“Ideologias obscurecem as virtudes
Ser
de esquerda ou de direita não tira a obrigação de ser honesto e justo. A
justiça não tem coloração, são impessoais, únicas e eternas. O honesto de 5.000
anos atrás devolveria as moedas encontradas no chão a seu legítimo
proprietário, como faria o honesto de hoje.
Os Dez
Mandamentos não sofreram alterações desde que Moisés desceu do monte Sinai e
encontrou seu povo adorando o bezerro de ouro.
O que
evoluiu foi a conceituação, em contínua expansão entre as pessoas que adquirem
mais consciência das regras que regem nosso universo e a convivência social em
harmonia.
Bem por
isso é que a forma de fazer política com embates que dividem grande parte da
nação é absolutamente estéril, fútil pretexto para obscurecer que dói e
envergonha: a falta de virtudes, ou seja, a falta de poder mostrar esses
atributos sem enrubescer.
Cheguei
pessoalmente a entender que os que falam muito de um lado esquerdo ou de seu
oposto não gostam de abordar os aspectos – embaraços para eles – da
honestidade. Nisso, independentemente do fanatismo professado, geram uma
semelhança impressionante. Temos governantes que nunca usaram na vida e em seus
milhares de aparições públicas o vocabulário tão singelo: “honestidade”.
Como o
diabo não consegue pronunciar a palavra “Deus”, o ladrão, mesmo o mais
dissimulado, tem enorme dificuldade de citar “honestidade” ou se lembrar dessa
palavra. Essa virtude, pura, simples e respeitada, consegue fazer até milagres
numa administração, tanto pública como privada, quando associada ao saber e à
competência.
Honestidade
é um compromisso irrenunciável com a verdade para gerar ordem e respeito,
enquanto a desonestidade e a mentira levam diretamente ao caos. Quem pode se
entender no meio de gente que trai ou mente?
São
condições irrenunciáveis, neste ou em outro planeta, para construir e ter
sucesso, proporcionalmente à firme vontade de esforço empregada para suportar
os entraves, sempre à espreita.
É
verdade que grandes ladrões tiveram aceitação popular e enganaram por um bom
tempo grande parcela de governados não preparados para enfrentar as insídias da
demagogia. É verdade, também, que “pão e circo” aquietaram os humores da plebe
e deram sossego aos poderosos para explorar em proveito próprio os bens
públicos, mas, se analisarmos em profundidade, encontraremos que as farsas não
foram a prática de grandes estadistas. Esses, amados e respeitados até hoje –
os heróis –, são lembrados não por ideologias (notem bem), mas pelas virtudes
que demonstraram e pela filosofia (amor à sabedoria) que adotaram. Pela forma
impessoal, desabrida, incansável de priorizar as necessidades da população,
especialmente ao eliminarem a crueldade e o sofrimento por meio do poder e dos
instrumentos de que dispunham.
Vai
demorar, mas um dia teremos, no lugar de comentaristas “comprados”, “máquinas
da verdade” para
analisar os pronunciamentos dos candidatos, e isso será a extinção das fórmulas
enganosas e frustrantes de fazer política, e os governos serão infinitamente
mais simples e melhores.”.
(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de agosto de 2024, caderno A.PARTE,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 23 de agosto de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Em busca da felicidade
O
coração humano, em busca da felicidade, define uma série de metas, talvez a
maior parte esteja no âmbito das conquistas profissionais e materiais. Por
isso, torna-se sempre oportuno lembrar: importante caminho de efetivação da
felicidade é a promoção da paz, capaz de forrar a alma, dando-lhe uma fortaleza
e sabedoria que não podem conquistadas por outra experiência humana. Ter um
coração de paz é, incontestavelmente, vetor determinante para se experimentar a
felicidade – brilho em meio aos desafios existenciais e sociais. Tornar-se
obreiro da paz constitui uma dimensão humano-espiritual muito relevante no
sustento da existência de cada pessoa. O obreiro da paz tem força de convocação
e agregação, tecendo consensualidade a partir de diferentes temas, o que
possibilita avanços no horizonte do desenvolvimento integral e humanístico.
