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segunda-feira, 20 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS HABILIDADES GERENCIAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A URGÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Habilidade de negociação como vantagem competitiva
        Criar o próprio negócio e conduzi-lo ao sucesso não é nada fácil. Além de criatividade, expertise na área e habilidades gerenciais, o empreendedor precisa conhecer técnicas de comunicação e relacionamento com terceiros. Afinal, sozinho não se chega a lugar nenhum. E, quando se trata de interações interpessoais, é muito comum nos depararmos com interesses divergentes. E a forma como lidamos com eles é decisiva tanto para o futuro do negócio quanto para nosso próprio desenvolvimento pessoal.
         A necessidade de negociar se faz presente em diversas esferas da vida. Tanto em simples barganhas no supermercado quanto em transações comerciais complexas temos que nos preocupar em nos conciliar nossos objetivos com os dos interlocutores. Buscando equilibrar os momentos de concessão com aqueles de prevalência dos nossos próprios interesses.
         As grandes fusões empresariais, por exemplo, são frutos de longos processos de negociação. Um exercício interessante para refletir sobre o processo de busca por um consenso que atenda aos interesses de duas partes distintas é pensar sobre momento como, por exemplo, o da primeira reunião entre representantes de Fiat Chrysler e Peugeot para discutir seus respectivos termos para a realização da fusão que movimentou cerca de US$ 50 bilhões em 2019.
         A importância da negociação no mundo corporativo é ainda mais evidente em transações complexas, mas vai muito além dos empreendedores. Todos os líderes, gestores e profissionais eventualmente se deparam com situações de conflitos de interesse em que suas habilidades são postas à prova. Por isso, é fundamental que, além de serem constantemente aprimoradas, as habilidades de negociação sejam levadas em consideração na hora de construir as equipes de trabalho.
         Mas como se tornar um bom negociador de fato? A verdade é que se trata de um fenômeno complexo, sendo inclusive objeto de estudo em instituições acadêmicas. Atualmente existem diversos cursos de capacitação para quem deseja se aprofundar e se especializar na área. Trata-se de uma habilidade que pode ser aprimorada por meio de práticas simples, aplicáveis no dia a dia.
         Saber ouvir o interlocutor, entender seu contexto e suas necessidades para avaliar como sua proposta se encaixa é a regra número 1. Também é preciso ser transparente e objetivo, para conquistar a confiança e garantir a realização de novas negociações no futuro. Além disso, estar disposto a fazer concessões é essencial. Afinal, o ideal é que o acordo traga benefícios a ambas as partes.
         Trata-se de uma habilidade que merece ser valorizada. Ter capacidade de negociar com interlocutores diversos pode abrir inúmeras portas, desde que seja sempre aplicado o princípio de manter a cortesia e o respeito entre as partes envolvidas.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 17 de julho de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Lei, hábitos, inovação
        Há consenso que a pandemia da Covid-19 aponta para a necessidade de mudanças. Os esgotamentos de modelos econômicos, político-culturais e até religiosos ameaçam a Casa Comum, sacrificam, de modo criminoso, o meio ambiente. Com a pandemia, percebe-se, com mais clareza, a velocidade impressionante com que esses sacrifícios impactam, frontalmente, todas as pessoas, em cada lugar do planeta. Novas respostas aos muitos desafios contemporâneos são urgentes e, hoje, o que se tem, é a expectativa definida por uma expressão recentemente formulada: a chegada de um “novo normal”. E a recorrência dessa expressão, em muitos discursos, consolida, cada vez mais, um importante entendimento: não haverá retorno ao que se chamava de “normalidade”.
         Para se viver o “novo normal”, muitas lições devem ser aprendidas – não apenas cultivar convicções morais em uma perspectiva conceitual, mas traduzi-la com a adoção de um novo estilo de vida. Sem essa mudança, o mundo continuará a pagar alto preço, agravadas pela fragilidade que toma conta das instâncias governamentais. Nessas instâncias, faltam gestores comprometidos com um sólido humanismo e capazes de aproveitar, mesmo que minimamente, os avanços científicos e tecnológicos da contemporaneidade para promover novos passos civilizatórios. Diversos setores – a exemplo dos contextos acadêmicos, científicos e religiosos – estão desafiados a alcançar nova epistemologia capaz de qualificar a cidadania, possibilitando adequado discernimento ético-moral sobre práticas e sistemas políticos.
