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segunda-feira, 22 de julho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO EMPRESARIAL E OS GRAVES DESAFIOS DA PAZ COM DESENVOLVIMENTO NA SUSTENTABILIDADE


“A nossa empresa já é madura?
        Pouco se fala sobre e evolução das empresas fora dos centros acadêmicos. Raras vezes, os donos de negócios refletem sobre o estágio evolutivo em que se encontram as suas próprias organizações.
         Existem muitas teorias a respeito, mas, em geral, os teóricos dividem a evolução das empresas em três fases, ou seja: a primeira, que é a do pioneirismo; a segunda fase, que é da racionalização; e uma terceira, que é a do amadurecimento.
         Mas o que significa ser uma empresa madura? Quero iniciar pela fase do pioneirismo. Os processos administrativos ainda não estão introduzidos, impera a gestão informal, cada um faz um pouco de tudo e a estrutura organizacional ainda carece de uma boa definição. Aos poucos, a empresa vai crescendo e se desenvolvendo. Para estruturar esse crescimento, ela é obrigada a se organizar. Consultorias são chamadas para implantar sistemas de informações adequados, sistemas de custos, estrutura organizacional mais formal e, nesse estágio, a empresa pode crescer muito e se tornar grande. Em geral, a gestão é muito centralizada e depende muito de seus sócios majoritários. Na falta repentina deles, muitas empresas são levadas a fechar suas portas, pois a fase seguinte nem sequer foi pensada.
         A terceira fase, a do amadurecimento, deve levar em consideração diversos aspectos em nível de governança corporativa. Uma empresa madura é aquela que, entre outros pontos, já tem a sua governança bem desenvolvida e implantada. Não se chega a uma fase madura de uma hora para outra. Ao contrário. É um processo que leva bastante tempo para amadurecer. Por exemplo, a formação de conselhos. Numa empresa familiar, provavelmente é preciso pensar na formação de um conselho familiar e na profissionalização da família empresária.
         Uma segunda etapa desse processo seria a formação de um conselho consultivo com a participação de conselheiros externos ou independentes. Em paralelo, seria importante pensar no relacionamento entre a família, empresa e a propriedade. Para isso, existem os protocolos familiares. Esses irão estabelecer uma série de regras a partir de compromissos morais formados entre os sócios da empresa em relação a assuntos como a entrada de herdeiros na gestão dos negócios, distribuição de lucros entre os familiares: remuneração de familiares, venda de participação societária em âmbito da família e assim por diante. Protocolos bem montados são um excelente alicerce para a longevidade e perpetuação dos negócios familiares, pois evitam a eclosão de conflitos por divergências de opiniões. Nesse caso, os assuntos já estão discutidos e definidos.
         Ainda cabe destacar a importância do compliance ou a conformidade. A conduta moral e ética deve permear as nossas organizações, mais do que nunca. Não importa o tamanho de negócio. Todos deveriam se preocupar com esta questão. Para tanto, toda a equipe de funcionários deveria estar ciente e consciente de como a empresa na qual trabalham lida com os problemas morais e éticos.
         Por fim, a questão da sustentabilidade, ou seja, a proteção social e ambiental também deveria fazer parte das preocupações e ações de uma empresa madura. A responsabilidade e a contribuição social das organizações se torna cada vez mais necessária nos dias atuais.”.

(THOMAS LANZ. Fundador da Thomas Lanz Consultores Associados, empresa especializada em governança corporativa, gestão de empresas médias e grandes no Brasil, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de julho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de JOSÉ PIO MARTINS, economista e reitor da Universidade Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os três problemas
          principais
        No Brasil, não é difícil chegar aos três problemas principais – a pobreza, o desemprego e a violência – e pensar nas soluções possíveis, até porque o país é previsível e contumaz nos seus erros.
