Mostrando postagens com marcador Marcelo Freitas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Marcelo Freitas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA NOVA ESCOLA E A LUZ DO PROPÓSITO DO TRABALHO NA SUSTENTABILIDADE


“Uma escola para os nossos dias
        Em meados dos anos 1960, um adolescente tinha algumas opções de entretenimento. Naquele tempo não havia internet, os games eletrônicos ainda estavam distantes da realidade e aquele aparelhinho multimídia chamado celular era coisa de ficção científica. Ir ao cinema e jogar bola ou jogos de tabuleiro eram, essas sim, opções de entretenimento.
         Era uma época em que desafiar o sistema, ousar ou sair do padrão eram atitudes que as escolas não admitiam. Felizmente, hoje meio século depois, isso começa a mudar. É que esse comportamento rebelde deu origem a uma revolução no mercado empresarial, com a proliferação das startups e seus nerds de 16 anos dando olé no sistema, causando a falência de muitos negócios tradicionais e deslocando empresas de renome para o final da fila.
         Esses jovens aprendem uns com os outros, pesquisam fontes na internet e assistem a vídeos instrucionais, com ares de quem vai até a cozinha buscar um petisco. Interagem entre si por vídeo a partir dos seus dispositivos móveis, onde quer que estejam. Compartilham imagens, postam textos e constroem novidades em equipe, sem sair de casa. A aprendizagem colaborativa se faz nas redes e, para fazer protótipos diferenciados, basta modelá-los em algum aplicativo maker e tornar o sonho tangível a partir de uma impressora 3D.
         Na esteira dessa nova maneira de fazer as coisas, escolas se defrontam com a necessidade de transformar e adaptar o seu ambiente educacional. Embora as instituições de ensino superior reajam mais rapidamente a essa transformação, nas escolas de educação básica o ambiente também oferece ótimas oportunidades de diferenciação. A boa notícia é que algumas delas já entenderam essa realidade e começaram a repensar o seu modelo de negócios e sua estrutura. Algumas até já se propõem a adotar modelos de gestão derivados de startups. Outras organizam centros de empreendedorismo para funcionarem como incubadoras de projetos, oriundos de trabalhos dos alunos.
         Em suma, buscam construir novos espaços, adequar os seus currículos, buscar profissionais mais alinhados com metodologias em que os alunos possam, de fato, ser protagonistas do aprendizado, criando suas próprias trilhas do conhecimento. Em que os professores atuem como guias, participando como mentores e orientadores da construção compartilhada do conhecimento. Em que, tanto como os seus alunos, possam aprender a cada novo processo.
         Novas estruturas, novos arranjos no modelo de negócios e uma visão moderna de gestão são os ingredientes necessários para essa mudança. Oficinas, capacitações, ferramentas tecnológicas e adoção de novos conceitos são o caminho para fazer acontecer.
         A consequência é a expansão do espaço de aprendizagem, pois a utilização da tecnologia permite transcender os limites da sala de aula, tornando o processo de aquisição de novos saberes e o desenvolvimento de competências algo prazeroso e sem fronteiras. Uma escola dos nossos dias.”.

(MARCELO FREITAS. Mentor em inovação educacional, gestão estratégica e palestrante, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página de autoria de CRIS SANTOS, fundadora e diretora da BrainFit, master coach pela Sociedade Latino-Americana de Coaching (SLAC), headhunter, especialista em DISC, motivadores pela TTI Success Insights e assessment comportamental pela SLAC, e que merece igualmente integral transcrição:

