“ESG: trabalhador no centro das atenções
O
mercado de capitais estabeleceu um termo para determinados ativos que
simplesmente se popularizou mundo afora. O cuidado das empresas com a
governança agora vem condensado nos conceitos do ESG (sigla em inglês de
Environmental, Social and Governance, ou, na tradução, Ambiental, Social e
Governança). Grandes empresas que investem pesado em ações que proporcionam
impactos positivos nesses setores acabam oferecendo aos investidores mais
segurança institucional, diminuindo a exposição das empresas a grandes riscos.
Em certo
grau, a lógica é simples: uma instituição que joga para debaixo do tapete as
consequências de seus agentes poluentes, por exemplo, pode se sujeitar a
sanções governamentais, como aplicações de multas, que colocam em xeque a
imagem e, por conseguinte, a saúde financeira da companhia. Do mesmo modo, o
desprezo aos impactos ambientais gerados na comunidade localizada no seu
entorno vem sendo visto como uma prática de gestão irresponsável e nefasta, que
evidencia o foco no lucro acima de qualquer princípio ecológico.
É esse
tipo de mentalidade administrativa que o ESG gradativamente vem derrubando. Os
resultados são nítidos. As corporações que promovem boas práticas na esfera
social, a partir do cultivo e da implementação de valores ambientais
efetivamente transformadores, angariam um “valuation” junto ao próprio mercado
que nascem no seu senso de sustentabilidade.
Mas a
sustentabilidade é muito além da preocupação com o meio ambiente. O ESG também
colocando no centro das inovações a forma como a saúde do trabalhador é
essencial não apenas para ele, como também para a reputação da empresa e para a
comunidade afetada diretamente por sua atividade. Por isso, o ESG tem levado as
instituições a combater com maior veemência os riscos de acidentes,
implementando um Gerenciamento de Riscos Operacionais (GRO), bem como Estudos
de Análise de Riscos (EAR).
Essas
etapas são determinantes para se estabelecer um Plano de Ação em Emergência
(PAE), que cumpra com protocolos importantes, como o Laudo de Insalubridade e
Periculosidade (LIP). Essa sopa de letrinhas faz parte do processo, que
realmente é complexo, mas todas são componentes de políticas de gestão de
riscos que ganham ainda mais peso quando ocorre num ambiente gerenciado pelos
princípios do ESG.
A
sociedade global hoje tem olhos de lince quando se trata do comportamento das
empresas. Vale lembrar que estamos numa era em que as pessoas não querem mais
consumir produtos, mas vivenciar experiências positivas com as marcas. Isso
implica também saber o que elas fazem, quais são seus valores e o que promovem,
antes de tomar a decisão se vale ou não a pena vestir sua camisa. O respeito à
saúde de seus colaboradores também passa por essa decisão.”.
(Richart Regner. Advogado do escritório BLJ
Direito e Negócios, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 2 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 11 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral
transcrição:
“A luz de um congresso
Congressos
compõem a engenharia do conhecimento, a oportunidade da troca de experiências
com possibilidades de inovações nos serviços e nas soluções que abrem caminhos.
Podem ajudar, assim, instituições no cumprimento de sua missão. Por isso mesmo,
a Igreja também promove congressos, de muitos modos, com variados alcances, a
partir de suas muitas instituições, particularmente aquelas nos campos
educativo e científico. Desde o dia 11 de novembro até o próximo dia 15, a
Igreja Católica, no Brasil, sob o patrocínio mais direto da Arquidiocese de
Olinda e Recife, Pernambuco, com envolvimentos significativos e de diferentes
alcances, realiza o 18º Congresso Eucarístico Nacional. Uma tradição que
remonta ao ano de 1933, quando aconteceu a primeira edição, em São Salvador da
Bahia. O segundo Congresso, já em 1936, foi acolhido em Belo Horizonte, seguido
de outras importantes edições, em diferentes regiões do Brasil. Cada encontro,
configurado por densa programação espiritual, artística, cultural, precedido de
longo tempo de preparação, oferece oportunidade para revisitar o centro e o
ápice da vida cristão católica, explicitação de incontestável verdade da fé: a
Igreja nasce e vive da Eucaristia. Verdade intocável, que reconhece a
centralidade do sacrifício redentor de Cristo, Senhor e Salvador, alicerce da
identidade e missão da Igreja.
