em um tipo de busca pelo bem-estar que fundamenta atitudes
mesquinhas, velozmente comprometendo o equilíbrio da natureza.
O modelo
atual de desenvolvimento precisa ser confrontado, mas a humanidade se coloca
refém da força sedutora do lucro e do dinheiro. É preciso reconhecer que as
mudanças climáticas têm graves consequências ambientais, sociais, econômicas,
distributivas e políticas, conforme sublinha o Papa Francisco, advertindo que a
conta mais pesada será sempre paga pelos mais pobres. Esse reconhecimento
constitui um desafio e, diante dele, não de pode fazer “vista grossa”.
Lamentavelmente, constata-se ainda uma grande indiferença em relação a muitas
tragédias provocadas pelas mudanças climáticas. Outras inspiram reações até
fortes, mas pouco duradouras, incapazes de gerar profundas mudanças no modo
como a humanidade lida com o planeta. Frequentemente, a predatória relação do
ser humano com o planeta é mascarada, seus sintomas são ocultados, conforme os
interesses daqueles que detêm mais recursos e poder, desejosos de perpetuar o
próprio enriquecimento, mesmo que isso signifique sacrificar a casa comum.
A
sociedade, por seus representantes nas instâncias do poder, espera,
urgentemente, o desenvolvimento de políticas públicas e legislações capazes de
qualificar o tratamento dedicado ao meio ambiente. Os avanços tecnológicos têm
também um importante papel no equilíbrio ambiental. Ainda mais indispensável é
tornar a defesa do planeta, do seu equilíbrio, uma preocupação coletiva.
Promover uma sensibilização generalizada, a partir do compartilhamento de
informações, de uma adequada formação nos parâmetros da ecologia integral, para inspirar a adoção
de novos hábitos, mais sustentáveis, constitui passo decisivo para abrir novos
caminhos, possibilitando modos de viver que alimentem a harmonia na casa comum.
Conta, é verdade, a vontade político-cidadã, que precisa estar alicerçada em
nobres valores e princípios espirituais. Valores e princípios que permitam
reconhecer: o cuidado com o meio ambiente deve ser preocupação comum a todos,
para que cada um busque viver com mais sobriedade, guiando-se pelo sentido nobre
e solidário da partilha.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com proteção
e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!