sexta-feira, 5 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RIQUEZA DAS ENERGIAS SUSTENTÁVEIS E A SINTONIA DA EMPATIA COM AS ONDAS CEREBRAIS

"Produzindo sua própria energia
         A vida do homem moderno tem como base a utilização generalizada de energia. Facilidades e praticidades que rodeiam nosso dia a dia consomem uma quantidade significativa de energia, não só pelo conforto, mas também pela necessidade de que nós, do mundo moderno, já não mais abrimos mão.
         Constantemente, notamos e assistimos a vários apelos contra a agressão ao meio ambiente, não só pelas imposições da vida moderna como, também e principalmente, pelos impactos causados pela geração, transmissão e distribuição de energia. A geração de eletricidade nos modelos tradicionais traz sérias consequências, como: poluição visual causada pela construção de redes de distribuição de energia, retirada de cobertura vegetal, erosão do solo, interferência com recursos hídricos, fauna e flora. Diante disso, como continuar utilizando e produzindo energia, que é a maior base da vida moderna, de forma limpa e sustentável?
         Nossa mais valiosa fonte é o Sol. Esse é o maior fornecedor da energia consumida pela humanidade, desde seus primórdios. A captação de energia solar consiste na utilização de painéis solares constituídos por células fotovoltaicas – o material mais disseminado para este uso é o silício – que transformam radiação solar diretamente em eletricidade. Sistema totalmente limpo, sem ruídos, de baixo custo de manutenção e que pode ser instalado no próprio local de consumo, evitando problemas ambientais do modelo convencional de geração de energia.
         O efeito fotovoltaico ocorre quando a luz solar, através de seus fótons, é absorvida pela célula fotovoltaica. A energia dos fótons por sua vez é transferida para os elétrons que ganham capacidade de se movimentar e assim geram corrente elétrica.
         Em nosso país, de clima tropical, essa tecnologia encontra-se em um campo adequado, onde temos insolação abundante, extensa área, tanto para implantação de sistemas elétricos conectados à rede de distribuição, quanto para sistemas isolados, remotos e distantes da rede elétrica. Como o Brasil é um país de grande extensão territorial, existem áreas de maior insolação, garantindo maior eficiência do sistema, lembrando que o que gera energia solar é a luz do Sol e não o calor. Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, diariamente há incidência de Sol entre 4.500Wh/m2 a 6.300Wh/m2 no país. Portanto, é muito importante avaliar e estudar previamente os locais onde se quer implantar um sistema solar fotovoltaico.
         O Brasil tem grande potencial para gerar eletricidade através do Sol, a exemplo da Alemanha, país líder no uso de energia solar fotovoltaica. A radiação solar na região mais ensolarada é 40% menor do que a região menos ensolarada do Brasil.
         A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou a Resolução Normativa 482, em abril de 2012, ampliando as possibilidades para geração distribuída de pequeno porte, com sistemas fotovoltaicos conectados à rede de distribuição, incluindo microgeração com até 75kW de potência e a minigeração de 75W a 5MW. Essa resolução apresenta o Sistema de Compensação de Energia que permite ao consumidor instalar sistemas fotovoltaicos de pequeno porte em sua unidade consumidora e, por sua vez, trocar energia com a concessionária local. Dessa forma, a energia produzida pela unidade geradora que não for consumida será injetada no sistema da distribuidora, fazendo a compensação do crédito e abatendo o consumo nos meses subsequentes. Na fatura do consumidor constará a quantidade de energia consumida, bem como a quantidade de energia injetada.
         A geração de energia através dos painéis solares fotovoltaicos é uma nova forma de aproveitamento do Sol como fonte inesgotável, sustentável e limpa. Importante acrescentar que crises de energia no setor elétrico, aumento da conta de luz, constantes secas e a demanda pela diversificação da matriz energética no país fazem com que investimentos em energia solar fotovoltaica alcancem números recordes, como em 2016, quando a perspectiva de crescimento chegou a 300%. O governo estima que a tendência do mercado seja movimentar R$ 100 bilhões até 2030.
         Questões relacionadas à sustentabilidade e eficiência energética são assuntos de suma importância para futuras gerações e investimentos em energia solar fotovoltaica serão alternativas promissoras e de destaque nos próximos anos.”.

(CONRADO MIRANDA DE PINHO TAVARES. Engenheiro de telecomunicações, especialista em projetos de sistemas de comunicação e geração de energia solar fotovoltaica, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno CIÊNCIA & SAÚDE, página 12, de autoria de VILHENA SOARES, e que merece igualmente integral transcrição:

