"Produzindo sua própria energia
A vida do homem moderno
tem como base a utilização generalizada de energia. Facilidades e praticidades
que rodeiam nosso dia a dia consomem uma quantidade significativa de energia,
não só pelo conforto, mas também pela necessidade de que nós, do mundo moderno,
já não mais abrimos mão.
Constantemente,
notamos e assistimos a vários apelos contra a agressão ao meio ambiente, não só
pelas imposições da vida moderna como, também e principalmente, pelos impactos
causados pela geração, transmissão e distribuição de energia. A geração de
eletricidade nos modelos tradicionais traz sérias consequências, como: poluição
visual causada pela construção de redes de distribuição de energia, retirada de
cobertura vegetal, erosão do solo, interferência com recursos hídricos, fauna e
flora. Diante disso, como continuar utilizando e produzindo energia, que é a
maior base da vida moderna, de forma limpa e sustentável?
Nossa
mais valiosa fonte é o Sol. Esse é o maior fornecedor da energia consumida pela
humanidade, desde seus primórdios. A captação de energia solar consiste na
utilização de painéis solares constituídos por células fotovoltaicas – o
material mais disseminado para este uso é o silício – que transformam radiação
solar diretamente em eletricidade. Sistema totalmente limpo, sem ruídos, de
baixo custo de manutenção e que pode ser instalado no próprio local de consumo,
evitando problemas ambientais do modelo convencional de geração de energia.
O
efeito fotovoltaico ocorre quando a luz solar, através de seus fótons, é
absorvida pela célula fotovoltaica. A energia dos fótons por sua vez é
transferida para os elétrons que ganham capacidade de se movimentar e assim
geram corrente elétrica.
Em
nosso país, de clima tropical, essa tecnologia encontra-se em um campo
adequado, onde temos insolação abundante, extensa área, tanto para implantação
de sistemas elétricos conectados à rede de distribuição, quanto para sistemas
isolados, remotos e distantes da rede elétrica. Como o Brasil é um país de
grande extensão territorial, existem áreas de maior insolação, garantindo maior
eficiência do sistema, lembrando que o que gera energia solar é a luz do Sol e
não o calor. Segundo o Atlas Brasileiro
de Energia Solar, diariamente há incidência de Sol entre 4.500Wh/m2 a
6.300Wh/m2 no país. Portanto, é muito importante avaliar e estudar previamente
os locais onde se quer implantar um sistema solar fotovoltaico.
O
Brasil tem grande potencial para gerar eletricidade através do Sol, a exemplo
da Alemanha, país líder no uso de energia solar fotovoltaica. A radiação solar
na região mais ensolarada é 40% menor do que a região menos ensolarada do
Brasil.
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou a Resolução Normativa
482, em abril de 2012, ampliando as possibilidades para geração distribuída de
pequeno porte, com sistemas fotovoltaicos conectados à rede de distribuição,
incluindo microgeração com até 75kW de potência e a minigeração de 75W a 5MW.
Essa resolução apresenta o Sistema de Compensação de Energia que permite ao
consumidor instalar sistemas fotovoltaicos de pequeno porte em sua unidade
consumidora e, por sua vez, trocar energia com a concessionária local. Dessa
forma, a energia produzida pela unidade geradora que não for consumida será
injetada no sistema da distribuidora, fazendo a compensação do crédito e
abatendo o consumo nos meses subsequentes. Na fatura do consumidor constará a
quantidade de energia consumida, bem como a quantidade de energia injetada.
A
geração de energia através dos painéis solares fotovoltaicos é uma nova forma
de aproveitamento do Sol como fonte inesgotável, sustentável e limpa.
Importante acrescentar que crises de energia no setor elétrico, aumento da
conta de luz, constantes secas e a demanda pela diversificação da matriz
energética no país fazem com que investimentos em energia solar fotovoltaica
alcancem números recordes, como em 2016, quando a perspectiva de crescimento
chegou a 300%. O governo estima que a tendência do mercado seja movimentar R$
100 bilhões até 2030.
Questões
relacionadas à sustentabilidade e eficiência energética são assuntos de suma
importância para futuras gerações e investimentos em energia solar fotovoltaica
serão alternativas promissoras e de destaque nos próximos anos.”.
(CONRADO
MIRANDA DE PINHO TAVARES. Engenheiro de telecomunicações, especialista em
projetos de sistemas de comunicação e geração de energia solar fotovoltaica, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 3 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno CIÊNCIA & SAÚDE, página
12, de autoria de VILHENA SOARES, e
que merece igualmente integral transcrição:
“EM
FINA SINTONIA
Quando a aula é
interessante e os estudantes gostam uns dos outros, o cérebro da turma entra em
sintonia. É o que diz um estudo norte-americano publicado na revista Current Biology. Na pesquisa, os
cientistas analisaram, com aparelhos, um grupo de adolescentes durante suas
lições diárias. Eles descobriram que quando os alunos se mostravam estimulados
pelo conteúdo, as ondas cerebrais entravam em sintonia. O mesmo foi observado
no caso de os jovens sentirem empatia pelo professor e por seus colegas. De
acordo com os autores do trabalho, o experimento poderá ajudar a entender
melhor o comportamento cerebral humano, além de reforçar a importância do
vínculo social.
