quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER TRANSFORMADOR DAS ESCOLAS INFANTIS NA SUSTENTABILIDADE

“A liderança que nasceu da crise

        Com a Covid-19, a dinâmica global passou por várias mudanças rapidamente, e com isso, não apenas as empresas precisaram se adaptar, mas os profissionais também. Em especial as lideranças, que tiveram e ainda estão aprendendo a motivar, inspirar e a desempenhar suas funções remotamente. Afinal, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), 46% das empresas no Brasil adotaram o home office, e, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), essa modalidade de labor deve saltar 30% após a crise.

         Diante disso, a tarefa de liderar, que já é desafiadora, ficou ainda mais difícil com a distância, mas, ao mesmo tempo, fez surgir novas habilidades profissionais e perfis de gestão. Lideranças que descobriram talentos ainda inexplorados e se adaptaram rapidamente.

         Um exemplo de líder que vem se destacando hoje é aquele que tem um olhar mais humano, voltado para o colaborador, com empatia aguçada e que vê além da entrega de resultados.

         Outra característica em quem trabalha com gestão de pessoas e que passou a ter papel chave com a pandemia é o estímulo à comunicação. A liderança que contribui para que o time perca o medo de perguntar, comunicar e de participar, consegue contribuir para o desenvolvimento de soluções melhores.

         Um estudo realizado pela AL+ People & Performance Solutions, com executivos do país, apontou que 24,3% acreditam que a comunicação foi um dos principais obstáculos sentidos com o home office, enquanto 25,4% acham que foi manter o engajamento à distância, e outros 33,9%, a cultura organizacional. E é nesse sentido que a habilidade de inspirar e dar o exemplo, dos líderes que conseguiram se transformar com a pandemia, ganharam mais força.

         “Colocar a mão na massa”, compartilhar conhecimento e ensinar, mesmo de longe, ter atitude e mostrar para os liderados que se está com eles têm encurtado distâncias. O time precisa ter uma referência, mas visualizar rotineiramente essa pessoa agindo.

         Outra habilidade dos gestores revelados pela crise é saber reconhecer talentos individuais remotamente. Ao enxergar isso, confiar na equipe e dar oportunidade para o desenvolvimento de novas lideranças, quem está no comando motiva e conquista quem atua com ele. Assim, além de delegar mais, o líder chega a soluções mais rápidas e assertivas.

         Um case que ilustra a importância da confiança, em equipe, vem do ex-presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. Após a Crise de 1929, ele reunião um time de especialistas, com republicanos e democratas e pediu soluções rápidas, confiando que eles colocariam o país acima da política. Dessa ação nasceu o New Deal, plano para recuperar a economia. Embora não tenha acabado com a crise, o programa trouxe estabilidade.

         Assim como Roosevelt, os líderes que nasceram da crise ocasionada pela pandemia descobriram o valor da confiança. Mas não apenas isso, eles conseguiram se adaptar rápido. E é isso que se espera das lideranças futuras.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de /belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de14 de novembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 23).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 23 de novembro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Aloisio Araujo e Bruno Ogava, e que merece integral transcrição:

Professor titular da Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE/FGV-RJ) e pesquisador do Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), é assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes

Bacharel em ciências econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutorando na EPGE/FGV-RJ),

“Educação infantil e o novo Fundeb:

três pilares para a eficiência

        O Brasil tem a oportunidade única de romper o ciclo vicioso da pobreza, reduzir a desigualdade de oportunidades, promover o desenvolvimento cognitivo de crianças e incluir mulheres no mercado de trabalho com ampliação de creches e pré-escolas de qualidade. O novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) aumentará expressivamente o dinheiro público disponível para isso. O perigo é uma expansão desordenada da rede de ensino, que não garanta o mínimo de qualidade.

         Para fugir dessa armadinha, é preciso criar um sistema de avaliação capaz de medir os impactos dessa expansão de gastos e aperfeiçoar o ensino. No quadro de restrição fiscal, o melhor é aproveitar estruturas governamentais já existentes para a tarefa. O Inep, órgão responsável por monitorar a qualidade da educação, já realiza pesquisas que podem e devem ser ampliadas para conferir os três pilares de uma revolução educacional.

         O primeiro é aplicar em todo o país um exame que ainda é feito em caráter amostral. A cada dois anos, o Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb) observa a performance dos estudantes. São medidos os impactos da educação infantil nas habilidades cognitivas, como as capacidades de leitura, escrita e matemática. Entretanto, esse exame não avalia representativamente as redes municipais.

         Da mesma forma, o segundo pilar se baseia noutra pesquisa do Inep, o Censo Escolar. Anualmente, são avaliadas a qualidade das instalações e dos professores, além do número de matrículas. É possível saber se há parquinhos, a proporção de crianças por adulto e até o grau de escolaridade dos educadores. No entanto, faltam dados. É possível saber, por exemplo, se é oferecida merenda, mas não se é adequada ou não.

         O terceiro pilar trata de outras dimensões do desenvolvimento que ficam de fora dessas duas pesquisas, como as habilidades socioemocionais e psicomotoras; e funções executivas (atenção e memória). Dificilmente isso pode ser medido numa pesquisa padronizada e centralizada, e não existe um consenso internacional de como fazê-lo.

         Seria preciso criar centros de estudos descentralizados com pedagogos, psicólogo, médicos, neurocientistas, estatísticos e até profissionais de ciências sociais e economia. Fundações de Amparo à Pesquisa e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) podem financiar projetos de pesquisas multidisciplinares com parte dos recursos do Fundeb.

         Só com um sistema mais flexível é possível acompanhar aspectos relevantes da vida das crianças, como a situação médica, a exposição à violência doméstica e dificuldades de aprendizagem, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Com pesquisas de ponta, ainda poderemos avaliar a eficácia de diferentes técnicas de ensino.

         Experiências como a da província de Québec (Canadá) mostram que é possível desperdiçar recursos públicos com investimentos malfeitos. Lá houve a universalização do acesso à educação infantil, mas foi observada uma piora no comportamento e nas habilidades motoras e sociais das crianças. Com mais instrumentos, evitaremos repetir os erros.

         James Heckman, Nobel em Economia em 2000, mostrou que investimentos em educação infantil figuram entre os usos mais eficientes dos recursos públicos. Estão entre as melhores opções para um governo devido a ganhos de produtividade, maior pagamento de impostos, menor uso de serviços sociais, menor taxa de incidência criminal e menor risco de gravidez. O grupo liderado por Heckman mostrou que os resultados são melhores quanto mais cedo os investimentos forem realizados e que isso aumenta a renda familiar no futuro.

         Se o Brasil abraçar os três pilares, garantirá creche e pré-escola de qualidade e romperá o ciclo de pobreza. Pais e, principalmente, mães entrarão no mercado de trabalho. Na prática, o acesso à educação infantil funciona como uma transferência de renda indireta e muda a realidade de um país desigual, onde apenas 23,7% das crianças de 0 a 3 anos das famílias mais pobres frequentam creches e 52,8% das mais ricas têm educação infantil. E esse número não difere a qualidade do ensino que recebem esses dois grupos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 309,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 114,16%; e já o IPCA,  em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,92%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

  

       

 

 

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