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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DOS PROCESSOS EVOLUTIVOS E OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO (12/158)

(Outubro = mês 12; faltam 158 meses para a Primavera Brasileira)

“Requisitos para a pura entrega 
do ser para a evolução de todos
        Não se pode assegurar que ao começar a colaborar com o Plano Evolutivo o ser seja de imediato canal para manifestação de leis superiores em sua vida. Porém, a possibilidade de essas leis se expressarem em fatos positivos por seu intermédio existe, e nelas está fundamentada a reestruturação da Terra.
Em geral, grande é a distância entre o que se passa nos níveis internos de um ser e o que ele exprime externamente. A tarefa dos que assumem a senda evolutiva é reduzir essa distância para que um canal direto de comunicação entre o mundo interior e o exterior se firme com pureza e cristalinidade.
         A fim de que o contato do ser com as leis suprafísicas se estenda a sua vida diária e ao seu serviço, é preciso ausência de julgamento e de críticas. É necessário também um coração puro. Isso significa reconhecimento e vivência da fé, preciosa energia emanada pelo espírito e dinamizada pela alma. Aquele que se doa ao Plano Evolutivo, ao reconhecer o valor e a importância dessas atitudes, torna-se capaz de remover de si e dos seus semelhantes os obstáculos à realização interior. Isso ele faz pela silenciosa prática das leis espirituais e pela própria disponibilidade ao serviço.
         Nesta época, em que as energias de síntese se fazem tão presentes e atuantes na Terra, não são necessárias complexas disciplinas para se atingir o controle do pensamento. O indicado é a decidida atenção ao centro do ser, dirigir-se com firme querer para o núcleo interno da consciência.
         A concentração excessiva nos níveis materiais da vida torna-se obstáculo ao verdadeiro serviço à ascensão do ser. Esses níveis serão curados, redimidos, transformados e transmutados pela atuação de energias sobrenaturais, pela intercessão de forças cósmicas de potência inimaginável.
         Cada vez que com pura entrega um ser humano se volta para o próprio interior, uma energia curadora aproxima-se dos estratos materiais e os permeia com maior intensidade. A cada instante da sua vida é-lhe facultado aderir a essa energia ou renegá-la. Pode contatá-la e irradiá-la para o mundo, ou pode afastá-la de si. Por isso a vigilância é imprescindível aos que percorrem a senda do serviço e da libertação.
         Àqueles que buscam servir é pedido simplesmente entrega, despojamento de si e cumprimento imediato das tarefas evolutivas que lhes forem dadas, por pequenas e humildes que sejam.
         Para que o serviço tenha qualidade, é bom que a pessoa renuncie às próprias tendências humanas, preferências e até boas intenções. Fazer o melhor significa cumprir fielmente o que lhe é transmitido a partir do interior. Suas limitações e suas qualidades são conhecidas por Aqueles que guiam nos níveis internos da vida, e já estão levadas em conta quando uma tarefa lhe é atribuída. Portanto, não há razão para que se oferta ao serviço preocupar-se consigo mesmo; é preciso, sim, que se dedique de corpo e alma à realização da parcela que lhe cabe no Plano Evolutivo.
         A premência desta época reflete-se no grau de aspiração do servidor e na sua presteza em colaborar na realização do propósito evolutivo. Seu esforço está em manter acesa a chama que o impulsiona a expressar as qualidades da Vida Divina. O verdadeiro colaborador do Plano é fiel a essa Vida, que silenciosamente verte suas energias sobre o planeta. Para isso deve manter firme a decisão de prosseguir e lembrar-se de que já não está em tempos normais.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de setembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ADEMAR PEREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alfabetizar em qual idade?
