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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E AS ALEGRIAS E GRAVES DESAFIOS DOS MARES E OCEANOS NA SUSTENTABILIDADE


“A economia frente as questões ambientais
        Dois americanos foram os vencedores do Prêmio Nobel de Economia este ano. Ambos escolhidos por seus estudos estarem relacionados com interações entre o progresso tecnológico, o meio ambiente e a economia. Não são teses explicitadas recentemente. Ao contrário, os estudos de William D. Nordhaus e Paul M. Romer representam muitos de trabalho para enfatizar as consequências das mudanças climáticas globais e a importância da inovação tecnológica, com nossas expectativas para as atividades econômicas e para o bem-estar da sociedade, no longo prazo.
         A escolha aponta para a necessidade premente de maior evidencia ao que, embora possa parecer óbvio, não representa um efetivo norteador da economia. Ou seja, tanto as variáveis ambientais como a inovação tecnológica não são fatores apontados pelo mercado como estrategicamente relevantes, numa dimensão suficiente e necessária. Mesmo com evidências cada vez mais acentuadas que demonstram as consequências da degradação ambiental e das mudanças climáticas nos negócios, ao longo de nossa existência.
         A busca pela harmonização entre a exploração da natureza – na forma de incontáveis atividades econômicas – e a manutenção das condições de longevidade dos negócios, de qualidade de vida e da proteção do meio ambiente representa um assunto amplamente exposto nas últimas décadas. No entanto, com uma notória qualificação de estar mais voltado ao discurso do que para a prática. Efetivamente, há de se reconhecer a falta clamorosa de controle, dos governos e da sociedade em geral, para inibir práticas econômicas inadequadas. E que atingem, muito negativamente, o interesse público, em função de suas consequências ambientais.
         Esse cenário aponta para outras características bem conhecidas do comportamento humano, em que as decisões são, em boa parte, mais determinantes do que o bom senso e o conhecimento de maneira geral. De fato, não há uma relação direta entre as muitas ameaças globais que podem determinar uma situação de crise econômica, social e ambiental sem precedentes para a humanidade na maioria das vertentes da economia, passada e presente. Torna-se evidente que enfatiza a importância de alguns dos poucos economistas que conseguem enxergar algo em meio à neblina do que denominamos “economia de mercado” justifique uma premiação tão significativa.
         O Nobel de Economia deste ano, ao aproximar temas como inovação tecnológica e proteção do meio ambiente, certamente não faz isso por acaso. Cabe observar que nenhuma dessas duas importantes demandas pode representar, isoladamente, uma solução plausível para os gigantescos desafios civilizatórios da atualidade. Mas a conciliação entre os progressos tecnológicos direcionados a diminuir os impactos sobre o meio ambiente e a efetiva ação de proteção da natureza, na forma de infraestrutura verde, podem garantir, de maneira efetiva e consistente, uma fórmula minimamente adequada para que a economia não continue proporcionando tantos desequilíbrios e riscos para a nossa sociedade.
         Essas tentativas de sinalização não são de hoje. E, infelizmente, não vêm apontando para uma evolução suficiente para reverter prognósticos pouco alentadores. Dependemos da nossa própria capacidade de tomar decisões mais condizentes com a realidade e com o bem comum. Precisamos de agendas menos favoráveis ao continuísmo, proporcionado por alinhamentos políticos de grupos econômicos que, sistematicamente, comprometem o nosso futuro comum.”.

(CLÓVIS BORGES. Diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de outubro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de JANAÍNA BUMBEER, analista de projetos ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, e RONALDO CHRISTOFOLETTI, professor da Unifesp, integrante do grupo de 30 cientistas voluntários brasileiros convocados pela ONU para traçar pareceres sobre o que já foi feito para os oceanos, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mar de alegrias e grandes desafios
        A costa brasileira é formada por quase nove mil quilômetros de beleza. São praias, dunas, falésias, restingas, manguezais e baías que reúnem uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Um país verdadeiramente bonito por natureza, como diz Jorge Bem. Essa riqueza natural se mistura com a cultura praiana presente nas canoas de pesca, no artesanato, na culinária. O mesmo cenário em que depositamos nossas esperanças ao entardecer, tornando impossível contar a nossa história sem que os olhos sejam voltados para o Oceano Atlântico.
         Dizer que a gente fica melhor quando está em frente ao mar, parafraseando Nando Reis, não é apenas uma licença poética da canção. Um número crescente de pesquisas mostra o que o conhecimento popular já sabia: que estar próximo do mar faz bem à saúde, previne doenças e promove o bem-estar. Isso pode explicar o que leva mais de dois terços da população mundial viverem no litoral ou em áreas próximas à costa.
         Nossos mares e oceanos são tão importantes que influenciam a vida de todos nós – de Norte a Sul, de Leste a Oeste –, e não só dos brasileiros que vivem na zona costeira. Os oceanos são a base de sobrevivência de toda a humanidade, pois garantem a produção de oxigênio, recursos pesqueiros, regulam o clima até das regiões interioranas. Além de representarem local de esporte, lazer e turismo, abrigam os portos que conectam regiões e continentes, nos quais transita a maior parte do comércio e da economia mundiais. Dados recentes indicam que 19% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil advém dos nossos mares e oceanos, ficando atrás apenas da agricultura (21%).
         São tantos os benefícios e serviços ecossistêmicos, que até a ONU declarou o período de 2021 a 2031 como a década dos oceanos.
         Nesse mar de alegrias e riquezas, algumas tristezas chamam nossa atenção. Apesar da imensa importância econômica, ecológica, social e cultural, os mares não têm recebido os cuidados e investimentos que deveriam e estão ficando doentes. Novamente, não é apenas uma licença poética. Os peixes e outros recursos pesqueiros estão entrando em colapso. Algumas de nossas praias, antes paradisíacas, estão se tornando um cenário de sujeira e descarga de esgoto. As mudanças climáticas são reais, basta sentir as ondas de calor ou frio extremos, as chuvas intensas e inundações, o aumento do nível do mar e as ressacas cada vez mais frequentes que afetam quase 60% das cidades costeiras no Brasil.
         Esse é o cenário do Antropoceno: a nova era geológica em que entramos, na qual atividades humanas começaram a ter um impacto global significativo no clima do planeta e no funcionamento dos seus ecossistemas. Temos um ambiente tão rico e tão lindo, mas temos uma capacidade inigualável de alterar o meio em que vivemos, a ponto de colocar em risco a nossa própria existência e das gerações futuras.
         Neste balanço de alegrias, riquezas, tristezas e preocupações, nosso poder transformador pode, também, ser a solução. Somos criativos e devemos usar nossa criatividade, nossa alegria e nossa força para mudar o cenário atual, com soluções inovadoras, novas tecnologias e, principalmente, mudanças de comportamento.
         Das pequenas ações, como consumir só o que precisamos, descartar o lixo corretamente, respeitar o meio ambiente e desmatar menos, às grandes mudanças, como a cobrança dos poderes Executivo e Legislativo para garantir a segurança do nosso meio ambiente. Assim, não importa se hoje estamos passando a tarde em Itapoã, numa barca para a Ilha do Mel ou surfando as ondas do céu de Brasília, todos nós somos responsáveis pelos mares. Deles dependemos para viver e para eles podemos deixar o nosso melhor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.