“EM FINA SINTONIA
        Quando a aula é interessante e os estudantes gostam uns dos outros, o cérebro da turma entra em sintonia. É o que diz um estudo norte-americano publicado na revista Current Biology. Na pesquisa, os cientistas analisaram, com aparelhos, um grupo de adolescentes durante suas lições diárias. Eles descobriram que quando os alunos se mostravam estimulados pelo conteúdo, as ondas cerebrais entravam em sintonia. O mesmo foi observado no caso de os jovens sentirem empatia pelo professor e por seus colegas. De acordo com os autores do trabalho, o experimento poderá ajudar a entender melhor o comportamento cerebral humano, além de reforçar a importância do vínculo social.
         “Tem bastante tempo que estamos interessados em saber como nossos cérebros e, em particular, as oscilações neurais (ondas cerebrais), se comportam durante uma comunicação bem-sucedida”, destaca Suzanne Dikker, pesquisadora no Departamento de Psicologia da Universidade de Nova York e uma das autoras do trabalho. A especialista também explica a escolha da sala de aula como ambiente utilizado para o monitoramento: “O benefício de uma classe estudantil como um laboratório de neurociência do mundo real não é apenas por este ser um espaço altamente social, mas por ser um local onde você pode impor um certo controle experimental enquanto preserva o ambiente natural”, justifica.
         No experimento, os cientistas monitoraram um grupo de 12 estudantes do ensino médio, além do professor da classe, por um semestre inteiro. Eles gravaram a atividade cerebral durante as aulas regulares, por meio do equipamento eletroencefalograma. Os pesquisadores, então, compararam as leituras feitas pelo aparelho com autorrelatos sobre o envolvimento dos alunos na sala de aula. Os estudantes foram questionados sobre seu nível de interesse, se gostavam do professor e das atividades realizadas, por exemplo.

COERÊNCIA Os resultados mostraram uma correlação positiva entre as classificações dos alunos com o curso e a sincronia cerebral com seus colegas. Em outras palavras, quanto mais as ondas cerebrais de um aluno estavam sincronizadas com as da sala de aula como um todo, mais favoráveis eram as suas avaliações sobre o curso. “Sincronismo pode significar coisas diferentes em pesquisas, dependendo do cientista e das técnicas utilizadas. No nosso caso, utilizamos fones de ouvido eletroencefalográficos portáteis (EEG) e observamos uma coerência entre os cérebros. Ao captar as ondas cerebrais de vários alunos, mostramos padrões semelhantes, embora não necessariamente ao mesmo tempo, sempre. Alguns de nós somos um pouco mais lentos do que outros no processamento do nosso ambiente”, destaca Dikker.
         Os pesquisadores também examinaram se a sincronia entre os cérebros dos alunos refletiu o quanto eles gostavam uns dos outros. Para fazer isso, os jovens foram perguntados como se sentiam quando estavam sentados próximos de determinados colegas de classe. Especificamente, eles descobriram que pares de estudantes que sentiam mais próximos uns dos outros estavam mais sincronizados durante a aula, mas somente se eles tivessem interagido face a face.
         Fernanda Ramalho, psiquiatra do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, acredita que os resultados vistos na pesquisa americana são importantes, apesar de a análise ter sido feita em um grupo pequeno. “Mesmo com um número baixo de analisados, só 12 participantes, o que atrapalha um pouco a credibilidade, essa pesquisa tem um propósito muito interessante. O trabalho esmiúça o interesse do aluno pela aula e mostra como ele pode ser influenciado pelas pessoas ao seu redor e pelo professor da classe. Esse tipo de informação pode ser importante para o futuro, pois com ela, seria possível avaliar o rendimento dos estudantes com mais cuidado, já que agora sabemos que outros fatores estão envolvidos nessa atenção”, ressalta a especialista, que não participou do estudo.

INTERAÇÃO Os cientistas explicam que a sincronização cerebral vista no experimento com os alunos ocorre por causa de um fenômeno chamado de arrastamento neural. “O ‘passeio’ das ondas cerebrais é regado por ondas sonoras ou padrões de luz do mundo exterior, ou seja, sua atividade cerebral está relacionada com o que está acontecendo no ambiente e, quanto mais você prestar atenção a determinados padrões temporais (nesse caso, nas aulas), mais o seu cérebro entra em um ritmo e bloqueia outras informações”, detalha a pesquisadora Suzanne Dikker. “Então, se você e a pessoa ao seu lado estiverem mais envolvidos, suas ondas cerebrais serão mais parecidas, porque estão bloqueando as mesmas informações. Esse tipo de sincronia é muito importante para a interação humana”, diz.
         A psiquiatra Fernanda Ramalho explica que a sincronia vista no cérebro dos alunos é um comportamento recorrente do corpo humano. “Quem é mulher sabe que na época da escola era bem comum, ao andar com um grupo de amigas, todas elas menstruarem na mesma época. É esperado que nosso cérebro possa se sincronizar ao ser influenciado pelo convívio”, ressalta.
         Os autores do estudo acreditam que os dados observados na pesquisa podem ajudar estudos futuros. “Nossa investigação acrescenta uma linha de evidência que sugere como a interação social é importante para a forma como vivenciamos o mundo. Vamos continuar a pesquisa em sala de aula. Estamos elaborando projetos em grande escala, em que gravaremos dados cerebrais e outros dados biométricos de até 45 pessoas simultaneamente em um auditório”, adiantou a autora.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,57%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 


   

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