        Durante a finalização do processo de revisão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), observamos um impasse quanto à questão da idade certa para a alfabetização de nossas crianças. O Conselho Nacional de Educação (CNE), responsável por analisar e aprovar o documento, defende o atual critério no qual o término do ciclo de alfabetização se dá ao final do 3º ano, fase em que as crianças têm 8 anos. Já o Ministério da Educação (MEC) propôs a antecipação desse limite para o 2º ano, quando os alunos estão com 7 anos. Mas, afinal, o que é o melhor para as nossas crianças? Quando os alunos devem estar alfabetizados?
         A revisão da BNCC tem sido discutida no CNE e em audiências públicas nos estados, e a previsão é de que o novo documento seja finalizado até novembro deste ano. O acordo para tal impasse seria de que o ciclo de alfabetização se mantenha em três anos, mas garantindo que o letramento seja em dois. O MEC deverá fazer a avaliação nacional de alfabetização ao final do 2º ano, e não no 3º, como é atualmente. Como não há base nacional no Brasil, os padrões estão estabelecidos pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNA-IC) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelecem a conclusão da alfabetização das crianças até o fim do 3º ano do ensino fundamental, em escolas públicas e privadas. O MEC acertou ao tentar adiantar o fim do ciclo de alfabetização para o segundo ano, mas o ideal seria que isso ocorresse ainda no primeiro ano. Assim, em cinco anos teríamos reduzido drasticamente o número de analfabetos funcionais no Brasil.
         A decisão de antecipar o término do ciclo de alfabetização do terceiro para o segundo ano nos remete a uma posição realista, do ponto de vista social, indo além da questão apenas educacional. Ocorre que as crianças devem ser alfabetizadas no primeiro ano, e as poucas que não conseguem atingir a alfabetização precisam ser mantidas nesse processo de aprendizagem para que amadureçam. Nessa idade – com um bom trabalho na educação – teremos, ao fim do primeiro ano, não mais do que 10% de estudantes que chegam sem ler a esta fase. Deste pequeno percentual, temos crianças que, em sua maioria, são imaturas, ou nascidas no final do ano. E, ainda, temos de considerar alguns casos em que já é possível identificar manifestação de alguma das mais de 25 síndromes ou transtornos humanos.
         O grande problema social da educação básica que enfrentamos é que, com o término do ciclo de alfabetização ao final do terceiro anos, temos aumentado significativamente o número de analfabetos funcionais, pois as avaliações têm demonstrado que aproximadamente 50% dos nossos estudantes chegam ao 5º ano do ensino fundamental sem conseguir ler um texto de cinco linhas e contar o que entendeu. Aí residem as consequências desta decisão de se deixar para depois, de empurrar todas as crianças para as séries seguintes, mesmo que sem condições e despreparadas para assumir a nova fase escolar. Fundamentalmente, passar o aluno do primeiro para o segundo ano, sem que ele esteja devidamente alfabetizado, é uma desumanidade com o futuro das nossas crianças, pois com essa atitude comprometemos a vida escolar de um grande número de estudantes.
         Além do analfabetismo funcional como consequência desse adiamento da alfabetização, temos de observar que, na segunda etapa do ensino fundamental, temos um grande número de abandonos. E a explicação é muito simples! Nessa etapa, em todas as disciplinas, os conhecimentos são apresentados em forma de problema ou enunciado. Para compreender o que se pede, o estudante precisa, necessariamente, saber ler e interpretar. Entretanto, como mais de 50% não estão devidamente alfabetizados, as escolas acabam minimizando a profundidade dos conteúdos e conhecimentos, para não ter um grande número de reprovação, acima do aceitável. Com isso, prejudicamos todos os estudantes com este nivelamento inferior, e mantemos o “pacto da mediocridade” na nossa educação.
         Soma-se a isso o grande medo de prefeitos e governadores de que não conseguem manter – ou de terem diminuídas – as médias (que já são baixas) de suas regiões nas avaliações de ensino. Então, notamos que é mais fácil manter as aparências, e continuamos empurrando nossa juventude para a escuridão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!...   
        