         Planejamento pode ser entendido como um processo intelectual composto de seis passos: 1) identifique um problema e seus aspectos; 2) identifique as causas do problema; 3) encontre as soluções possíveis; 4) liste as vantagens e desvantagens de cada solução; 5) escolha uma solução; 6) justifique sua escolha. Esse roteiro é útil para organizar o pensamento e a compreensão de problemas, suas causas e soluções, seja no plano pessoal, empresarial ou nacional.
         Examinando a economia nacional por esse roteiro, não é difícil chegar aos problemas principais e pensar nas soluções possíveis, mesmo porque o Brasil é previsível, repetitivo e contumaz nos mesmos erros. Os três problemas principais hoje são: a pobreza, o desemprego e a violência. É possível aumentar essa lista, mas as demais deficiências nacionais, como o baixo nível educacional e baixa qualidade das instituições, fazem parte das causas daqueles problemas principais.
         A descrição dos aspectos que envolvem cada um dos três problemas, que são graves, pode ser resumida em uns poucos indicadores. Tomando tudo o que o Brasil produz e dividindo pela população, temos em torno de US$ 10 mil/ano, contra US$ 55 mil nos Estados Unidos, US$ 40 mil na Inglaterra, só para ficar nesses exemplos. Em algumas semanas, devem sair as estatísticas de 2018 e esses números terão se modificado, mas a relação deve seguir a mesma.
         A renda per capita, ou renda por habitante, é apenas a outra face da moeda do produto por habitante, e a comparação com os países adiantados conduz à conclusão de que o Brasil não é apenas pobre; é muito pobre. A renda per capita inglesa é equivalente a quatro vezes a renda brasileira. É uma distância brutal. Grosso modo, o fato de o Brasil produzir por habitante apenas um quarto do que a Inglaterra produz define que o padrão bem-estar médio aqui será um quarto do padrão médio de lá.
         O segundo maior problema brasileiro é o desemprego. De um total de 208,5 milhões de habitantes, o país tem 104 milhões de pessoas em condições de trabalhar, 13 milhões trabalham no setor estatal (portanto, sem risco de perder o emprego, mesmo na crise), 91 milhões estão no setor privado e destes, 13,2 milhões estão desempregados. O desemprego é causa da pobreza e também sua consequência.
         A solução para o desemprego é a mesma solução da pobreza: o crescimento do produto interno bruto (PIB). O aspecto geral desse quadro não é difícil de entender. A dificuldade está em conseguir que o país saia da estagnação e comece a crescer a taxas significativas. O ministro Paulo Guedes está certo ao dizer que, se depender dele, o governo fará tudo ao seu alcance para promover o aumento do PIB. Agora mesmo, o governo acaba de isentar os turistas vindos dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália da obrigação de visto para entrada no Brasil.
         O turista estrangeiro, ao consumir bens e serviços brasileiros, promove a entrada de dólares, gera empregos e impostos aqui dentro. É um cliente que movimenta a economia nacional, logo não havia o menor sentido em dificultar a vinda de turistas daqueles países agora isentados. Poder-se-ia argumentar que alguém pode vir para cá e ficar por aqui, como imigrante. Ora, o Brasil não tem emprego nem para seu próprio povo, portanto, não há risco algum de uma “invasão” de norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses.
         O terceiro problema é a violência. O número de pessoas assassinadas no país por ano é assustador. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública informa que foram 63.880 mortes violentas em 2017. Trata-se de um número brutal, vergonhoso. Alguém diria que parte dessa tragédia monstruosa tem causa na pobreza. Essa afirmação pode ser parcialmente verdadeira. Mas o fato é que há países mais pobres que o Brasil nos quais o número de homicídios em relação à proporção da população é bem menor.
         A sociedade precisa elevar o problema da taxa de homicídios à categoria de catástrofe nacional e ser tratada urgentemente. Quando uma tragédia se repete constantemente, o ato monstruoso passa a não chocar mais a população, e isso é ruim. Conviver, tranquilamente, com tanta violência não pode se tornar normal. A indignação é necessária para a solução. Enfim, o diagnóstico brasileiro é fácil e as soluções são conhecidas. O difícil é executá-las.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 299,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 320,87%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.