(Setembro
= mês 13; faltam 11 meses para a Olimpíada 2016)
“Na
vida espiritual, precisamos
expressar o que realmente somos
Todos nós estamos
destinados a efetivar a união interna dentro de nossos seres, ou a que
significa nos casarmos no sentido místico. Um importante passo que podemos dar,
para o preparo dessa união interna, seria tentar transcender a ideia humana de
que somos nós que nesta vida fazemos nossas próprias experiências.
Se nos
colocarmos num ponto de vista espiritual, poderemos perceber que é a Vida ou as
energias do Plano Evolutivo que realizam suas experiências através de nós. É
uma falsa impressão, uma ilusão, acreditar que pensamos, sentimos e agimos por
nossa própria conta, sem o respaldo do nosso eu interior. Na realidade, somos
pessoas vividas por uma energia sutil, que é a nossa essência.
Quando
identificados só com a mente humana comum, dizemos: “Eu penso assim, eu sinto
assim, eu faço assim”. Essas são impressões superficiais de quem está numa
etapa que, cedo ou tarde, terá que transcender para entrar num tipo de evolução
que vai além da humana. Precisamente a união superior, interna, ajuda a
efetivar isso. Ela é a porta que nos leva a uma dimensão nova e espiritual e à
manifestação da futura humanidade, mais sutil e universal em seu modo de amar.
Portanto,
para os que buscam a união interna, já está se aproximando essa grande
transformação na forma de ver a realidade: “Somos vividos, há algo que vive em
nós”. No Novo Testamento, Paulo de Tarso diz: “Eu vivo, mas não sou eu, é
Cristo que vive em mim”. Há milênios essa nova visão do viver está sendo
reconhecida e preparada e finalmente agora começa a tornar-se fato consciente
para um número maior de pessoas.
Mas,
para transcendermos a visão primeira das etapas anteriores, precisamos abdicar
de fazer, sentir e pensar como um ente separado; precisamos desistir da ilusão
de querer manifestar algo egoísta, de querer impormo-nos aos demais e a nós
mesmos como personalidade. Ao mesmo tempo, é necessário, aspirarmos a que a
Vida flua com inteireza através de nós. Dessa maneira, conscientizamo-nos de
que há um destino superior para nossa existência e um plano para este planeta
onde nos encontramos.
A
mente universal, da qual saímos e à qual retornaremos mais experientes, deve
viver plenamente em nós, que somos seus prolongamentos e canais por onde deve
fluir a fim de que o mundo seja algo belo, mais evoluído, e a Terra inteira
seja uma planeta harmonioso, enfim, uma Nova Terra.
E,
para haver uma Nova Terra – conforme está destinado, profetizado e já ocorrendo
–, embora nem todos percebam, os seres humanos mais conscientes devem
colaborar. Nossa personalidade, nos níveis conscientes, nossa mente e sentimentos
humanos e nossa ação física precisa perceber que chegou a hora de se doarem, de
deixarem que realidades sublimes possam exteriorizar-se.
No
momento em que deixarmos de ser o que vínhamos sendo para expressar o que
realmente somos num superior da consciência, as energias agirão em nós com
liberdade. É isso o que de fato transforma o mundo.
Começamos
por nos liberar – em consciência – de tudo o que julgamos ser. Feita essa
renúncia, que é básica, devemos desapegar-nos com coragem de hábitos e preferências,
para sermos efetivamente aqui, no nível externo, o que somos nos níveis divinos
do nosso ser interior.
Em
essência somos livre filhos de Deus, centelhas cósmicas e mais conscientes, nos
surpreendemos fazendo muitas coisas necessárias, para as quais éramos
incapazes.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de janeiro de 2015, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de agosto
de 2015, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista,
e que merece igualmente integral transcrição:
“Resgate
do jornalismo
Num mundo cada vez mais
rápido, em que as informações se disseminam por múltiplos meios – graças ao
tablet, ao celular e às mídias sociais –, o jornal tem futuro. Mas é preciso fazer
a lição de casa. O jornalismo, fustigado pelo protagonismo da internet, foi
raptado pela perda de qualidade do conteúdo, pelo perigoso abandono de sua
vocação pública e pela sua equivocada transformação em produto mais próprio
para consumo privado. Impõe-se resgatar o entusiasmo do “velho ofício”. É
urgente investir fortemente na formação e qualificação dos profissionais. Sem
jornalismo público, independente e qualificado, o futuro da democracia é
incerto e preocupante.
