“Desafios e vantagens das inteligências complementares
O
avanço tecnológico tem transformado a sociedade num ritmo acelerado,
especialmente com a ascensão da Inteligência Artificial (IA). Essa inovação,
amplamente estudada pela ciência da computação, tem sido uma aliada da
inteligência humana, promovendo eficiência e automação em diversas áreas. No
entanto, essa revolução tecnológica também apresenta desafios que precisam ser
analisados para garantir uma aplicação ética e benéfica para a humanidade.
A
inteligência artificial não substitui a inteligência humana, mas a complementa.
Esse conceito de inteligências complementares propõe uma colaboração
estratégica entre humanos e máquinas, em que a capacidade analítica das IAs
impulsiona o desenvolvimento humano em diversos setores. Na medicina, por
exemplo, algoritmos de IA auxiliam no diagnóstico precoce de doenças,
permitindo que médicos tomem decisões mais precisas e rápidas. Na indústria, a
automação melhora a eficiência produtiva, reduzindo falhas e custos
operacionais.
No
âmbito da ciência da computação, a IA é um dos campos mais promissores e
desafiadores. O desenvolvimento de redes neurais, aprendizado de máquinas e
algoritmos preditivos impulsiona a criação de sistemas cada vez mais
sofisticados. A capacidade dessas tecnologias de processar grandes volumes de
dados em tempo real contribui para avanços significativos em diversas áreas,
desde o reconhecimento facial até a previsão de tendências econômicas.
Entre as
vantagens das inteligências complementares, destacam-se a otimização do
trabalho humano e a ampliação do acesso à informação. Sistemas inteligentes
possibilitam a automação de tarefas repetitivas e permitem que profissionais
foquem atividades criativas e estratégicas. Além disso, a IA democratiza o
conhecimento ao oferecer soluções personalizadas e acessíveis, como assistentes
virtuais e plataformas educacionais adaptativas.
Contudo,
a aplicação da inteligência artificial não está isenta de desafios. A ética no
uso de algoritmos é uma preocupação crescente, principalmente no que diz
respeito à privacidade e ao viés das decisões automatizadas. O desenvolvimento
de sistemas transparentes e justos é essencial para evitar discriminação e
garantir a confiabilidade das soluções tecnológicas. Além disso, a adaptação do
mercado de trabalho à automação exige políticas públicas que promovam a
requalificação profissional e evitem o aumento da desigualdade social.
A
tendência para o futuro aponta uma evolução das tecnologias e a demanda pela
construção de uma coexistência cada vez mais harmoniosa entre inteligência
humana e artificial. O desafio está em garantir que essa colaboração seja
orientada por princípios éticos e inclusivos, promovendo o bem-estar social e o
progresso sustentável. A ciência da computação continuará desempenhando um
papel crucial nesse cenário, impulsionando inovações que respeitem e
potencializem a atividade humana.
Dessa
forma, a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta a serviço da humanidade.
O equilíbrio entre automação e criatividade e entre eficiência e ética será
determinante para que as inteligências complementares resultem em uma sociedade
mais justa e inovadora.”.
(Flávio Henrique Batista de Souza (*).
Coordenador e cofundador do Ânima HUB, em artigo publicado no jornal O TEMPO
Belo Horizonte, edição de 18 de abril de 2025, caderno OPINIÃO,
página 15).
(*) Professor do curso
de ciência da computação do UniBH.
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 23 de maio de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Fortes apelos em uma década
A
Carta Encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum, pérola do
pontificado do Papa Francisco, completa dez anos e seus fortes, pertinentes,
apelos continuam a reverberar em todo o mundo. Mas não são poucos os
governantes que fazem ‘ouvidos de mercador’ diante das advertências da Carta
Encíclica, promulgada em 24 de maio de 2015. Indicações que exigem uma
compreensão mais lúcida capaz de inspirar conversão no horizonte do que se
entende por ecologia integral. Promessas e acordos até são estabelecidos para
preservar a casa comum, mas prevalecem os interesses por um lucro egoísta, e
busca-se um equivocado caminho para se encontrar o bem estar social. A Carta
Encíclica Laudato Si’ continua, assim, muito atual, pois a sociedade precisa
dialogar mais para encontrar formas de salvaguardar o planeta. Os debates não
podem se restringir às cúpulas dos poderosos que não efetivam compromissos para
enfrentar os desafios ambientais, delineando um futuro sombrio.
Reconheça-se
que o movimento ecológico já percorreu um caminho rico e longo em todo o mundo,
alcançando conquistas relacionadas à conscientização. Mas as vitórias são
insuficientes para consolidar novos estilos de vida e de organização social
mais condizentes com os parâmetros de sustentabilidade. Diante da urgência de
mudanças, muitos permanecem desinteressados em rever seus próprios hábitos. Há
ainda a recusa explícita de poderosos diante de proposições lúcidas e
pertinentes, negando o desafio ecológico e promovendo a indiferença em relação
à devastação ambiental. Na solução dos problemas enfrentados pela humanidade,
cegamente confiam apenas nas soluções técnicas. Por isso, o cuidado com o
conjunto da Criação precisa se tornar, de modo crescente, uma atuação cidadã,
envolvendo cada pessoa e todas as instituições. Sublinhe-se que cuidar do
planeta é importante dimensão social que interpela também a prática da fé: os
cristãos, certos de que o planeta é obra de seu Criador, Deus, devem cuidar da
Criação. Não se pode continuar minimizando
a complexidade da crise ecológica atual, consideradas as suas dimensões
éticas e espirituais, conforme alerta a Carta Encíclica Laudato Si’.
