“Uma
escola para os nossos dias
Em meados dos anos 1960,
um adolescente tinha algumas opções de entretenimento. Naquele tempo não havia internet,
os games eletrônicos ainda estavam distantes da realidade e aquele aparelhinho
multimídia chamado celular era coisa de ficção científica. Ir ao cinema e jogar
bola ou jogos de tabuleiro eram, essas sim, opções de entretenimento.
Era uma
época em que desafiar o sistema, ousar ou sair do padrão eram atitudes que as
escolas não admitiam. Felizmente, hoje meio século depois, isso começa a mudar.
É que esse comportamento rebelde deu origem a uma revolução no mercado
empresarial, com a proliferação das startups e seus nerds de 16 anos dando olé
no sistema, causando a falência de muitos negócios tradicionais e deslocando
empresas de renome para o final da fila.
Esses
jovens aprendem uns com os outros, pesquisam fontes na internet e assistem a
vídeos instrucionais, com ares de quem vai até a cozinha buscar um petisco.
Interagem entre si por vídeo a partir dos seus dispositivos móveis, onde quer
que estejam. Compartilham imagens, postam textos e constroem novidades em
equipe, sem sair de casa. A aprendizagem colaborativa se faz nas redes e, para
fazer protótipos diferenciados, basta modelá-los em algum aplicativo maker e
tornar o sonho tangível a partir de uma impressora 3D.
Na
esteira dessa nova maneira de fazer as coisas, escolas se defrontam com a necessidade
de transformar e adaptar o seu ambiente educacional. Embora as instituições de
ensino superior reajam mais rapidamente a essa transformação, nas escolas de
educação básica o ambiente também oferece ótimas oportunidades de
diferenciação. A boa notícia é que algumas delas já entenderam essa realidade e
começaram a repensar o seu modelo de negócios e sua estrutura. Algumas até já
se propõem a adotar modelos de gestão derivados de startups. Outras organizam
centros de empreendedorismo para funcionarem como incubadoras de projetos,
oriundos de trabalhos dos alunos.
Em suma,
buscam construir novos espaços, adequar os seus currículos, buscar
profissionais mais alinhados com metodologias em que os alunos possam, de fato,
ser protagonistas do aprendizado, criando suas próprias trilhas do
conhecimento. Em que os professores atuem como guias, participando como
mentores e orientadores da construção compartilhada do conhecimento. Em que,
tanto como os seus alunos, possam aprender a cada novo processo.
Novas
estruturas, novos arranjos no modelo de negócios e uma visão moderna de gestão
são os ingredientes necessários para essa mudança. Oficinas, capacitações,
ferramentas tecnológicas e adoção de novos conceitos são o caminho para fazer
acontecer.
A
consequência é a expansão do espaço de aprendizagem, pois a utilização da
tecnologia permite transcender os limites da sala de aula, tornando o processo
de aquisição de novos saberes e o desenvolvimento de competências algo
prazeroso e sem fronteiras. Uma escola dos nossos dias.”.
(MARCELO
FREITAS. Mentor em inovação educacional, gestão estratégica e palestrante,
em artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 20 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página de autoria de CRIS
SANTOS, fundadora e diretora da BrainFit, master coach pela Sociedade
Latino-Americana de Coaching (SLAC), headhunter, especialista em DISC,
motivadores pela TTI Success Insights e assessment comportamental pela SLAC, e
que merece igualmente integral transcrição:
“O
propósito do trabalho
Você conhece ou já
trabalhou em uma empresa com muitos anos de vida e que mantém seu modelo de
gestão engessado? E com um colega que atua há muito tempo em um mesmo cargo e
não consegue se sobressair em uma nova função? E com aquele gestor que tanto
não entende que se as pessoas não produzem os resultados necessários é sua a responsabilidade
quanto não aceita e desacredita das informações que recebe após solicitá-las?