         Na ausência de adequadas mudanças, permanecem os colapsos agravados nos últimos meses com a pandemia, não somente nos sistemas de saúde, por falta de solidez, mas também na dimensão normativa que rege a sociedade. Há orientações conflituosas, pouco eficazes, vindas de diferentes esferas do poder público. Uma situação que constitui verdadeiro “bate cabeça” entre autoridades: falta diálogo entre instâncias de decisão, o que, consequentemente, inviabiliza a abertura de novos ciclos capazes de superar a atual situação de caos. O momento torna-se ainda mais grave porque valores inegociáveis da democracia, indispensáveis para promover o bem comum, sofrem atentados. Uma realidade triste, que pede o fortalecimento do coro dos lúcidos, capaz de impedir escolhas obscurantistas, antes que seja tarde. O sistema legal precisa avançar neste momento para socorrer a democracia e todos os valores e princípios que não podem desaparecer. Imprescindível também é configurar o tecido cultural e os hábitos, de modo a superar cenários de exclusão social e desigualdades.
         Infelizmente, há uma lentidão nos necessários processos de mudanças civilizatórias especialmente urgentes no atual momento. Contribui para essa inércia a insistência perversa que vem de segmentos sociais que não enxergam nada para além da lógica do dinheiro. Esses grupos estão na contramão de um novo humanismo, esperança para superar os desafios estabelecidos pela pandemia e por outros males. A desafiadora tarefa educativa para se cultivar novos hábitos precisa, pois, contar com o serviço e a participação de instituições sérias e credíveis, a serem sempre fortalecidas.
         Mudar mentalidades e promover a adoção de hábitos a partir de uma grande mudança cultural não é tarefa fácil. Exige cultivar convicções renovadas que levem à lucidez. A força educativa precisa gerar inspiração para transformar desde situações simples a realidades mais complexas, com incidência na infraestrutura da sociedade. É preciso conquistar o que é essencial para se viver adequadamente e descartar aquilo que ameaça a vida.
         As inovações em campos tecnológicos de alta complexidade precisam inspirar um fenômeno similar em situações cotidianas até aqui tratadas com displicência, sem clareza sobre seus impactos no dia a dia. Trata-se de um desafio para a civilização contemporânea, exigindo adequada resposta de cada contexto social. Todos unidos em um mutirão para alcançar, ao mesmo tempo, urgentes correções políticas e uma Lei pedagógica, capaz de promover novos hábitos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




    
  

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA E DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4.0 E AS POTENCIALIDADES E EXIGENTES CUIDADOS COM A AMAZÔNIA NA SUSTENTABILIDADE (35/135)


(Setembro = mês 35; faltam 135 meses para a Primavera Brasileira)

“Indústria 4.0: o futuro é agora
        Vivemos numa época na qual praticamente tudo é digital e automatizado. Um relógio, por exemplo, registra por onde a pessoa caminhou, a quantidade de passos que ela deu e as calorias que perdeu. Tudo isso e muito mais é memorizado no app. Assim é a vida com smartphones, smartwatches e outros objetos e recursos inteligentes. E toda essa tecnologia também está no mundo dos negócios.
         Iniciada em 2011, na Alemanha, a Indústria 4.0, ou quarta revolução industrial, foca a otimização das fábricas por meio da automação e envolve conceitos como: internet das coisas, big data, computação em nuvens, resultando na fusão dos mundos físico, digital e biológico.
         Com tudo isso, as mudanças são inevitáveis, tanto para pessoas quanto para empresas, e já estão ocorrendo. No caso das indústrias, por exemplo, o investimento em robôs permite que a produção seja mais rápida, eficiente e, de certa forma, mais econômica. De modo autônomo, e por meio de inteligência artificial, complementada pela internet das coisas, as próprias máquinas poderá – e algumas já fazem isso – tomar decisões de produção, trocar e compartilhar informações entre si, otimizando e, até mesmo, evitando custos com desperdício, tempo e energia.
         O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços tem, inclusive, uma agenda que visa contribuir para a transformação das empresas brasileiras rumo ao universo 4.0. Segundo estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), quando as indústrias nacionais estiverem totalmente integradas à quarta revolução, a economia anual estimada será de aproximadamente R$ 73 bilhões ao ano.
         Uma indústria que já está adaptada ao modelo 4.0, por exemplo, é a Fiat Chrysler Automobiles, que fica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista ao sita da ADDI, o supervisor de uma das linhas de montagem, Nathan Rodrigues, diz que cada peça fabricada é registrada em nuvem, e, se houver algum problema na ponta, o sistema é capaz de rastrear, identificar e recuperar cada detalhe da produção. Além disso, a montadora já está fazendo testes com a aplicação da realidade aumentada, reconhecimento facial, impressão 3D e outros estudos.
         Na Volkswagen Brasil também, os projetos, desde o início, são criados num modelo digital e simulados em 3D, o que otimiza o tempo de produção e acelera o processo fabril, além de abrir portas para novos postos de trabalho. A montadora, inclusive, tem investido na capacitação de seus empregados para que saibam atuar com as novidades e tecnologias dessa nova era.