Percebe-se
que há longo percurso educativo a ser trilhado. Mesmo assim, iniciativas que
podem ajudar no percorrer deste itinerário, a exemplo da Campanha Junho Verde,
compromisso governamental e legislativo brasileiro, encontram dificuldade para
deslanchar. O Junho Verde, instituído a partir de contribuição da Igreja
Católica, sob inspiração da Laudato Si’, convoca a sociedade para a vivência de
um processo educativo que permite vencer visões limitadas aos interesses de um
lucro egoísta, com força para manipular decisões, aprovações e permissões, para
beneficiar somente pequenos grupos, a partir da deterioração dos recursos
naturais. A falta de educação ambiental desenha no horizonte uma dívida social
emoldurada por uma relevante dívida ecológica. No lugar de avanços para o bem
de todos, configuram-se privilégios oligárquicos. A insistência pertinente é buscar
um novo estilo de vida que seja resposta adequada à crise climática e
ecológica.
A Carta
Encíclica Laudato Si’, no seu décimo ano, permanece atual, pois suas indicações
são contraponto à indiferença e à ignorância que justificam as ações em nome do
acúmulo egoísta de bens. Diante da urgência para mudar hábitos e garantir um
desenvolvimento sustentável, há resistência até mesmo de alguns que professam a
fé cristã, desconsiderando que Deus é criador de todas as coisas e que tudo
precisa ser tratado com o devido respeito, pois é obra do Criador. Sinal dessa
desconsideração é a atitude de maravilhar-se diante das singularidades da obra
de Deus e, ao mesmo tempo, não repudiar extrativismos predatórios do meio
ambiente. A omissão diante da urgência de se preservar a natureza se desdobra
em contínuas ameaças ao bem comum e no distanciamento de um desenvolvimento
humano sustentável, integral. Por isso, deve-se qualificar o olhar que
interpreta a realidade, para enxergar seus reais problemas e desafios.
Abrir-se
aos ensinamentos da Carta Encíclica pode levar a uma nova década mais
proveitosa no que diz respeito à educação ambiental. Uma capacitação para que
todos adotem nova lógica na regência da própria vida e das relações
estabelecidas no planeta, a partir do paradigma da ecologia integral. Lógica
com propriedades corretivas capazes de inspirar mais sustentabilidade e
equilíbrio ambiental. Sem o horizonte da ecologia integral, continuarão a ser
alimentadas a desigualdade, as discriminações e exclusões. A força educativa da
ecologia integral impulsiona e ilumina o princípio da subordinação da propriedade
privada ao destino universal dos bens, asseverando a função social de qualquer
forma de propriedade privada. Ora, o rico e o pobre têm igual dignidade pois
todos são igualmente filhos de Deus. Assim, o meio ambiente é, afirma a Carta
Encíclica, um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade, responsabilidade
de todos.
Os
apelos da Carta Encíclica Laudato Si’ precisam continuar a ecoar, sempre mais
fortes, de modo a possibilitar o tratamento da raiz humana que leva à crise
ecológica. Importa avaliar e reconfigurar o agir da humanidade no planeta, à
luz de reflexões emolduradas pelo paradigma da ecologia integral. Ao celebrar
uma década da Carta Encíclica Laudato Si’, renove-se o compromisso de acolher
seus apelos, para que sejam alcançadas novas formas de desenvolvimento, em
harmonia com o dever de se cuidar da casa comum.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado,
aleitamento materno e estímulo (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos
de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
– e sem qualificação - da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira: tendo por
substrato basilar a unificação das eleições, mandatos de 5 anos e fim da
reeleição para o Executivo... pois, o poder é para amar, servir e edificar -
jamais, jamais e jamais para subir, dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance, através da filosofia, psicologia e teologia!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor (São João
Paulo II – Papa entre 16/10/1978 e 02/04/2005)!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
- Deus acima de tudo e o Brasil no coração de
todos!
- A criação, o conhecimento e o bem comum!
- “A Fonte da Juventude” (Peter Kelder – Livros
1 e 2) ...
- A última eucaristia e os caminhos do
renascimento.
- As luzes de O Poder do Subconsciente – Dr.
Joseph Murphy, Ph.D.
- Um verdadeiro e rico guia para a saúde
integral – Dr. David Perlmutter.
- A juventude bem viva: Torne-se mais jovem,
viva por mais tempo – Deepak Chopra, M.D. e David Simon, M.D.
- E que sejamos construtores de pontes entre as
pessoas, cidades e nações!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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