(Março
= mês 29; faltam 141 meses para a Primavera Brasileira)
“Os
desafios de uma nova geração
A nova revolução industrial
é caracterizada pela conectividade dos aparelhos, pelas comunicações móveis,
redes sociais e inteligência artificial. Trata-se de uma era em que as
barreiras entre o mundo físico e o digital são praticamente inexistentes, e o
consumidor está sempre conectado. Conhecer a fundo esse mercado e saber como
agir nesse momento de constante mudança é o que irá diferenciar o empreendedor
4.0.
Ao
longo dos anos, o empreendedorismo também tem se transformado com os avanços
tecnológicos. E estar conectado e estar conectado a essas mudanças é
imprescindível para quem quer entrar neste mundo, onde tudo é realizado com
excelência e velocidade, pois o cliente está cada vez mais exigente, vigilante
e participativo.
O
mercado está saturado dos mesmo serviços, produtos e comportamentos, por isso,
trazer novas visões e soluções é indispensável para se destacar. Já que a
inovação anda em conjunto com o empreendedorismo. E é nesse quesito que a nova
geração vem se destacando.
Os millennials, por exemplo, nascidos entre
1980 e 1996, já têm, de certa forma, uma vantagem dentro do mercado 4.0, pois
já chegaram ao mundo em meio à aceleração e às novas tecnologias.
A
aproximação dessa nova geração com o empreendedorismo, promovida pela
tecnologia, é reforçada pela pesquisa feita pela Global Entrepreneurship
Monitor (GEM), do Sebrae/IBQP, que revela o novo perfil do empreendedor no
país. Ela aponta que, no ano passado, a participação de pessoas entre 18 e 34
anos no total de empreendedores em fase inicial cresceu de 50% para 57%. Isso
significa que são 15,7 milhões de jovens buscando informações para abrir um
negócio ou com uma empresa em atividade no período de até três anos e meio.
Um
nicho de mercado que demonstra esse crescimento são as startups. Segundo
informações da mesma pesquisa, 72% das startups brasileiras são comandadas por
jovens entre 25 e 40 anos. Outro dado divulgado pelo estudo foi que o país tem
aproximadamente 6 mil startups, sendo que esse número praticamente dobrou nos
últimos seis anos.
O que
explica esse interesse dos jovens empreendedores por tipos de negócios como
startups é o ambiente descontraído e inovador, a liberdade para criar e
impactar nas estratégias, e a possibilidade de desenvolver serviços produzidos
por bases tecnológicas, caracterizado pela inovação e desenvolvido a custos
menores e processos mais ágeis.
Isso
reforça como a facilidade com a tecnologia é um ponto forte dessa geração e,
por isso, pode ser uma grande aliada. Sobretudo, com a quarta revolução
industrial, que converge processos e envolve diversas áreas, como design,
fabricação, serviços pós-venda, satisfação do cliente e outros. Dessa forma,
estar por dentro de todos esses processos que estão moldando o mercado e o
comportamento dos consumidores é essencial e um dos principais desafios da era
4.0, já que tudo se modifica o tempo todo.”.
(FLÁVIO VINTE.
Empreendedor, mentor e consultor de liderança, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de janeiro
de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
22 de fevereiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Juízos
e equívocos
É desafiadora a arte de
conduzir a vida de forma a bem discernir sobre juízos e equívocos. Os juízos
precisam, fundamentalmente, da competência humana é ética que rege, na
racionalidade de cada indivíduo, os processos de discernimento a respeito de
valores e princípios. Cultivar essa competência deve ser meta e exige
irrestrita abertura ao diálogo. Para garantir êxito às decisões, os juízos
devem ser orientados por nobre sentido de cidadania e pela compreensão de que a
vida é precioso dom.
A
experiência de quem ocupa um cargo importante conta muito, mas não é garantia
de qualificado discernimento, imprescindível na tomada de decisões. A
consolidação do juízo a respeito de algo exige considerar diferentes
perspectivas para vencer interpretações limitadas, não raramente emolduradas
por interesses egoístas, parciais. Isso para qualificar os processos de
discernimento e evitar equívocos que possam validar práticas antidemocráticas,
as decisões inadequadas no âmbito judicial ou em outras instâncias que
inviabilizam as almejadas viradas civilizatórias.
Existem
muitos recursos naturais, técnicos e científicos que podem promover o
desenvolvimento integral e a construção de uma sociedade mais justa e
solidária. Mas os juízos equivocados inviabilizam os avanços possíveis.
Perpetuam fracassos. Aprisionam a civilização em “atoleiros”. Reproduzem
marasmos incompatíveis com o mundo contemporâneo, ansioso por respostas rápidas
para seus muitos e graves problemas. Há, pois, um longo caminho a ser trilhado,
envolvendo diferentes instâncias sociais, para qualificar processos de discernimento,
com muito diálogo, fundamentais para a formulação de juízos mais assertivos.
É
vergonhoso e gera espanto o atual cenário de atrasos, a prevalência de
interesses pouco nobres, o favorecimento perverso de pequenos grupos, sedentos
doentiamente por dinheiro. Situação incompatível com a trajetória cidadã,
histórica, religiosa e cultural do povo brasileiro, levando à derrocada até
mesmo os que se consideram privilegiados. Sobre todos paira a ameaça de ver o
mundo desabar, não deixando “pedra sobre pedra”, como disse Jesus aos que se
maravilhavam, orgulhosamente, a respeito das belas pedras votivas do templo de
Jerusalém.
Superar
equívocos nos processos de discernimento é uma tarefa existencial a ser
assumida por todos. Reconhecer e se dedicar a esse compromisso permite
encontrar duradoura alegria e o verdadeiro sentido da vida. É preciso vencer a
idolatria do dinheiro, fonte de ganância sem limites, verdadeiras barragens que
impedem a solidariedade e a compaixão diante do sofrimento humano. “Rejeitos” e
“lamas” assim se produzem por conta de juízos equivocados, em todos os níveis,
varrendo vidas e o meio ambiente.
Deve
prevalecer sempre a consideração de que a verdadeira joia, a mais genuína
riqueza, é a vida humana, dom maior no conjunto da criação. Os equívocos nas
escolhas fazem da sociedade – que deveria ser o lugar da solidariedade e do
respeito ao outro, que é irmão – um verdadeiro inferno. O antídoto para mudar
esse cenário desolador é cuidar melhor do santuário sagrado que existe no
interior de cada pessoa, a consciência moral, de onde se escuta uma lei que
precisa ser obedecida, não por imposição, mas a partir da mais genuína
liberdade. A lei do amor, que indica o caminho do bem e distancia as pessoas do
mal.
A
injustiça, a crise econômica e tantas outras situações que geram sofrimento
apontam para a necessidade de radical renovação pessoal e social. É preciso
cultivar mais solidariedade, honestidade, transparência, investindo sempre mais
nos processos de discernimento. Caminho desafiador, mas capaz de consolidar
juízos com força para conduzir a sociedade rumo a qualificas etapas
civilizatórias. Essa tarefa cidadã é de cada um de nós.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca
de 286,93% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI
E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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