“Soluções limpas para o meio ambiente
Escrevo
estas palavras enquanto aguardo o embarque no aeroporto de Belo Horizonte, no
voo que me levará com destino a Lisboa. Diante de mim, o pátio do aeroporto de
Confins está repleto de aviões, e sucedem-se as decolagens e aterragens a um
ritmo que impressiona. Sem dúvida que, nos dias de hoje, a circulação de bens,
pessoas e mercadorias ocorre a uma velocidade verdadeiramente vertiginosa,
impulsionando o incremento das transações comerciais e o crescimento econômico
das nações.
E é
nessa realidade que, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico, temos
assistido a uma profunda transformação no planeta Terra em geral. Hoje, temos
consciência de que têm sido provocados graves (quiçá irreversíveis) danos
ambientais, que poderão ameaçar a sustentabilidade futura do nosso planeta.
É o
momento de cada um, individualmente, e a sociedade, em geral, assumirem a
responsabilidade de tornar o nosso planeta mais sustentável e ecologicamente
mais correto para o bem-estar das gerações futuras. Em tudo aquilo que fizermos
cotidianamente devemos colocar a questão: que consequências poderão advir para
o ambiente?
Sabemos
que uma das principais questões que podem condicionar a sustentabilidade do
planeta Terra está relacionada com a emissão de gases de efeito estufa. Vivemos
momentos de profundas mudanças nas
nossas vidas e nosso cotidiano e sem dúvida que uma das maiores revoluções a
que a humanidade irá assistir nas próximas décadas está ligada à neutralidade
carbônica e à eliminação de emissões de gases com efeito estufa.
Nós
estamos empenhados em dar nossa contribuição nesse desígnio e não deixaremos de
colocar todos os esforços que forem necessários para atingirmos esses
objetivos. Temos consciência de que o nosso sucesso futuro estará intimamente
relacionado com as nossas ações e medidas que a nossa organização adotar para
melhorar o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta Terra.
Também
na engenharia geotécnica e na engenharia de fundações será necessário seguir
esse caminho: buscarmos soluções mais limpas e menos evasivas, que minimizem o
impacto no meio onde forem executados os projetos e obras.
Um
exemplo é o desenvolvimento de projetos de fundações com recurso a estacas
helicoidais. É uma solução de fundações de fácil e rápida execução, com um
largo espectro de aplicações, cuja principal vantagem é sem dúvida o fato de
dispensar o uso de produtos como betão (concreto) ou cimento, e, portanto, com
uma menor pegada de carbono.
Como diz
Ailton Krenak Krenak: “Os humanos se distanciaram da Terra, como um filho que
tem vergonha da mãe”. Não tenhamos vergonha de a amar.”.
(Nelson Beiró. Administrador global da
Geocontrole, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 2 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 18 de novembro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Entrar pela porta da fé
Entrar
pela porta da fé é uma indicação preciosa, particularmente para os cristãos,
pois, no Brasil, são urgentes os funcionamentos e as soluções coerentes com os
ensinamentos de Jesus Cristo Cristo. Aqueles que seguem Jesus são desafiados a
não agir na contramão do Evangelho do Mestre. Os cristãos sabem, pois assim
ensina a sua mística bimilenar, não existir aqui uma cidade permanente,
definitiva. Essa transitoriedade não desobriga os cristãos de uma tarefa
inegociável: fecundar o caminho com o sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Mas o
que se verifica é justamente o abandono de horizontes indicados pelo Evangelho,
carta magna dos cristãos. O desafio é recuperar as raízes e as experiências que
se alicerçam na fé para corrigir descompassos e fazer vigorar o bem comum, com
a efetiva e urgente superação das muitas violências. Sublinhe-se que o contexto
político, particularmente o campo político-partidário, está deturpando o
sentido da vida cristã, selecionando alguns valores a serem defendidos,
enquanto desconsidera muitos outros princípios do Evangelho igualmente
importantes.
A
cidadania emoldurada pela vida cristã deve ser promotora de entendimentos,
costurando diferenças, compreendendo-as como riquezas, para superar todo tipo
de intolerância. Os cristãos sabem, por sua fé marcada pelo martírio,
humanamente avaliado como fracasso, que sua vitória percorre outros caminhos.
Seus ganhos não são meramente políticos. Vão além de limites humanos, para superar
ódios, promover reconciliações e encontrar efetivos caminhos para a paz – dom
de Deus. Mas contata-se o preocupante recrudescimento da intolerância
religiosa, não raramente camuflada de intolerância política. Urgente é a
lucidez para compreender que não serão alcançados avanços na sociedade
brasileira por meio de imposições, rupturas de princípios ou confusões
ideológicas que inviabilizem o diálogo, tornando impraticável a convivência
humana.
A força
cristã, em articulação com outros segmentos da sociedade, precisa ser efetiva
contribuição que leve a mudanças necessárias, com celeridade. Para contribuir
com essas mudanças, o entendimento político do cidadão deve ser refinado pelos
fundamentos da fé em Jesus, sem distorcê-los para justificar o injustificável.
A fé autêntica e fecunda traz como exigência a defesa da vida em todas as suas
etapas – da concepção até a morte natural. E a “porta” da fé é a “entrada” dos
cristãos. Ela é mais importante que o caminho de partidos políticos, de suas
opções e ideologias. Mais importante também que as afinidades e empatias
pessoais. Da fé cristã, não de pode perder as suas propriedades de
universalidade, fraternidade e respeito. Dizer-se cristão, ignorando a porta da
fé, sua única entrada na consideração do conjunto da vida, é correr o risco de
ações abomináveis.
A porta
da fé está aberta na medida em que o cristão se deixa plasmar pela força da
Palavra de Des, em uma escuta amorosa e fiel de Jesus, jamais, e por nenhuma
razão, substituindo-o por outras pessoas e por outras razões. Os cristãos, ao
ingressarem nas diferentes dinâmicas sociais, o fazem pela porta da fé: um
caminho cujas razões vêm do amor de Deus – desdobrado, ainda que em situações
de embate, no amor ao próximo. A atitude de entrar pela porta da fé inclui o
respeito a direitos e à justiça, sem polarizações, sem a adoção de mecanismos
irracionais, desdobrados em hostilizações e desrespeitos. Os cidadãos cristãos
são convocados, neste momento, a descobrir o caminho da fé para que a pessoa de
Jesus Cristo, efetivamente, projete uma luz amorosa nas mentes, configurando
cidadanias qualificadas e civilizadas.
É um
risco quando os cristãos se preocupam mais com as consequências sociais,
políticas, econômicas e culturais da fé do que com a própria fé, substituída
por outras opções e configurações. Consequentemente, o cidadão pode se tornar
muito político e pouco cristão, buscando envolver-se apenas em disputas
ideológicas. Compreende-se a razão de o tecido social e político estar tão
corroído, sem receber as ricas contribuições que a fé cristã pode oferecer, de
modo único e qualificado, para a construção de uma sociedade mais justa e
fraterna. A fé cristã, pelo testemunho lúcido e profético dos cristãos, está
desafiada a contribuir mais efetivamente por um mundo melhor, a partir de seus
princípios, incidindo sobre o entendimento político cidadão. Há o risco de se
ser sal insípido e inodoro, uma luz que não ilumina. É hora, urgente, de
cristãos atravessarem a porta da fé para qualificar a sua cidadania e, com
amor, contribuir sempre mais com a sociedade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como:
a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade
do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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