Essa força propicia o surgimento de protagonistas e agentes do bem comum, com
singular sensibilidade social e relacional. Aqueles que investem na pacificação
conquistam, assim, razões e sentimentos sustentadores de felicidade. Sabem que
todas as pessoas, com as suas singularidades, em diferentes circunstâncias,
podem ajudar na promoção da paz que, se estiver comprometida, leva ao
desequilíbrio social, com cenários de desigualdades e exclusões.
A
postura que busca semear a pacificação é bem diferente daquela voltada a
“beliscar” os outros, desprovida de uma linguagem facilitadora de diálogos e
entendimentos. Há muitas posturas que impedem o ser humano de ser promotor da
paz – mesmo aqueles intelectualmente preparados para construir uma adequada
visão social e política. De modo geral, é preciso zelar pela linguagem, pela
própria postura, revestindo com nobreza o exercício da cidadania. Para isso,
deve-se tomar como ponto de partida a promoção do bem comum e, principalmente,
o respeito pela vida, sem tratá-la de modo preconceituoso ou discriminatório.
Assim, o selo de autenticidade do obreiro da paz, caminho importante para se
experimentar a felicidade, é a competência para amar e promover a vida, em
todas as suas dimensões – pessoal, comunitária e transcendente.
Jamais
se alcançará a paz de modo satisfatório – e, consequentemente, a felicidade –
enquanto houver agressões à vida, no ambiente doméstico, no cotidiano da
sociedade, no contexto sociopolítico. É um consenso: a promoção da paz é
imparável com atentados, desprezos, crimes contra a vida. Se o ser humano é
desconsiderado em sua dignidade, a paz será sempre ilusória. Nesse horizonte,
não se pode abrir mão do compromisso de defender o direito à vida plena dos
mais frágeis, dos nascituros e dos que estão em arriscada e desumana situação
de vulnerabilidade social. A tutela do direito à vida será sempre o ponto de
partida no processo de efetivação da paz e do desenvolvimento integral.
Qualquer lesão à vida, de modo especial no seu nascedouro, significa a imposição
de danos ao bem comum. Por isso mesmo, devem ser combatidas as opções ancoradas
em visão redutiva e relativista do ser humano, que ameacem o direito
fundamental à vida. Os cristão estão unidos também nesse combate, por
fidelidade a verdades fundamentais da fé. Do compromisso com a defesa da vida,
que une cristãos de diferentes perspectivas, emerge uma grande força religiosa,
geradora de agregação.
A
promoção da paz, essencial na busca da felicidade, se fortalece com a vivência
autêntica da fé, e também depende dos ordenamentos jurídicos, fundamentais na
promoção de direitos. A sociedade não pode abrir mão dos campos da religião e
da justiça, não permitindo também que se contaminem por manipulações. Não tem
cabimento, por exemplo, a intolerância religiosa ou a politização de instâncias
judiciais – também não se deve admitir a judicialização da política, sob o
risco de se desfigurar e ferir identidades institucionais.
Constitui
nobre tarefa cidadã ser protagonista de uma luta indispensável, em diferentes
proporções, que contemplem investimentos para pacificar relações, a partir do
diálogo, no âmbito familiar. Contemplem igualmente investimentos no
enfrentamento de fenômenos capazes de levar à erosão da função social do Estado
e das redes de solidariedade da sociedade civil. É preciso dedicar redobrada
atenção aos direitos sociais ameaçados, aos deveres sociais desconsiderados,
para impedir degradações que atinjam frontalmente a dignidade do ser humano. A
sociedade pede novas ousadias políticas, proféticas e inteligentes, capazes de
inspirar novos ordenamentos na civilização que possibilitem, a mais pessoas,
experimentar a felicidade. Os comprometimentos que ameaçam a vida não se
esgotam apenas com a atuação de militância política ou de certo segmento de
pessoas. Para ser conquistada, a felicidade demanda mais vivências alicerçadas
no altruísmo e na solidariedade, na compaixão e na fraternidade. Essas
vivências trazem ganhos pessoais e alavancam conquistas sociais, propulsoras da
paz. Ajudam a edificar uma sociedade mais justa e solidária, fruto de
cidadanias qualificadas – adequadamente exercidas para se alcançar a
felicidade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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