A
sobrevivência dos meios tradicionais demanda foco absoluto na qualidade de seu
conteúdo. A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguarda os
meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num
mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta
qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos
fatos, verdadeiramente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência na
prestação de serviço, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais
fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma virtual.
A
revalorização da reportagem e o revigoramento do jornalismo analítico devem
estar entre as prioridades estratégicas. É preciso atiçar o leitor com matérias
que rompam a monotonia do jornalismo de registro. Menos aspas e mais apuração.
O leitor quer menos show e mais informação de qualidade. O sensacionalismo,
embora festejado num primeiro momento, não passa pelo crivo de uma visão
retrospectiva. Curiosidade não se confunde com aprovação. O prestígio de uma
publicação não é fruto do acaso. É uma conquista diária. A credibilidade não se
edifica com descargas de adrenalina.
Apostar
em boas pautas – não muitas, mas relevantes – é outra saída. É melhor cobrir
magnificamente alguns temas do que atirar em todas as direções. O leitor pede
reportagem. Quando jornalistas, entrincheirados e hipnotizados pelas telas dos
computadores, não saem à luta, as redações se convertem em centros de
informação pasteurizada. O lugar do repórter é na rua, garimpando a informação,
prestando serviço ao leitor e contando boas histórias. Elas existem. Estão em
cada esquina das nossas cidades. É só procurar. Jornalismo sem alma e sem
rigor. É o diagnóstico de uma doença que contamina inúmeras redações. O leitor
não sente o pulsar da vida. As reportagens não têm cheiro do asfalto. É preciso
reinventar o jornalismo e recuperar, num contexto muito mais transparente e
interativo, as competências e a magia do jornalismo de sempre.
Há um
modelo a ser seguido? Nas experiências que acompanho, ninguém alcançou a
perfeição e ninguém se equivocou totalmente. O perceptível é que os jornais
estão isentos par entender que o papel é um suporte que permite trabalhar em
algo que a internet e a rede social não fazem adequadamente: a seleção de
notícias, jornalismo de alta qualidade narrativa e literária. É para isso que o
público está disposto a pagar. Também na internet. A fortaleza do jornal não é
dar notícia, refém do factual. É se adiantar e investir em análise,
interpretação e se valer de sua credibilidade. Não é verdade que o público não
goste de ler. Não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância. Um bom
texto, para um público que adquire a imprensa de qualidade, sempre vai ter
interessados.
Para
mim, o grande desafio do jornalismo é a formação dos jornalistas. Se você for a
um médico e ele disser que não estuda há 25 anos, você se assusta. Mas há
jornalistas que não estudam nada há 25 anos. O jornalismo não é só rotativa ou
tecnologia: o valor dele se chama informação, talento, critério. Por isso é
preciso investir em jornalistas com boa formação cultural, intelectual e
humanística – pessoas que leiam literatura, sejam criativas e motivadas. E,
além disso, que sejam bons gestores. As competências são demasiadas? Talvez.
Mas é o que nos pede um mundo cada vez mais complexo e desafiante.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a)
a educação
– universal e de qualidade –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República
proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução
educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do
país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da
justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da
sustentabilidade...);
b)
o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a marca de 372,0% ao ano... e mais, em
julho, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,56%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico
de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem
mostrando também o seu caráter transnacional;
eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos
borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um
verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque,
rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim,
é crime...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O
Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c)
a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do
Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros,
encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão
de R$ 868 bilhões), a exigir alguns
fundamentos da sabedoria grega:
-
pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”