Pois é,
muitas dessas situações refletem o chamado “fenômeno ilha”, um dos
comportamentos mais comprometedores na área de gestão de pessoas e que
atrapalha o crescimento profissional. Ligado à estagnação, esse fenômeno é
favorecido tanto pela falta de incentivo das empresas, que muitas vezes não dão
oportunidades à sua equipe de acompanhar as inovações e agregar valores ao
negócio, quanto pela má qualificação do profissional e a limitação do seu
pensamento criativo, uma barreira que impede a originalidade ou até mesmo
constrói uma imagem distorcida do que é felicidade no trabalho.
Para que
os profissionais se mantenham competitivamente ativos, é importante combater essa
situação, cuja característica é o isolamento. Muitas vezes ela acontece pela
falta de incentivos das companhias às suas áreas de recursos humanos, já que
não enxergam a importância de tratar bem sua equipe para, como consequência, os
clientes externos serem bem tratados. E ter funcionários mal remunerados, por
exemplo, traz ainda mais reflexos: a má qualificação desse profissional que não
vê chance de crescer e a impossibilidade de a empresa fazer muitas exigências
em relação a ele.
As
pesquisas supervalorizam as pessoas que estão felizes no trabalho, mas nem
sempre é simples mensurar e afirmar isso com certeza. Você já parou para pensar
se está realizado com o que faz hoje profissionalmente? Para ajudar nessa
reflexão, se pergunte: tendo ou não alcançado as metas da minha função, estou
motivado e entusiasmado? Essa resposta exige pensar além dos objetivos
organizacionais e ter uma visão de mundo mais rica.
Se
pretende trilhar novos caminhos, independentemente se o seu cargo atual é mais
estratégico, gerencial ou operacional, minha dica é: desconstrua-se e destrua
pensamentos que impedem novas ideias. Que tal começar se questionando se a
empresa em que trabalha hoje tem a ver de fato com você? Em vez de continuar
desalinhado com o que acredita, é melhor ter lucidez o quanto antes e montar um
plano para mudar de ares.
O
propósito do trabalho tem a ver com aquilo que temos de melhor, que são nossas
competências naturais e tudo o que nos encanta fazer. E disso não podemos abrir
mão! No momento em que percebemos que a forma de trabalhar não faz mais
sentido, é preciso tomar as próprias decisões e lutar para conquistar o que se
gosta. É uma saída infinitamente melhor do que se forçar – ou se forçado – a
gostar do que faz e conquista apenas por costume.
Já dizia
Peter Drucker que “planos não passam de boas intenções, a menos que se
transformem imediatamente em trabalho duro”. Então, não podemos perder a
oportunidade de ser autênticos e independentes. Por isso que considero uma
cilada ficar sempre a serviço daquilo que você ainda não alcançou e pensar nas
metas como motivação e alcance de alta performance. Foque em você e trabalhe
por um significado, seja ele qual for, desde que importante para sua vida.
Vale a
pena refletir sobre o que realmente importa no seu trabalho, pensando tanto na
empresa em que você está quanto na função que exerce propriamente. Tendo isso
claro, evita-se submeter a verdades impostas e perder o poder de dizer o que
pensa e fazer o que gosta – independentemente do nome da companhia que consta
ou irá constar no seu crachá. O autoconhecimento é de extrema importância nesse
processo, até para evitar aquela antiga expressão do “trocar seis por meia
dúzia”. Lembre-se: “sair da caixa” é importante, mas de nada adianta sair de
uma para entrar em outra.
E para
conseguir o que deseja na vida, comece decidindo o que você quer. Depois disso,
analise onde está (estado atual), aonde quer chegar (estado desejado) e o que é
preciso fazer para chegar lá (recursos). Isso não quer dizer que
necessariamente você tenha que fazer as malas e partir rumo a outra empresa.
Talvez a mudança de departamento, de funções ou de postura já sejam suficientes
para você começar – ou voltar – a crescer e se tornar um profissional melhor.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda
estratosférica marca de 299,45% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos
322,74%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,94%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase
R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de
logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 758,672 bilhões), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2019)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.