  

          

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A FORÇA DA ESPIRITUALIDADE NA EDUCAÇÃO E O IMPÉRIO DA JUSTIÇA

“A instrução como fator de estímulo
 e elevação da consciência humana
        Uma educação adequada às necessidades da consciência humana fundamenta-se na evolução do espírito e consiste em erguer os seres receptivos, prover meios e estímulos para seu aperfeiçoamento e prepará-los para patamares elevados de consciência.
         A educação nessas bases considera a globalidade do indivíduo, e o instrutor que segue leis e princípios espirituais elevados colabora na integração do ser e o vê como uma unidade. Sabe que toda criatura traz dentro de si os elementos requeridos para o que lhe é predestinado. Sabe, também, que é seu trabalho ajudar a que potenciais se revelem, aflorem e permitam a realização da grande obra do Universo.
         O instrutor pode prestar essa ajuda porque se orienta pela intuição e conduz os estudantes à fonte interna de sabedoria, de onde se colhe o necessário a cada momento. Tem a tarefa de irradiar energias sintonizadas com os passos que devem dar, estimulando-os a tomar a direção correta. O instrutor não elabora formas artificiais de trabalho, expressando com verdade e inteireza o que é em essência, inspirando aqueles cuja caminhada deve acompanhar.
         Com seu conhecimento, leva os aprendizes a discernir entre ilusão e realidade, a perceber que são imortais. E tal estímulo, mesmo que não traga mudanças de imediato, jamais se perde. Estável nos níveis internos da consciência, o instrutor mantém sábia conduta, pois percebendo a necessidade dos estudantes faz emergir de seu interior a maneira adequada de supri-la.
         Embora a instrução se inicie nos níveis materiais, na personalidade, depois ganha o âmbito da alma e, finalmente, o do espírito imortal. Começa em um indivíduo e depois se amplia aos que a ele estão unidos.
         A irradiação do instrutor leva os estudantes a perceber que cada um é, na realidade, representante da energia do grupo. Assim, torna-se aptos a agir com consciência grupal, o que facilita a introdução de padrões de conduta elevados no viver humano. A sintonia do grupo amplia as capacidades dos indivíduos e, ao mesmo tempo, atrai o fluxo de energias imateriais, portadoras da Luz Divina.
         Os Planos Elevados da Existência transmitem o ensinamento adequado a cada ciclo de evolução e vai ampliando. Um instrutor vem sempre completar o que os anteriores trouxeram, sendo que nesse ensinamento integral não há contradições. Os marcos poderão estar distantes uns dos outros, mas sinalizam um mesmo caminho.
         É possível elevar uma consciência acima do mundo material quando o ser se deixa imbuir das energias que existem em seu próprio interior. Se com fé e alegria predispõe-se a ouvir o cântico das esferas sublimes, sem grandes esforços recebe as chaves para transcender a vida formal.
         Quem tem a tarefa de instruir é um escultor de almas. O exemplo, a palavra, a ação firme e amorosa e a disponibilidade inabalável de ajudar servem-lhe de cinzel para remover as camadas que encobrem o verdadeiro semblante dos que estão sob seus cuidados, fazendo com que avancem em ritmo o verdadeiro semblante dos que estão sob seus cuidados, fazendo com que avancem em ritmo sincrônico e harmonioso.
         Sabemos que o papel da instrução é evocar e preparar uma vida mais abrangente. Para que o ser humano colabore nessa tarefa, precisa ascender a níveis de consciência sutis e penetrar o estado de síntese. A simplicidade não lhe pode faltar, pois é o arauto da sabedoria.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de setembro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Do lado da justiça
        A direção a ser seguida para que a sociedade brasileira saia da crise política e econômica que a consome é estar sempre do lado da justiça. Não há outro rumo possível para os que buscam superar situações tão graves. O lado dos partidos políticos é muito frágil, pois guarda o hábito de se fazer política instrumento para atender a interesses que, frequentemente, estão na contramão do bem comum. Os números da corrupção, que corroem o erário, causam horror e revelam práticas com raízes vergonhosas no passado. Do mesmo modo, o lado das ideologias, que têm imprescindível importância nos debates sadios, intercâmbios de pontos de vista, torna-se inadequado quando alimenta polarizações. Sem diálogo, processos necessários para o bem do povo são interrompidos e prejudicam-se as clarividências.
         Adequada rota é a indicada pela justiça, pois tem o caráter corretivo. É remédio para descompassos que a política partidária não conseguirá corrigir nos hábitos culturais, nas máquinas governamentais e no conjunto de interesses particulares. Seguir a direção da justiça possibilita a reinvenção de funcionamentos, a abertura de novos ciclos que levem ao desenvolvimento integral, à consciência cidadã compatível com a modernidade, no horizonte dos entendimentos antropológicos de uma sociedade pluralista. Parece incontestável, assim, que o lado da justiça precisa ser ocupado por todos, particularmente assumido pelas instâncias superiores que regem os passos da sociedade. Em meio às derrocadas, no âmbito do exercício dos poderes que sustentam a democracia e o Estado de direito, surge um broto de esperança no topo da magistratura, com força para inspirar os guardiães da justiça. E a sociedade carece de referências para fortalecer os valores da verdade e da liberdade, tão ameaçados no contexto atual.
         Justiça, verdade e liberdade são princípios indissociáveis, necessários a uma sociedade digna. A reciprocidade entre esses três princípios encontra na referência da justiça o ingrediente terapêutico e corretivo. Possibilita eliminar vícios e mediocridades que se tornam hábitos entre cidadãos, no exercício de suas responsabilidades, com o consequente comprometimento da qualidade das contribuições na edificação da sociedade solidária. A justiça, quando preside desde as condutas cotidianas no contexto familiar aos âmbitos complexos de governos, torna-se vetor que qualifica a vida, estimula a prática pessoal de virtudes alicerçadas em valores morais, tão necessários à verdade e à liberdade. Trata-se de caminho para eliminar conchavos, superar a perda de tempo de se buscarem vitórias e conquistas partidárias, deixando em segundo plano os investimentos na gestão, em modernizações, na reinvenção de práticas, tarefas fundamentais para semear o bem na vida de todos.
         Estar ao lado da justiça permite enxergar que a autoridade máxima da nação é o povo e que os governantes devem ser servidores. É virtude que orienta todo cidadão a buscar oferecer, a cada pessoa, o que, de fato, é devido, sem favorecimentos ilícitos a grupos privilegiados. Em sentido amplo, ser justo é articular, inteligentemente, as dimensões sociais, políticas e econômicas para superar os abismos da desigualdade. Relaciona-se, assim, com consideração do inegociável valor de cada pessoa, de sua dignidade e de seus direitos, tão ameaçados pela generalização tendência de somente buscar a acumulação egoísta de riquezas.
         Por isso, há de se priorizar a adequada inclusão dos pobres para além de programas meramente assistencialistas. A prioridade deve ser a escuta de seus clamores, exercício que fecunda a audácia, a coragem, a inteligência e a compreensão de todos, principalmente dos representantes do povo, capacitando-os para o desenvolvimento de programas e projetos que objetivem o bem comum. A escuta diária e prioritária dos clamores dos pobres é força indispensável que conduz todos para o lado da justiça.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, em agosto, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,97% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        




quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A UNIVERSALIDADE E A ENERGIA DO SERVIÇO E O DESENVOLVIMENTO HUMANO E GERENCIAL

“Os grupos de serviço como suporte 
nos momentos de prova planetária
        Os membros de uma rede de serviço podem servir tanto por meio da prece quanto da ação que diviniza a vida material. Ambas as formas de serviço têm igual valor, se assumidas na sintonia correta e com fidelidade. São maneiras de atuação da mesma energia. Em uma o silêncio e a interiorização são os instrumentos de trabalho; em outra, o correto relacionamento com as questões de natureza material.
         Seja qual for a tua forma de servir, não nutras ambição alguma. As realidades te serão desveladas quando chegar a hora. A ti cabe, porém, buscar encontrá-las. Jamais te esqueças de que desse encontro vêm as mudanças que aperfeiçoarão a ti e ao grupo de que és parte.
         Despe-te de apegos e simplifica teu cotidiano e ficarás apto a cumprir o desígnio reservado a ti. Diante da situação atual do mundo, não te esquives de assumir a tua vida de serviço e segue, com fé, teus melhores propósitos. Verás então que uma energia vinda do teu mundo interior toca os que estão receptivos e os transforma. Os Seres de Luz que compõem a Irmandade Cósmica estão presentes, de maneira sutil e invisível, auxiliando teus passos.
         Este momento planetário é especial e, embora traga intensas lutas, impulsiona à redenção e à libertação todos os seres, de todos os reinos: humano, animal, vegetal e mineral. A evolução interior hoje possível prepara cada um para o serviço universal, que eleva a vida humana e alivia as suas dores. Assim, o que se pede aos grupos de serviço é purificar a própria vida e não pactuar com os padrões deteriorados atualmente vigentes.
         Se as buscas servir, saibas que uma ação pequena e anônima pode repercutir profundamente na aura planetária. Saibas que fazer muito nem sempre é fazer o melhor; cumprir com fidelidade as metas que te são transmitidas do teu interior, isso sim, é o que deves buscar. Tuas limitações, bem como tuas qualidades, são conhecidas pelos que te guiam nos níveis internos da vida e são levadas em conta quando uma tarefa te é atribuída. Portanto, não te preocupes tanto contigo mesmo; é melhor te dedicar de corpo e alma à sintonia com teus níveis mais profundos.
         Quem se decide a servir desenvolve clareza de visão, disponibilidade e prontidão, e assim se integra verdadeiramente numa rede. Essas qualidades dissolvem a ansiedade por agir, própria da personalidade humana, e a animam a suprir necessidades.
         Os integrantes de uma rede de serviço trabalham irradiando a energia que lhes chega do mundo interior. Não se impressionam com conflitos nem com o assédio de forças contrárias à sua atuação; estão atentos ao centro da consciência e ofertam-se inteiramente, vazios de si, ao mundo espiritual elevado e ao seu eu divino.
         Poucos momentos de silêncio e de autêntica entrega equilibram muito do ocorre no mundo. Quem conhece esse fato serve sem restrições, transcendendo condicionamentos; abstém-se de movimentos supérfluos e concentra-se em realizações para o bem de todos; oferta-se ao serviço de maneira pura, desvinculada do desejo de compensações; não alimenta a imaginação com fantasias e, de modo especial, cultiva a humildade.
         Nos momentos críticos e nas horas de caos a experiência humana por si só pouco servirá. É necessário inspiração interior, que emerge se estivermos atentos e receptivos a ela.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de IZABELA TOLEDO, director e partner do Fesap Group, consultoria de executive search e de estratégia de capital humano, e que merece igualmente integral transcrição:

