“Inovação na formação de profissionais de saúde
O
estudo global ‘Forças da Mudança: O Futuro da Saúde’, publicado no início de
2019 pela Deloitte, aponta que, em duas décadas, a realidade do setor de saúde
será muito diferente da que conhecemos hoje. Até 2040, a transformação digital
e o uso cada vez mais intenso de tecnologias emergentes possibilitarão analisar
um imenso conjunto de parâmetros para a criação de específicas e altamente
personalizadas do bem-estar e da saúde dos pacientes. Além disso, estarão cada
vez mais disponíveis softwares, relógios e acessórios de uso pessoal capazes de
monitorar a frequência cardíaca, a pressão arterial e outros indicadores
médicos, e de alertar usuários e profissionais de saúde quando algum desses
índices estiver fora do padrão de normalidade.
O
objetivo é permitir que profissionais de saúde estejam sempre à frente para
lidar com situações de crise ou com doenças mais graves. Esse novo cenário de
avanço e desenvolvimento tecnológico terá um impacto significativo na indústria
de saúde, com a consequente criação de novos papéis e funções.
Essa
tendência escancara e amplifica os desafios da formação de profissionais da
área de saúde, em especial aqueles de nível técnico. No atual contexto de
recuperação, tanto econômica quanto social, da condição pandêmica, é essencial
buscarmos inovar o modelo de serviços de saúde existente, que seja melhorado em
relação ao atendimento disponível no período pré-pandêmico. O cenário está
ainda associado ao envelhecimento da população e o correspondente crescimento
da demanda por técnicos em saúde.
É
essencial, portanto, que as instituições de formação dos profissionais de saúde
em nível técnico possibilitem a esses futuros profissionais desenvolver
habilidades comunicativas, capacidades comportamentais como iniciativa,
criatividade, empreendedorismo, vontade de aprender, abertura às mudanças e
consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho. Essas serão
competências primordiais para a humanização e para a melhoria da qualidade do
atendimento aos usuários dos serviços de saúde.
Será
necessário que os alunos, além de conhecerem os procedimentos técnicos,
desenvolvam também uma visão crítica em relação ao trabalho e a sociedade
atual, articulando o conhecimento específico de seu trabalho com o uso de novas
tecnologias da comunicação e da informação.
Esse é,
ao mesmo tempo, um momento de desafios, mas também de oportunidades e de
fortalecimento da formação técnica de saúde. Ainda que o processo de adaptação
e criação de alternativas seja complexo, abrem-se possibilidades e caminhos
para o aprimoramento da formação técnica e do sistema de saúde como um todo.”.
(Claudiney Luís Ferreira. Docente do curso de
pós-graduação em gestão de negócios em saúde do Senac, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO,
página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no mesmo veículo, edição de 8 de novembro de 2022, mesmo caderno,
página 18, de autoria de João Guilherme Sabino Ometto, empresário e
membro da Academia Nacional de Agricultura (ANA), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Brasil e a COP27
A
COP27 no Egito será determinante para uma agenda na qual é crucial o êxito do
Brasil. O evento da ONU ganhou maior significado a partir do relatório
divulgado em fevereiro pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC), com mais dados concretos e alertas graves sobre os efeitos do
aquecimento terrestre.
Não
restam dúvidas de que são prementes ações efetivas para viabilizar as metas de
alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e limitar a 1,5ºC o aumento da
temperatura do planeta. Somente a assinatura dos documentos pelos governos na
COP26, na Escócia, em 2021, não promoverá as mudanças necessárias. É preciso
cumprir o que foi acordado, incluindo mais apoio aos países em desenvolvimento.
As
desculpas de plantão foram a pandemia e as dificuldades econômicas em todo o
mundo, agravadas pela guerra entre a Rússia e Ucrânia. Enquanto isso, ondas de
calor intenso no Hemisfério Norte, enchentes, frio anormal e outras intempéries
exacerbadas pelas mudanças do clima, inclusive no nosso país, tornam-se ameaças
crescentes.
Nesse
cenário, o Brasil precisa e tem plenas condições de retomar seu papel de
protagonista na agenda mundial do meio ambiente. Sem ufanismo e demagogia, mas
fazendo justiça à realidade, em termos práticos estamos à frente de muitas
nações desenvolvidas na redução da emissão de carbono, pois temos energia
hidrelétrica, biocombustíveis e estamos avançando cada vez mais nas fontes
eólica e solar. É pertinente lembrar que lideramos o debate do clima,
apresentando o renovável etanol na ECO92, e, na Rio+20, levantamos os alertas
contra o aquecimento global.
É
fundamental mostra o que fazemos e nossos diferenciais no campo da
sustentabilidade. Segundo estudos sobre agricultura e preservação ambiental
realizados pela Embrapa Territorial, a partir principalmente dos dados do
Cadastro Ambiental Rural (CAR), de 2021, 66% do território nacional está
coberto por vegetação nativa, e apenas 30,2% da área total do Brasil é ocupada
com produção agrícola, florestas plantadas e pastagem. Dentro das propriedades
rurais destina-se a preservação ambiental, uma área equivalente a 33,2% do
país. Em nossa matriz energética, 44,7%, contra 14,1% na média mundial, provêm
de fontes renováveis, sendo 16,4% referentes ao setor sucroenergético (Balanço
Energético Nacional – BEM/EPE, 2022).
Esses são números reais.
Precisamos apenas solucionar problemas ambientais internos, que prejudicam o
país como um todo e criam espaço para críticas e generalizações injustas sobre
como o Brasil, sua população e seus produtores rurais lidam com a questão. São
duas as medidas prioritárias. A primeira é uma nova e firme atitude referente à
região amazônica, ao Pantanal mato-grossense e a outros santuários visando
conter o desmatamento ilegal e as queimadas criminosas. Precisamos da floresta
em pé para promover atividades econômicas sustentáveis, gerar empregos e renda
para a população regional.
A segunda ação diz
respeito a realizar todo o potencial dos nossos produtores rurais na emissão de
títulos verdes, cujas possibilidades são amplas, considerando as imensas áreas
preservadas nas propriedades e o percentual pequeno utilizado para as culturas.
Os valores são estimados em R$ 700 bilhões até 2030, conforme a Climate
BondsInitiative (CBI).
Os segmentos florestal,
agrícola, pecuária e de bioenergia são os que apresentam maior potencial para
captar esses recursos nos próximos oito anos. Ora, se os países ricos admitem
nossa capacidade de emitir esses títulos, está implícito para eles que temos
correspondentes ativos ambientais. Não estamos dando um cheque sem fundo
ecológico.
Para concretizar essa
possibilidade, de modo que os produtores possam capitalizar todo o investimento
que têm feito em tecnologia, preservação de grandes áreas e produção
sustentável, precisamos avançar na regularização ambiental e conferir
efetividade ao Código Florestal, cuja aplicabilidade foi retardada pela
excessiva judicialização.
Somente em 2018 o Supremo
Tribunal Federal (STF) declarou a constitucionalidade da maioria dos seus
dispositivos. Também é preciso concluir todo o processo relativo ao Cadastro
Ambiental Rural (CAR) e dar seguimento ao Programa de Regularização Ambiental
(PRA).
Recuperar os atrasos
nessa importante agenda é uma responsabilidade enfática dos governantes e
parlamentares a serem empossados em janeiro próximo. Trata-se de prioridade
para resgatar nosso protagonismo nas questões relativas ao clima e capitalizar
as concretas oportunidades que temos de converter nossos diferenciais
ambientais em renda, investimento, empregos e inclusão social.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade,
em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da
modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos
aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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