“Tem
bastante tempo que estamos interessados em saber como nossos cérebros e, em
particular, as oscilações neurais (ondas cerebrais), se comportam durante uma
comunicação bem-sucedida”, destaca Suzanne Dikker, pesquisadora no Departamento
de Psicologia da Universidade de Nova York e uma das autoras do trabalho. A
especialista também explica a escolha da sala de aula como ambiente utilizado
para o monitoramento: “O benefício de uma classe estudantil como um laboratório
de neurociência do mundo real não é apenas por este ser um espaço altamente
social, mas por ser um local onde você pode impor um certo controle
experimental enquanto preserva o ambiente natural”, justifica.
No
experimento, os cientistas monitoraram um grupo de 12 estudantes do ensino médio,
além do professor da classe, por um semestre inteiro. Eles gravaram a atividade
cerebral durante as aulas regulares, por meio do equipamento eletroencefalograma.
Os pesquisadores, então, compararam as leituras feitas pelo aparelho com
autorrelatos sobre o envolvimento dos alunos na sala de aula. Os estudantes
foram questionados sobre seu nível de interesse, se gostavam do professor e das
atividades realizadas, por exemplo.
COERÊNCIA
Os
resultados mostraram uma correlação positiva entre as classificações dos alunos
com o curso e a sincronia cerebral com seus colegas. Em outras palavras, quanto
mais as ondas cerebrais de um aluno estavam sincronizadas com as da sala de
aula como um todo, mais favoráveis eram as suas avaliações sobre o curso.
“Sincronismo pode significar coisas diferentes em pesquisas, dependendo do
cientista e das técnicas utilizadas. No nosso caso, utilizamos fones de ouvido
eletroencefalográficos portáteis (EEG) e observamos uma coerência entre os
cérebros. Ao captar as ondas cerebrais de vários alunos, mostramos padrões
semelhantes, embora não necessariamente ao mesmo tempo, sempre. Alguns de nós
somos um pouco mais lentos do que outros no processamento do nosso ambiente”,
destaca Dikker.
Os
pesquisadores também examinaram se a sincronia entre os cérebros dos alunos
refletiu o quanto eles gostavam uns dos outros. Para fazer isso, os jovens
foram perguntados como se sentiam quando estavam sentados próximos de
determinados colegas de classe. Especificamente, eles descobriram que pares de
estudantes que sentiam mais próximos uns dos outros estavam mais sincronizados
durante a aula, mas somente se eles tivessem interagido face a face.
Fernanda
Ramalho, psiquiatra do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro,
acredita que os resultados vistos na pesquisa americana são importantes, apesar
de a análise ter sido feita em um grupo pequeno. “Mesmo com um número baixo de
analisados, só 12 participantes, o que atrapalha um pouco a credibilidade, essa
pesquisa tem um propósito muito interessante. O trabalho esmiúça o interesse do
aluno pela aula e mostra como ele pode ser influenciado pelas pessoas ao seu
redor e pelo professor da classe. Esse tipo de informação pode ser importante
para o futuro, pois com ela, seria possível avaliar o rendimento dos estudantes
com mais cuidado, já que agora sabemos que outros fatores estão envolvidos
nessa atenção”, ressalta a especialista, que não participou do estudo.
INTERAÇÃO
Os
cientistas explicam que a sincronização cerebral vista no experimento com os
alunos ocorre por causa de um fenômeno chamado de arrastamento neural. “O ‘passeio’
das ondas cerebrais é regado por ondas sonoras ou padrões de luz do mundo
exterior, ou seja, sua atividade cerebral está relacionada com o que está
acontecendo no ambiente e, quanto mais você prestar atenção a determinados
padrões temporais (nesse caso, nas aulas), mais o seu cérebro entra em um ritmo
e bloqueia outras informações”, detalha a pesquisadora Suzanne Dikker. “Então,
se você e a pessoa ao seu lado estiverem mais envolvidos, suas ondas cerebrais
serão mais parecidas, porque estão bloqueando as mesmas informações. Esse tipo
de sincronia é muito importante para a interação humana”, diz.
A
psiquiatra Fernanda Ramalho explica que a sincronia vista no cérebro dos alunos
é um comportamento recorrente do corpo humano. “Quem é mulher sabe que na época
da escola era bem comum, ao andar com um grupo de amigas, todas elas
menstruarem na mesma época. É esperado que nosso cérebro possa se sincronizar
ao ser influenciado pelo convívio”, ressalta.
Os
autores do estudo acreditam que os dados observados na pesquisa podem ajudar
estudos futuros. “Nossa investigação acrescenta uma linha de evidência que
sugere como a interação social é importante para a forma como vivenciamos o
mundo. Vamos continuar a pesquisa em sala de aula. Estamos elaborando projetos
em grande escala, em que gravaremos dados cerebrais e outros dados biométricos
de até 45 pessoas simultaneamente em um auditório”, adiantou a autora.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica
marca de 490,3% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan
Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de
corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem
mostrando também o seu caráter transnacional;
eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos
borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um
verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque,
rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim,
é crime...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O
Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...