“Apoio ao empreendedorismo
feminino é responsabilidade social
As
mulheres representam quase 50% da população mundial. No Brasil, elas já
ultrapassaram essa margem. Segundo dados do Teste Nacional do Censo Demográfico
de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população
brasileira é majoritariamente feminina: 51,7%. Com um impacto demográfico tão
significativo, é natural que as mulheres também sejam destaque no
empreendedorismo. Em nosso país são 30 milhões de mulheres que atuam diariamente
em negócios próprios, são responsáveis pelo sustento do lar e estão à frente do
mercado em busca de inovação, representatividade e igualdade.
No
sábado, 19 de novembro, foi celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino, uma
data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, em uma
iniciativa da ONU Mulheres, para dar voz às empreendedoras e também lutar
contra a desigualdade salarial. Desde então, houve avanços significativos, mas
ainda há muito a ser feito.
O estudo
“Empreendedorismo Feminino no Brasil”, elaborado pelo Sebrae, revela que as
mulheres donas de negócios têm renda inferior à dos homens. Para se ter ideia,
61% delas recebem até um salário mínimo; já entre eles esse índice é de 46%. Em
relação aos empreendedores que faturam acima de cinco salários, os homens
representam 8%, e as mulheres, 5%. Apesar da constante luta pela igualdade, o
Fórum Econômico Mundial afirma que serão necessários 136 anos para que haja
equiparação social e econômica entre homens e mulheres.
Mesmo
com tamanha disparidade, as mulheres empreendedoras destacam-se quanto à
inovação. Um relatório da Fundação Getúlio Vargas nos mostra que elas são mais
ágeis na implementação das novas tecnologias, e 11% disseram ter inovado em
seus negócios durante os momentos críticos da pandemia. Somente 7% dos homens
tiveram comportamento semelhante.
Além da
realização profissional, o empreendedorismo feminino impulsiona transformações
sociais. O sucesso de uma mulher nos negócios abre caminho para outras, já que
mulheres empregam mais mulheres.
Ainda
que as micro e pequenas empresas com gestão feminina tenham baixo índice de
contratação, sempre que é aberta uma oportunidade, as líderes optam por
contratar pessoa do gênero feminino. Além disso, sete em cada dez empreendedoras
possuem sócias mulheres, como revela pesquisa do Instituto Rede Mulher
Empreendedora.
A rede
de apoio e empregabilidade formada por mulheres é uma das ações mais eficazes
para combater a violência doméstica, já que a dependência financeira da vítima
em relação ao agressor é o principal motivo para que ela não rompa o ciclo de
abuso físico e psicológico.
Apoiar,
fomentar e capacitar o empreendedorismo feminino é, acima de tudo, uma
responsabilidade social que deve ser abraçada por investidores, entidades,
poder público e sociedade. Somente a coletividade será capaz de transformar o
mundo e dar às novas gerações de mulheres horizontes de prosperidade.
Incentivar o empreendedorismo feminino hoje é pavimentar o caminho que será
seguido pelas empreendedoras de amanhã.”.
(Marcelo de Souza e Silva. Presidente da Câmara
de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de novembro de 2022, caderno
OPINIÃO, página 20).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 25 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Atletas em combate
O
apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, evoca a figura dos atletas que correm
no estádio em busca de premiação. Lembra que todo atleta se submete a todo tipo
de disciplinas para conquistar seu objetivo. Assim procedem aqueles que buscam
uma coroa perecível, ou mesmo uma taça de caráter transitório, a exemplo do que
ocorre na Copa do Mundo, que entrelaça corações e faz emergir emoções variadas.
Paulo apóstolo evoca a condição do atleta para construir um entendimento sobre
o percurso da fé, marcado por experiências que demandam esforços semelhantes
àqueles assumidos pelos atletas, para que seja possível conquistar o prêmio.
Nota-se, e sublinhe-se a gravidade de um fenômeno: muitos cristãos se envolvem
mais com contextos sociais, políticos e culturais que com a própria fé. Assim,
o empenho para viver a fé se enfraquece. As consequências são muito danosas, a
exemplo da mistura indevida entre ideologia e religião, pela via de
polarizações e disputas. Rifa-se o sentido místico e profético intrínseco à
experiência da fé.
A
pedagogia paulina tem o propósito de cultivar nas mentes e corações que a
vivência autêntica da espiritualidade requer esforço. Sem esse esforço, aqueles
que professam a fé cristã tornam-se sal insípido ou luz escondida. E o mundo dá
sinais do quanto precisa “correr” pelos caminhos da fé. Os cristãos são
desafiados a ser atletas do amor de Deus. Corações sedentos sinalizam a
necessidade de se conseguir percorrer um caminho que os leve a uma fonte se
possa saciar a sede do amor de Deus, sustento e motivação para que todos possam
avançar em suas trajetórias.
Uma
indispensável disciplina é buscar ouvir a Palavra de Deus, fecundando um
humanismo integral, e, assim, superar todo tipo de partidarismo – fundamento
das polarizações. Os cristãos, atletas em combate pelos valores e compromissos
da fé em Jesus, estão, nestes tempos de tantas exigências e demandas,
desafiados a fazer brilhar, com força do testemunho, a luminosidade dos
ensinamentos de Deus. Devem irradiar esses ensinamentos com a própria vida. O
grande esforço é a acolhida do chamado a uma conversão, admitida a importância
de uma grande mudança na sua própria existência. O prêmio dos cristãos atletas
é o amor revelado por Jesus, mestre e salvador. Amor que alavanca conquistas.
Ora, sabe-se que a fé alicerçada no amor configura assertivos critérios para
discernimentos e escolhas. Os corações precisam, pois, ser encharcados pelo
amor, marcando a sociedade com o sabor do Evangelho.
Em
evidência está a importância insubstituível, por um esforço deliberado e
permanente, do testemunho cristão, em todas as circunstâncias da vida. Crer em
Jesus não é vivência a ser mantida na privacidade. Envolve uma dimensão
pública, o testemunho da própria fé, que exige reavivar perenemente o desejo de
estar inserido no seguimento do mestre Jesus, o crucificado ressuscitado.
Assim, a fé autêntica se alimenta do desejo de estar com Ele, Cristo, aquele
que age para que seus discípulos tenham coração aberto, instigado a sempre
procurar os ensinamentos do Mestre. E no coração dos discípulos sempre
despertam princípios ético-morais com força mística e profética, capazes de
conduzir o mundo na direção do amor de Deus.
No
conjunto das disciplinas que desafiam os discípulos de Cristo, indispensável é investir
no conhecimento da doutrina da fé, que introduz o ser humano na totalidade do
mistério do amor de Deus. Importa, pois, uma busca sincera pela compreensão e
vivência do amor que transforma e alicerça a fraternidade universal. A fé pode
levar a uma profunda mudança pessoal e comunitária. Ela tem propriedades para
capacitar a humanidade à vivência de uma profunda comunhão, despertando nos
corações a coragem generosa que alicerça atitudes altruístas. A fé também pode
se desdobrar em uma sabedoria capaz de configurar novo estilo de vida. Os
cristãos, desafiados a ser atletas da fé, são convocados a semear o amor maior,
traduzido em gestos concretos de fraternidade, dedicados especialmente aos
pobres. Os “atletas da fé” têm o dever de se tornar operários de um novo tempo,
combatendo o bom combate pela força do testemunho. A fé, ouro da vida, seja
buscada a partir da grandeza de experiências e testemunhos genuínos,
alicerçados na conduta cristã, aquela que partilha os valores do Evangelho de
Jesus – força perene de transformações.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São,
e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o
nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão
olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal!
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.