Mostrando postagens com marcador Coppe/UFRJ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Coppe/UFRJ. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO SUCESSO E ETERNO APRENDIZADO E OS DESAFIOS DO CAMINHO DA PROSPERIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“O segredo do sucesso e o eterno aprendiz
        A média de conhecimento humano dobra a cada 13 meses e, de acordo com a IBM, o volume de informações que temos disponível vai duplicar a cada 11 horas. O número parece assustador, mas é possível ser um destaque dentro desse cenário se o profissional entender que o significado de nunca parar de aprender estará mais em alta do que nunca e que este é justamente o caminho a ser seguido.
         Diante disso e dentro da ideia de aprendizagem constante – ou lifelong learning – encontram-se quatro pilares principais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Ou seja, esses princípios se norteiam, basicamente, em atividades autoreflexivas e de avaliação analítica. Outro ponto relevante é a busca voluntária e proativa por conhecimento, o que revela a necessidade de ser um indivíduo cada vez mais autodidata e menos passivo ao adquirir informação.
         Além disso, é essencial que entendamos a necessidade de ter aptidões mais humanas e não só técnicas e automáticas, que o ensino tradicional não tende a nos ensinar. Tais habilidades não só são demandadas pelo mercado de trabalho, como são cruciais para a vida. Até porque, as tarefas mais automáticas estão sendo, cada vez mais, realizadas por máquinas e robôs. É importante ressaltar que eles não vão tomar o nosso lugar, mas o lifelong learning vai ser fundamental para de fato não deixarmos isso acontecer.
         Ouvimos muito falar nas soft skills e são justamente elas que nos farão diferentes das máquinas. Segundo pesquisa global da Capgemini Digital Transformations Institute, de 2017, 60% das empresas estão com dificuldades para encontrar as soft skills em seus colaboradores. E esse é um cenário preocupante.
         Na mesma pesquisa, 1.250 executivos responderam quais são as maiores necessidades, no diz respeito às soft skills. Entre eles, 64% esperam por pessoas que tenham paixão pelo aprendizado, e 61% anseiam colaboradores com boas habilidades de conhecimento sobre a organização e seus desafios.
         Temos, então, a faca e o queijo na mao: sabemos que o aprendizado ao longo da vida é passo fundamental na busca pelo destaque no mercado de trabalho e também o que as empresas procuram. Ou seja, o segredo do sucesso é uma dedicação contínua e voluntária.
         Para ser um lifelong learner é indispensável entender a necessidade de uma mudança mental presente na sociedade em acreditar que os estudos acabam quando se termina um período acadêmico. Essa transformação trará uma capacidade de adaptação melhor para o mercado e vida, além de promover oportunidades até então despercebidas. E com tanta tecnologia, ferramentas e informação, aprender nunca foi tão acessível. Cursos on-line e gratuitos estão à disposição de qualquer um seja o assunto que for. A frase “conhecimento nunca é tarde demais” nunca fez tanto sentido quanto agora.”.

(BRUNO LEONARDO. Cofundador e CEO da Witseed, mestre em engenharia de produção, com foco em gestão e inovação, pela Coppe/UFRJ, e engenheiro de produção pela UFRJ, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de agosto de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LUCAS VIDIGAL, presidente do Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte (IFL-BH), e que merece igualmente integral transcrição:

“Caminho para a prosperidade
        ‘Brasil, um país do futuro’. Essa frase, que dá nome ao livro de Stefan Zweig, ecoa na mente de muitos brasileiros desde 1940, quando a obra foi publicada. De lá pra cá, foram vários ciclos alternando momentos de crescimento e crise. Recentemente, a descoberta do pré-sal e o aumento do preço das commodities levaram muitos a crer que o país, finalmente, decolaria. Porém, infelizmente, esse dia ainda não chegou.
