sexta-feira, 1 de março de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DO EMPREENDEDORISMO 4.0 E OS CAMINHOS DESAFIADORES DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE (29/141)


(Março = mês 29; faltam 141 meses para a Primavera Brasileira)

“Os desafios de uma nova geração
        A nova revolução industrial é caracterizada pela conectividade dos aparelhos, pelas comunicações móveis, redes sociais e inteligência artificial. Trata-se de uma era em que as barreiras entre o mundo físico e o digital são praticamente inexistentes, e o consumidor está sempre conectado. Conhecer a fundo esse mercado e saber como agir nesse momento de constante mudança é o que irá diferenciar o empreendedor 4.0.
         Ao longo dos anos, o empreendedorismo também tem se transformado com os avanços tecnológicos. E estar conectado e estar conectado a essas mudanças é imprescindível para quem quer entrar neste mundo, onde tudo é realizado com excelência e velocidade, pois o cliente está cada vez mais exigente, vigilante e participativo.
         O mercado está saturado dos mesmo serviços, produtos e comportamentos, por isso, trazer novas visões e soluções é indispensável para se destacar. Já que a inovação anda em conjunto com o empreendedorismo. E é nesse quesito que a nova geração vem se destacando.
         Os millennials, por exemplo, nascidos entre 1980 e 1996, já têm, de certa forma, uma vantagem dentro do mercado 4.0, pois já chegaram ao mundo em meio à aceleração e às novas tecnologias.
         A aproximação dessa nova geração com o empreendedorismo, promovida pela tecnologia, é reforçada pela pesquisa feita pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), do Sebrae/IBQP, que revela o novo perfil do empreendedor no país. Ela aponta que, no ano passado, a participação de pessoas entre 18 e 34 anos no total de empreendedores em fase inicial cresceu de 50% para 57%. Isso significa que são 15,7 milhões de jovens buscando informações para abrir um negócio ou com uma empresa em atividade no período de até três anos e meio.
         Um nicho de mercado que demonstra esse crescimento são as startups. Segundo informações da mesma pesquisa, 72% das startups brasileiras são comandadas por jovens entre 25 e 40 anos. Outro dado divulgado pelo estudo foi que o país tem aproximadamente 6 mil startups, sendo que esse número praticamente dobrou nos últimos seis anos.
         O que explica esse interesse dos jovens empreendedores por tipos de negócios como startups é o ambiente descontraído e inovador, a liberdade para criar e impactar nas estratégias, e a possibilidade de desenvolver serviços produzidos por bases tecnológicas, caracterizado pela inovação e desenvolvido a custos menores e processos mais ágeis.
         Isso reforça como a facilidade com a tecnologia é um ponto forte dessa geração e, por isso, pode ser uma grande aliada. Sobretudo, com a quarta revolução industrial, que converge processos e envolve diversas áreas, como design, fabricação, serviços pós-venda, satisfação do cliente e outros. Dessa forma, estar por dentro de todos esses processos que estão moldando o mercado e o comportamento dos consumidores é essencial e um dos principais desafios da era 4.0, já que tudo se modifica o tempo todo.”.

(FLÁVIO VINTE. Empreendedor, mentor e consultor de liderança, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de janeiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de fevereiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Juízos e equívocos
        É desafiadora a arte de conduzir a vida de forma a bem discernir sobre juízos e equívocos. Os juízos precisam, fundamentalmente, da competência humana é ética que rege, na racionalidade de cada indivíduo, os processos de discernimento a respeito de valores e princípios. Cultivar essa competência deve ser meta e exige irrestrita abertura ao diálogo. Para garantir êxito às decisões, os juízos devem ser orientados por nobre sentido de cidadania e pela compreensão de que a vida é precioso dom.
         A experiência de quem ocupa um cargo importante conta muito, mas não é garantia de qualificado discernimento, imprescindível na tomada de decisões. A consolidação do juízo a respeito de algo exige considerar diferentes perspectivas para vencer interpretações limitadas, não raramente emolduradas por interesses egoístas, parciais. Isso para qualificar os processos de discernimento e evitar equívocos que possam validar práticas antidemocráticas, as decisões inadequadas no âmbito judicial ou em outras instâncias que inviabilizam as almejadas viradas civilizatórias.
         Existem muitos recursos naturais, técnicos e científicos que podem promover o desenvolvimento integral e a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Mas os juízos equivocados inviabilizam os avanços possíveis. Perpetuam fracassos. Aprisionam a civilização em “atoleiros”. Reproduzem marasmos incompatíveis com o mundo contemporâneo, ansioso por respostas rápidas para seus muitos e graves problemas. Há, pois, um longo caminho a ser trilhado, envolvendo diferentes instâncias sociais, para qualificar processos de discernimento, com muito diálogo, fundamentais para a formulação de juízos mais assertivos.
         É vergonhoso e gera espanto o atual cenário de atrasos, a prevalência de interesses pouco nobres, o favorecimento perverso de pequenos grupos, sedentos doentiamente por dinheiro. Situação incompatível com a trajetória cidadã, histórica, religiosa e cultural do povo brasileiro, levando à derrocada até mesmo os que se consideram privilegiados. Sobre todos paira a ameaça de ver o mundo desabar, não deixando “pedra sobre pedra”, como disse Jesus aos que se maravilhavam, orgulhosamente, a respeito das belas pedras votivas do templo de Jerusalém.
         Superar equívocos nos processos de discernimento é uma tarefa existencial a ser assumida por todos. Reconhecer e se dedicar a esse compromisso permite encontrar duradoura alegria e o verdadeiro sentido da vida. É preciso vencer a idolatria do dinheiro, fonte de ganância sem limites, verdadeiras barragens que impedem a solidariedade e a compaixão diante do sofrimento humano. “Rejeitos” e “lamas” assim se produzem por conta de juízos equivocados, em todos os níveis, varrendo vidas e o meio ambiente.
         Deve prevalecer sempre a consideração de que a verdadeira joia, a mais genuína riqueza, é a vida humana, dom maior no conjunto da criação. Os equívocos nas escolhas fazem da sociedade – que deveria ser o lugar da solidariedade e do respeito ao outro, que é irmão – um verdadeiro inferno. O antídoto para mudar esse cenário desolador é cuidar melhor do santuário sagrado que existe no interior de cada pessoa, a consciência moral, de onde se escuta uma lei que precisa ser obedecida, não por imposição, mas a partir da mais genuína liberdade. A lei do amor, que indica o caminho do bem e distancia as pessoas do mal.
         A injustiça, a crise econômica e tantas outras situações que geram sofrimento apontam para a necessidade de radical renovação pessoal e social. É preciso cultivar mais solidariedade, honestidade, transparência, investindo sempre mais nos processos de discernimento. Caminho desafiador, mas capaz de consolidar juízos com força para conduzir a sociedade rumo a qualificas etapas civilizatórias. Essa tarefa cidadã é de cada um de nós.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 286,93% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.