“Afinal, o que é assessment
        Como funciona? Para que serve? É muito simples! Se você é líder de uma empresa, área, unidade de negócio ou segmento e precisa conhecer rapidamente as pessoas que trabalham no seu time, com o intuito de identificar as melhores habilidades, atitudes e conhecimentos, e ao mesmo tempo quer saber quais são suas fragilidades, o assessment lhe servirá muito bem.
         Se você tem dúvida em promover ou não um profissional, identificar a melhor pessoa para ocupar uma função estratégica ou simplesmente ajudar um executivo em seu desenvolvimento, o assesment também é a melhor opção.
         Esse recurso serve para melhorar a autopercepção e autoconhecimento de quem participa, ou seja, do avaliado. Conhecer seus pontos fortes e fracos poderá abrir novas possibilidades no desenvolvimento de carreira e ampliar horizontes. Só o fato de se dedicar a refletir e conversar com um profissional, que é neutro e preparado para ajudá-lo a compreender melhor seu funcionamento, é um belo ganho. Para a empresa, saber quais competências seus colaboradores têm, se cada um deles está utilizando bem o seu potencial e que tipo de apoio precisa, é fundamental para a sustentabilidade operacional dos negócios.
         Desenvolvimento, aliás, é uma via de mão dupla. Uma parte da responsabilidade é de cada um de nós, ou seja, do quanto nos esforçamos para aprender. A outra parte vem do grupo em que estamos inseridos, da empresa. Um bom exemplo é quando falamos da competência de visão estratégica de negócio, identifica e analisa as tendências do mercado, concorrentes e suas implicações para o posicionamento da empresa e dos clientes (quando aplicável) ... Para realizar o que foi mencionado na definição, o indivíduo imagina cenários futuros para poder antecipar tendências de mercado e desenvolver estratégias de negócios. A empresa fomenta visão estratégica nos seus colaboradores, cria e propicia espaços fóruns para discussões, diálogos sobre contexto de mercado, situação da empresa, cenários possíveis etc. Quando não há momentos dedicados a esse tipo de conversa ou de reflexão, fica difícil desenvolver tais habilidades nos indivíduos.
         Há também outros subprodutos desse trabalho. Quando avaliamos alguém em níveis de comportamento, atitude e conhecimento, é preciso entender em que contexto isso está inserido, como é essa cultura organizacional, como funciona o processo decisório desse grupo, identificar a rede de relacionamentos existente e desafios estratégicos. Sem esse entendimento, não haverá uma visão abrangente da vida do profissional. Com isso, podemos perceber por qual motivo está conseguindo bons resultados ou não.
         Há inúmeras metodologias que podem ser utilizadas em um processo de assessment ou avaliação. Depende da necessidade da empresa e do que é preciso identificar em termos de comportamento. O mais importante, porém, não é a metodologia, não são os comportamentos, e sim a pessoa que irá conduzir o trabalho, pois trata-se de um processo de avaliação feito com base em observação e percepção.
         O que as empresas compram, de fato, não é uma forma X ou Y de apresentar os resultados, é uma percepção. Simples assim. Porque a percepção não é exata, matemática, totalmente tangível ou universal. É algo único, cada pessoa tem a sua. Muito embora haja pessoas que não têm percepção, mas acham que têm.
         A maioria de nós, seres humanos, tem medo de entrar em contato com seus sentimentos, imaginar o sentimento do outro. Sentir é algo cada vez mais raro. Anestesiamo-nos, todos os dias, para sentir menos. Sentir menos o desrespeito, a dor do outro, sentir menos medo, insegurança, compaixão, culpa dor, remorso, raiva, ódio. Logo depois de sentir algo, vem a cobrança interna por uma ação. Pode iniciar com uma simples reflexão sobre a situação que gerou o sentimento. Essa cobrança por ação pode nos levar a evitar os contatos. Nem sempre temos uma resposta voltada para a ação. É necessário, então, compreender que uma reflexão já ser uma ação.
         Todos os nossos sentidos precisam estar conectados e ativos para que possamos aguçar a nossa percepção. A conexão é uma palavra-chave nesse contexto. Primeiro a conexão consigo mesmo e depois com o outro. Para se formar uma percepção consistente é necessário observar, investigar, provocar o interlocutor, pedir exemplos de ações e atitudes, compreender sua história, vida, expectativas, visões, pessoas e relações. Quando isso não ocorre, é julgamento e não percepção.
         Só é possível ativar a percepção quando não há anestesia de sentimentos. Chamo de anestesia estar no “modo automático”. Isso ocorre todo o tempo, justamente pela dificuldade que temos com o “sentir”, conforma já mencionei. Perceber é algo amplo, considera o contexto que está à nossa volta, as pessoas, os diálogos, os olhares, o clima comportamental, o que não é falado e está implícito, velado. É complexo mesmo. Por isso, não são todas as pessoas que conseguem acessar o perceber. É preciso muito treino e consciência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, em agosto, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,97% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