“O propósito do trabalho
        Você conhece ou já trabalhou em uma empresa com muitos anos de vida e que mantém seu modelo de gestão engessado? E com um colega que atua há muito tempo em um mesmo cargo e não consegue se sobressair em uma nova função? E com aquele gestor que tanto não entende que se as pessoas não produzem os resultados necessários é sua a responsabilidade quanto não aceita e desacredita das informações que recebe após solicitá-las?
         Pois é, muitas dessas situações refletem o chamado “fenômeno ilha”, um dos comportamentos mais comprometedores na área de gestão de pessoas e que atrapalha o crescimento profissional. Ligado à estagnação, esse fenômeno é favorecido tanto pela falta de incentivo das empresas, que muitas vezes não dão oportunidades à sua equipe de acompanhar as inovações e agregar valores ao negócio, quanto pela má qualificação do profissional e a limitação do seu pensamento criativo, uma barreira que impede a originalidade ou até mesmo constrói uma imagem distorcida do que é felicidade no trabalho.
         Para que os profissionais se mantenham competitivamente ativos, é importante combater essa situação, cuja característica é o isolamento. Muitas vezes ela acontece pela falta de incentivos das companhias às suas áreas de recursos humanos, já que não enxergam a importância de tratar bem sua equipe para, como consequência, os clientes externos serem bem tratados. E ter funcionários mal remunerados, por exemplo, traz ainda mais reflexos: a má qualificação desse profissional que não vê chance de crescer e a impossibilidade de a empresa fazer muitas exigências em relação a ele.
         As pesquisas supervalorizam as pessoas que estão felizes no trabalho, mas nem sempre é simples mensurar e afirmar isso com certeza. Você já parou para pensar se está realizado com o que faz hoje profissionalmente? Para ajudar nessa reflexão, se pergunte: tendo ou não alcançado as metas da minha função, estou motivado e entusiasmado? Essa resposta exige pensar além dos objetivos organizacionais e ter uma visão de mundo mais rica.
         Se pretende trilhar novos caminhos, independentemente se o seu cargo atual é mais estratégico, gerencial ou operacional, minha dica é: desconstrua-se e destrua pensamentos que impedem novas ideias. Que tal começar se questionando se a empresa em que trabalha hoje tem a ver de fato com você? Em vez de continuar desalinhado com o que acredita, é melhor ter lucidez o quanto antes e montar um plano para mudar de ares.
         O propósito do trabalho tem a ver com aquilo que temos de melhor, que são nossas competências naturais e tudo o que nos encanta fazer. E disso não podemos abrir mão! No momento em que percebemos que a forma de trabalhar não faz mais sentido, é preciso tomar as próprias decisões e lutar para conquistar o que se gosta. É uma saída infinitamente melhor do que se forçar – ou se forçado – a gostar do que faz e conquista apenas por costume.
         Já dizia Peter Drucker que “planos não passam de boas intenções, a menos que se transformem imediatamente em trabalho duro”. Então, não podemos perder a oportunidade de ser autênticos e independentes. Por isso que considero uma cilada ficar sempre a serviço daquilo que você ainda não alcançou e pensar nas metas como motivação e alcance de alta performance. Foque em você e trabalhe por um significado, seja ele qual for, desde que importante para sua vida.
         Vale a pena refletir sobre o que realmente importa no seu trabalho, pensando tanto na empresa em que você está quanto na função que exerce propriamente. Tendo isso claro, evita-se submeter a verdades impostas e perder o poder de dizer o que pensa e fazer o que gosta – independentemente do nome da companhia que consta ou irá constar no seu crachá. O autoconhecimento é de extrema importância nesse processo, até para evitar aquela antiga expressão do “trocar seis por meia dúzia”. Lembre-se: “sair da caixa” é importante, mas de nada adianta sair de uma para entrar em outra.
         E para conseguir o que deseja na vida, comece decidindo o que você quer. Depois disso, analise onde está (estado atual), aonde quer chegar (estado desejado) e o que é preciso fazer para chegar lá (recursos). Isso não quer dizer que necessariamente você tenha que fazer as malas e partir rumo a outra empresa. Talvez a mudança de departamento, de funções ou de postura já sejam suficientes para você começar – ou voltar – a crescer e se tornar um profissional melhor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 299,45% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,74%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,94%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  

        


segunda-feira, 12 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA ESCOLA 4.0 E O PODER DO DIÁLOGO NA SUSTENTABILIDADE