         Agora, como explicar o porquê de um país tão rico em recursos naturais e biodiversidade não atingir o desenvolvimento econômico já alcançado por tantos? A resposta inclui temas como baixa produtividade, defasagem de formação bruta de capital fixo (investimentos) e abertura econômica. Mas esses são indicadores, ou melhor, consequências das disfunções da nossa economia. Não são as causas.
         As questões a que precisamos responder enquanto cidadãos para encontrar o caminho para a prosperidade são: por que nossa produtividade é baixa? Por que o nível de investimentos no país é insuficiente? E por que o mercado nacional é tão fechado?
         A explicação está no tamanho do Estado. A economia nada mais é do que a interação de indivíduos, empresas e governos, comprando e vendendo bens e serviços. E essas relações são baseadas nas preferências de cada um dos participantes. Esse é o caráter que fundamenta a compreensão de que é impossível para governos, por mais eficientes que sejam, controlarem uma economia com eficácia. Isso implicaria conhecer as preferências e problemas de milhões de indivíduos e a melhor forma para satisfazer esses anseios, como os recursos disponíveis.
         Na ânsia de controlar a economia, o Estado brasileiro impõe sobre a sociedade e o setor produtivo uma pesada carga tributária e elevados custos para a realização de investimentos. Ele determina o que o consumidor pode ou não comprar; como e de quem; quais cláusulas devem estar em contratos particulares; o preço de venda; e ainda fiscaliza e/ou gerencia empresas em setores “estratégicos”. Além de cuidar da saúde, educação e segurança. Não é de se espantar que haja dificuldade em fazer tudo isso com eficiência.
         Além disso, a maioria dos trabalhadores formais estão em pequenas e médias empresas. A renda de milhões de brasileiros depende, diretamente, desse segmento. Nesse cenário, parece evidente que a abertura de novos negócios, bem como seu crescimento, aumentaria os postos de empregos e a renda média do trabalhador. Ainda assim, o ambiente regulatório excessivamente rígido e os elevados custos tributários criam um ambiente hostil para o empreendedorismo, a inovação e o crescimento.
         No livro O caminho da servidão, o economista Friederich A. von Hayec, ganhador do Prêmio Nobel em 1974, propõe que as diferentes escolhas diante de uma sociedade podem aproximá-la de dois caminhos opostos: o da liberdade, no qual o poder do Estado e de seus governantes é mais limitado e os indivíduos têm mais liberdade para escolher; ou o da servidão, onde a maior parcela das decisões dos indivíduos é delegada ao Estado, que, por sua vez, detém mais poder para definir o que o cidadão pode ou não fazer. A obra descreve como o caminho de mais poder centralizado no Estado dificulta o desenvolvimento econômico e pode trazer terríveis consequências para a sociedade.
         Na mesma linha, Paulo Uebel, secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, acredita que o Estado democrático deve ser limitado e sem imposições ou atitudes que dificultam o contrato de trabalho, a geração de renda, o empreendedorismo e o livre mercado. Assim, o governo deve agir de maneira técnica, visando ao bem-estar e à liberdade, evitando burocracia e regulamentação em excesso, e combatendo privilégios.
         Quanto mais restrições impostas pelos governos, menor o poder de escolha dos cidadãos e, consequentemente, o desenvolvimento econômico e a prosperidade da sociedade. O erro fundamental é o controle social, a ideia de que governantes devem ter o poder de forçar indivíduos a ir para a esquerda ou para a direita. Essa visão está calcada na premissa de que os cidadãos são peças de uma engrenagem a serem manipuladas por aqueles no poder, visando aos seus objetivos.
         A sociedade é composta por pessoas, não peões, tampouco peças de uma engrenagem. Seus direitos devem ser respeitados. Por isso, o único caminho para a prosperidade é a liberdade. É sobre isso que tratamos no 10º Fórum Liberdade e Democracia, evento que o Instituto de Formação de Líderes (IFL-BH realizou ontem, em Belo Horizonte.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 300,09% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,23%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,22%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.