terça-feira, 22 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS SOLUÇÕES LIMPAS, NEUTRALIDADE CARBÔNICA E EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA, FÉ, JUSTIÇA, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA E FRATERNIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Soluções limpas para o meio ambiente

       Escrevo estas palavras enquanto aguardo o embarque no aeroporto de Belo Horizonte, no voo que me levará com destino a Lisboa. Diante de mim, o pátio do aeroporto de Confins está repleto de aviões, e sucedem-se as decolagens e aterragens a um ritmo que impressiona. Sem dúvida que, nos dias de hoje, a circulação de bens, pessoas e mercadorias ocorre a uma velocidade verdadeiramente vertiginosa, impulsionando o incremento das transações comerciais e o crescimento econômico das nações.

         E é nessa realidade que, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico, temos assistido a uma profunda transformação no planeta Terra em geral. Hoje, temos consciência de que têm sido provocados graves (quiçá irreversíveis) danos ambientais, que poderão ameaçar a sustentabilidade futura do nosso planeta.

         É o momento de cada um, individualmente, e a sociedade, em geral, assumirem a responsabilidade de tornar o nosso planeta mais sustentável e ecologicamente mais correto para o bem-estar das gerações futuras. Em tudo aquilo que fizermos cotidianamente devemos colocar a questão: que consequências poderão advir para o ambiente?

         Sabemos que uma das principais questões que podem condicionar a sustentabilidade do planeta Terra está relacionada com a emissão de gases de efeito estufa. Vivemos momentos de profundas mudanças  nas nossas vidas e nosso cotidiano e sem dúvida que uma das maiores revoluções a que a humanidade irá assistir nas próximas décadas está ligada à neutralidade carbônica e à eliminação de emissões de gases com efeito estufa.

         Nós estamos empenhados em dar nossa contribuição nesse desígnio e não deixaremos de colocar todos os esforços que forem necessários para atingirmos esses objetivos. Temos consciência de que o nosso sucesso futuro estará intimamente relacionado com as nossas ações e medidas que a nossa organização adotar para melhorar o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta Terra.

         Também na engenharia geotécnica e na engenharia de fundações será necessário seguir esse caminho: buscarmos soluções mais limpas e menos evasivas, que minimizem o impacto no meio onde forem executados os projetos e obras.

         Um exemplo é o desenvolvimento de projetos de fundações com recurso a estacas helicoidais. É uma solução de fundações de fácil e rápida execução, com um largo espectro de aplicações, cuja principal vantagem é sem dúvida o fato de dispensar o uso de produtos como betão (concreto) ou cimento, e, portanto, com uma menor pegada de carbono.

         Como diz Ailton Krenak Krenak: “Os humanos se distanciaram da Terra, como um filho que tem vergonha da mãe”. Não tenhamos vergonha de a amar.”.

(Nelson Beiró. Administrador global da Geocontrole, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 18 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Entrar pela porta da fé

       Entrar pela porta da fé é uma indicação preciosa, particularmente para os cristãos, pois, no Brasil, são urgentes os funcionamentos e as soluções coerentes com os ensinamentos de Jesus Cristo Cristo. Aqueles que seguem Jesus são desafiados a não agir na contramão do Evangelho do Mestre. Os cristãos sabem, pois assim ensina a sua mística bimilenar, não existir aqui uma cidade permanente, definitiva. Essa transitoriedade não desobriga os cristãos de uma tarefa inegociável: fecundar o caminho com o sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Mas o que se verifica é justamente o abandono de horizontes indicados pelo Evangelho, carta magna dos cristãos. O desafio é recuperar as raízes e as experiências que se alicerçam na fé para corrigir descompassos e fazer vigorar o bem comum, com a efetiva e urgente superação das muitas violências. Sublinhe-se que o contexto político, particularmente o campo político-partidário, está deturpando o sentido da vida cristã, selecionando alguns valores a serem defendidos, enquanto desconsidera muitos outros princípios do Evangelho igualmente importantes.

         A cidadania emoldurada pela vida cristã deve ser promotora de entendimentos, costurando diferenças, compreendendo-as como riquezas, para superar todo tipo de intolerância. Os cristãos sabem, por sua fé marcada pelo martírio, humanamente avaliado como fracasso, que sua vitória percorre outros caminhos. Seus ganhos não são meramente políticos. Vão além de limites humanos, para superar ódios, promover reconciliações e encontrar efetivos caminhos para a paz – dom de Deus. Mas contata-se o preocupante recrudescimento da intolerância religiosa, não raramente camuflada de intolerância política. Urgente é a lucidez para compreender que não serão alcançados avanços na sociedade brasileira por meio de imposições, rupturas de princípios ou confusões ideológicas que inviabilizem o diálogo, tornando impraticável a convivência humana.

         A força cristã, em articulação com outros segmentos da sociedade, precisa ser efetiva contribuição que leve a mudanças necessárias, com celeridade. Para contribuir com essas mudanças, o entendimento político do cidadão deve ser refinado pelos fundamentos da fé em Jesus, sem distorcê-los para justificar o injustificável. A fé autêntica e fecunda traz como exigência a defesa da vida em todas as suas etapas – da concepção até a morte natural. E a “porta” da fé é a “entrada” dos cristãos. Ela é mais importante que o caminho de partidos políticos, de suas opções e ideologias. Mais importante também que as afinidades e empatias pessoais. Da fé cristã, não de pode perder as suas propriedades de universalidade, fraternidade e respeito. Dizer-se cristão, ignorando a porta da fé, sua única entrada na consideração do conjunto da vida, é correr o risco de ações abomináveis.

         A porta da fé está aberta na medida em que o cristão se deixa plasmar pela força da Palavra de Des, em uma escuta amorosa e fiel de Jesus, jamais, e por nenhuma razão, substituindo-o por outras pessoas e por outras razões. Os cristãos, ao ingressarem nas diferentes dinâmicas sociais, o fazem pela porta da fé: um caminho cujas razões vêm do amor de Deus – desdobrado, ainda que em situações de embate, no amor ao próximo. A atitude de entrar pela porta da fé inclui o respeito a direitos e à justiça, sem polarizações, sem a adoção de mecanismos irracionais, desdobrados em hostilizações e desrespeitos. Os cidadãos cristãos são convocados, neste momento, a descobrir o caminho da fé para que a pessoa de Jesus Cristo, efetivamente, projete uma luz amorosa nas mentes, configurando cidadanias qualificadas e civilizadas.

         É um risco quando os cristãos se preocupam mais com as consequências sociais, políticas, econômicas e culturais da fé do que com a própria fé, substituída por outras opções e configurações. Consequentemente, o cidadão pode se tornar muito político e pouco cristão, buscando envolver-se apenas em disputas ideológicas. Compreende-se a razão de o tecido social e político estar tão corroído, sem receber as ricas contribuições que a fé cristã pode oferecer, de modo único e qualificado, para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. A fé cristã, pelo testemunho lúcido e profético dos cristãos, está desafiada a contribuir mais efetivamente por um mundo melhor, a partir de seus princípios, incidindo sobre o entendimento político cidadão. Há o risco de se ser sal insípido e inodoro, uma luz que não ilumina. É hora, urgente, de cristãos atravessarem a porta da fé para qualificar a sua cidadania e, com amor, contribuir sempre mais com a sociedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

          

 

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