(Junho = mês 90; faltam 80 meses para a Primavera Brasileira)
“Para profissionais competentes, criativos
e autônomos
Uma
pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
divulgada em junho de 2023, apontou que trabalhadores com ensino superior no
Brasil recebem remunerações quatro vezes mais altas do que aqueles que têm
apenas o ensino médio, independentemente da área de formação.
Neste
cenário, para assegurar a excelência na formação e o grau de empregabilidade
dos novos profissionais em um mercado de trabalho que se transforma rapidamente
e exige novas habilidades, é essencial não perder o foco da inovação, além de
modernizar currículos e integrar novas tecnologias às práticas pedagógicas. São
desafios que instigam gestores e pesquisadores a buscar soluções e estar
atentos às tendências e necessidades das regiões onde as instituições de ensino
estão inseridas.
Nessa
perspectiva, a educação superior não pode descuidar do desenvolvimento de
competências de seus alunos, estabelecendo a aproximação entre o saber teórico
e o mundo profissional. É importante evidenciar que o espaço universitário deve
ser um ambiente potencializador do aprimoramento pessoal, para a promoção do
crescimento acadêmico e social dos estudantes.
As
competências são um efeito adaptativo do ser humano às suas condições de
existência. Ou seja, cada um, de maneira diferente, pode desenvolvê-las
voltadas para a resolução de problemas específicos. Em um mundo que se
transforma de forma veloz e incessante, as faculdades e os centros
universitários devem buscar continuamente soluções para a integração
socioprofissional dos seus estudantes.
A
criatividade é considerada uma das competências mais relevantes no século XXI.
E as instituições de ensino superior precisam se manter como locais propícios
para a qualificação de profissionais criativos, para responder aos desafios que
a sociedade e o mercado de trabalho exigem. Capacidade inerente ao ser humano,
foi essa característica que possibilitou que chegássemos tão longe e
superássemos guerras, crises econômicas, desastres naturais, pandemias, entre
outros obstáculos, porque homens e mulheres em todo o mundo foram capazes de
criar conceitos abstratos para solucionar problemas reais.
Além do
desenvolvimento de competências e do estímulo à criatividade, é primordial que
a educação superior prepare futuros
profissionais para ter autonomia, habilidade que implica a atuação de
profissionais aptos para agir com responsabilidade, tomar decisões de forma
consciente crítica e assumir compromissos e consequências de atos e ações,
conscientes também das influências externas.
Em suma,
mais do que conceitos, desenvolvimento de competências, estímulo à criatividade
e construção de autonomia devem ser práticas presentes diariamente nas salas de
aula. O objetivo deve ser sempre ampliar o potencial de empregabilidade dos
futuros profissionais, preparando-os para que atuem de forma inovadora e
disruptiva e façam a diferença nas empresas, nas comunidades e no mundo.”.
(Eduardo França. Diretor geral do Centro
Universitário Uma, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 30 de maio de 2024, caderno OPINIÃO, página 20).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 31 de maio de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE OLIVERIA,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Junho Verde: Convite
Ainda
não horizonte luminoso do mês de maio, reluz o anúncio de um importante
convite: a celebração do ‘Junho Verde’ que deve envolver a sociedade
brasileira, interpelada a refletir sobre o que os seres humanos fazem com o
planeta. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) muito se dedicou,
junto às instâncias governamentais competentes, para alterar a Lei 9.795, de 27
de abril de 1999, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental,
para instituir a Campanha Junho Verde. A iniciativa foi instituída com a Lei
14.393, de 27 de maio de 2022. Uma campanha anual que convoque a sociedade a
investir mais em educação ambiental, alinhando-se aos parâmetros e propostas da
ecologia integral, bem definida pelo Papa Francisco na Carta Encíclica Laudato
Si’ e na Exortação Apostólica Laudate Deum.
É
urgente avançar sempre mais nos propósitos do “Junho Verde”, para continuamente
aperfeiçoar o entendimento da população sobre a essencialidade de se conservar
ecossistemas naturais, protegendo todos os seres vivos. Um compromisso que
exige o controle da poluição e da degradação dos recursos naturais. Viver os
princípios da ecologia integral é seguir uma diretriz que precisa estar
inscrita na alma dos cidadãos, ocupando a interioridade de cada um. Assim é
possível reagir à degradação do planeta, com a adoção de um novo estilo de
vida, mais sustentável. O atual modelo de relação que o ser humano estabelece
com a Casa Comum está esgotando o meio ambiente. As consequências são as
sucessivas tragédias e catástrofes, em diferentes lugares.
