“Como as startups estão inspirando grandes empresas
Não
é novidade que muitas startups crescem e acabam virando grandes empresas, como
é o caso de Facebook, Google, Netflix, PayPal e spotify. É verdade também que
elas inspiram companhias já sólidas e com muito tempo de mercado a alavancarem
ainda mais o sucesso. Isso acontece pela própria característica das startups,
que têm grande capacidade de adaptação e falta de vínculo aos padrões
tradicionais de negócios.
Uma
startup, geralmente, nasce com uma pessoa ou um grupo de profissionais com
perfil de empreendedor em busca de um modelo de organização repetível e
escalável, com propostas de solucionar um problema ou otimizar operações, de
maneira inovadora e disruptiva. Isso significa que a cadeia pode ser
reproduzida repetidamente, em grande quantidade, com ganho de produtividade
significativo.
A
capacidade de mudanças e de aperfeiçoamento delas está despertando o interesse
das grandes empresas e as estimulando a seguirem esses moldes. Abordagens,
atualização de ferramentas e metodologias essenciais, hoje, nas companhias,
foram incorporadas das startups. Um exemplo é do iFood, que surgiu em 2011,
como uma pequena startup de delivery online. Alinhando inovação e praticidade,
a empresa conseguiu revolucionar o serviço de entregas de alimentos. Há alguns
anos, era necessário ligar e fazer seu pedido por telefone; hoje, com poucos
cliques as pessoas podem ter acesso aos mais variados restaurantes. O sistema
criado pela empresa brasileira impulsionou a evolução do segmento alimentício
do país, que teve que se adaptar para manter seus clientes. A partir do
aplicativo iFood, muitos restaurantes foram incentivados a aderirem à
plataforma ou a criarem a sua própria, para se adequarem à nova realidade.
Além das
capacidades de criação e inovação, a cultura é um importante atributo a ser
acionado nos negócios. Ela vai se desenhando enquanto a empresa cresce, o que
facilita a inclusão de colaboradores que compartilham de valores estratégicos e
não se limitam a estruturas rígidas.
Outro
ponto é a aprendizagem contínua. Os métodos de trabalho baseados no estudo
constante proporcionam o desenvolvimento de produtos inovadores. Equipes dispostas
a melhorar suas habilidades e com mentalidade de crescimento impulsionam a
criatividade, a proatividade e a evolução.
Startups
estão sempre buscando soluções para que fiquem melhores e mais rápidas. Uma das
características que lhes proporcionam isso é o compartilhamento de informações
e colaboração.
A
partilha de novas ideias é recomendada e promove mais engajamento entre os
funcionários, o que é muito comum em empresas com estruturas menos
verticalizadas, ou seja, que não possuem uma organização hierárquica clássica.
Essa diminuição da hierarquia proporciona mais autonomia e decisões mais
velozes.
Introduzir
aspectos das statups em grandes empresas pode assegurar modelos de negócios com
métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis. Sendo essa última
característica fundamental em tempo de crise, porque permite que as companhias
se reinventem para continuar suas operações.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado
no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de novembro de 2020,
caderno OPINIÃO, página 25).
Mais uma
importante e oportuna contribuição para a nossa Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 06 de novembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral
transcrição:
“O voto nas eleições
O
sentido da democracia e a responsabilidade individual na definição do voto, na
liberdade de se escolher candidatos, estão inscritos nas eleições. É como se
costuma dizer, uma “festa da democracia”, com resultados que repercutem na vida
de todos. Uma “festa” que não pode ser celebrada de qualquer modo. É preciso
discernir e escolher adequadamente os candidatos. O sistema democrático
assegura a participação dos cidadãos na eleição de diferentes opções políticas
e garante aos governados a possibilidade de controlar seus governantes. Mas,
dentro dessas possibilidades da democracia, merece especial atenção o alcance e
o peso do voto nas eleições.