Assim,
cada edição do Congresso Eucarístico é oportunidade de novos encontros que
revitalizam e fecundam a missão da Igreja, a partir de sua tradição bimilenar.
Ao revisitar suas fontes, a Igreja contribui para fazer emergir aquilo que é
novo e inovador, particularmente, no tecido experiencial e espiritual dos
participantes de cada Congresso, de suas comunidades de fé, revigorando a
missão de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Fundamental é compreender,
celebrar e vivenciar, sempre e cada vez mais, a Eucaristia – realidade
salvífica da doação que Jesus faz de si mesmo, revelando o amor infinito de
Deus por homens e mulheres, seus filhos e filhas. A entrega de Cristo na cruz,
sua morte e ressureição, devem se desdobrar, com fortes incidências no
compromisso de cada pessoa com a fraternidade.
A
Eucaristia – celebrada e professada – se alicerça no amor ininterrupto de
Jesus, que constitui parâmetros para a vida do mundo, a organização da sociedade,
a partir de gestos concretos de fraternidade universal, capazes de consolidar
um mundo de mais justiça e paz. Contracena no Congresso Eucarístico Nacional o
mesmo enlevo que deve ter se apoderado do coração dos discípulos nos primórdios
da Igreja, há mais de dois mil anos: o compromisso com uma vida mais fraterna.
Assim, o horizonte do Congresso Eucarístico Nacional no Recife está emoldurado
pelo tema “Pão em todas as mesas”. A vivência do mistério da Eucaristia, com
autenticidade, impulsiona na direção corajosa e profética de lutar para que
haja pão em todas as mesas. Meta concreta e muito pertinente quando se
considera o grave momento atual da sociedade brasileira, com milhões de pessoas
submetidas à fome ou à insegurança alimentar.
O enlevo
eucarístico, indispensável e insubstituível, incomparável a qualquer outra
experiência humana e espiritual, é caminho para efetivar verdadeiro e duradouro
sentido de solidariedade, que conduz o mundo em direção ao amor fraterno. A
Eucaristia, pois, na beleza do seu ritual, é a experiência de um encontro
transformador, que renova o coração humano, ao alimentá-lo com a verdade.
A Igreja testemunha que na Eucaristia está o seu centro vital, a partir também da realização de um Congresso Eucarístico, para anunciar a todos que Deus é amor. Cada dia, sempre e de novo, a Igreja se alimenta de Cristo, anunciando que o Mestre se fez alimento, de verdade, para todos, um dom de Deus. A fé da Igreja é essencialmente eucarística. E o mistério da Eucaristia tem profundas, corajosas posturas, alicerçadas na generosidade e na solidariedade. Corajosas posturas pedidas pela sociedade, para que seja garantido pão em todas as mesas, desafio das instâncias governamentais que exige, ainda, corajosa lucidez das instituições. A falta de pão a muitas pessoas revela a fragilidade da atual organização social. Expõe a necessidade de uma lógica espiritual capaz de mudar cenários, de resgatas a dignidade de cada ser humano.
Em um
momento delicado da sociedade, o Congresso Eucarístico Nacional pode contribuir
para a abertura de um novo ciclo nos entendimentos sociais e políticos, pela
iluminação de motivações que ultrapassam as estreitezas de certas discussões,
para fazer valer lógicas enraizadas na espiritualidade eucarística. “Pão em
todas as mesas”, tema do 18º Congresso Eucarístico Nacional, convoca cristãos
católicos a caminharem de mãos dadas com as pessoas de boa vontade. Todos se
iluminarem pelo mistério inigualável do amor de Deus. Assim, podem ser
superados estreitamentos preconceituosos e prejudiciais, para a construção de
um novo modo de se viver na casa comum, alicerçado no amor. A convocação “pão
em todas as mesas” remeta a gestos fraternos e solidários, dando novo vigor
missionário à Igreja, novo rumo à sociedade brasileira, pela força do amor de
Deus.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído
com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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