A
campanha Junho Verde é tarefa do poder público em parceria com escolas,
universidades, empresas públicas e privadas, igrejas, comércio, entidades da
sociedade civil, comunidades tradicionais e populações indígenas. Há um amplo
conjunto de possibilidades, quando se pensa nas muitas oportunidades oferecidas
pela temática ambiental. Por isso, não se pode correr o risco de deixar passar
o mês de junho sem atitudes e comprometimentos capazes de alimentar nova
compreensão e atitudes no tratamento da casa comum. Todos devem se convencer,
cada vez mais, de que tudo está interligado, e perdas terríveis ocorrem quando
essa realidade é tratada com negligência e desrespeito.
No atual
contexto de devastação ambiental, conta toda contribuição no sentido de
reverter a deterioração em curso. Assim, cada providência que inspire uma
reação diante da crise socioambiental é significativa. A sociedade jamais pode
considerar-se suficientemente dedicada à ecologia integral. Ao contrário, deve
reconhecer sua responsabilidade nos eventos climáticos catastróficos, com
irreparáveis perdas, especialmente de vidas humanas. Há muito a ser feito para
salvaguardar florestas e outros biomas brasileiros, que constituem uma riqueza
singular, mas continuam ameaçados.
A
civilização é chamada a aprender que tudo na casa comum tem relevância. Esse
aprendizado poderia se efetivar, por exemplo, a partir de iniciativas que
eduquem sobre o uso e conservação dos espaços públicos, a serviço do bem de
todos, como as praças e os parques. Os espaços públicos têm potencial, ainda
inexplorado, para a realização de ações voltadas à educação ambiental. Essas
ações precisam contemplar investimentos para inspirar a adoção de novos padrões
ligados ao consumo. O ser humano deve aprender a não desperdiçar, a não agir
com soberba diante dos bens da natureza. É preciso se compadecer com os que não
têm o essencial para viver dignamente.
Dentro
dos propósitos do “Junho Verde”, surge a oportunidade de conhecer mais sobre a
biodiversidade brasileira, alcançando um encantamento que gera a nobreza de
posturas cidadãs adequadas. Encantar-se com a biodiversidade nacional permite
superar mentalidades extrativistas perversas e mesquinhas, regidas apenas pelos
parâmetros frios do lucro e de mercados. Uma atitude simples e bela, que pode
ser intensificada neste mês, é o plantio de espécies vegetais nativas em áreas
urbanas ou rurais. Um gesto capaz de ensinar às crianças e aos jovens, pela
força da exemplaridade, sobre a importância de tratar a natureza com respeito.
No
horizonte educativo, é preciso buscar estratégias para que a população saiba
mais sobre a legislação ambiental brasileira, capacitando os cidadãos para que
possam contribuir também no aperfeiçoamento e, até, nas correções, desse
conjunto de leis. Esse horizonte educativo auxilia na superação das
permissividades e manipulações que buscam favorecer grupos depredadores do meio
ambiente. A legislação ambiental brasileira precisa avançar muito para
contribuir efetivamente com o desenvolvimento integral. Esses avanços dependem
de maior amadurecimento cidadão em temas técnicos de grande relevância, a
exemplo do debate sobre transição ecológica das cadeias produtivas, economia de
baixo carbono e carbono neutro. Outra frente de trabalho igualmente importante
que precisa ganhar mais visibilidade no contexto do “Junho Verde” é a busca
pela preservação da cultura dos povos tradicionais e indígenas que habitam e
protegem biomas brasileiros.
As
mudanças climáticas devem inspirar um grande pacto para promover a preservação
do planeta. Espera-se mais dos poderes legislativos a promoção de debates sobre
os impactos dessas mudanças nas cidades e no ambiente rural, para fazer
florescer uma sensibilidade que inspire práticas de conservação da natureza. A
sociedade brasileira está convidada e convocada a promover a Campanha Junho
Verde, semeando os princípios da ecologia integral, nas suas variadas e ricas
dimensões – social, cultural, humana e espiritual – para avançar rumo a um novo
tempo. O que está acontecendo com a casa comum, com o meio ambiente? Deixar-se
inquietar por essa pergunta é o primeiro passo no caminho de superação da atual
crise socioambiental.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com proteção
e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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