         Para continuar expandindo e caminhando para o universo 4.0, pessoas e empresas precisam se adaptar e aprender a usufruir e utilizar as tecnologias que surgem a todo instante.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de agosto de 2019, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de agosto de 2019, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Internacionalizar o custo da Amazônia
        São oportunos e bem-vindos os protestos que tomam conta da Europa contra a destruição da floresta amazônica. Não é de hoje a urgência de uma discussão envolvendo a participação do mundo inteiro.
         Afundando-se no drama da região, aparecerão a hipocrisia, a desinformação e o sórdido interesse que reduz o inestimável patrimônio amazônico, não apenas do continente sul-americano. A região, composta por territórios de nove países, conserva a maior riqueza de biodiversidade e de água potável do planeta, fatores basilares do equilíbrio climático da Terra.
         Por várias razões, que são fáceis de se imaginar, a região foi poupada pelos invasores até o meio do século passado. Distante, impenetrável, misteriosa, selvagem, desafiadora, a Amazônia era muito bem cuidada pelos seus santos protetores e povoada por 1 milhão de nativos. Não havia motosserras, garimpos irresponsáveis, pesca intensiva, narcotraficantes, rebanhos de 200 milhões de cabeças de gado. Era um santuário natural, pincelado pelos deuses da natureza e protegido da invasão de estranhos por suas malárias, venenos e mistérios.
         O aumento da população brasileira e, mais ainda, da população mundial triplicou desde 1960 os estômagos humanos a serem saciados cotidianamente. Hoje, quase 7,6 bilhões de indivíduos.
         A maior parte das terras com potencial agricultável, ainda não exploradas no planeta, se concentra no Brasil. O território brasileiro, segundo a Nasa, preserva ainda uma vegetação nativa em 66% de seu território e cultiva apenas 7,6% das terras. A Dinamarca cultiva 76,8%, dez vezes mais que o Brasil; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido, 63,9%; a Alemanha, 56,9%.
         De acordo com os levantamentos, a área da Terra ocupada por lavouras é de 1,87 bilhão de hectares. A população mundial atingiu 7,6 bilhões em outubro passado, resultando que cada hectare, em média, alimentaria quatro pessoas, apesar de a produtividade por hectare variar muito, assim como o tipo e a qualidade dos cultivos.
         Os europeus, que hoje criticam, desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem apenas 0,1%. A soma da área cultivada da França (31.795.512 hectares) com a da Espanha (31.786.945 hectares) equivale à área cultivada no Brasil (63.994.709 hectares), segundo Evaristo Miranda, especialista da Embrapa.
         A Amazônia sofre veementemente a pressão da demanda mundial por carnes, levadas ao mercado mundial pelas tradings multinacionais que financiam os produtores na expansão de suas atividades. O abate de gado bovino cresceu de 2,1 milhões de toneladas, no final da década de 70, para 10 milhões em 2018, com exportação de 1,64 milhão. Isso leva a uma média de consumo de carne bovina de 40 kg por habitante, e de outras carnes, de mais 50kg por ano.
         A criação de pastos nas últimas décadas custou o desmatamento de 550 mil quilômetros quadrados, ou uma Minas Gerais inteira. Nessa progressão, a Amazônia brasileira será provavelmente reduzida à metade até 2100.
         Os fatores que mais pressionam o desmatamento residem no consumo de proteína animal, que é substituível por natural. “A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área fosse usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentar esses animais, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o bom é o pior de todos”.
         Vem do biólogo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, um alerta. Adepto da campanha por “menos carne e mais florestas”, ele afirma: “Só será possível alimentar a população mundial no fim do século, estimada em 10 bilhões de pessoas, se todos forem vegetarianos”.
         Quando eu era deputado, na década de 90, defendi “no deserto” que o Brasil deveria propor uma remuneração, proveniente de aporte internacional, pela manutenção da floresta amazônica: se transformaria em um ativo financeiro, mais inteligente que uma criptomoeda, que remuneraria os proprietários e os Estados que a conservassem intocada.
         Sugeri na época que, sobre a extração de combustíveis fósseis, fosse gerada uma contribuição internacional para abastecer um fundo que premiaria a conservação da biodiversidade em todo o planeta.
         Apenas impedir que se desmate a Amazônia é pouco. Ao mesmo tempo, é preciso desestimular a ocupação predatória, que vem sendo impulsionada pela compra de carnes, de países da Europa e da Ásia.
         Uma oportuna ação diplomática e um plano consistente poderiam promover o atual governo como o primeiro, em cinco séculos de história, que, sem internacionalizar a Amazônia, internacionalizaria o custo de sua preservação.
         Arregimentaria assim aqueles que justamente protestam na frente das embaixadas do Brasil, para cobrar dos seus respectivos governos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 300,29% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 318,65%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,22%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.