“Na sociedade moderna registre-se inicialmente dois aspectos distintos: de um lado a estruturação das comunidades em grupos sociais e econômicos, corporações, associações de classe. Do outro, o fabuloso avanço tecnológico dos últimos tempos, que gerou verdadeira revolução, havida não só nos meios de produção, sistemas, etc. mas até nas regras de convivência, afetando relações pessoais e estruturas sociais.
Continua, porém, a busca da sociedade ideal e da felicidade do Homem, norteada pela Filosofia, que, em seu sentido mais amplo, abrange não só os conceitos de autores e escolas, mas também os ensinamentos das religiões.
E nessa busca, ao lado das teorias e pensamentos, haveremos de ter a firmeza do idealista e a disposição do guerreiro, para que possamos reocupar os lugares que os bastardos têm usurpado, ainda que temporariamente e varrer, de onde estiverem, os novos vendilhões do Templo, da dignidade e a honestidade. Este é clamor do Brasil de hoje.”
(NEY OCTAVIANI BERNIS, in Clamor nacional, Palestra pronunciada na última semanal do Rotary Clube de Belo Horizonte, publicada no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de outubro de 1993, Caderno OPINIÃO, página 7).
São duas IMPORTANTES contribuições que vêm de artigos publicados no Jornal ESTADO DE MINAS, de 23 de outubro de 1993 – há praticamente, portanto, DEZESSEIS anos – que, como veremos abaixo em texto de autoria de CID CARVALHO, Diretor do Departamento de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, na página 6, se revestem de PORTENTOSA atualidade, o que nos MOTIVA ainda mais em nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE:
“Delinqüência política
Jamais em nossa história os fatos denunciaram com tamanha evidência um drama político de proporções tão catastróficas. A história política de nosso País nunca registrou tantos abusos e tamanha irresponsabilidade na condução da coisa pública.
Chegamos ao limite do insuportável e por um dever cívico e moral a reação contra essa impostura inominável, abarrotada de indignidades, deve corresponder à imputabilidade imediata de uma punição aos responsáveis, porém, mais severa do que aquela imposta por Jesus Cristo aos vendilhões do Templo.
É humanamente impossível ao povo brasileiro tolerar por mais tempo essa voragem abominável dos cofres públicos. Estejam certos os senhores congressistas de que o desespero e o desejo de se fazer justiça já se encontram impregnados no sentimento de revolta de nosso povo e a qualquer momento essa realidade poderá transformar-se num exemplo histórico irreversível.
Todos os brasileiros já conhecem sobejamente – costumam citá-los a todo instante – os nomes dos integrantes dessa quadrilha de congressistas que são contumazes dilapidadores do erário. Pergunta-se, agora: só as autoridades constituídas são incapazes de identificá-los? Ignoram por completo tais fatos ou são coniventes? É mais do que necessário que o Brasil seja passado a limpo. Ninguém suportará mais esse mar de iniqüidades.
Por outro lado, a violência urbana tornou-se uma rotina e os homens de bem têm consciência da extrema necessidade de que as leis sejam absolutamente inflexíveis neste País com relação aos autores de crimes hediondos, e também no que se refere aos profumanHHissionais do crime. Faz-se necessário, ainda, o saneamento moral de certas instituições policiais. Todos assistem a fatos estarrecedores como os que ocorrem no Rio de Janeiro, onde o comando das ações criminosas situa-se dentro dos presídios. Esse fato só pode ocorrer se houver conluio entre os detentos e os agentes da autoridade.
Há, de fato, uma situação emergencial gravíssima e, nessas circunstâncias, devem ser instituídas leis capazes de restabelecer a ordem pública pela imposição rígida da disciplina do comportamento. São as Sagradas Escrituras que anunciam com inexcedível e percuciente sabedoria: “Não é necessário ser bom, basta ser justo”. O bom, muitas vezes, é injusto dentre os critérios éticos consagrados por uma sociedade que inadmite comportamentos pusilânimes e desprezíveis.
Neste País, só as crianças, os bóias-frias e os garis são dignos de respeito. As primeiras porque são puras e inocentes, os segundos porque trabalham de verdade e vivem miseravelmente, os terceiros porque operam a limpeza pública com a maior dignidade e, ainda, transportam o lixo, de mãos limpas e vazias.”
Com a perspectiva do BRASIL 2014, e nos debruçando sobre LIÇÕES como as que tiramos de um cenário de DEZESSEIS ANOS passados, somos chamados à grande MOBILIZAÇÃO de TODOS, sem qualquer exceção, para as GRANDES e INADIÁVEIS transformações em nossa Pátria, buscando nos VALORES ÉTICOS E PRINCÍPIOS MORAIS, a ENERGIA e o ENTUSIASMO exigidos para a realização dos nossos IDEAIS e mais CAROS SONHOS: um BRASIL de fato JUSTO, LIVRE, PRÓSPERO e SOLIDÁRIO, a COPA DA CIDADANIA e a inserção DEFINITIVA de TODOS os BRASILEIROS e de TODAS as BRASILEIRAS neste NOVO MUNDO – FASCINANTE e BELO!...