           

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A ESPIRITUALIDADE NA FRATERNIDADE E A FORÇA DA APRENDIZAGEM INDEPENDENTE

“Ampliando a consciência por meio 
da atuação nos grupos de serviço
        Sabemos que a evolução da humanidade e o crescimento de grupos de servidores dedicados ao serviço altruísta estão especialmente estimulados. São lampejos de almas cujo fogo interior alenta o mundo e ilumina o caminho espiritual.
         Embora o caos esteja sendo difundido progressivamente na face externa do mundo, os seres humanos têm dado passos evolutivos nos níveis profundos da consciência – níveis incólumes às forças da destruição e onde a unidade é conseguida. Para avançar nessa senda, é necessário gratidão pelos impulsos e pela luz que vêm desses níveis profundos.
         Para que um indivíduo participe de um grupo de serviço voluntário e, assim, possa chegar à ampliação da consciência, tem de amorosamente dedicar-se aos assuntos práticos, mas compreendendo que o grupo transcende sua expressão humana e formal e que se baseia na reunião de almas.
         Um grupo de serviço é pioneiro dos tempos futuros, em que haverá mais colaboração entre os homens. Sua ação é nutrida não só pela boa vontade de seus membros, mas principalmente pelas suas raízes espirituais. É a essência espiritual que dá ao grupo a força de suprir as necessidades do mundo e as da vida interior e imaterial. Pelo vínculo com o espírito, o grupo desenvolve seu trabalho em vários níveis e forma com os grupos semelhantes uma rede luminosa.
         Um grupo de serviço estimula seus membros a expressar qualidades que um dia serão normais em toda a humanidade, e mantém-se na sintonia que o fará agir em coesão com os demais, porque a novidade de cooperação aumentará progressivamente.
         Sempre foi pedido aos que ingressam na senda do serviço permanecer firmes na própria luz interna. A plena adesão a essa norma básica é essencial para o trabalho harmonioso em um grupo espiritualizado. A atenção aos níveis superiores da consciência integra o próprio ser e, consequentemente, o grupo. Ao seguirem essa indicação, seus membros tornam-se sementes dos tempos vindouros.
         Os autênticos grupos de serviço fundamentam-se em leis sublimes e devem multiplicar-se. Se neles não for buscada a realização de egos, mas a vida em si mesma, transmitirão a paz. Quando os integrantes mantêm contato com a própria alma, o progresso de um membro irradia-se pelo grupo todo, pelos coligados e afins.
         Então cada ser comunga da ascensão de todos, e a competitividade, que mina a maioria dos grupos, é transcendida. A alegria vive nos que expressam essa união interna, porque compartilham dádivas espirituais.
         Trabalhos grupais com essa qualidade dão origem a uma rede de serviço que, incondicionalmente, sem chamar atenção sobre si, adere ao que a alma e os Instrutores espirituais inspiram: o resgate dos seres e a expansão da consciência humana.
         Nos momentos de caos, os grupos, atuando como uma Rede de Serviço, terão a sagrada tarefa de mitigar o sofrimento e de auxiliar muitos seres a passar em harmonia para outros mundos ou planos de existência. Assim, grupos de serviço não contemplam a morte, mas existem em função da vida imortal, dentro ou fora de corpos físicos.
         A atuação dessa rede deve dar a cada ser carente condições de transcender o medo e o abandono em que se encontra. Por isso, realiza não apenas obras materiais, mas está a serviço da realidade interna dos seres e do planeta que, nesse momento, se encontram em franca transição da obscuridade para a Luz.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de setembro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de RONALDO MOTA, reitor da Universidade Estácio de Sá, coautor, em conjunto com David Scott, do livro Educando para inovação e aprendizagem independente, e que merece igualmente integral transcrição:

