sexta-feira, 11 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA INOVAÇÃO, HABILIDADES COMUNICATIVAS E SOCIOEMOCIONAIS, CRIATIVIDADE, HUMANIDADE E EMPREENDEDORISMO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DA SAÚDE E A TRANSCENDÊNCIA DA COP27 NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Inovação na formação de profissionais de saúde

       O estudo global ‘Forças da Mudança: O Futuro da Saúde’, publicado no início de 2019 pela Deloitte, aponta que, em duas décadas, a realidade do setor de saúde será muito diferente da que conhecemos hoje. Até 2040, a transformação digital e o uso cada vez mais intenso de tecnologias emergentes possibilitarão analisar um imenso conjunto de parâmetros para a criação de específicas e altamente personalizadas do bem-estar e da saúde dos pacientes. Além disso, estarão cada vez mais disponíveis softwares, relógios e acessórios de uso pessoal capazes de monitorar a frequência cardíaca, a pressão arterial e outros indicadores médicos, e de alertar usuários e profissionais de saúde quando algum desses índices estiver fora do padrão de normalidade.

         O objetivo é permitir que profissionais de saúde estejam sempre à frente para lidar com situações de crise ou com doenças mais graves. Esse novo cenário de avanço e desenvolvimento tecnológico terá um impacto significativo na indústria de saúde, com a consequente criação de novos papéis e funções.

         Essa tendência escancara e amplifica os desafios da formação de profissionais da área de saúde, em especial aqueles de nível técnico. No atual contexto de recuperação, tanto econômica quanto social, da condição pandêmica, é essencial buscarmos inovar o modelo de serviços de saúde existente, que seja melhorado em relação ao atendimento disponível no período pré-pandêmico. O cenário está ainda associado ao envelhecimento da população e o correspondente crescimento da demanda por técnicos em saúde.

         É essencial, portanto, que as instituições de formação dos profissionais de saúde em nível técnico possibilitem a esses futuros profissionais desenvolver habilidades comunicativas, capacidades comportamentais como iniciativa, criatividade, empreendedorismo, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho. Essas serão competências primordiais para a humanização e para a melhoria da qualidade do atendimento aos usuários dos serviços de saúde.

         Será necessário que os alunos, além de conhecerem os procedimentos técnicos, desenvolvam também uma visão crítica em relação ao trabalho e a sociedade atual, articulando o conhecimento específico de seu trabalho com o uso de novas tecnologias da comunicação e da informação.

         Esse é, ao mesmo tempo, um momento de desafios, mas também de oportunidades e de fortalecimento da formação técnica de saúde. Ainda que o processo de adaptação e criação de alternativas seja complexo, abrem-se possibilidades e caminhos para o aprimoramento da formação técnica e do sistema de saúde como um todo.”.

(Claudiney Luís Ferreira. Docente do curso de pós-graduação em gestão de negócios em saúde do Senac, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de novembro de 2022, mesmo caderno, página 18, de autoria de João Guilherme Sabino Ometto, empresário e membro da Academia Nacional de Agricultura (ANA), e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil e a COP27

       A COP27 no Egito será determinante para uma agenda na qual é crucial o êxito do Brasil. O evento da ONU ganhou maior significado a partir do relatório divulgado em fevereiro pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), com mais dados concretos e alertas graves sobre os efeitos do aquecimento terrestre.

         Não restam dúvidas de que são prementes ações efetivas para viabilizar as metas de alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e limitar a 1,5ºC o aumento da temperatura do planeta. Somente a assinatura dos documentos pelos governos na COP26, na Escócia, em 2021, não promoverá as mudanças necessárias. É preciso cumprir o que foi acordado, incluindo mais apoio aos países em desenvolvimento.

         As desculpas de plantão foram a pandemia e as dificuldades econômicas em todo o mundo, agravadas pela guerra entre a Rússia e Ucrânia. Enquanto isso, ondas de calor intenso no Hemisfério Norte, enchentes, frio anormal e outras intempéries exacerbadas pelas mudanças do clima, inclusive no nosso país, tornam-se ameaças crescentes.

         Nesse cenário, o Brasil precisa e tem plenas condições de retomar seu papel de protagonista na agenda mundial do meio ambiente. Sem ufanismo e demagogia, mas fazendo justiça à realidade, em termos práticos estamos à frente de muitas nações desenvolvidas na redução da emissão de carbono, pois temos energia hidrelétrica, biocombustíveis e estamos avançando cada vez mais nas fontes eólica e solar. É pertinente lembrar que lideramos o debate do clima, apresentando o renovável etanol na ECO92, e, na Rio+20, levantamos os alertas contra o aquecimento global.

         É fundamental mostra o que fazemos e nossos diferenciais no campo da sustentabilidade. Segundo estudos sobre agricultura e preservação ambiental realizados pela Embrapa Territorial, a partir principalmente dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), de 2021, 66% do território nacional está coberto por vegetação nativa, e apenas 30,2% da área total do Brasil é ocupada com produção agrícola, florestas plantadas e pastagem. Dentro das propriedades rurais destina-se a preservação ambiental, uma área equivalente a 33,2% do país. Em nossa matriz energética, 44,7%, contra 14,1% na média mundial, provêm de fontes renováveis, sendo 16,4% referentes ao setor sucroenergético (Balanço Energético Nacional – BEM/EPE, 2022).

Esses são números reais. Precisamos apenas solucionar problemas ambientais internos, que prejudicam o país como um todo e criam espaço para críticas e generalizações injustas sobre como o Brasil, sua população e seus produtores rurais lidam com a questão. São duas as medidas prioritárias. A primeira é uma nova e firme atitude referente à região amazônica, ao Pantanal mato-grossense e a outros santuários visando conter o desmatamento ilegal e as queimadas criminosas. Precisamos da floresta em pé para promover atividades econômicas sustentáveis, gerar empregos e renda para a população regional.

A segunda ação diz respeito a realizar todo o potencial dos nossos produtores rurais na emissão de títulos verdes, cujas possibilidades são amplas, considerando as imensas áreas preservadas nas propriedades e o percentual pequeno utilizado para as culturas. Os valores são estimados em R$ 700 bilhões até 2030, conforme a Climate BondsInitiative (CBI).

Os segmentos florestal, agrícola, pecuária e de bioenergia são os que apresentam maior potencial para captar esses recursos nos próximos oito anos. Ora, se os países ricos admitem nossa capacidade de emitir esses títulos, está implícito para eles que temos correspondentes ativos ambientais. Não estamos dando um cheque sem fundo ecológico.

Para concretizar essa possibilidade, de modo que os produtores possam capitalizar todo o investimento que têm feito em tecnologia, preservação de grandes áreas e produção sustentável, precisamos avançar na regularização ambiental e conferir efetividade ao Código Florestal, cuja aplicabilidade foi retardada pela excessiva judicialização.

Somente em 2018 o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a constitucionalidade da maioria dos seus dispositivos. Também é preciso concluir todo o processo relativo ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e dar seguimento ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Recuperar os atrasos nessa importante agenda é uma responsabilidade enfática dos governantes e parlamentares a serem empossados em janeiro próximo. Trata-se de prioridade para resgatar nosso protagonismo nas questões relativas ao clima e capitalizar as concretas oportunidades que temos de converter nossos diferenciais ambientais em renda, investimento, empregos e inclusão social.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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