terça-feira, 29 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DO EMPREENDEDORISMO FEMININO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, ALTRUÍSMO, SABEDORIA E HUMANISMO INTEGRAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Apoio ao empreendedorismo

  feminino é responsabilidade social

       As mulheres representam quase 50% da população mundial. No Brasil, elas já ultrapassaram essa margem. Segundo dados do Teste Nacional do Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é majoritariamente feminina: 51,7%. Com um impacto demográfico tão significativo, é natural que as mulheres também sejam destaque no empreendedorismo. Em nosso país são 30 milhões de mulheres que atuam diariamente em negócios próprios, são responsáveis pelo sustento do lar e estão à frente do mercado em busca de inovação, representatividade e igualdade.

         No sábado, 19 de novembro, foi celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino, uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, em uma iniciativa da ONU Mulheres, para dar voz às empreendedoras e também lutar contra a desigualdade salarial. Desde então, houve avanços significativos, mas ainda há muito a ser feito.

         O estudo “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, elaborado pelo Sebrae, revela que as mulheres donas de negócios têm renda inferior à dos homens. Para se ter ideia, 61% delas recebem até um salário mínimo; já entre eles esse índice é de 46%. Em relação aos empreendedores que faturam acima de cinco salários, os homens representam 8%, e as mulheres, 5%. Apesar da constante luta pela igualdade, o Fórum Econômico Mundial afirma que serão necessários 136 anos para que haja equiparação social e econômica entre homens e mulheres.

         Mesmo com tamanha disparidade, as mulheres empreendedoras destacam-se quanto à inovação. Um relatório da Fundação Getúlio Vargas nos mostra que elas são mais ágeis na implementação das novas tecnologias, e 11% disseram ter inovado em seus negócios durante os momentos críticos da pandemia. Somente 7% dos homens tiveram comportamento semelhante.

         Além da realização profissional, o empreendedorismo feminino impulsiona transformações sociais. O sucesso de uma mulher nos negócios abre caminho para outras, já que mulheres empregam mais mulheres.

         Ainda que as micro e pequenas empresas com gestão feminina tenham baixo índice de contratação, sempre que é aberta uma oportunidade, as líderes optam por contratar pessoa do gênero feminino. Além disso, sete em cada dez empreendedoras possuem sócias mulheres, como revela pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora.

         A rede de apoio e empregabilidade formada por mulheres é uma das ações mais eficazes para combater a violência doméstica, já que a dependência financeira da vítima em relação ao agressor é o principal motivo para que ela não rompa o ciclo de abuso físico e psicológico.

         Apoiar, fomentar e capacitar o empreendedorismo feminino é, acima de tudo, uma responsabilidade social que deve ser abraçada por investidores, entidades, poder público e sociedade. Somente a coletividade será capaz de transformar o mundo e dar às novas gerações de mulheres horizontes de prosperidade. Incentivar o empreendedorismo feminino hoje é pavimentar o caminho que será seguido pelas empreendedoras de amanhã.”.

(Marcelo de Souza e Silva. Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 25 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Atletas em combate

       O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, evoca a figura dos atletas que correm no estádio em busca de premiação. Lembra que todo atleta se submete a todo tipo de disciplinas para conquistar seu objetivo. Assim procedem aqueles que buscam uma coroa perecível, ou mesmo uma taça de caráter transitório, a exemplo do que ocorre na Copa do Mundo, que entrelaça corações e faz emergir emoções variadas. Paulo apóstolo evoca a condição do atleta para construir um entendimento sobre o percurso da fé, marcado por experiências que demandam esforços semelhantes àqueles assumidos pelos atletas, para que seja possível conquistar o prêmio. Nota-se, e sublinhe-se a gravidade de um fenômeno: muitos cristãos se envolvem mais com contextos sociais, políticos e culturais que com a própria fé. Assim, o empenho para viver a fé se enfraquece. As consequências são muito danosas, a exemplo da mistura indevida entre ideologia e religião, pela via de polarizações e disputas. Rifa-se o sentido místico e profético intrínseco à experiência da fé.

         A pedagogia paulina tem o propósito de cultivar nas mentes e corações que a vivência autêntica da espiritualidade requer esforço. Sem esse esforço, aqueles que professam a fé cristã tornam-se sal insípido ou luz escondida. E o mundo dá sinais do quanto precisa “correr” pelos caminhos da fé. Os cristãos são desafiados a ser atletas do amor de Deus. Corações sedentos sinalizam a necessidade de se conseguir percorrer um caminho que os leve a uma fonte se possa saciar a sede do amor de Deus, sustento e motivação para que todos possam avançar em suas trajetórias.

         Uma indispensável disciplina é buscar ouvir a Palavra de Deus, fecundando um humanismo integral, e, assim, superar todo tipo de partidarismo – fundamento das polarizações. Os cristãos, atletas em combate pelos valores e compromissos da fé em Jesus, estão, nestes tempos de tantas exigências e demandas, desafiados a fazer brilhar, com força do testemunho, a luminosidade dos ensinamentos de Deus. Devem irradiar esses ensinamentos com a própria vida. O grande esforço é a acolhida do chamado a uma conversão, admitida a importância de uma grande mudança na sua própria existência. O prêmio dos cristãos atletas é o amor revelado por Jesus, mestre e salvador. Amor que alavanca conquistas. Ora, sabe-se que a fé alicerçada no amor configura assertivos critérios para discernimentos e escolhas. Os corações precisam, pois, ser encharcados pelo amor, marcando a sociedade com o sabor do Evangelho.

         Em evidência está a importância insubstituível, por um esforço deliberado e permanente, do testemunho cristão, em todas as circunstâncias da vida. Crer em Jesus não é vivência a ser mantida na privacidade. Envolve uma dimensão pública, o testemunho da própria fé, que exige reavivar perenemente o desejo de estar inserido no seguimento do mestre Jesus, o crucificado ressuscitado. Assim, a fé autêntica se alimenta do desejo de estar com Ele, Cristo, aquele que age para que seus discípulos tenham coração aberto, instigado a sempre procurar os ensinamentos do Mestre. E no coração dos discípulos sempre despertam princípios ético-morais com força mística e profética, capazes de conduzir o mundo na direção do amor de Deus.

         No conjunto das disciplinas que desafiam os discípulos de Cristo, indispensável é investir no conhecimento da doutrina da fé, que introduz o ser humano na totalidade do mistério do amor de Deus. Importa, pois, uma busca sincera pela compreensão e vivência do amor que transforma e alicerça a fraternidade universal. A fé pode levar a uma profunda mudança pessoal e comunitária. Ela tem propriedades para capacitar a humanidade à vivência de uma profunda comunhão, despertando nos corações a coragem generosa que alicerça atitudes altruístas. A fé também pode se desdobrar em uma sabedoria capaz de configurar novo estilo de vida. Os cristãos, desafiados a ser atletas da fé, são convocados a semear o amor maior, traduzido em gestos concretos de fraternidade, dedicados especialmente aos pobres. Os “atletas da fé” têm o dever de se tornar operários de um novo tempo, combatendo o bom combate pela força do testemunho. A fé, ouro da vida, seja buscada a partir da grandeza de experiências e testemunhos genuínos, alicerçados na conduta cristã, aquela que partilha os valores do Evangelho de Jesus – força perene de transformações.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

   

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