A “festa
da democracia” nas eleições é frequentemente precedidas por iniciativas de
conscientização a respeito do exercício da liberdade e do dever de votos. Um
processo educativo que busca amadurecer entendimentos relacionados à
organização e ao sentido das instituições democráticas. Nem sempre se tem a
clareza requerida a respeito de processos, tarefas e responsabilidades no
contexto de democracias. Trata-se de algo tão complexo que, a cada eleição, se
faz necessária a retomada de princípios e entendimentos indispensáveis ao
exercício da cidadania. Partilham-se critérios que contribuem para escolhas
mais assertivas na hora do voto. Entre esses princípios está a compreensão de
que uma autêntica democracia só é possível em um Estado de direito e a partir
de adequada concepção sobre o ser humano.
Aqui se
põe um enorme desafio: balizar a participação cidadã em indispensável
humanismo, novo e integral. As muitas mudanças em curso no planeta, que incidem
de modo semelhante a um terremoto sobre todos, aumentam a responsabilidade de
eleitores na escolha de seus candidatos. Há urgência na superação de graves
problemas, a exemplo da acentuada desigualdade social, em tantos lugares, mas
que particularmente desfigura a sociedade brasileira. Isso exige o investimento
na formação cidadã, caminho trilhado por instituições educativas, religiosas e
culturais, para que todos alcancem adequada compreensão sobre o significado das
eleições. Esse percurso formativo contribui para cultivar verdadeiros ideais
que inspiram a consolidação de estruturas relacionadas à participação
democrática e à corresponsabilidade de todos na busca pelo bem comum.
Não de
se pode dar por descontado o investimento permanente no processo de educação e
formação política. Muitos podem considerar que conteúdos partilhados nesse
processo são marcados por generalidades. Podem acreditar ainda que esses
caminhos formativos são “assépticos”, isto é, sem força para inspirar esperadas
mudanças na condução política. Mas investir na formação dos cidadãos,
especialmente no período eleitoral, é imprescindível no combate à ignorância
que compromete a participação política. Há, por exemplo, pouca participação e
contribuições da sociedade civil em conselhos e instâncias estratégicas da vida
democrática. Falta também acompanhamento cidadão organizado de atividades do
poder legislativo. A formação política é alavanca para compreender e
impulsionar a participação cidadã na vida social. E essa participação tem
propriedades para sanar, processualmente, o descrédito que sofre a política,
particularmente os políticos. Com um sistema democrático que envolva cada vez
mais cidadãos nos processos de discernimento e escolha, cresce a sensibilidade
social, principalmente dos que sofrem na própria pelo os efeitos danosos de
gestões pouco lúcidas.
Ora,
governar é também escolher. E toda escolha é fruto de discernimentos, que
exigem valores, princípios, sensibilidade social, alicerçados em qualificado
humanismo. Ao definir candidatos, é importante observar competências
relacionadas à capacidade de inspirar mudanças sociais, com avanços
civilizatórios na defesa do meio ambiente, na promoção da saúde, da educação e
da inclusão. Eis, pois, a importância determinante de se avaliar a lista dos
nomes que se candidatam a prefeito ou a vereador. A “festa da democracia”
permite, bem ou mal, fazer essa avaliação. Não se pode correr o risco de
escolher candidatos a partir de critérios subjetivos, por amizade ou pela
defesa de interesses particulares, cartoriais.
Submeter
a vida pregressa de cada candidato, a sua competência técnica e humanística, à
lupa dos muitos critérios oferecidos pelos processos de formação cidadã é
imprescindível. Trata-se de atitude fundamental para que a “festa da
democracia” não se torne um pesadelo nos municípios brasileiros, atrasando as
urgências de um desenvolvimento integral.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a
estratosférica marca de 309,88% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 114,16%; e já o IPCA, em
outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,92%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de
R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma
lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$
100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor
privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia,
ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 1,004 trilhão), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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