“Educação 4.0 e as demandas da nova escola
        A introdução das tecnologias digitais nas escolas, embora muito explorada do ponto de vista dos recursos pedagógicos, não se resume a isso. Com tantas ferramentas à disposição para aprender e compartilhar, as novas gerações estão exigindo das instituições educacionais uma veloz  revolução nas metodologias de ensino e na gestão das escolas. Trata-se promover avanços que vão muito além de espalhar computadores e tablets, lousas eletrônicas e realidade virtual pelas salas de aula. Para que o uso da tecnologia seja efetivo, a escola precisa, antes de tudo, de rever e otimizar processos, qualificar profissionais e, principalmente, investir em novos modelos de negócios e de gestão.
         A interconectividade propiciada pelas novas tecnologias fez emergir um novo jeito de relacionar e aprender, baseado principalmente na troca de experiências e conhecimento entre as pessoas e organizações.
         A tecnologia e o seu uso eficiente pressupõe um espaço dinâmico e interativo, que favoreçam trabalho em equipe e troca de experiências entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem, tanto no ambiente físico quanto no virtual. A ideia é trocar experiências nas salas de aula e aprender a partir de qualquer lugar. A investigação, a colaboração e o relacionamento estão presentes como motores da aprendizagem e a escola, como a conhecemos, não responde mais a essas premissas.
         Nesse perspectiva, pressupostos como a divisão dos alunos por idade e ambientes limitados por paredes fixas perdem cada vez mais o sentido. A nova escola deve oferecer espaços multiuso e flexíveis, onde alunos de séries diferentes aprendam uns com os outros, com a ajuda simultânea de mais de um professor, cujo papel de provedor do conhecimento cede espaço para o de orientador de aprendizagem.
         Esse novo perfil docente, aliás, implica a necessária aquisição de novas competências, como a habilidade em gestão de projetos, comunicação, trato com as mídias sociais e as tecnologias em geral. Demanda, também, mais trabalho em equipe com seus pares, alunos, famílias e outros agentes da comunidade em geral. O manejo da turma e a capacidade de inspirar serão habilidades tão ou mais importantes que o conhecimento específico da disciplina.
         Trata-se de um ambiente educacional onde o professor não somente ensina, mas, principalmente, aprende. Nas palavras de Paulo Freire: “Ninguém ignora tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.
         Tal situação demanda, portanto, a introdução de novos conceitos de gestão! Os arcaicos modelos que regem, hoje, a relação de trabalho entre a escola e seus profissionais, por exemplo, são verdadeiras camisas de forças. A gestão de pessoas nas escolas precisas urgentemente ser atualizada para esse novo contexto.
         Mas as mudanças devem ir muito além delas. E é explorando essa oportunidade que as startups vêm contribuindo cada vez mais. Elas estão combinando os pontos fortes da tecnologia com o valor único de seres humanos, para promover ganhos de produtividade, melhoria nas tomadas de decisão e automação de processos.
         A explosão da tecnologia promoveu uma verdadeira desordem no sistema de educação tradicional. A era do tamanho único, do perfil-padrão, do modelo genérico e dos processos rígidos em que se baseou a escola do século passado não encontra mais espaço. Ela, a exemplo de outras organizações, está sendo impactada por algo novo que o avanço da tecnologia tornou possível, chamado “personalização”. É isso!”.

