segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS STARTUPS COMO ALAVANCAS INOVADORAS DAS GRANDES EMPRESAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DO HUMANISMO E DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NAS ELEIÇÕES NA SUSTENTABILIDADE

“Como as startups estão inspirando grandes empresas

        Não é novidade que muitas startups crescem e acabam virando grandes empresas, como é o caso de Facebook, Google, Netflix, PayPal e spotify. É verdade também que elas inspiram companhias já sólidas e com muito tempo de mercado a alavancarem ainda mais o sucesso. Isso acontece pela própria característica das startups, que têm grande capacidade de adaptação e falta de vínculo aos padrões tradicionais de negócios.

         Uma startup, geralmente, nasce com uma pessoa ou um grupo de profissionais com perfil de empreendedor em busca de um modelo de organização repetível e escalável, com propostas de solucionar um problema ou otimizar operações, de maneira inovadora e disruptiva. Isso significa que a cadeia pode ser reproduzida repetidamente, em grande quantidade, com ganho de produtividade significativo.

         A capacidade de mudanças e de aperfeiçoamento delas está despertando o interesse das grandes empresas e as estimulando a seguirem esses moldes. Abordagens, atualização de ferramentas e metodologias essenciais, hoje, nas companhias, foram incorporadas das startups. Um exemplo é do iFood, que surgiu em 2011, como uma pequena startup de delivery online. Alinhando inovação e praticidade, a empresa conseguiu revolucionar o serviço de entregas de alimentos. Há alguns anos, era necessário ligar e fazer seu pedido por telefone; hoje, com poucos cliques as pessoas podem ter acesso aos mais variados restaurantes. O sistema criado pela empresa brasileira impulsionou a evolução do segmento alimentício do país, que teve que se adaptar para manter seus clientes. A partir do aplicativo iFood, muitos restaurantes foram incentivados a aderirem à plataforma ou a criarem a sua própria, para se adequarem à nova realidade.

         Além das capacidades de criação e inovação, a cultura é um importante atributo a ser acionado nos negócios. Ela vai se desenhando enquanto a empresa cresce, o que facilita a inclusão de colaboradores que compartilham de valores estratégicos e não se limitam a estruturas rígidas.

         Outro ponto é a aprendizagem contínua. Os métodos de trabalho baseados no estudo constante proporcionam o desenvolvimento de produtos inovadores. Equipes dispostas a melhorar suas habilidades e com mentalidade de crescimento impulsionam a criatividade, a proatividade e a evolução.

         Startups estão sempre buscando soluções para que fiquem melhores e mais rápidas. Uma das características que lhes proporcionam isso é o compartilhamento de informações e colaboração.

         A partilha de novas ideias é recomendada e promove mais engajamento entre os funcionários, o que é muito comum em empresas com estruturas menos verticalizadas, ou seja, que não possuem uma organização hierárquica clássica. Essa diminuição da hierarquia proporciona mais autonomia e decisões mais velozes.

         Introduzir aspectos das statups em grandes empresas pode assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis. Sendo essa última característica fundamental em tempo de crise, porque permite que as companhias se reinventem para continuar suas operações.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de novembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 25).

 Mais uma importante e oportuna contribuição para a nossa Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 06 de novembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“O voto nas eleições

        O sentido da democracia e a responsabilidade individual na definição do voto, na liberdade de se escolher candidatos, estão inscritos nas eleições. É como se costuma dizer, uma “festa da democracia”, com resultados que repercutem na vida de todos. Uma “festa” que não pode ser celebrada de qualquer modo. É preciso discernir e escolher adequadamente os candidatos. O sistema democrático assegura a participação dos cidadãos na eleição de diferentes opções políticas e garante aos governados a possibilidade de controlar seus governantes. Mas, dentro dessas possibilidades da democracia, merece especial atenção o alcance e o peso do voto nas eleições.

         A “festa da democracia” nas eleições é frequentemente precedidas por iniciativas de conscientização a respeito do exercício da liberdade e do dever de votos. Um processo educativo que busca amadurecer entendimentos relacionados à organização e ao sentido das instituições democráticas. Nem sempre se tem a clareza requerida a respeito de processos, tarefas e responsabilidades no contexto de democracias. Trata-se de algo tão complexo que, a cada eleição, se faz necessária a retomada de princípios e entendimentos indispensáveis ao exercício da cidadania. Partilham-se critérios que contribuem para escolhas mais assertivas na hora do voto. Entre esses princípios está a compreensão de que uma autêntica democracia só é possível em um Estado de direito e a partir de adequada concepção sobre o ser humano.

         Aqui se põe um enorme desafio: balizar a participação cidadã em indispensável humanismo, novo e integral. As muitas mudanças em curso no planeta, que incidem de modo semelhante a um terremoto sobre todos, aumentam a responsabilidade de eleitores na escolha de seus candidatos. Há urgência na superação de graves problemas, a exemplo da acentuada desigualdade social, em tantos lugares, mas que particularmente desfigura a sociedade brasileira. Isso exige o investimento na formação cidadã, caminho trilhado por instituições educativas, religiosas e culturais, para que todos alcancem adequada compreensão sobre o significado das eleições. Esse percurso formativo contribui para cultivar verdadeiros ideais que inspiram a consolidação de estruturas relacionadas à participação democrática e à corresponsabilidade de todos na busca pelo bem comum.

         Não de se pode dar por descontado o investimento permanente no processo de educação e formação política. Muitos podem considerar que conteúdos partilhados nesse processo são marcados por generalidades. Podem acreditar ainda que esses caminhos formativos são “assépticos”, isto é, sem força para inspirar esperadas mudanças na condução política. Mas investir na formação dos cidadãos, especialmente no período eleitoral, é imprescindível no combate à ignorância que compromete a participação política. Há, por exemplo, pouca participação e contribuições da sociedade civil em conselhos e instâncias estratégicas da vida democrática. Falta também acompanhamento cidadão organizado de atividades do poder legislativo. A formação política é alavanca para compreender e impulsionar a participação cidadã na vida social. E essa participação tem propriedades para sanar, processualmente, o descrédito que sofre a política, particularmente os políticos. Com um sistema democrático que envolva cada vez mais cidadãos nos processos de discernimento e escolha, cresce a sensibilidade social, principalmente dos que sofrem na própria pelo os efeitos danosos de gestões pouco lúcidas.

         Ora, governar é também escolher. E toda escolha é fruto de discernimentos, que exigem valores, princípios, sensibilidade social, alicerçados em qualificado humanismo. Ao definir candidatos, é importante observar competências relacionadas à capacidade de inspirar mudanças sociais, com avanços civilizatórios na defesa do meio ambiente, na promoção da saúde, da educação e da inclusão. Eis, pois, a importância determinante de se avaliar a lista dos nomes que se candidatam a prefeito ou a vereador. A “festa da democracia” permite, bem ou mal, fazer essa avaliação. Não se pode correr o risco de escolher candidatos a partir de critérios subjetivos, por amizade ou pela defesa de interesses particulares, cartoriais.

         Submeter a vida pregressa de cada candidato, a sua competência técnica e humanística, à lupa dos muitos critérios oferecidos pelos processos de formação cidadã é imprescindível. Trata-se de atitude fundamental para que a “festa da democracia” não se torne um pesadelo nos municípios brasileiros, atrasando as urgências de um desenvolvimento integral.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 309,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 114,16%; e já o IPCA,  em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,92%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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