“Aprendizagem independente é essencial
        Nos processos educacionais, educandos e educadores investem esforços e talentos visando à aprendizagem, que seria resultante do sucesso das estratégias e metodologias utilizadas. Como processo complexo, qualquer tentativa de simplificação está sujeita a erros graves. Assim, procurar destacar os elementos e as abordagens mais relevantes deveria ser tarefa de qualquer educador interessado em melhorar o desempenho dos estudantes em relação a cada evento educacional específico.
         Elementos culturais gerais da sociedade sempre estarão presentes como ingredientes fundamentais. O ambiente doméstico e os hábitos e costumes praticados no dia a dia interferem nas práticas e nos resultados educacionais, portanto, seria recomendável tê-los considerados quando da seleção das abordagens e das pedagogias adotadas. Uma nação, uma região ou um grupo social específico têm marcas registradas decorrentes de suas histórias anteriores que estabelecem com o processo educacional uma relação de desejáveis e inevitáveis interferências multilaterais.
         Nossa carga cultural traz marcas bem descritas em obras consolidadas. Entre elas destaca Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freire. Neste e em outros estudos é enfatizada, de um lado, uma elite acostumada às benesses e aos privilégios, que justificam e estimulam o paternalismo e a acomodação, e, de outro, os demais submetidos à exclusão e à opressão, que desfavorecem a emancipação e as iniciativas empreendedoras. A tradição histórica que se reflete nas relações, seja nas ruas ou no trabalho, infelizmente também repercute nas salas de aula, via pedagogias que prioritariamente estimulam a aprendizagem marcadamente dependente.
         Portanto, no processo educacional, adicionalmente aos conteúdos a serem abordados, em complemento às técnicas e procedimentos que um futuro profissional ou cidadão devem dominar, há outros elementos, tão ou mais relevantes, que demandam estar presentes. Entre eles, a aprendizagem independente é essencial e não exclui o professor; ao contrário, o inclui via adoção de metodologias que estimulem processos emancipatórios na aprendizagem. Especialmente no caso brasileiro, não basta ter aprendido o conteúdo; é imprescindível que no processo a ênfase na autonomia de aprendizagem ao longo da vida tenha sido enaltecida e priorizada, assim como é importante que níveis superiores de emancipação dos educandos tenham sido atingidos.
         A notícia positiva é que o mundo das tecnologias digitais favorece a missão de estimular processos emancipatórios e mantém grande coerência com as metodologias ativas que se baseiam em aprendizagem independente, mediadas tanto pelo educador como pelos ambientes virtuais. Por meio de interfaces educacionais inteligentes, dos recursos e ferramentas atualmente disponíveis, é plenamente possível traçar trajetórias educacionais personalizadas que levam em conta cada indivíduo, bem como fortalecer aspectos culturais e demais especificidades locais e regionais.
         Temos a oportunidade inédita de conjugar escala e qualidade, contrariando as práticas anteriores, caracterizadas por qualidade para poucos ou má qualidade sempre que estendida aos demais. Contemporaneamente, ao contrário, podemos afirmar que só haverá qualidade se tivermos variadas referências para acesso, fruto da prática de adotarmos tecnologias e metodologias que sejam aplicáveis para muitos. Hoje, seja na educação, na saúde ou em demais setores, inovar no Brasil é ousar propiciar qualidade para todos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, ainda em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...