(MARCELO FREITAS. Mentor em inovação educacional, gestão estratégica e palestrante, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Diálogos e limites
        Chama atenção a forma cada vez mais extremada com que as pessoas julgam as instituições e pessoas. Eis um fenômeno que merece redobrado cuidado de todos. Também as instituições devem contribuir para dissipar  algo que já está ocorrendo, em nível preocupante: radicalismos e fundamentalismos ao tratar quem é diferente. A incapacidade para se relacionar com quem tem perspectivas divergentes faz com que grupos se tornem guetos, alimenta segregações, cria campo fértil para intolerâncias. A origem desse problema encontra-se naqueles que se julgam no direito de partilhar inverdades.
         Expressar juízos, obviamente, é parte integrante do exercício da cidadania, indispensável na compreensão de processos que contribuam para a vida social. Por isso mesmo, a diversidade de pontos de vista é uma riqueza e precisa ser bem compreendida nas mais diferentes instituições e segmentos da sociedade – do partido político à empresa, da instituição educacional à religiosa. Enfim, a emissão de juízos é um direito e um dever de todos. Sem esse direito e dever não haveria a vitalidade indispensável aos campos da religião, ciência, educação, cultura e tantos outros. Daí a rejeição a todo tipo de configuração política que impeça a livre expressão, a participação e o debate.
         O mundo contemporâneo oferece facilidades para a formulação de juízos, com uma infinidade de caminhos para a partilha de todo tipo de informação e de opiniões. O desafio é que, diante desse contexto, seja possível alcançar uma configuração sociocultural, religiosa e moral sem distanciamento da verdade, do bem e do compromisso com a justiça. É assustador ver grupos vociferando, de forma desrespeitosa, em manifestações que mais parecem histeria generalizada, sem o mínimo de serenidade. Quem age com serenidade, verdadeiramente em busca do bem comum, tem capacidade para dialogar. Não se dedica a acusações sem comprovação, ou ao uso da força para impor as próprias convicções.
         Lamentavelmente, posturas nada ponderadas que revelam falta de lucidez têm contaminado ambientes diversos, desde a política partidária ao próprio contexto da Igreja Católica, a exemplo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A instituição, que merece todo respeito por tuto que vem fazendo para a Igreja e a sociedade, é submetida ao “banco dos réus” por pessoas que merecem ter seus argumentos confrontados. As redes sociais parecem ter sido alçadas ao status de tribunal. Na internet, muitas vezes são publicadas opiniões de modo intempestivo, sem qualquer embasamento, promovendo a condenação de pessoas e instituições.
         Em vez de promover aproximações e diálogos, muitas pessoas, nas redes sociais, contribuem para ampliar o distanciamento, se aprisionando em suas certezas, sem qualquer espaço para a construção de entendimentos e consensos. Fica assim, mais difícil fazer escolhas acertadas e amadurecer opiniões, alicerçadas na verdade e na justiça. E esse fenômeno de execrações e agressões, “ponta do iceberg” das intolerâncias, leva a sociedade ao caos. Alimenta a crescente violência, promove guerras, fomenta o ódio, a busca por “fazer justiça com as próprias mãos”. A postura de cada pessoa não pode assemelhar-se à do califa, que, conforme a narrativa, achou oportuno queimar todos os livros da inigualável biblioteca de Alexandria por considerar que uma única obra continha toda a verdade e, portanto, as outras eram dispensáveis.
         A falta de capacidade para colocar no lugar do outro, de considerar diferentes perspectivas, faz nascer o fundamentalista, o radical, aquele que não permite a inovação nos funcionamentos e procedimentos. Quem se aprisiona nas próprias convicções não está aberto a evoluir, condenando também à inércia as ambiências onde está inserido. Essa limitação inviabiliza o diálogo e, consequentemente, contribui para camuflar a mediocridade de certas pessoas que deveriam exercer a liderança, mas que acovardam diante da exigência do saudável debate. Gente que se contenta em apenas defender a “própria pele”, alimentando o carreirismo e os interesses que estão muito aquém das dinâmicas novas que precisam ser intuídas diante das necessidades atuais.
         O remédio para superar as distâncias é investir no diálogo, não simplesmente como conversa demagógica ou caminho para debates conceituais, mesmo que consistentes. O diálogo a ser buscado é o que envolve pessoas capazes de articular a dimensão conceitual com a capacidade afetiva-ética-moral-espiritual, indispensável para se posicionar de maneira corajosa e inventiva. Sem esses diálogos não se operam mudanças e as limitações prevalecem. Esses limites, se não forem vencidos, contribuirão para o crescimento das intolerâncias e o envelhecimento das instituições, em todos os níveis, pagam alto preço, fazendo multiplicar passivos que distanciam a sociedade da verdade e do respeito à dignidade humana. Todos reconheçam a necessidade de se investir em diálogos – chave para superar limites.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.