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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A CIDADANIA, O ENGAJAMENTO DE TALENTOS E OS DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE ECONÔMICA

“Engajamento de talentos
        Em tempos de empregabilidade alta e poucos profissionais disponíveis no mercado, é o momento de as empresas e organizações começarem a diminuir turnover e garantir que aqueles talentos – muitas vezes atraídos a peso de ouro – permaneçam na empresa e tragam o retorno esperado.
         E como é que se retém talentos? Essa é a pergunta que muitos me fazem. E a resposta é simples: engajamento. Ou seja, engajando o profissional com a cultura organizacional da empresa e com a importância do seu trabalho para ele e para o grupo. Em artigo publicado na Forbes, há uma definição interessante que vale a pena ser citada: “Engajamento é o compromisso emocional que o profissional tem com a organização em que trabalha e com seus objetivos pessoais”.
         Isso significa que esta pessoa não vai trabalhar única e exclusivamente para receber seu salário, ou para ser promovida, mas estará satisfeita e envolvida com o seu trabalho se estiver alinhada com as metas da corporação. E para se engajar pessoas é preciso ter um ambiente de fomento ao crescimento, transparente e movido pela meritocracia.
         Eis aqui um bom motivo para apostar em um programa de engajamento: pesquisa realizada pela Gallup e publicada em 2012 mostra a relação direta entre o nível de engajamento dos funcionários e a performance global da organização. Quanto maior o engajamento, maior é a performance da empresa. E de acordo com a Forbes, ao menos 25% dos talentos são profissionais desengajados e que planejam deixar a empresa.
         Há um outro aspecto importante que não deve ser esquecido quando falamos de pessoas desengajadas dentro da empresa. Um profissional infeliz trabalhando no piloto automático vai, fatalmente, contaminar o ambiente em seu redor, cometer erros que podem custar caro para a organização e, até mesmo, não respeitar políticas e procedimentos importantes para a racionalização de custos, por exemplo. Para se ter ideia, o custo dessa falta de engajamento no Brasil ultrapassar os R$ 100 bilhões, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). É uma conta cara, cuja origem não pode mais ser ignorada pelas organizações brasileiras e muitas ainda encaram o recursos humanos (RH) como “departamento pessoal”, e não como uma área estratégica, que pode sim trazer resultados à organização.
         Para que ocorra esse engajamento é necessário identificar os fatores, as variáveis, princípios que impactam esses profissionais, e trabalhar nesses pontos. Engajamento só é possível com profissionais desafiados em seu crescimento profissional, tendo reais oportunidades dentro da empresa. E hoje isso é possível por meio de diversas ferramentas e tecnologias, necessárias para se fazer um acompanhamento estratégico, de gestão de performance e que estabeleça metas e objetivos individuais e corporativos vinculados a um plano de carreira bem-estabelecido.
         Por incrível que pareça, a maior parte dos profissionais procura por desafios, e há mais engajamento se os desafios estiverem alinhados com as metas do grupo no qual ele se insere. Muitas vezes, o salário aparece como o quarto fator de engajamento do profissional. A empresa pode oferecer uma remuneração alta aos melhores profissionais – mas se a posição deles na empresa não favorece que eles cresçam e se desenvolvam, a organização já tem uma boa chance de perdê-los. Outro aspecto fundamental é o fortalecimento da cultura organizacional da empresa, da meritocracia e da transparência.
         De novo: um programa de gestão de desempenho é uma solução que pode transformar o ambiente organizacional de forma radical. A gestão de desempenho facilita o alinhamento em torno de objetivos do negócio, e o engajamento da equipe na busca da meta da organização como um todo. E esse é o princípio do engajamento: envolver todos em busca do mesmo sonho!
         Por fim, investir em um programa de engajamento não serve apenas reter seus talentos, mas também pode ajudá-los no seu crescimento profissional, tornando-se, assim, um investimento que beneficia tanto o profissional quanto a empresa. Acima de qualquer prognóstico do cenáriio econômico, sua empresa precisará continuar crescendo e inovando para se manter competitiviva. Para tal missão, é necessário e fundamental envolver nesse projeto os iniciantes (estagiários e trainees), que formam a base da companhia, pois eles serão os futuros executivos de sua organização.”

(CEZAR AUGUSTO DE CAMPOS, diretor do Instituto de Administração – Instiad MG, e LUIZ CLAUDIO BINATO, CEO do Instiad, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de agosto de 2014, caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de novembro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 21, de autoria de Ricardo Diniz, vice-chairman do Bank of Merril Lynch do Brasil, e que merece igualmente integral transcrição:

“O potencial do Brasil e a competitividade econômica 
         Apesar da pequena queda do Brasil no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, divulgado em setembro, em que passou da 56ª para a 57ª posição, o país possui indicadores positivos que merecem atenção. A amplitude de nossa economia doméstica, a capacidade de atração de investimentos diretos e a boa taxa de empregabilidade dão fôlego e incentivo para a manutenção do desenvolvimento. Somados a esses fatores, podemos considerar as oportunidades de investimentos em infraestrutura e incentivos à educação.
         O Brasil desfruta do privilégio de possuir uma comunidade empresarial sofisticada e com excelência em inovação em alguns setores. Partindo desse princípio, focar em competitividade é crucial num momento em que o país se insere cada vez mais no mercado global. Estratégias como essa permitem, inclusive, que haja uma recuperação econômica robusta e perene, sustentável ao longo do tempo, e possibilita a criação de antídotos para combater eventuais percalços econômicos que podem tornar qualquer nação vulnerável. Tudo isso exige reformas e investimentos, e os resultados são perceptíveis em médio e longo prazo.
         Os alicerces do desenvolvimento passam por políticas de ajustes e fortalecimento da macroeconomia e por mecanismos de modernização da infraestrutura que possam proporcionar maior crescimento econômico. Também envolvem incentivos ao empreendedorismo com a redução da burocracia, que impõe um alto custo para as empresas, e a modernização do nosso parque industrial, o que é fundamental para a inserção mais profunda do país no cenário externo e a ampliação das oportunidades de negócios para as companhias. Incentivos à educação e à cultura de pesquisa também podem acelerar a geração de inovação, propiciando a interação entre a classe científica e as empresas, medida fundamental para ampliar a competitividade da economia.
         O aprimoramento da infraestrutura resulta em oportunidades para empresas brasileiras e estrangeiras. É preciso, porém, que os aportes combinem fatores de infraestrutura básica (com a construção e modernização de estradas, ferrovias, portos e aeroportos) e tecnológica (pela geração de energia por meio de diversas fontes, além de melhorias na telefonia e no acesso à internet). Evidentemente, nesse ponto é importante sempre levar em consideração a preservação de recursos naturais, para seguirmos um modelo de desenvolvimento sustentável capaz de conciliar as demandas sociais, econômicas e ambientais.
         O diagnóstico e o planejamento para impulsionar ainda mais o país já existem, basta colocar os projetos em prática. Estamos diante de um momento histórico repleto de prosperidade e de mudanças, um momento em que há a possibilidade de iniciarmos um novo ciclo de investimentos em infraestrutura, estímulos à produtividade e à inovação. É preciso considerar essa percepção e reafirmar o potencial do Brasil para seguirmos rumo ao desenvolvimento com uma economia mais competitiva.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, há séculos, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, na mais perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados” –, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities;sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários  previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


O BRASIL TEM JEITO!...