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segunda-feira, 28 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS FASCINANTES CAMINHOS DA FACULDADE E AS EXIGÊNCIAS DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA NA SUSTENTABILIDADE


“Por que ainda fazemos faculdade?
        Sempre gostei muito de estudar. No entanto, ainda me questiono se cursar uma faculdade é suficiente. Ouvi de muitos profissionais, com diferentes formações e desempenho profissional, que não vale a pena fazer faculdade. Na maioria das vezes, terminamos a nossa formação acadêmica e, quando vamos para o mercado de trabalho, descobrimos que precisamos começar a aprender algo novo. E só depois de começar a entender uma nova tecnologia ou processo de negócio é que conseguimos contribuir com algo relevante onde estamos trabalhando.
         No meu primeiro dia de estágio, na Alcatel Telecomunicações, fiquei assustado com o tamanho do manual que me deram. O documento tinha em torno de 500 páginas e era de um equipamento chamado Newbridge Mainstreet 3600 Multiplexer. Estava no penúltimo período do meu curso de engenharia eletrônica e, apesar disso, parecia estar lendo grego. A quantidade de siglas era infinita, os termos técnicos completamente diferentes de tudo que já havia visto. Mas, com o passar do tempo, as siglas foram ficando mais amigáveis e, logo, isso já não era assim tão obscuro. Precisei aprender muitas coisas novas, que nunca tive acesso na graduação.
         As instituições de ensino estão mudando e tentando novas estratégias para se adequarem às mudanças tecnológicas e geracionais que estamos vivendo. Com certeza, tem muita coisa boa sendo feita nesse sentido. No entanto, nada vai resolver 100% o problema. Não por falta de conhecimento das instituições, mas, principalmente, porque só no mercado de trabalho, no contexto real de produção, teste, acerto e erro, que nos deparamos com situações e demandas que se transformam e mudam em uma velocidade que a academia nunca seria capaz de acompanhar.
         Há 15 anos trabalho com software e telecom e a experiência do meu primeiro estágio não parece estar melhorando. Com certeza, esse padrão não vai mudar, pelo contrário, tende a piorar com o passar do tempo. Agora, isso não é um privilégio da indústria que trabalho. Isso é uma verdade para qualquer um que atue em alguma área ligada ao conhecimento humano. Então, por que fazemos faculdade?
         Toda nossa formação acadêmica, desde o colégio até o mais alto grau como doutorado ou pós-doutorado, não deve ter a obrigação de ensinar tudo o que precisamos, mas sim de treinar nosso cérebro a aprender como aprender e a resolver problemas.
         Pensar desse jeito sempre me gerou um grande otimismo, baseado na minha ideia inicial de que eu era bom em resolver problemas. A consequência é que comecei sem me autolimitar. Quebrei a cara várias vezes. Não era tão simples assim! Mas perceber que resolver problemas era imprescindível na vida profissional me levou a empreender muito cedo. E, com isso em mente, resolvi aplicar a mesma lógica na procura por sócios e funcionários, para estarem comigo sempre que o desafio ia ficando maior.
         Seguidas vezes escuto sobre ter sorte ao contratar um bom time. Entretanto, reforço que a sorte não seria suficiente nestes 15 anos. Tenho um time acima da média devido ao ideal de contratar pessoas inteligentes e que gostam de resolver problemas. Nesse período, com certeza, errei muitas vezes e, sem dúvida, posso dizer que errei quando deixei de lado essa premissa.
         Ou seja, quem começou a ler este texto pensando que eu ia dizer para não fazer faculdade, lamento, mas a ideia não é esta. Uma boa faculdade vai te ajudar a treinar seu cérebro para aprender coisas novas, sempre que precisar. E isso, aliado a uma boa capacidade de resolver problemas práticos, pelo menos para mim, é, sem dúvida, um conjunto de competências essencial para qualquer carreira que queria desenvolver. Mais importante, ainda, se você pensa em começar qualquer negócio novo.”.

(EDGAR CRESPO. Especialista em telecomunicações, fundador e CEO da BiPTT, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de BRUNO FALCI, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil, campeão dos impostos
        O Brasil está entre os países que possuem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Por isso, o país necessita, urgentemente, de uma reforma tributária, pois os impostos só aumentam, a cada dia. É extremamente necessário que seja feito um amplo debate que explicite e altere a profunda desigualdade do sistema atual, que afeta a produtividade das empresas e gera desigualdades sociais. Melhorar o sistema de impostos, deixando-o menos complexo e mais justo, é essencial para que o país consiga crescer e se desenvolver de forma sustentável.
         O peso dos impostos recai sobre os ombros de toda a população. O consumidor tem sua renda ainda mais corroída, como se não bastasse os exorbitantes tributos embutidos nos produtos. E os empresários, que já se vêm obrigados a diminuir sua margem de lucros, acabam reduzindo mais o seu faturamento. Com isso, muitos negócios e postos de emprego são fechados. O que não é bom para a economia do país e para mais ninguém.
         O empresário brasileiro conhece muito bem a realidade da carga tributária, um dos maiores entraves para o crescimento do Brasil. Os tributos cobrados aqui são muito similares ao de nações desenvolvidas, estando o país no 14º lugar do ranking mundial. A carga tributária do Brasil corresponde a cerca de 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Para os consumidores, ela corresponde, em média, a mais de 41% do rendimento bruto de cada cidadão. Por isso, mais uma vez o movimento lojista da capital se une para protestar contra a elevada carga tributária brasileira, com a realização da décima segunda edição do Dia da Liberdade de Impostos (DLI).
         A ação promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e pela CDL Jovem será realizada amanhã. O objetivo é conscientizar a população sobre a abusiva carga tributária do país. Durante o Dia da Liberdade de Impostos, diversos estabelecimentos da capital venderão produtos e serviços sem a incidência de impostos.
         Outra grande questão da carga tributária elevada é que não temos os retornos esperados. Se ao menos parte do valor dos impostos fosse revertido para a população, em forma de prestação de serviços públicos de qualidade, não haveria problema. Mas, infelizmente, esta não é a nossa realidade. O retorno para a sociedade é pífio, fazendo com que os brasileiros tenham que pagar por serviços particulares (ou seja, em dobro), como ensino privado, planos de saúde, pedágios, entre outros.
         De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), entre os30 países com a maior carga tributária, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol do bem estar da sociedade. Para se ter uma ideia, o Brasil tem uma carga maior do que a da Suíça, que é o país que melhor faz aplicação dos tributos arrecadados, em termos de melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos. O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores, fica atrás, inclusive, de países da América Latina, como Uruguai e Argentina.
         Vivemos em um país campeão na cobrança de impostos, mas que oferece serviços de baixíssima qualidade à população. Essa situação não pode mais ser aceita. Tornar o sistema tributário brasileiro mais justo, menos regressivo (onerando excessivamente o consumo) e mais neutro (interferindo menos nas relações comerciais) é fundamental.
         Mas toda essa ação só é válida se a população entender como é pesada e injusta a carga tributária brasileira. Temos que lutar para que o Brasil passe por uma reforma tributária que conceda um novo fôlego aos negócios, fomentando o desenvolvimento econômico nacional e, consequentemente, contribuindo com a geração de mais empregos e renda. Somente assim estaremos no caminho do desenvolvimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.